Formulario Livros (1) recall

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Frederico Celestino Barbosa

Gestão da produção em foco: uma abordagem holística

4ª ed.

Piracanjuba-GO Editora Conhecimento Livre 2020

Copyright© 2020 por Editora Conhecimento Livre

4ª ed.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

B238a

Barbosa, Frederico Celestino Gestão da produção em foco: uma abordagem holística. / Frederico Celestino Barbosa. - Piracanjuba-GO Editora Conhecimento Livre, 2020 656 f.: il DOI: 10.37423/2020.a17 ISBN: 978-65-86072-22-8 Modo de acesso: World Wide Web Inclui bibliografia 1. Engenharia de produção 2. Produtividade 3. Competitividade 4. I. Barbosa, Frederico Celestino I. Título.

CDU: 620

https://doi.org/1037423/2020.a17 O conteúdo dos artigos e sua correção ortográfica são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores.

EDITORA CONHECIMENTO LIVRE Corpo Editorial Dr. João Luis Ribeiro Ulhôa

MSc. Frederico Celestino Barbosa

MSc. Carlos Eduardo de Oliveira Gontijo

MSc. Plínio Ferreira Pires

Editora Conhecimento Livre Piracanjuba-GO 2020

Gestão da produção em foco: uma abordagem holística

Capítulo 4 ÍNDICES DE RECALL AUTOMOTIVO NO BRASIL PODEM SER MINIMIZADOS COM SISTEMAS DE EMBARQUE CONTROLADO NÍVEL 2 DOI: 10.37423/200300468

José Alves da Silva Neto (Universidade de Taubaté (UNITAU), Departamento de Engenharia Mecânica, Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica). [email protected] Giorgio Eugenio Oscare Giacaglia (Universidade de Taubaté (UNITAU), Departamento de Engenharia Mecânica, Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica). [email protected] Wendell de Queiróz Lamas (Universidade de Taubaté (UNITAU), Departamento de Engenharia Mecânica, Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica). [email protected] RESUMO: Nos últimos anos, a produção e as vendas de veículos têm apresentado tendência de diminuição contínua, indo contra a mão dos índices de recall, que somente no último ano aumentou em 85 %. Esses números demonstram que a qualidade de nossos veículos vendáveis vem piorando e a margem de segurança, alarmante com esses índices, tendem a se tornar cada vez mais negativa, sendo que nos últimos quatro anos o índice de recall aumentou em quase 600 %. As empresas automobilísticas, tanto montadoras quanto fornecedores, possuem o certificado de sistema de gestão da qualidade, conforme NBR ISO TS 16949, e essa norma permite que as empresas realizem uma barreira de contenção sempre que seus produtos apresentam risco de quebra de qualidade.

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Gestão da produção em foco: uma abordagem holística A principal barreira para conter as peças “não conformes” são os sistemas de inspeção de peças antes de serem enviadas ao cliente ou montadora, chamado de embarque controlado nível 2 (ECN2). Essa operação permite que os componentes sejam inspecionados, com parâmetros representando o cliente. O objetivo desta pesquisa foi verificar dentre 20 empresas automobilísticas brasileiras, quais são os critérios e as normas para se aplicar um ECN2. O resultado demonstra que apenas 51 % de ações para implantar um ECN2 estão em comum dentre as empresas. Dessa forma, o ECN2 para se tornar eficaz e atuar para minimizar os índices de rejeições e de recall, precisa ser mais pesquisado e difundido entre as empresas.

Palavras chave: inspeção de peças, normas de segurança, qualidade automobilística.

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Gestão da produção em foco: uma abordagem holística 1. INTRODUÇÃO O mercado automotivo é hoje um dos mercados mais acirrados no mundo e, particularmente no Brasil, essa competição é especialmente agressiva, seja pela oferta abundante de produtos que atendem a basicamente todos os nichos, seja pela variada oferta de estilos ou mesmo pela quantidade enorme de marcas que aqui se instalaram. Nesse cenário, para obter-se sucesso, o melhor produto em termos de venda é aquele que tem uma excelente imagem de qualidade e é oferecido pelo menor custo. Com isso as montadoras aqui instaladas lutam por participações de mercado cada vez menores. Conforme o anuário da indústria automobilística brasileira, em 2015, o Brasil fabricou 2.017.831 automóveis, quase 0,5 milhão a menos que em 2014, produzindo 2.504.117 (ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (ANFAVEA), 2016). Já o índice de recall não diminuiu, conforme a proporção de produção, porém, vem aumentando expressivamente. As Figuras 1 e 2 apresentam esses indicadores.

Figura 1. Indicador de quantidade de veículos produzidos no Brasil. Fonte: Elaborado pelos autores a partir de (ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (ANFAVEA), 2016).

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Gestão da produção em foco: uma abordagem holística

Figura 2. Indicador da quantidade de veículos chamados em recall no Brasil em 2014 e em 2015. Fonte: Elaborado pelos autores a partir de (FUNDAÇÃO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR (PROCON), 2016). A quantidade total de veículos afetados em recall aumentou em 84,8 % de 2014 a 2015, e nos últimos quatro anos seu aumento foi consecutivo, totalizando 591 % (FUNDAÇÃO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR (PROCON), 2016). A Figura 3 apresenta o índice de recall no Brasil entre 2011 e 2015.

Figura 3. Indicador da quantidade de veículos chamados em recall no Brasil de 2011 a 2015. Fonte: Elaborado pelos autores a partir de (FUNDAÇÃO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR (PROCON), 2016). Segundo dados da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON) (2016), de 2011 a 2015, foram realizadas 403 campanhas de recall, sendo que, pelo menos 201 dessas campanhas foram iniciadas por defeitos técnicos de componentes. O Quadro 1 demonstra estes números detalhadamente.

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Gestão da produção em foco: uma abordagem holística

Motivo da campanha realizada de Recall sistema freio sistema de motor sistema de direção Diferencial, Cambio, Embreagem,Transmissão sistemas de roda sistema de suspensão e amortecedor sistema de bancos

2011 7 6 6 4 4 5 1

Quantidade de campanha 2012 2013 2014 10 11 12 5 4 13 6 4 8 4 5 7 1 1 5 4 3 5 2 2 4

2015 12 8 8 10 10 3 1

total Percentual de oportunidade perdida

33 53%

32 58%

30 41%

54 56%

52 45%

201

62

55

73

97

116

403

quantidade TOTAL de campanha realizada

total 52 36 32 30 21 20 10

Quadro 1. Tipos de defeitos técnicos em recall entre os anos de 2011 e de 2015. Fonte: Elaborado pelos autores a partir de (FUNDAÇÃO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR (PROCON), 2016). Uma ferramenta disponível para as montadoras agirem em contenção para bloquear defeitos técnicos de componentes ainda em seus fornecedores, é a implementação de um sistema de embarque controlado nível 2 (ECN2). Dessa forma, todas as peças suspeitas de irregularidades passam por um processo de rigorosa seleção, e somente peças aprovadas seguem embarque rumo à montadora. A Figura 4 demonstra a quantidade de campanhas de recall que foram realizadas no período entre 2011 e 2015, assim com a quantidade de campanha específicas para defeitos técnicos, sendo esse tipo de defeito possível de se impedir em um processo de ECN2, com grande potencial de ter sido evitado se houvesse a aplicação de um ECN2 eficaz.

Figura 4. Indicador de campanha de recall no Brasil. Fonte: Elaborado pelos autores a partir de (FUNDAÇÃO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR (PROCON), 2016). Conforme dados do Quadro 1, os defeitos por motivos técnicos de componentes que geraram o recall, teriam potencial possibilidades de terem sidos impedidos se houvesse um sistema de ECN2 logo que detectado irregularidades iniciais no processo de fabricação dos componentes, assim impedindo o

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Gestão da produção em foco: uma abordagem holística envio de peças não conforme ao cliente. A Figura 5 apresenta os detalhes de tipos de defeitos dos recalls realizados nos anos de 2011 a 2015 que poderiam ter sido evitados se houvesse a aplicação de um ECN2 eficaz.

Figura 5. Indicador da campanha de recalls potencialmente evitáveis no Brasil. Fonte: Elaborado pelos autores a partir de (FUNDAÇÃO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR (PROCON), 2016). Com as realizações dos recalls dos anos de 2011 a 2015 e a não aplicação de ferramentas como o ECN2, com potencial bloqueio das não conformidades dos componentes técnicos defeituosos, um elevado índice de oportunidade perdida se apresenta nesse cenário real. A Figura 6 apresenta esse percentual.

Figura 6. Indicador de oportunidade perdida. A norma ISO/TS 16949 garante às montadoras o direito de aplicarem essa metodologia de “barreira” de qualidade suspeita em seus fornecedores, de modo a garantir que seus produtos preservem a qualidade assegurada. A falha na implementação do plano de ação e/ou de atendimento ao prazo em solução de não conformidade maior, pode acarretar no cancelamento da certificação ISO/TS 16949 do fornecedor, conforme regras de certificação do International Automotive Task Force (IATF).

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Gestão da produção em foco: uma abordagem holística O ECN2 não possui um padrão de aplicabilidade no Brasil, assim as empresas fornecedoras criam seus manuais da qualidade e definem a melhor regra adequada às suas políticas de trabalho. O objetivo deste trabalho é realizar uma pesquisa nos manuais da qualidade de 20 empresas, sendo os mesmos de conhecimento público na internet. Uma comparação nas metodologias e nas formas de aplicabilidade e de resultados do que elas têm em comum e o que se diferem nesse quesito. No começo do século XX, devido à aglomeração de pessoas nos grandes centros urbanos, instaurouse um modelo de produção denominado de modelo de massificação, onde haveria a fabricação de produtos e a oferta de serviços em série, de forma padronizada e uniforme, com o objetivo de diminuir o custo da produção, atingindo, assim, maiores parcelas de população com o aumento de oferta. Esse modelo se destaca nos dias atuais, onde não é mais a procura que vincula a oferta, mas sim o contrário (NUNES, 2009, p. 173). Ocorre que com esse modelo de produção, o consumidor não compra o que ele quer e sim o que está dentro do mercado, ou seja, o que o fornecedor pode oferecer para determinar no seu exclusivo interesse, visando maior lucro, porém, em virtude disso, acaba perdendo o controle da função de consumir (NUNES, 2009, p. 70). Nas produções em série, é difícil assegurar que o produto não vá apresentar vício ou defeito no resultado final. Pois, para conseguir que o produto ou serviço saiam isentos de algum vício ou defeito, o fornecedor teria que elevar muito o seu custo. Dessa forma, inviabilizaria o preço final do produto e do serviço, na qual haveria uma desqualificação na principal característica das produções em série, que é de oferecer em grande escala o produto ou serviço para uma grande quantidade de consumidores (NUNES, 2009, p. 174). O fornecedor que colocar no mercado de consumo um produto ou um serviço que vier apresentar periculosidade adquirida, deverá informar às autoridades competentes sobre os defeitos de determinado produto ou serviço, e proceder ao recall como forma de prevenção de acidentes de consumo (BENJAMIN; MARQUES; BESSA, 2017, p. 120). Os defeitos de produção, execução ou fabricação, segundo Marques, Benjamin e Miragem (2019, p. 269), são “aqueles que apresentam falhas no dever segurança durante o processo de realização/prestação de um determinado serviço, ou de produção ou fabricação de um determinado produto.”

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Gestão da produção em foco: uma abordagem holística Por conseguinte, a gestão da qualidade (GQ) é responsável pelo planejamento, pelo controle e pelo aprimoramento das atividades relacionadas à garantia da qualidade dos produtos ou dos serviços de uma organização. Essa, consiste na utilização de técnicas e modelos de gerenciamento objetivando a excelência em projetos, em processos, em produtos e em serviços (BATTIKHA, 2003). São princípios da GQ, o foco no cliente, o comprometimento dos entes envolvidos da organização, o gerenciamento da qualidade e a melhoria contínua dos processos (NAIR, 2006).

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A revisão bibliográfica foi elaborada para embasar os conceitos necessários à realização desta pesquisa, contendo assuntos sobre qualidade, embarque controlado nível 2 e identificação das relações existentes entre tais estratégias. O sistema de gestão da qualidade (SGQ) mais conhecido e utilizado é a norma ISO 9001, que fora desenvolvida pela International Organization for Standardization (ISO) no ano de 1987 (ABRAHAM et al., 2000). A ISO 9001 sugere a adoção de uma abordagem de processo para o desenvolvimento, a implantação e a melhoria da eficácia de um SGQ, permitindo o controle contínuo sobre os processos individuais, bem como sua combinação e interação (GONZALEZ; MARTINS, 2007). Ela define princípios norteadores para a GQ, lista requisitos para a certificação e provê diretrizes para alcançar o nível de qualidade requerido em procedimentos, em processos, em produtos e em serviços. Além disso, a ISO 9001 enfatiza o uso do ciclo PDCA (Plan, Do, Check, and Act) para melhorar continuamente os processos da organização (AL-RAWAHI; BASHIR, 2011). O PDCA permite que se coloque em prática as proposições advindas da utilização das ferramentas da qualidade e o uso contínuo e sistemático deste ciclo é denominado Kaizen. As ferramentas da qualidade têm a função de medir, de analisar e de sugerir soluções para os principais problemas organizacionais (LEUNG; LIAO; QU, 2007; LYU; CHANG; CHEN, 2009). Uma iniciativa criada em 1976 pelo governo do estado de São Paulo, a Fundação PROCON-SP, determina que o recall é um procedimento previsto nas leis, e devem ser aplicado pelos fornecedores como um meio de realizar um alerta aos consumidores para realizar o chamado de volta os produtos e serviços colocado no mercado de consumo que apresentam problemas. No Brasil, o recall se iniciou nas esferas regulamentárias com a publicação da lei 8.078/90, tornando-se o Código de Defesa do Consumidor (CDC), em 1990.

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Gestão da produção em foco: uma abordagem holística O órgão governamental responsável pelo controle dos produtos e serviços comercializados no mercado nacional que apresentam falhas e defeitos atuantes contra a segurança do consumidor e usuário é o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) ligado ao Ministério da Justiça. O DPDC definiu o termo “chamamento”, atualmente conhecido como “recall”, como um meio de procedimento para o fornecedor comunicar à população sobre a detecção de defeitos e de falhas em seus produtos disponíveis no mercado, tendo como principal objetivo proteger e preservar a vida e a saúde, assim como a segurança e a integridade dos seus consumidores, minimizando e evitando possíveis tipos de prejuízos. Segundo Pastori Filho (2004), no Brasil, as ações de recall são muito exploradas pela mídia e têm muito pouca abrangência em estudos acadêmicos. Rizzotto (2003) comentara que são poucos os apelos visuais dos meios de comunicações veiculares, não atingindo de modo eficaz seu público alvo. Não existe uma informação precisa a respeito da primeira montadora a realizar um recall no Brasil. Com o chamamento do Corcel, em 1968, a Ford diz ser a primeira. Em 1983, com problemas no freio, o Chevette foi chamado pela General Motors, além de seus caminhões em meados de 1960. O Santana, em 1988, teve um chamamento realizado pela Volkswagem (RIZZOTTO, 2003). Todos esses chamados não possuem respaldo regulamentário governamental. Anteriormente a 1999, as informações a respeito de recall eram sem precisão, além de não existir controle do poder público; somente após 1999, os recalls passaram a ser administrado pelo DPDC. Em 2010, a Toyota realizou o recall de 2,9 milhões de seus veículos em todo o globo, em função de um problema apresentado no sistema de aceleração veicular. Isso gerou uma forte repercussão nos meios de comunicação, nas agências regulamentárias e despertou investigações pelo parlamento norte americano (PIOTROWSKI; GUYETTE JR., 2010). A qualidade por si, já foi amplamente discutida e inúmeras técnicas para seu aperfeiçoamento desenvolvidas. Para se entender como esse simples termo é abrangente, é possível se recorrer a Garvin (1987) e suas oito dimensões da qualidade: “Desempenho do produto ou serviço, características adicionais, confiabilidade, conformabilidade, durabilidade, reparabilidade, estética e qualidade percebida”.

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Gestão da produção em foco: uma abordagem holística Quando se trata de automóveis ou sistemas automotivos, ainda hoje todas as dimensões citadas por Garvin (1987) são recorrentes e muitas métricas de controle de qualidade foram desenvolvidas com esses conceitos. A qualidade no projeto é um importante item e, também, já foi amplamente discutida tanto em publicações acadêmicas como em periódicos conhecidos mundo afora. Segundo Kaminski (2000, p. 60), a qualidade no projeto é uma necessidade que advém principalmente dos seguintes fatores: “aumento da complexidade técnica e organizacional; maior dependência dos computadores; crescentes pressões legais e contratuais”.

A qualidade de desenvolvimento de sistemas terceirizados foi discutida, porém em menor escala que as duas abordagens anteriores. Nessa situação, quando um sistema desenvolvido por um terceiro é aplicado em um automóvel, a complexidade aumenta exponencialmente, pois, além dos requisitos de desempenho e de qualidade que devem ser parte integrante do projeto do sistema terceirizado, existe a integração desse sistema de forma a atender a requisitos de montagem e de funcionabilidade do sistema no carro. No relacionamento entre montadora e fornecedor, muito do que rege a forma de trabalho está na metodologia empregada pela montadora que é quem, em último estágio, contrata o desenvolvimento do subsistema terceirizado (HAUSER; CLAUSING, 1988). O esquema de certificação automotiva ditado pela norma ISO/TS 16949, foi criado pela International Automotive Task Force (IATF), formada por membros da Original Equipment Manufacturer (OEM) e de associações nacionais da indústria automotiva representando os fornecedores. A supervisão global da IATF implementa e administra todo o esquema de certificação ISO/TS 16949, reconhecendo os organismos de certificação para realizar auditorias, conforme a norma ISO/TS 16949, e emitir certificados aos clientes. Os OEMs membros da IATF somente reconhecem os certificados emitidos por organismos de certificação reconhecidos, cujos certificados contenham o logotipo da IATF e um número específico da IATF (INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION (ISO), 2009; INTERNATIONAL AUTOMOTIVE TASK FORCE (IATF), 2013, p. 6-7). Estruturas normativas voltadas à indústria automobilística como a ISO/TS16949 (INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION (ISO), 2009), evolução da QS 9000 (CHRYSLER CORPORATION; FORD MOTOR COMPANY; GENERAL MOTORS CORPORATION, 1998), ou VDA6 (VERBAND DER AUTOMOBILINDUSTRIE VDA 6.1., 1998) são mais específicas e evidenciam também a preocupação

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Gestão da produção em foco: uma abordagem holística com detalhes importantes do sistema da qualidade. Apresentam requisitos específicos e não apenas genéricos e trazem consigo a exigência do uso de métodos mais avançados da qualidade, como a análise de modos e efeitos de falhas (FMEA). Conforme análise dos requisitos da norma ISO TS 16949, são requeridos o monitoramento, a análise crítica e a melhoria contínua na qualidade dos produtos em todas as fases do desenvolvimento e do ciclo de vida. Sistemicamente, a redução das falhas e dos custos indesejados são melhores obtidas quando a prevenção ocorre no momento em que a ideia ainda está sendo concebida, ou seja, no início do ciclo de vida de um projeto, onde é possível elaborar ações que não permitam que erros sejam aplicados ao processo produtivo. As empresas têm o livre arbítrio para a escolha da melhor metodologia a ser seguida para desenvolvimento dos seus produtos (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT), 2010). A não conformidade maior pode ser caracterizada por qualquer não cumprimento, que resultasse no provável embarque de produto não conforme para a montadora. Uma condição que possa resultar numa falha ou reduzir concretamente a usabilidade do produto ou serviço no propósito pretendido (INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION (ISO), 2009; INTERNATIONAL AUTOMOTIVE TASK FORCE (IATF), 2013, p. 52). A garantia da satisfação do cliente de uma empresa certificada, conforme ISO/TS 16949, deve ser assegurada (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT), 2010, item 8.2.1.1). Quando essa garantia é quebrada por falha de desempenho, o cliente de uma empresa certificada, ou qualquer cliente automotivo de uma organização, pode abrir uma reclamação formal perante o organismo certificador. O organismo certificador realiza análise imediata da situação para avaliar a gravidade e risco para os clientes da organização certificada. Nos casos onde não conformidades maiores forem emitidas, a verificação inclui análise crítica da causa raiz e implantação de correções submetidas pelo cliente. Com base nos resultados dessa análise, o organismo certificador toma a decisão de suspender ou não suspender o certificado, podendo iniciar um processo de certificação. Em situações onde a decisão não é suspender o certificado quando não conformidades menores forem emitidas, o organismo de certificação requer ao cliente que siga o processo normal para gestão de não conformidades. No caso de suspensão do certificado, a suspensão não deve ultrapassar 110 dias corridos, resultando no restabelecimento ou retirada do certificado (INTERNATIONAL ORGANIZATION

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Gestão da produção em foco: uma abordagem holística FOR STANDARDIZATION (ISO), 2009; INTERNATIONAL AUTOMOTIVE TASK FORCE (IATF), 2013, p. 4748). Uma ferramenta da qualidade para evitar o provável embarque de produto não conforme para a montadora é a aplicação de um sistema de controle de qualidade por embarque controlado. O embarque controlado é uma ferramenta utilizada pela engenharia da qualidade do fornecedor (EQF) que visa assegurar a identificação, a contenção e a solução dos problemas antes de serem embarcados para o cliente, garantindo dessa forma a conformidade dos produtos (DEUS, 2011). As empresas do setor automobilístico possuem critérios para se iniciar e se encerrar os embarques controlados. De acordo com o manual da qualidade dos fornecedores, o embarque controlado se classifica em Nível 1 e em Nível 2, conhecidos como ECN1 e ECN2 (ELBERN, 2012). A partir da carta de notificação de ECN1, enviada pelo EQF, o fornecedor deve implementar uma área de inspeção isolada da linha de produção, com fluxo de entrada e de saída, e processos de inspeção bem definidos. Os inspetores podem ser da própria empresa fornecedora ou profissionais especializados contratados especificamente para realizar a inspeção. Durante o ECN1, 100 % das peças são inspecionadas na característica descrita na notificação. As peças aprovadas são identificadas e enviadas ao cliente com a descrição de ECN1. Envio de dados de evolução e estatísticas de peças encontradas não conforme, por volume e por característica, conforme acordado com o EQF. O período de vigência do ECN1 varia de acordo com o EQF, as regras são descritas na carta de notificação (DEUS, 2011). O ECN2 é aplicado quando reincidências de não conformidades ocorrerem no cliente quando o volume passou pelo fluxo de ECN1. Além das ações descritas no ECN1, o processo de inspeção deverá ser realizado por empresa especializada em ECN2, homologada e reconhecida pelo cliente. Todos os custos pertinentes a essa inspeção são de responsabilidade do fornecedor. O ECN2 não elimina a atividade de ECN1 (DEUS, 2011).

3. MÉTODO DE PESQUISA Este artigo utilizou uma pesquisa qualitativa, fundamentada na metodologia documentada nas empresas pesquisadas para a identificação da relação existente entre elas, de modo a verificar os pontos em comum e os que se diferem relacionados aos métodos e abordagem ao ECN2.

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Gestão da produção em foco: uma abordagem holística Os critérios de seleção das empresas participantes da pesquisa foram: •

ser uma empresa industrial no ramo automobilístico;



ter certificação ISO TS 16949;



possuir seus manuais e procedimentos disponíveis publicamente.

Elaborou-se o roteiro de pesquisa para nortear a coleta de dados com base em manuais e procedimentos da qualidade de cada empresa. Feitas as devidas pesquisas, os arquivos pertinentes foram salvos e as leituras e pesquisas foram iniciadas. Os manuais da qualidade e procedimentos de 20 empresas brasileiras, de diversos produtos e materiais automotivos foram avaliados, sendo fornecedores de componentes e subconjuntos diretamente aos principais fabricantes de automóveis (Original Equipment Manufacturers), denominados fornecedores de componentes TIER 1 (os quais fornecem, em regra, sistemas e funções completas diretamente aos OEMs) e os TIER 2 (que fornecem componentes aos TIER 1). Para garantir confiabilidade na transmissão de dados, os nomes das empresas pesquisadas serão preservados de divulgação, as quais são identificadas meramente por números. A compilação dos dados foi realizada por planilhas eletrônicas e pela construção de tabelas, mantendo os textos retirados dos respectivos manuais da qualidade conforme se encontram no original.

4. RESULTADOS O Quadro 2 apresenta as empresas estudadas, com codinomes numéricos sequenciais seguidos de um “X” para preservar os nomes das empresas. Também um resumo de seus principais produtos fornecidos, além da identificação do tipo de empresa, se é OEM, TIER1 ou TIER2. Empresa Tipo

Produtos fornecidos

X1

OEM

Veículos montados

X2

OEM

Veículos montados

X3

TIER 1

Componentes automotivos; abraçadeiras; bagageiro de teto; break-light; engate; espelho retrovisor; estribos; grade de vidro; para-choque de impulsão; protetor de caçamba;

X4

TIER 1

Peças plásticas; pintura de autopeças;

X5

TIER 1

Eixo cardan; vedação;

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Gestão da produção em foco: uma abordagem holística

X6

TIER 1

Componentes automotivos; bombas de dir. Hidráulica; articulação axial; terminal de direção; mecanismo de dir. Hidr.; pivô de suspensão;

X7

TIER 1

Tapetes do assoalho; dash frontal; revestimento tampa do porta malas; carpete do assoalho; revestimento caixa de roda; revestimento de teto; isolador acústico;

X8

TIER 1

Chassis e longarinas; componentes estruturais para carroceria e chassi; sistemas automotivos; componentes leves e outros produtos metálicos.

X9

TIER 1

Para-lamas; para-choque; teto interno, painel; forro de teto; protetor de caçamba; moldura caixa de rodas; painel de instrumentos; conjunto painel interruptor;

Empresa Tipo

Produtos fornecidos

Empresa Tipo

Produtos fornecidos

X10

TIER 1

Estrutura completa do encosto do banco dianteiro e traseiro; estrutura do assento do banco dianteiro; conjunto estrutura do módulo dianteiro - parachoque e suporte do farol; para-choque completo traseiro; barra de impacto estampada e tubular de proteção lateral; conjunto - reforço coluna ; conjunto - painel traseiro do porta malas; conjunto - tampa do cabeçote; conjunto reforço do assoalho; conjunto - suporte do amortecedor;

X11

TIER 1

Alarmes; som automotivo; alto falantes; módulos de vidros eletrônicos; câmera de ré; sensores de estacionamento; travas elétricas.

X12

TIER 1

Componentes de suspensão; materiais de fricção; sistemas de freio;

X13

TIER 1

Escapamentos; conjuntos tubulares curvados, soldados, estampados e usinados

X14

TIER 1

Fundição de sistema de motor, freio, transmissão e direção, suspensão, eixos.

X15

TIER 1

Filtros de óleo, ar, combustível, ar condicionado, outros filtros.

X16

TIER 2

Tubos industriais com costura; peças e conjuntos; trefilados tubulares; trefilados tubulares com/sem costura; tubos retangulares e quadrados; tubos redondos; tubos especiais;

X17

TIER 2

Mangueiras; conexões; tubos e espirais

X18

TIER 2

Parafusos

X19

TIER 2

Mangueiras do radiador, combustível, do óleo e da direção hidráulica.

X20

TIER 2

Estampados de pequeno porte

Quadro 2. Apresentação das empresas estudadas. Fonte: Elaborado pelos autores.

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Gestão da produção em foco: uma abordagem holística O Quadro 3 apresenta resultados da pesquisa realizada em cada manual da qualidade das empresas estudadas. Estes resultados representam todas as ações em comum dentre as empresas pesquisadas em relação ao ECN2.

Quadro 3. Ações em comum dentre as empresas a respeito de ECN2. Fonte: Elaborado pelos autores.

4.1. CARACTERÍSTICAS EM COMUM DENTRE AS EMPRESAS As características mais citadas nos manuais da qualidade das empresas, para aplicação de um ECN2 estão descritas no Quadro 4 com a porcentagem de empresas. Definem quando se aplica o ECN2

100 %

Especificam que o ECN2 deve ser realizado por empresa terceirizada

80 %

Definem critérios para saída /encerramento do ECN2

80 %

Definem critérios para entrar em ECN2

80 %

Definem ações pelos Fornecedores

75 %

Especificam que a empresa terceirizada deve ser homologada pela empresa

70 %

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Gestão da produção em foco: uma abordagem holística Não especificam o local para ECN2

65 %

Quadro 4. Ações mais citadas em comum dentre as empresas a respeito de ECN2. Fonte: Elaborado pelos autores. As características menos citadas nos manuais da qualidade das empresas, para aplicação de um ECN2 estão descritas no Quadro 5 com a porcentagem de empresas. Especificam que indicadores devem ser enviado com frequência para a empresa

30 %

Especificam que as embalagens de peças aprovadas devem receber etiqueta de identificação ECN2 Especificam detalhes técnicos da área, iluminação, fluxo e layout do ECN2

30 %

Especificam que o ECN2 pode ser nas dependências da empresa

20 %

Especificam que nenhum retrabalho deve ser realizado no ECN2

10 %

25 %

Quadro 5. Ações menos citadas em comum dentre as empresas a respeito de ECN2. Fonte: Elaborado pelos autores. As características intermediárias, citadas nos manuais da qualidade das empresas, para aplicação de um ECN2 estão descritas no Quadro 6 com a porcentagem de empresas. Comunicam o início do ECN2 por carta escrita

55 %

Especificam que se deve comunicar o órgão certificador ISO TS 16949

40 %

Especificam que o ECN2 deve ser fora do processo produtivo

40 %

Especificam prazo mínimo de duração de ECN2

35 %

Especificam que o ECN2 pode ser nas dependências do fornecedor

35 %

Quadro 6. Ações intermediárias citadas em comum dentre as empresas a respeito de ECN2. Fonte: Elaborado pelos autores. Todos os manuais da qualidade dentre as empresas, resultaram em 17 ações em comum dentre todas. Essas 17 ações, multiplicadas pelas 20 empresas, resultaram em 340 campos de possibilidades. Desse total, 174 foram preenchidos, resultando em 51 % de padronização, sendo 47 % OEM; 50 % TIER1 e 56 % TIER2. A pesquisa demonstra que não existe uma completa cobertura de padronização dentre as empresas, deixando uma lacuna de 49 % das ações não esclarecidas.

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Gestão da produção em foco: uma abordagem holística 5. CONCLUSÃO Com esta pesquisa se conclui que, a cada ano que passa, o índice de não conformidades dos veículos vem aumentando expressivamente. Mesmo com a redução de produção de veículos em torno de 19 % de 2014 para 2015, o índice de recall não diminuiu e sequer se manteve estável. No mesmo período, com a redução de produção de veículos, o índice de recall aumentou em torno de 85 %, um resultado contrário a tendência esperada com a diminuição de produção. Também, no período estudado, o número de recall no Brasil teve um aumento expressivo em torno de 600 %. Como ferramenta para evitar o envio de peças não conforme, e evitando possíveis recall, as montadores e autopeças possuem a ferramenta de embarque controlado Nível 1 e 2, porém, ao comparar os manuais de qualidade de 20 empresas brasileiras, dentre montadoras, fornecedores TIER1 e TIER2, constatou-se que não existe um padrão comum entre a implementação do ECN2. De um total de 17 características essenciais em uma aplicação de ECN2, que estão interligadas nos respectivos manuais da qualidade, 10 não são bem esclarecidas e requisitadas. As empresas possuem em comum 51 % das ações e padronizações de implantação de um ECN2, demonstrando um déficit de 49 % nas ações necessárias. Dentre os 51 % de ações comuns para ECN2, as características mais importantes para as empresas estudadas são: •

Definições de quando se aplica o ECN2,



Definições de critérios para entrada e saída, exigem que o ECN2 deve ser realizado por empresa terceirizada e homologada pela empresa, além de definir as ações a serem realizadas pelos fornecedores.

Futuros estudos devem ser realizados, a fim de demonstrar resultados de aplicação real de ECN2 e seus resultados, assim como pesquisas de empresas que realizam este tipo de trabalho de ECN2, suas dificuldades, aceitação e problemas apresentados em uma implantação de um posto de inspeção ECN2. O ECN2 precisa ser mais pesquisado, padronizado, e se difundir entre as empresas, de modo a ser utilizado como uma importante ferramenta para minimizar as não conformidades e atuar contra o crescimento dos recalls no Brasil.

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Formulario Livros (1) recall

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