Aula LinfononodoCabeça e Pescoço

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LINFONODOS CABEÇA E PESCOÇO Prof. PhD Eliziário Cesar Leitão Brasília,2020

Linfócitos Os linfócitos são um tipo de células brancas do sangue (leucócitos), produzidos na medula óssea vermelha. Função dos Linfócitos: - Realizar a defesa do organismo contra agentes infecciosos (vírus, bactérias, substâncias alergênicas e outros corpos hostis que podem penetrar no corpo humano).

Tecidos Linfóides • Órgãos geradores, ou primários onde linfócitos são gerados e/ou amadurecem medula óssea e timo

• Órgãos periféricos, ou secundários onde linfócitos são ativados pelo antígeno linfonodo, baço e tecido linfóide difuso

Tecidos Linfóides Secundários Concentram anatomicamente linfócitos e células apresentadoras de antígenos Favorecem interações celulares necessárias para a ativação do linfócito

A compartimentalização anatômica é dinâmica: linfócitos recirculam, deslocam-se na circulação e nos tecidos

Sangue circula sob pressão plasma sai pelas paredes dos capilares

Fluido intersticial

banha o tecido circunjacente

retorno aos capilares sangüíneos

SANGUE

coletado por capilares linfáticos

LINFA

Captura do antígeno pela célula dendrítica

Ativação, migração e maturação da célula dendrítica Vaso linfático aferente

Apresentação do antígeno pela célula dendrítica madura para a célula T Linfonodo Zona de células T

A LINFA, EM SEU TRAJETO: •Transporta antígenos estranhos coletados dos tecidos periféricos • Atravessa tecidos linfóides organizados, onde: - o antígeno é apresentado para linfócitos - linfócitos são ativados e

migram para sítios de inflamação

Linfonodos Sistema linfático: vasos e gânglios Detectar e eliminar resíduos de todo organismo; indicador muito sensível – processo saúde-doença, localizada ou generalizada

Inspeção espalhados corpo através do sistema linfático – cabeça, pescoço, axila, braços e inguinal geralmente não visíveis.

Linfonodos •Local de início das respostas adaptativas a antígenos que chegam através da linfa

•Agregados nodulares de tecido rico em linfócitos ao longo dos vasos linfáticos, em todo o corpo

•Filtram a linfa que se dirige à corrente sanguínea

Linfonodo Estrutura geral • Cápsula de tecido conjuntivo denso, origina trabéculas

• Trabéculas penetram no órgão e dão sustentação

• Área cortical (C), mais densa • Área medular (M), menos densa

• Hilo: vasos sanguíneos e linfático eferente.

Adenóides

Tonsilas Ducto torácico Veia subclávia esquerda Ducto linf ático direito Linf onodos

Timo

Baço Placas de Peyer

Intestino grosso

Intestino delgado

Apêndice

Medula óssea

Vasos linf áticos

Distribuição do tecido linfóide

Linfonodos cervicais Ducto torácico

O sistema linfático

Vasos intercostais Linfonodos axilares

Linfonodo de

drenagem Cisterna quilosa Linfonodos paraórticos

Vasos dos intestinos

Local de Local de infecção infecção

Linfonodos inguinais

Linfonodos submandibulares aumentados de volume

Linfonodo posterior cervical aumentado de volume

A

C

Célula dendrítica (de Langerhans) na epiderme (imatura) B

linfócitos B

D

Célula dendrítica no linfonodo (madura)

Ativação de células T pelo antígeno

Apresentação

Cooperação T/B

Produção de anticorpos específicos para antígenos dependentes de T

Bordas do folículo linfóide: Migração e interação de células B e células T helper

Apresentação do antígeno e ativação

de células T

Migração de células T

Apresentação do

ativadas para a borda

antígeno por B;

do folículo

interação T:B

Paracórtex

Antígeno reconhecido por B, que ativadas migram

para a borda do folículo

Ativação, cooperação e efetuação da resposta a antígenos T

dependentes Célula B naive

Célula T naive

Entrada de agentes infecciosos

Mucosa/Pele

Linfonodo

Célula apresentadora de antígeno

Micróbios

Linfócitos T efetores e anticorpos

Linfonodos Os linfonodos organizam-se em grupos superficiais e profundos: Superficiais -> estão localizados no tecido celular subcutâneo; Profundos -> situam-se abaixo da fáscia dos músculos e dentro das várias cavidades do corpo.

Exame Clínico dos Linfonodos

O exame físico geral inclui a investigação sistemática dos linfonodos superficiais. Os linfonodos profundos requerem propedêutica armada para o exame. Grupo ganglionar da cabeça e do pescoço: os linfonodos da cabeça e do pescoço são aproximadamente 300 e correspondem a 30% do total dos linfonodos do corpo humano. Dividem-se segundo uma referência topográfica. Desse modo, são classificados em seis níveis anatômicos, dentro dos triângulos anatômicos do pescoço:

Linfonodos Nível I: trígonos submandibulares (IB) e submentonianos (IA); situadas entre a mandíbula, músculos digástricos e osso hioide;

Nível II: terço superior- entre o estilohioide e a bifurcação artéria carótida. Inclui: linfonodos jugulares altos (jugulocarotídeos), jugulodigástricos e linfonodos posteriores próximos ao XI par craniano;

Linfonodos Nível III: músculo omo-hióideo cruza a veia jugular interna. Contém os linfonodos jugulares médios Nível IV: linfonodos jugulares inferiores, os escalenos e os supraclaviculares, estão abaix terço inferior músculo esternocleidomastóideo até a clavícula;

Linfonodos

Nível V: linfonodos ao longo do nervo acessório, contidos no trígono cervical posterior; Nível VI: entre duas carótidas, com osso hioide superiormente e a fúrcula inferiormente. Inclui linfonodos paratraqueais e pré-traqueais, peritireoidianos e pré-cricoides.

Semiotécnica O exame dos linfonodos por inspeção e da palpação, um método completando o outro. O lado contralateral deve ser comparado. A palpação é realizada polpas digitais e a face ventral dos dedos médio, indicador e polegar; no caso da extremidade cervical, ajusta-se a cabeça em uma posição que relaxe os músculos do pescoço, fletindo-se ligeiramente o pescoço e inclinando levemente a cabeça para o lado que se deseja examinar; Os linfonodos cervicais são mais facilmente palpáveis com o examinador posicionado atrás do paciente;

Semiotécnica

Os linfonodos cadeia jugular são mais bem examinados apreendendo-se o músculo esternocleidomastóideo entre o polegar e os dedos indicador e médio de uma mão; Complementa-se o exame utilizando as polpas digitais da mão direita para a palpação dos linfonodos do nível I; Exame dos grupos ganglionares do nível V, com a mão esquerda, segura-se delicadamente a cabeça do paciente, em ligeira rotação, utilizam-se as polpas digitais da mão direita e executam-se movimentos circulares, delicadamente;

Ao se fazer o exame dos linfonodos da cabeça e do pescoço, é necessário estar atento às outras estruturas desta região, cuja forma e localização podem causar alguma confusão, em especial as parótidas e as glândulas salivares;

Abordagem diagnóstica

História Clínica

Exame Físico

Exames Complementares

Exames Complementares • Exames de imagem agem mais como auxiliar ao exame físico que para definição diagnóstica. • Biópsia: padrão ouro.

Inflamatório x Neoplásico

Regional x Generalizado • Considera-se generalizado, quando mais de uma cadeia é acometida.

• Importante para diagnóstico diferencial.

Linfadenomegalia Generalizada • Manifestação geralmente de doenças sistêmicas

HIV • Linfadenopatia comum em infecção primária. • Linfadenomegalia não dolorosa em cadeias cervical, axilar, occipital, na segunda semana de doença.

• Tendem a reduzir depois de episódio agudo. • Nódulos residuais podem persistir.

Tuberculose • Pode se apresentar apenas com linfadenomegalia.

• Pode persistir por semanas a meses. • Podem progredir para flutuação.

• Geralmente indolores.

Mononucleose • Tríade: Febre alta + faringite + linfadenomegalia. • Geralmente apresenta linfonodos simétricos em cadeia cervical posterior. • Podem aparecer em cadeia inguinal e axilar. • Pico de tamanho na primeira semana, involução em 2-3 semanas.

LES

• Metade dos pacientes vão apresentar.

• Mais evidente no início da doença, ou em exacerbações. • Linfonodos móveis, elásticos, indolores, em cadeias cervical, inguinal e axilar. • Grandes linfonodos + dor

Infecção

Medicações

Quando biopsiar?
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