A parábola do porco espinho2

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Componentes curriculares: filosofia e ensino religioso

Professor: Rafael

Fiquem em Paz

A parábola do porco espinho

Um número de porcos-espinho se amontoaram buscando calor em um dia frio de inverno; mas, quando começaram a se machucar com seus espinhos, foram obrigados a se afastarem. No entanto, o frio fazia com que voltassem a se reunir, porém, se afastavam novamente. Depois de várias tentativas, perceberam que poderiam manter certa distância uns dos outros sem se dispersarem. Do mesmo modo, as necessidades sociais, a solidão e a monotonia impulsionam os “homens porcos-espinho” a se reunirem, apenas para se repelirem devido às inúmeras características espinhosas e desagradáveis de suas naturezas. A distância moderada que os homens finalmente descobrem é a condição necessária para que a convivência seja tolerada; é o código de cortesia e boas maneiras. Aqueles que transgridem esse código são duramente advertidos, como se diz na Inglaterra: keep your distance! Com esse arranjo, a necessidade mútua de calor é apenas parcialmente satisfeita, mas pelo menos não se machucam. Um homem que possui algum calor em si mesmo prefere permanecer afastado, assim ele não precisa ferir outras pessoas e também não é ferido. Arthur Schopenchauer Numa busca no google sobre - o dilema do porco espinho - aparecerão versões mais ‘’adocicadas’’ ou mais ‘’positivas’’ dessa parábola. Contudo, nosso intuito é trazer a versão original, a qual oferece um maior impacto. Muito embora, para que percebamos esse maior impacto, seja necessário um maior esforço intelectual. Arthur schopenchauer(1788-1860) é o autor da parábola do porco espinho. A parábola foi publicada em 1851, no livro – Parerga e e Paralipomena - escritos filosóficos menores – . Com essa obra, o filósofo alemão, irá alcançar fama pessoal e reconhecimento do seu trabalho. A filosofia de Arthur Schopenchauer é conhecida por ser extremamente pessimista. Falar de Schopenchauer é de fato retratar um autêntico pessimista; observe o que dizia a irmã do filósofo: ‘’Já não suporto a presença deste homem. Quando estou diante dele, sinto morrer em mim toda minha mocidade e me sinto gelo’’ Já sua mão falou o seguinte; ‘’ Teu pessimismo pesa como o chumbo em minha alma e deita a perder todo meu bom humor’’. Entretanto, foi o pessimista Schopenchauer, o sujeito capaz de elaborar esse dilema, que estabelece a distância moderada, como medida de valor que estrutura um harmonioso convívio social. Se durante o período de epidemia frequento festas, parques, praias, saio para rua sem necessidade e sem cuidado algum, aperto as mãos dos amigos e distribuo beijos e abraços, estou respeitando a distância moderada necessária para um convívio social harmonioso? Estou ferindo alguém com essa aproximação de meus espinhos? Se eu ferir alguém o que acontecerá com a saúde dessa pessoa? O que acontecer daqui para frente com essa pessoa é minha responsabilidade também? A parábola ou dilema do porco espinho serve exatamente para leventarmos questões dessa envergadura, em outras palavras, qual a minha responsabilidade comigo, com o outro e com a espécie humana? Com a interpretação correta dessa parábola poderemos facilmente perceber que a racionalidade artística-científica-filosófica basea-se numa sensíbilidade de autocuidado, de cuidado com outro e consequentemente de preservação da éspecie humana. E quando desenvolvermos esse tipo de sensibilidade, permitiremo-nos a nos colocar no lugar do outro, isto é, que pratiquemos a empatia.

Schopenchauer elabora esse dilema a partir de uma experiência particular, irei relatar com minhas palavras: O filósofo alemão nasceu em uma família que possuía dinheiro. Schopenchauer na sua juventude gostava de escalar montanhas, em umas dessas incursões quando ele estava com aproximadamente 16 anos, o filósofo ficou em um acampamento base, nesse acampamento havia um único e pequeno bar para se alimentar. Ao entrar nesse bar para jantar, ele se vê envolto de muitos pastores bebendo e falando alto, ou seja, o povo sendo povo. Dessa experiência anos mais tarde ele elaborará o dilema do porco espinho. A ciência orienta que mantenhamos à distância uns dos outros por não conhecer adequadamente a doença, pelo fato de não ter remédios apropriados e nem vacina para tratá-la. A

arte

faz

isso:

Filosofia, ciência e arte são nossas ferramentas contra um senso-comum egoísta, que se preocupa somente consigo.

Sugestão de Atividade Pesquisem na internet como fazer um presente utizando material reciclável, um carrinho ou foguete com rolo de papel higiênico para uma criança irmã (o), primo(a), uma máscara com uma camiseta que não se usa mais, um porta jóia com uma caixa de sapato, efim, usem a imaginação. Antes de dar o presente explique para a pessoa que você dedicou seu tempo, que esse presente representa amor, colaboração, empatia, conhecimento, resistência, paciência para passar esse momento triste. Escrevam no caderno de filosofia como foi essa experiencia para você:
A parábola do porco espinho2

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