Lista de Exercícios 3

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1 Art. 3o O governo paraguaio se reconhece obrigado à celebração do Tratado da Tríplice Aliança de 1o de maio de 1865, entendendo-se estabelecido desde já que a navegação do Alto Paraná e do Rio Paraguai nas águas territoriais da república deste nome fica franqueada aos navios de guerra e mercantes das nações aliadas, livres de todo e qualquer ônus, e sem que se possa impedir ou estorvar-se de nenhum modo a liberdade dessa navegação comum. (“Acordo Preliminar de Paz Celebrado entre Brasil, Argentina e Uruguai com o Paraguai (20 junho 1870)”. In: Paulo Bonavides e Roberto Amaral (orgs.). Textos políticos da história do Brasil, 2002. Adaptado.)

O tratado de paz imposto pelos países vencedores da guerra contra o Paraguai deixa transparente um dos motivos da participação do Estado brasileiro no conflito: a) o domínio de jazidas de ouro e prata descobertas nas províncias centrais. b) o esforço em manter os acordos comerciais celebrados pelas metrópoles ibéricas. c) a garantia de livre trânsito nas vias de acesso a províncias do interior do país. d) o projeto governamental de proteger a nação com fronteiras naturais. e) o monopólio governamental do transporte de mercadorias a longa distância. 2 O fato de ser a única monarquia na América levou os governantes do Império a apontarem o Brasil como um solitário no continente, cercado de potenciais inimigos. Temia-se o surgimento de uma grande república liderada por Buenos Aires, que poderia vir a ser um centro de atração sobre o problemático Rio Grande do Sul e o isolado Mato Grosso. Para o Império, a melhor garantia de que a Argentina não se tornaria uma ameaça concreta estava no fato de Paraguai e Uruguai serem países independentes, com governos livres da influência argentina. ​(Francisco Doratioto. A Guerra do Paraguai, 1991.) Segundo o texto, uma das preocupações da política externa brasileira para a região do Rio da Prata, durante o Segundo Reinado, era (A) estimular a participação militar da Argentina na Tríplice Aliança. (B) limitar a influência argentina e preservar a divisão política na área. (C) facilitar a penetração e a influência política britânicas na área. (D) impedir a autonomia política e o desenvolvimento econômico do Paraguai. (E) integrar a economia brasileira às economias paraguaia e uruguaia. 3 [...] até a década de 1870, apesar das pressões, os escravos continuavam a ser a mão de obra fundamental para a lavoura

brasileira, sendo que nessa época todos os 643 municípios do Império [...] ainda continham escravos. (Lilia Moritz Schwarcz. Retrato em branco e negro, 1987.) A redução da importância do trabalho escravo, ocorrida após 1870, deveu-se, entre outros fatores, (A) ao aumento das fugas e rebeliões escravas e ao crescimento das correntes migratórias em direção ao Brasil. (B) ao desinteresse dos cafeicultores do Vale do Paraíba em manter escravos e à intensa propaganda abolicionista direcionada aos próprios escravos. (C) à firme oposição da Igreja Católica ao escravismo e ao temor de que se repetisse, no Brasil, uma revolução escrava como a que ocorrera em Cuba. (D) à pressão inglesa e francesa pelo fim do tráfico e à dificuldade de adaptação do escravo ao trabalho na lavoura do café. (E) à diminuição do preço do escravo no mercado interno e à atuação abolicionista da Guarda Nacional. 4 A Revolução Farroupilha foi um dos movimentos armados contrários ao poder central no Período Regencial brasileiro (1831-1840). O movimento dos Farrapos teve algumas particularidades, quando comparado aos demais. Em nome do povo do Rio Grande, depus o governador Braga e entreguei o governo ao seu substituto legal Marciano Ribeiro. E em nome do Rio Grande do Sul eu lhe digo que nesta província extrema [...] não toleramos imposições humilhantes, nem insultos de qualquer espécie. [...] O Rio Grande é a sentinela do Brasil, que olha vigilante para o Rio da Prata. Merece, pois, maior consideração e respeito. Não pode e nem deve ser oprimido pelo despotismo. Exigimos que o governo imperial nos dê um governador de nossa confiança, que olhe pelos nossos interesses, pelo nosso progresso, pela nossa dignidade, ou nos separaremos do centro e com a espada na mão saberemos morrer com honra, ou viver com liberdade. (Bento Gonçalves [carta ao Regente Feijó, setembro de 1835] apud Sandra Jatahy Pesavento. A Revolução Farroupilha, 1986.)

Entre os motivos da Revolução Farroupilha, podemos citar (A) o desejo rio-grandense de maior autonomia política e econômica da província frente ao poder imperial, sediado no Rio de Janeiro. (B) a incorporação, ao território brasileiro, da Província Cisplatina, que passou a concorrer com os gaúchos pelo controle do mercado interno do charque. (C) a dificuldade de controle e vigilância da fronteira sul do império, que representava constante ameaça de invasão espanhola e platina. (D) a proteção do charque rio-grandense pela Corte, evitando a concorrência do

charque estrangeiro e garantindo os baixos preços dos produtos locais. (E) a destruição das lavouras gaúchas pelas guerras de independência na região do Prata e a decorrente redução da produção agrícola no Sul do Brasil. 5 A maioridade do príncipe D. Pedro foi antecipada, em 1840, para que ele pudesse assumir o trono brasileiro. Entre os objetivos do chamado Golpe da Maioridade, podemos citar o esforço de (A) obter o apoio das oligarquias regionais, insatisfeitas com a centralização política ocorrida durante o Período Regencial. (B) ampliar a autonomia das províncias e reduzir a interferência do poder central nas unidades administrativas. (C) abolir o Ato Adicional de 1834 e aumentar os efeitos federalistas da Lei Interpretativa do Ato, editada seis anos depois. (D) promover ampla reforma constitucional de caráter liberal e democrático no país, reagindo ao centralismo da Constituição de 1824. (E) restabelecer a estabilidade política, comprometida durante o Período Regencial, e conter revoltas de caráter regionalista. 6

O rei, nosso Senhor e amo, dorme o sono da... indiferença. Os jornais, que diariamente trazem os desmandos desta situação, parecem produzir em Sua Majestade o efeito de um narcótico. Bem aventurado, Senhor! Para vós, o reino do céu e para o nosso povo... o do inferno! (Angelo Agostini. Revista Illustrada, 05.02.1887. Adaptado.)

Cite dois elementos presentes na charge ou na sua legenda, que mostrem críticas ao imperador D. Pedro II, e identifique duas dificuldades enfrentadas pela monarquia nas décadas de 1870 e 1880.

GABARITO 1C 2B 3A 4A 5E 6
Lista de Exercícios 3

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