Sabrina Jeffries - Pretendentes Pecadores - 03 Desejo Perigoso

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Desejo Perigoso – Sabrina Jeffries

Desejo Perigoso Sabrina Jeffries

(Série Pretendentes Pecadores 03)

Ray, Kady, Lex, Grey, Cina, Lila, balbi.

Desejo Perigoso – Sabrina Jeffries

Sinopse Para acabar com o trapaceiro responsável pela morte de seu irmão, a Senhorita Delia Trevor passa suas noites dançando em meio a bailes da alta sociedade e as madrugadas disfarçada como um jovem rapaz, apostando nos infernos de jogo de Londres. Então, uma noite o belo Warren Corry, o Marquês de Knightford, um notório membro do Clube St. George, a reconhece. Quando ele ameaça revelar seu segredo, ela está determinada a impedi-lo de arruinar seus planos, mesmo que isso signifique jogar um jogo de gato e rato com o enigmático libertino. Warren sabe o perigo do jogo dela, e se recusa a vê-la perder tudo enquanto obtém justiça por seu falecido irmão. Mas quando ela começa a penetrar sob a fachada cuidadosamente feita por ele, conseguirá ele mantê-la a distância enquanto ainda a protege? Ou seus desejos ardentes culminarão em um amor que transcende os segredos de seus passados?

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Agradecimentos Obrigada a Lori Pacourek por nomear o gato de Delia, Flossie, como parte do esforço de caridade de Autores para gatos. Sua avó Florença (Flossie) estaria tão orgulhosa!

Para Micki Nuding, Quem sempre deixa meus livros melhores. Você é a melhor!

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Capítulo Um Londres Agosto de 1830

Quando Warren Corry, Marquês de Knightford, chegou ao café da manhã veneziano oferecido pelo Duque e Duquesa de Lyons, ele lamentou ter ficado fora até altas horas da madrugada. Na noite passada, tinha estado tão feliz por estar de volta entre as distrações da cidade que tinha bebido conhaque suficiente para conservar um barril de arenques. Péssima ideia, já que o duque e a duquesa tinham decidido realizar a maldita festa sob o sol escaldante, no gramado de sua mansão luxuosa em Londres. Sua boca estava seca, o estômago agitado, e sua cabeça parecia uma debandada de elefantes. Era bom que seu melhor amigo, Edwin, fosse grato por Warren cumprir suas promessas. — Warren! — gritou uma voz feminina, dolorosamente perto. — O que você está fazendo aqui? Era Clarissa, sua prima, que também era esposa de Edwin — e a razão pela qual Warren tinha se arrastado para fora da cama na amaldiçoada hora do meio-dia. Ele protegeu os olhos para olhar para ela. Como de costume, ela tinha a aparência de uma fada delicada. Mas ele era inteligente demais para cair naquele sorriso de gato que comeu o canário. — Você tem que gritar desse jeito? — Eu não estou gritando. — Ela inclinou a cabeça. — E você parece doente. Ou então deve ter se divertido muito no Clube St. George na última noite. Ou isso, ou nas saunas de manhãzinha. — Eu sempre me divirto. — É precisamente por isso que é estranho você estar aqui. Especialmente quando Edwin não está. — Ela estreitou os olhos sobre ele. — Espere um

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minuto. Edwin lhe enviou, não foi? Porque ele não conseguiria estar na cidade para o evento. — O que? Não. — Ele se inclinou para beijar a bochecha dela. — Um rapaz não pode vir a um café da manhã para ver a sua prima favorita? — Pode. Mas ele geralmente não o faz. Warren pegou uma taça de champanhe de uma bandeja que estava passando. — Bem, ele o fez hoje. Espera, de quem estamos falando mesmo? — Muito engraçado. — Tirando a taça dele, ela franziu a testa. — Você não precisa disso. Você claramente está de ressaca. Ele pegou de volta a taça e a bebeu em um gole. — É precisamente por isso que eu preciso. — Você está evitando o assunto. Edwin lhe enviou aqui para me espionar? — Não seja tola. Ele apenas queria que eu garantisse que você estivesse bem. Você conhece o seu marido, ele odeia ter que estar no campo com o seu irmão, enquanto você está na cidade. — Ele olhou para a cintura dela, que estava aumentando. — Especialmente quando você está... Bem... Assim. — Oh Senhor, você também não. É ruim o suficiente ter ele e Niall pairando sobre mim o tempo todo, preocupados que eu possa me machucar de alguma forma, mas se ele lhe enviou para me vigiar... — Não, eu juro. Ele só pediu que eu passasse por aqui, caso fosse convidado. Eu tinha que estar na cidade de qualquer maneira, então, por que não aparecer na festa dos Lyons? — Ele acenou com a taça vazia. — O duque sempre encomenda excelente champanhe. Mas agora que já tomei um pouco, vou seguir o meu caminho. Ela segurou-o pelo braço. — Não. Eu raramente o vejo. Fique um pouco. Estão prestes a começar a dança. Clarissa estava tentando lhe encontrar uma esposa há anos e ultimamente tanto ela como a irmã de Edwin, Yvette Keane, dobraram seus

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esforços. Provavelmente porque as duas estavam agora em casamentos felizes e pensando que era a coisa certa para um solteiro. Ele não estava com disposição para tais maquinações hoje. — Por que eu dançaria com um monte de senhoritas afetadas que pensam que um marquês é um prêmio ideal? Estou com muita ressaca para desviar de perguntas veladas sobre o que eu estou procurando em uma esposa. A carranca dela revelou suas intenções tão completamente como se ela as tivesse falado. — Tudo bem. Seja um velho rabugento, se deseja. Mas você poderia dançar comigo. Eu ainda posso dançar, sabe. Sem dúvida. Exceto durante seu desastroso debute, Clarissa sempre havia sido do tipo animada, que não seria diferente por algo tão sem importância como carregar no ventre o herdeiro do excêntrico e reservado Conde de Blakeborough. Clarissa e Edwin eram tão diferentes que Warren, ocasionalmente, se perguntava o que os dois viram um no outro. Mas sempre que testemunhava o afeto óbvio deles, percebia que devia haver algo mais profundo do que as personalidades cimentando seu casamento. Isso o fazia sentir inveja. Ele fez uma careta. Isso era absurdo. Ele não pretendia se casar ainda por um longo tempo. Pelo menos não até que fosse muito mais velho. Mesmo então, ele preferiria uma lasciva viúva que poderia aguentar suas... Peculiaridades. Certamente não alguma recatada menina ansiosa para usá-lo como uma escada para subir nos escalões da alta sociedade. Ou pior ainda, uma mulher hipócrita como a mãe dele, repreendendo-o por cada tentativa de se divertir. Pode esquecer. Clarissa olhou para o meio da multidão. — Enquanto você estiver aqui, eu… Hum… Preciso de um favor. Droga. — Que tipo de favor?

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— Edwin faria isso se ele não tivesse que estar em Hertfordshire ajudando meu irmão a assegurar a propriedade da família, você sabe. — Ela balbuciou. — E Niall… — Qual é o favor? — ele persistiu. — Você conhece a Senhorita Delia Trevor? Senhorita Delia Trevor? Deus, será que Clarissa nunca pararia de tentar casá-lo? — Felizmente, não conheço. Presumo que ela é uma jovem debutante que você tomou sob sua asa. — Não exatamente. Embora Delia tenha se apresentado nesta última temporada, ela tem quase a minha idade... E é uma amiga. Seu irmão morreu no ano passado em um acidente horrível e ela e a esposa dele, Brilliana Trevor, ficaram sem nada, além de uma propriedade endividada para manter. Então, a tia de Delia, Lady Pensworth, trouxe as duas para Londres para a Temporada. — Agatha Pensworth, esposa do falecido Barão Pensworth? A mulher que costumava ser grande amiga da minha mãe? — Ela mesmo. Suponho que se conheceram? — Anos atrás, antes da minha mãe morrer. Pelo que me lembro, ela raramente media suas palavras. — Ela não tolera bobagem facilmente. E ela tem um carinho especial por sua sobrinha, é por isso que todas estão na cidade. — Então, sua senhoria pode encontrar maridos para as duas jovens damas. — Sim, mas acho que Lady Pensworth está mais preocupada com Delia, já que a viúva do Sr. Trevor já lhe deu um filho que vai herdar a propriedade. Para tornar Delia mais elegível, Lady Pensworth concedeu um dote de mil libras a ela, o que deve atrair alguns cavalheiros aceitáveis. Isso o colocou em guarda. — Não eu. Ela revirou os olhos.

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— Claro que você não. As coisas nem sempre lhe dizem respeito, pelo amor de Deus. Ela precisa de alguém decididamente mais jovem. Ela tem apenas vinte e três anos afinal. Decididamente mais jovem? — Espere aí, eu não sou tão velho assim. Tenho a mesma idade do seu marido. — Verdade. — Seus olhos brilharam para ele. — E dado seus hábitos noturnos, você aparentemente possui a resistência de um homem muito mais jovem. Ninguém o vendo com pouca luz adivinharia que você tem trinta e três. Ele a olhou desconfiado. — Eu me lembro de você ter me pedido um favor, querida menina. Você não está sendo muito esperta para consegui-lo. — Assim, estou preocupada com Delia, que parece um tanto distraída ultimamente. Ela continua recebendo bilhetes aos quais foge furtivamente para ler e ela adormece no meio de bailes. O pior de tudo: ela diz que não pode comparecer a nossa festa de campo, que eu de certa forma planejei na esperança de apresentá-la a cavalheiros elegíveis. — Ela lançou lhe um olhar aguçado. — Jovens cavalheiros elegíveis. Trinta e três anos não era velho, não importava o que sua prima de língua afiada pensava. — Talvez a sua amiga tenha outro compromisso. Clarissa levantou uma sobrancelha para ele. — Certo. Ela precisa de um marido e você está agradavelmente tentando fornecer-lhe

uma

seleção

de

potenciais

maridos.



Ele

sorriu

presunçosamente para ela. — Quão ingrato da parte dela não conformar-se com os seus planos. — Quando foi a última vez que você viu qualquer mulher solteira com perspectivas limitadas recusar a oportunidade de comparecer a uma festa de campo, na casa de um conde e uma condessa com nossas conexões? Ele odiava admiti-lo, mas ela tinha um ponto. — Então, o que você quer que eu faça sobre isso?

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— Pergunte por aí no St. George. Veja se os cavalheiros ouviram alguma fofoca sobre ela. Descubra se alguém conhece algum canalha que tem estado... Bem... Caçando-a por seu dote. Uma luz se acendeu em sua cabeça. Talvez isso realmente não fosse sobre uni-lo com sua amiga. Durante seu debut, anos atrás, Clarissa fora o objeto das atenções de um canalha e isso quase destruiu a vida dela e do irmão. Então, ela tendia a ser sensível sobre as mulheres que podiam ser vítimas de caçadores de fortunas. De fato, tendo descoberto este verão pelo o que ela passara (e antes disso, pelo o que a irmã de Edwin passara num âmbito menor) ele ficou muito mais consciente de quão facilmente os homens atacavam até as mulheres mais respeitáveis. Foi por isso que Edwin entrou em St. George e Warren juntou-se a ele: para garantir que homens que se importavam com as mulheres em sua vida pudessem cuidar delas de forma mais eficaz, em uma sociedade onde caçadores de fortuna e canalhas eram abundantes. Mas ainda era problemático para ele fazer o que Clarissa pediu. — Você percebe que se eu começar a perguntar no clube sobre a situação de uma jovem dama elegível, nossos membros assumirão que estou interessado em cortejá-la. — Tolice. Todo mundo sabe que você prefere anjos caídos a amores da sociedade. — Eu gosto bastante das mulheres da sociedade... Contanto que tenham maridos desatentos ou mortos. Torna as coisas infinitamente menos complicadas. E havia muitas dessas mulheres por aí, a qual era uma das razões pela qual ele não estava interessado em se casar. Ele tinha um pronto fornecimento de companheiras de cama sem ter que se amarrar a grilhões. — Meu ponto é — ela disse, irritada — todos sabem das suas preferências. E fazer perguntas é o objetivo de St. George, não é? Fornecer um lugar onde cavalheiros possam determinar o caráter de vários pretendentes? — Para suas parentes. — Ele disse concisamente. — Não para as amigas de suas parentes.

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Clarissa olhou para ele. — Ela não tem um homem para protegê-la. E receio que todos os sinais indiquem que ela tenha encontrado alguém inadequado, razão pela qual está se comportando de forma estranha. Eu não quero vê-la acabar presa em um casamento desastroso. Ou pior. Ambos sabiam o que o “pior” era, já que a própria Clarissa havia passado por isso. Droga. Ele pode não ter sido o guardião de Clarissa por algum tempo, mas ela ainda sabia como cutucar sua consciência. E o atormentava que não estivesse estado ciente do que fora feito a ela antes que ele se tornasse seu guardião, que fora necessário a percepção de seu melhor amigo para ver isso. — Seria um grande favor para mim. — Clarissa continuou. — Vou te dizer: ela está aqui, então deixe-me apresentá-los. Você pode passar alguns momentos falando com ela e ver se estou certa por me alarmar. Se achar que estou excessivamente preocupada, pode sair daqui com a minha bênção e nunca se preocupar com isso novamente. Mas se achar que eu possa estar certa... — Tudo bem. Mas você me deve uma por isso. E eu prometo que vou cobrar minha dívida a longo prazo. — ele forçou um sorriso — No mínimo, você deve me apresentar a algumas viúvas rechonchudas com moral duvidosa e uma tendência para a diversão. — Humm — ela disse, revirando os olhos. — Eu vou ter que falar com meu cunhado sobre isso. Ele tem mais conexões entre esse tipo do que eu. — Sem dúvida. — O cunhado dela costumava utilizar algumas “desse tipo” como modelos em suas pinturas. — Mas eu posso falar com o Keane sem a sua ajuda. Então, eu suponho que me contentarei com a sua promessa de não se ofender se eu recusar o seu convite para a sua festa de campo. — Havia uma possibilidade de você aceitar? Chocante. Ainda assim, eu tinha a esperança... — Então, onde está essa mulher que você deseja me apresentar? Clarissa suspirou.

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— A última vez que a vi, ela estava bem ali perto da fonte. — Quando ela se virou naquela direção, enrijeceu. — O que na terra aqueles rapazes estão fazendo junto com a Delia? Ela caminhou pelo gramado e ele a seguiu, observando o grupo a que ela se dirigia: uma mulher, cercada por três jovens cavalheiros, que pareciam estar pescando — pescando? — na fonte. Ele reconheceu os homens. Um era um bêbado, outro um libertino muito conhecido e o terceiro um jogador notório com o nome de Pitford. Todos os três eram caçadores de fortuna. Não admira que Clarissa estivesse preocupada com sua amiga. Ele voltou sua atenção para a garota, que estava de costas para ele, e usava um vestido xadrez azul e verde com um xale listrado rosa e amarelo e um penteado emplumado que adicionava alguns centímetros à sua altura. Pela primeira vez, ele desejou que seu novo rei não tivesse recentemente retirado a exigência para a população de usar luto pela morte de George IV. Mesmo o embotamento de vestidos preto e cinza, tanto quanto os olhos podiam ver, seria preferível àquele pesadelo de cores. Além do mais, qualquer mulher que se vestia dessa maneira seria obrigatoriamente uma tola sem cérebro. Ele suspirou. Ela seria um incômodo na melhor das hipóteses, um peso morto na pior. Não havia nada que lhe desgostasse mais do que uma fêmea frívola, a menos que ela estivesse sentada em seu colo em um bordel, e em tal caso a inteligência dificilmente importava. Enquanto se aproximavam, Clarissa perguntou: — O que está acontecendo aqui? O jovial companheiro com as bochechas já avermelhadas por ter bebido muito champanhe disse: — O fecho do bracelete da Senhorita Trevor quebrou e este caiu na fonte, por isso estamos tentando tirá-lo de lá para impedi-la de arruinar suas mangas. — Eu prefiro arruinar todo o meu vestido do que vê-lo danificar ainda mais o meu bracelete com sua interferência — disse a garota, sua voz

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surpreendentemente baixa e gutural. — Se os cavalheiros só me deixarem passar, eu mesma irei pescá-lo. — Bobagem, podemos fazer isso — os outros dois disseram enquanto brigavam pela vara que estava com o bêbado. No processo, conseguiram espetar a Senhorita Trevor no braço. — Ai! — Ela tentou pegar a vara. — Pelo amor de Deus, cavalheiros... Warren vira o bastante. — Afastem-se, rapazes. — Ele passou entre os jumentos. Subindo a manga do casaco ao máximo que podia, ele enfiou a mão na fonte e pegou o bracelete. Então ele virou-se para oferece-lo a jovem. — Eu suponho que isto é seu, senhorita. Quando seu olhar assustado virou para ele, ele congelou. Ela tinha os mais belos olhos azuis que ele já vira. Embora seu vestido fosse ainda mais ultrajante de frente, o resto dela era comum. Alta e magra, com seios para ninguém botar defeito, ela tinha uma pele decente, um nariz afilado e uma boca de aparência um tanto lasciva. Ela era uma morena bonita o suficiente, mas de nenhuma maneira uma beldade. E não era o tipo dele. Em absoluto. No entanto, aqueles olhos... Guarnecido com longos cílios negros, eles brilhavam como estrelas contra um céu do início da noite, fazendo desejo se apertar abaixo na barriga dele. Totalmente absurdo. Até que seus lábios se curvaram em um sorriso brilhante que combinava com a incandescência dos olhos. — Obrigada, senhor. O bracelete foi um presente do meu falecido irmão. Embora eu temo que possa ter arruinado sua camisa ao recuperá-lo. — Tolice. — Ele estendeu a pulseira. — Meu valete é muito bom em seu trabalho. — Conforme ela pegava a joia dele, uma expressão estranha atravessou seu rosto. — Você é canhoto. Ele arqueou uma sobrancelha. — Que inteligente da sua parte notar.

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— Que inteligente da sua parte ser assim. E é difícil não notar, já que sou canhota também. Não há tantos de nós assim por aí. — Ou nenhum que vá reivindicar a aflição, de qualquer maneira. — Ele nunca antes conheceu uma dama que o faria. — Verdade. — Ela colocou o bracelete na bolsa de pulso com um brilho nos olhos. — Eu sempre ouvi dizer que é gauche1 ser canhoto. Bem, bem, ela definitivamente não era uma tola, se ela sabia que gauche era a palavra francesa para esquerda. — Eu sempre ouvi dizer que é um sinal de subserviência ao diabo. — Isso também. Embora a última vez que fiz uma visita a Lúcifer, ele fingiu não me conhecer. E você? — Eu o conheço apenas das nossas conversas em festas. Ele anda muito ocupado esses dias. Tem dificuldade para encaixar-me em sua agenda. — Eu posso muito bem imaginar. — Claramente ignorando os três homens a observá-los perplexos, ela acrescentou: — Ele tem todos aqueles inocentes para seduzir e apostadores para arruinar e bêbados para intoxicar. No entanto, encontraria ele tempo para perder com um companheiro como você, que vem em auxílio de uma dama tão prontamente? Você claramente não é mau o suficiente para merecer o interesse dele. — Você ficaria surpresa — disse ele secamente. — Além disso, Lúcifer tem mais prazer em corromper cavalheiros decentes do que os imorais. — Aquela tinha de ser a conversa mais estranha que ele já teve com uma debutante. — Excelente ponto. Bem, então, da próxima vez que vê-lo, dê-lhe os meus cumprimentos. — Sua voz endureceu quando ela lançou um olhar de lado para seus companheiros. — Ele parece ter sido excessivamente zeloso em suas atividades essa tarde. Quando os cavalheiros pareceram ofendidos, Clarissa se intrometeu apressadamente:

1

Nesse caso a palavra “gauche” parece ser um trocadilho, já que, além de significar “esquerda” em francês, também é traduzido do inglês como “algo desastroso, que não é gracioso ou é socialmente estranho”.

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— Não sejam bobos. O diabo fica tão ocupado quanto as pessoas lhe permitem, e não vamos permitir que ele se demore por aqui, vamos, Warren? — Ela deslizou a mão na dobra do cotovelo dele. — Não, de fato. Isso seria um pecado. — Assim como meus maus modos. — Clarissa sorriu para a amiga. — Eu negligenciei a sua apresentação. Delia, apresento-lhe o meu primo, o Marquês de Knightford e salvador de braceletes. Warren, esta é minha boa amiga, a Senhorita Delia Trevor, a mulher mais inteligente que eu conheço, apesar da gauche mão canhota. Cinicamente, ele esperou que o sorriso da Senhorita Trevor se iluminasse quando ela percebesse que excelente partido ele seria. Então, ficou surpreso quando este se desvaneceu para polidez. — É um prazer conhecê-lo, senhor. Clarissa me falou muito sobre você. Ele estreitou seu olhar sobre ela. — Tenho certeza que ela falou. Minha prima ama fofoca. — Não mais do que você ama fornecer conteúdo para tal, pelo que eu ouvi. — Eu gosto mesmo de dar às fofoqueiras algo de que falar. — Sem dúvida, elas apreciam isso. Caso contrário, elas estariam limitadas a zombar de solteironas e então eu nunca teria qualquer descanso. Ele bufou. — Eu dificilmente a consideraria uma solteirona, senhora. Minha prima me disse que esta é sua primeira Temporada. — E esperançosamente minha última. — Como os outros companheiros protestaram sobre isso, ela disse: — Ora, ora, cavalheiros. Vocês sabem que eu não sou do tipo da sociedade. — Ela fixou Warren com um olhar frio. — Fico melhor com companhias menos majestosas. Vocês, meus senhores, são muito mundanos e sofisticados para mim. — Eu, de alguma forma, duvido disso — disse ele. — Ouvi dizer que a dança está começando — Clarissa interpôs. — Talvez vocês dois possam decifrar isto se dançarem juntos essa música.

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Ele teve que abafar a risada. Clarissa não era geralmente tão desajeitada em suas maquinações sociais. Ela devia realmente gostar desta garota. Ele estava começando a entender o porquê. A Senhorita Trevor era bastante divertida. Pelo menos quando ela não o estava olhando de nariz empinado por seus lapsos morais. O que era estranho para uma mulher que se esgueirava para se encontrar com um pretendente inadequado, não era? — Excelente ideia. — Ele estendeu a mão para a jovem. — Vamos? — Agora veja aqui — Pitford interrompeu. — A Senhorita Trevor já prometeu a primeira dança para mim. — É verdade — ela disse a Warren, uma pitada de desafio em seu tom. — Prometi todas as danças esta tarde. Humm. Warren virou-se para Pitford. — Fulkham estava procurando por você mais cedo, meu velho. Ele está na sala de carteado, eu acredito. Eu só vou lá e direi que ele pode encontrá-lo dançando com a Senhorita Trevor. Pitford empalideceu. — Eu... É... Não posso... Isso é... — Ele fez uma reverência à Senhorita Trevor. — Perdoe-me senhora, mas terei que ceder esta dança para sua senhoria. Eu esqueci um compromisso anterior. O sujeito saiu correndo para os portões tão rápido quanto suas calças apertadas deixavam. Provavelmente porque ele devia a Fulkham uma carroça de dinheiro. E a retirada de Pitford foi o suficiente para os outros dois cavalheiros desculparem-se, deixando Warren sozinho com sua prima e a Senhorita Trevor. Sorrindo, ele ofereceu o braço novamente para a amiga de Clarissa. — Parece que você agora está livre para dançar. Vamos? Para choque dele, a mulher descarada hesitou. Mas ela, obviamente, era inteligente demais para recusar um marquês e tomou o braço que ele ofereceu, embora ela não o olhasse, encarando sombriamente à frente.

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Enquanto se dirigiam para o gramado onde a dança estava acontecendo, ela disse em tons cortados: — Você sempre consegue o que quer, Lorde Knightford? — Eu certamente tento. Qual a vantagem de ser um marquês se não puder fazer uso do privilégio de vez em quando? — Mesmo que isso signifique abusar de algum pobre coitado para que este fuja de uma boa festa? Ele lançou lhe um longo olhar. — Pitford está enterrado em dívidas e a procura de uma esposa rica. Você deveria me agradecer. — Eu sei o que Pitford é. Eu sei o que todos eles são. Isso não me importa o mínimo. Não tenho nenhum interesse romântico em qualquer um deles. Puxando-a para o redemoinho de dançarinos, ele disse: — Porque você prefere um companheiro que deixou para trás, em casa? Ou porque você está de olho em outro na cidade? A expressão dela tornou-se cautelosa. —

Para

um

homem

de

enorme

importância,

você

está

surpreendentemente interessado em meus assuntos. Por que isto? — Estou apenas dançando com a amiga da minha prima — disse ele suavemente. — E para uma mulher que não tem “nenhum interesse” nos três caçadores de fortuna com quem você estava, você certamente encontrou uma boa maneira de fazê-los competir por sua atenção. Ela o encarou. — Eu não tenho ideia do que você quer dizer. — O fecho daquele bracelete não estava quebrado, Senhorita Trevor. — Quando ela piscou, ele sabia que acertou em cheio. — Então só posso imaginar que você teve algum outro propósito para deixá-lo cair na fonte. Conforme eles se aproximaram na dança, ele baixou a voz. — E se não foi para envolver o interesse daqueles homens em você pessoalmente, eu tenho que imaginar que outra razão você pode ter para arriscar uma relíquia tão sentimental. Importa-se de me esclarecer?

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Capítulo Dois

Graças aos céus que a dança os separou naquele momento, dando a Delia uma oportunidade para deliberar sua resposta enquanto realizava os movimentos. Já era ruim o suficiente que sua senhoria tivesse colocado Lorde Pitford para correr, ele tinha que também insistir em meter o nariz nos assuntos dela? Homens como ele não faziam nada sem uma razão. Eles simplesmente não deixavam ninguém saber qual era essa razão. Como seu irmão, Reynold. O luto se apertou em sua barriga e ela cerrou os dentes. Ela recusava-se a pensar nisso naquele momento, em como ele egoisticamente tinha-lhe abandonado. Como se atrevia a deixá-la para limpar sua bagunça, para garantir que Brilliana e o pequeno Silas estivessem seguros? Ele provavelmente assumiu que ela simplesmente se casaria com algum rapaz que cuidaria deles. Mas, além das dificuldades práticas disto, depois do pai dela e Reynold, a última coisa que ela precisava era de outro homem egoísta em sua vida. Assim, embora ela quisesse desfrutar deste mundo brilhante de danças e música e graciosos lordes, ser jovem e despreocupada, não podia. Ela tinha uma família para cuidar. E agora tinha Lorde Knightford, um libertino bem conhecido, suspeitosamente pedindo-lhe para dançar. Certamente, ele conseguia perceber quando sua prima estava em seu habitual modo casamenteiro, então por que aguentava isso? A menos que ele tivesse alguma outra razão para seguir com isso. Poderia ele estar verdadeiramente interessado nela? Delia olhou para o outro lado do círculo que ela e Lorde Knightford formavam com outro casal. Altamente improvável. Um marquês rico como ele poderia ter qualquer mulher que quisesse. Especialmente quando possuía insondáveis olhos escuros, maxilar cinzelado o suficiente para cortar vidro, e cabelos pretos da

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cor do corvo perfeitamente penteados que faziam uma mulher querer estender a mão e despenteá-lo. O que ele faria se ela fizesse isso? Deus, ela devia ser idiota. Ele poderia muito bem ser o inimigo. Não importava que ele supostamente devia ser um daqueles rapazes de St. George, um protetor autoproclamado da virtude das mulheres, que compartilhavam informações sobre caçadores de fortuna para determinar quem era perigoso e alertar as suas parentes femininas. Seu sorriso devasso provava que ele era qualquer coisa, menos um protetor. A menos que… Oh, tolice. Clarissa devia ter intimidado Lorde Knightford para alertar a Delia sobre aqueles três caçadores de fortuna. Atrapalhando tudo. Clarissa era uma amiga adorável, uma das poucas na alta sociedade em que Delia confiava, mas ela não podia permitir-se a interferência da condessa. Não nisso. Delia e Lorde Knightford se aproximaram na dança novamente. — Bem? — ele incitou. — Por que você deixou cair seu bracelete? — A verdade, senhor? — disse ela, enrolando. — Em geral ela é mais interessante do que uma mentira, então sim. Oh, ele não tinha ideia. Mas neste caso, a verdade era simplesmente ultrajante o suficiente para desencadear uma resposta honesta. Ela duvidava que ele era o homem que ela estivera caçando durante todos estes meses, não fazia sentido para um marquês rico ser um trapaceiro nas cartas, mas não machucaria poder testemunhar a reação dele. — Eu queria ver se os cavalheiros tinham tatuagens. Boquiaberto, ele realmente errou um passo, o que ela achou bastante satisfatório, já que o homem dançava bem demais para a sanidade de qualquer mulher. Isso também a convenceu de que ela estivera certa em sua suposição sobre ele. Um homem culpado teria procurado esconder seu choque. Além disso, pelo menos um de seus braços inferiores não apresentava marcas, ela o viu claramente através do tecido translúcido de sua camisa molhada. Embora isso não necessariamente o eliminasse de ser ligado ao homem que ela procurava.

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Ele rapidamente recuperou a compostura. — Eu suponho que você está falando sobre essas coisas vis que os marinheiros colocam na pele? — Eu não as descreveria como vis. Eu tenho um fascínio por elas, veja. — Por que? Você quer fazer uma? Ela não pôde impedir sua explosão de risos. — Claro que não. Se ser canhota é gauche, simplesmente imagine o que as fofocas fariam de eu ter uma tatuagem. Isso simplesmente não é feito. — Ainda assim, você pensou que aqueles companheiros, cavalheiros de classe, nada menos, poderiam tê-las. — Eu esperava que eles poderiam ter. De que outra forma eu poderia dar uma olhada mais de perto em uma? Lorde Knightford teve apenas tempo suficiente para olha-la, incrédulo, antes da dança separá-los mais uma vez. Mas a música não poderia abafar a memória do discurso retórico de seu irmão, na noite antes de sua morte: Eu devia ter sabido que o canalha era um trapaceiro quando vi a tatuagem de sol acima de seu pulso. Que lorde de qualquer caráter sujaria seu corpo com uma coisa dessas? Que lorde, de fato? Um lorde que arruinaria um homem para o seu próprio lucro e o levaria a se jogar no… Delia engoliu sua raiva fútil. Ela acreditou em Reynold quando ele jurou nunca adquirir os hábitos de papai. Quando ele alegou preferir cuidar de sua propriedade, Camden Hall. Mas ele provara ser tão imprudente quanto o papai. Não só ele tinha jogado, mas alguém lhe levara tudo por meio de trapaça. Ela descobriria quem fora. Ela criaria uma armadilha para o canalha em que ele trapacearia novamente e então ameaçaria expô-lo se ele não pagasse de volta o dinheiro que roubara de Reynold. Infelizmente, Reynold se recusara a dizer o nome do trapaceiro, não importando o quanto ela lhe implorara. Tudo o que Delia tinha para continuar era a menção de ele ser um lorde com uma tatuagem de sol. Ela estivera à

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procura de tal homem todo o tempo em que esteve em Londres para seu debute, mas não fora fácil. Nenhum cavalheiro descobriria os braços para uma dama, exceto em situações inevitáveis, a qual ela estivera tentando criar quando Lorde Knightford arruinou tudo e espantou seus suspeitos mais recentes. Agora ela teria que encontrar sua informação de outra maneira. Talvez de sua senhoria, assumindo que ele era tão fofoqueiro quanto sua prima. Ele se aproximou dela na dança novamente. — Então você quer ver uma tatuagem em carne e osso. — Na carne, para ser mais precisa. — Ela forçou um leve sorriso. A cada dia se tornava mais difícil esconder seu desespero pela verdade. — Você conhece alguém que tenha uma? — Ninguém respeitável o suficiente para apresentar a você. — Então, nenhum cavalheiro. Que incômodo. — Cavalheiros não tem tatuagem — disse ele com firmeza, o que não a ajudava de forma alguma. — E por que na Terra você teria essa fascinação com elas, de qualquer forma? Isto não é exatamente um interesse muito próprio de uma dama. — Visitas noturnas a saunas não são um interesse muito cavalheiresco, mesmo assim isso não o impede. Ele levantou uma sobrancelha. — Vejo que a minha prima contou-lhe um pouco sobre mim. — O suficiente para eu estar ciente de suas... Inclinações. — Que injusto, já que eu não sei nada sobre as suas inclinações, além de sua predileção por tatuagens. Você bebe xerez? Escreve romances chocantes? — Ele se inclinou mais perto para sussurrar: — Borda mensagens secretas safadas em protetores de lareiras? Uma risada lhe escapou. Ele estava tentando distraí-la de seus próprios vícios sendo encantador, maldito fosse. E estava funcionando.

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— Temo que não bordo muito de qualquer coisa. Sou horrível com uma agulha. — Ela o olhou de cima para baixo. — Além disso, mensagens secretas safadas parecem mais o seu tipo de inclinação. — Confie em mim, quando passo minhas noites nas saunas, não preciso de mensagens secretas. Eu digo exatamente quais minhas intenções. — Então você admite passar suas noites nas saunas. — Por que não admitiria? É a verdade. — Ele a guiou num giro, fazendoa sentir-se tonta. — Presumo que você desaprova. — Eu não tenho sentimentos sobre isso de uma forma ou de outra. — Ela, na verdade, preferia libertinos honestos a cavalheiros mentirosos. Não que esse libertino estivesse interessado nela. Ele decididamente não estava. — Por que eu deveria me importar se você visita bordéis? A julgar pelo seu olhar minucioso, sua observação o surpreendeu. — Porque você é uma mulher em busca de um marido e eu sou um homem elegível? Ela jogou esse absurdo de volta para ele. — É, realmente? Fiquei com a impressão de que você não era remotamente elegível, não tendo nenhuma pressa para se casar. E, na verdade senhor, nem eu tenho. — Eu posso ver porque — ele falou pausadamente — se você está esperando por um cavalheiro tatuado. — Não seja ridículo. Eu quero olhar para um, não casar com um. — Bem, se eu ouvir falar de um, terei a certeza de lhe dizer. — A dança terminou e ele a levou muito lentamente à beira do gramado. — Então, quem está lhe aguardando para a próxima dança? — Você o espantou, também — ela disse —, então suponho que ficarei sentada durante esta. — Não há necessidade disso. Já que é minha culpa que você está sem um parceiro, eu ficaria feliz de dançar com você novamente. Ela o olhou de canto com desconfiança. — A valsa? Você sabe que se dançar uma valsa comigo depois de ter acabado de dançar uma peça comigo, as pessoas vão falar.

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— Se você não se importa, eu não me importo. — Por que não? — A verdade? — Certamente, já que estamos sendo tão abertos. Ele riu. — Se Clarissa pensar que estou mostrando interesse em você, ela vai parar de tentar me casar por um tempo e eu posso conseguir um pouco de paz. Tenho certeza que ela tem esperanças que você e eu nos enamoremos e acabemos nos casando. É por isso que ela estava tão ansiosa para me fazer ficar com você. — Ah. E você pensou que, já que eu não estou interessada em casamento, então, seria seguro ser visto regularmente comigo. — Algo parecido. Ela pensou cuidadosamente em sua ideia. Ela tinha certas vantagens. Ela poderia se mover na sociedade com mais facilidade. Mas ela teria um lorde seguindo seus passos. — Eu gosto do seu plano, mas duvido que ele funcionaria. Clarissa sabe que você não é do tipo que se apaixona. Ou, no caso, que facilmente acaba se casando. E eu, definitivamente, não sou do tipo que inspira enamorices. — Enamorices não é uma palavra. — Enamorentamento? O ponto é: você é notório por não ter nenhum interesse em casamento e ela não poderia acreditar que você mudaria seu jeito simplesmente porque você colocou os olhos em mim. — Por que não? — Ele a olhou de cima abaixo. — Você é uma garota muito bonita. Cética pelo elogio facilmente dado, ela levantou a sobrancelha. — Minha figura não é exatamente estelar: minhas curvas estão em todos os lugares errados e eu não tenho nenhuma onde preciso delas. Tenho uma boca muito grande e nenhum senso de moda, para não mencionar uma deplorável tendência a dizer precisamente o que quero dizer. Tenho certeza que não sou remotamente da sua preferência.

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Mesmo ela estando se vestido mal de propósito para proteger-se de inspirar muito entusiasmo em um pretendente. Outros casais se moveram para o gramado. Ele estendeu a mão. — Vou lhe dizer o seguinte: por que não discutimos essa sua suposição fascinante enquanto valsamos? Ela hesitou. Mas, honestamente, uma valsa com ele soava extremamente tentadora. Não porque ele era bonito, elegível e possuía o par mais robusto de ombros que ela já vira em um lorde. Não. Era simplesmente porque ele poderia dar-lhe informações que ela poderia usar. — Muito bem — ela disse e pegou a mão dele. Desta vez, a dança deles era mais íntima. Os dois rodopiaram pelo gramado como um casal, a mão dele apoiada familiarmente na cintura dela e a dela descansando familiarmente em seu quadril. Suas outras duas mãos estavam juntas, coladas na verdade, e por algum motivo isso a deixou positivamente sem fôlego. Uma pontada de culpa tomou conta dela. A única razão pela qual ela concordou com um debute foi para que pudesse encontrar quem tinha enganado seu irmão. Ela não deveria desfrutar de fazer isso. Gostar de dançar com ele. O que havia de errado com ela? Ela nunca fora do tipo que perde o fôlego por um homem e certamente não por um marquês com uma propensão para o mau comportamento. Por que ele estava tendo esse efeito sobre ela, caramba? Seus joelhos estavam bambos, pelo amor de Deus! Ela conversaria sério com eles mais tarde. Ele se inclinou mais perto e ela sentiu o fraco cheiro de colônia picante. — Então, por que você acha que não é de minha preferência? — ele perguntou em uma voz grosa e áspera que fez cada músculo de sua barriga derreter. Se ela não fosse cuidadosa, logo coraria e balbuciaria como uma dama afetada. — Porque a maioria dos libertinos preferem mulheres chamativas com seios grandes e quadris bamboleantes. Eu não sou assim.

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— Você não sabe nada sobre libertinos se acredita que todos nós temos as mesmas preferências. Vá a qualquer bordel e vai encontrar mulheres de todos os tamanhos e formas. — Ele trouxe sua boca para perto do ouvido dela para murmurar: — E um homem em cada uma de suas camas. Inclinando a cabeça para trás, ela captou o brilho em seus olhos e percebeu que ele estava tentando chocá-la. O que ele quase estava fazendo. — Diga-me, Lorde Knightford, você muitas vezes fala sobre bordéis com respeitáveis jovens damas? — Não, mas então, eu raramente discuto tatuagens com elas, também. Ela desviou o olhar e viu o lacaio do irmão dela, o enorme Owen, um dos poucos servos que ainda tinham. Ele estava de pé na beira da multidão, observando-a. Oh, céus, parecia como se ele tivesse lido sua mensagem sobre esta noite e precisasse discutir isso com ela. De alguma forma, ela deveria se livrar desse marquês terrivelmente intrigante. — O que é mais uma razão para nós unirmos forças — disse ele, chamando sua atenção de volta para ele. — Unir forças? — Deixar Clarissa pensar que estamos interessados um no outro. Então ela vai nos deixar em paz. E poderemos discutir tatuagens e bordéis o quanto desejarmos. — Eu não posso. — Você acabou de fazer. Amaldiçoado o homem por ser deliberadamente obtuso. — Não, quero dizer que não posso unir forças com você. — Por que não? — Simplesmente porque não posso. — Por mais que ela gostaria de reduzir não só as intenções casamenteiras da Clarissa, mas as da tia Agatha também, uma associação com sua senhoria era muito arriscada. Ela não conseguiria manter suas atividades noturnas se ele estivesse se intrometendo, não importava por qual razão. — Quer dizer que você tem alguém lhe esperando nos bastidores e você não quer que eu o assuste — disse ele.

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Sua maldita senhoria continuaria bisbilhotando até que ela o convencesse de que ela não queria ou precisava de sua interferência. Não existia um homem que acreditasse em uma mulher quando ela dizia que não estava interessada em casamento. Assim, ela poderia muito bem dizer-lhe o que ele queria ouvir. — É isso mesmo. — Ela o olhou de cima. — Eu tenho um pretendente em casa, em Cheshire. Um que eu prefiro muito mais do que todos os ricos e intitulados cavalheiros em Londres. É por isso que eu não estou interessada em ser cortejada por aqui. Ele não pareceu convencido. — Entendo. E qual é o nome do rapaz, se posso perguntar? Freneticamente ela vasculhou a mente por um. — Owen… Ouse. — Oh Deus — Sr. Phineas Owenouse. — Owenouse? — Com uma risada, ele a rodopiou pela valsa. — Que tipo de sobrenome é esse? — Ora, é galês, é claro. — Delia não conseguiu evitar, com Owen no cérebro, havia sido o primeiro nome a surgir na sua mente. Ela era geralmente melhor na dissimulação do que isso, mas sua senhoria havia lhe desestabilizado. — Ele é um agricultor. Nós temos muitos Owenouses em nossa cidade. Oh, por que ela insistiu nesse nome? Claramente Lorde Knightford não acreditava nela. — Hum. E por quanto tempo você tem uma paixonite por este Phineas Owenoose? — Owenouse. Como: “casa de Owen”2, exceto sem o h. — Ah. E esse Owenouser tem uma paixonite por você também? — Seus olhos brilhavam com desconfiança. — O-w-e-n-o-u-s-e, não Owenouser. E espero que sim ou por que eu fixaria minhas esperanças nele? — ela disse alegremente, ignorando a outra pergunta dele. 2

No original “Owen’s house”. “House” significa casa, por isso ela diz que é casa, mas sem o h.

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Ele aumentou o aperto na cintura dela. — Ah, mas se você já tem um pretendente, por que Lady Pensworth está fazendo seu debute? Boa pergunta. — Bem… É... Minha tia não aprova Phineas, é claro. Ela quer que eu me case bem e um fazendeiro galês não é bom o bastante para ela. — Delia não conseguia dizer se ele acreditava nela ou não. Ela continuou, sabendo que embelezar um conto com detalhes muitas vezes o tornava mais crível. — Mas ele é um homem maravilhoso, que cria galinhas, porcos e vacas. Seus olhos se estreitaram sobre ela. — Ele cria tudo isso, não é? E planta também, suponho. — Claro. Há cevada e centeio e milho e… — Céus, que agricultor empreendedor — disse ele secamente. — Eu não sabia que se podia cultivar milho em Cheshire. Uh-oh. Muitos detalhes também poderiam arruinar um conto. — Bem, é claro que se pode — Ela esperava que pudesse, de qualquer maneira. Reynold só cultivara linho em sua terra, para as fábricas de linho locais. — Em Shropshire — ele disse — apenas um condado depois de Cheshire, o milho não cresce bem de jeito algum. Reynold e papai lhe tinham ensinado que a melhor maneira de ganhar no jogo de cartas era partindo para o ataque. Certamente isso se provaria verdade em como lidar com lordes arrogantes, também. — Como você saberia? Clarissa disse que sua propriedade está em Wiltshire. Uma estranha luz brilhou nos olhos dele. — Uma delas. Mas eu possuo uma casa de caça nas redondezas de Shropshire há anos. — Então você planta em sua casa de caça, não é? A irritação passou rapidamente sobre o rosto dele. — Claro que não planto… O que isso tem a ver com alguma coisa?

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— Estou apenas dizendo que se você não planta e provavelmente não se encontra com muito agricultores, então não pode saber muito sobre a agricultura local. — Ela lançou um olhar furtivo para Owen. Ela tinha que se livrar de sua senhoria. Estava claro pela expressão de Owen que ele precisava falar com ela. E ele não se atrevia a ficar ali fora muito tempo ou tia Agatha se perguntaria por que ele não estava com os outros criados. Felizmente, a valsa estava terminando. Assim que a música parou e um fez reverencia para o outro, ela disse: — Obrigada pela dança, Lorde Knightford. Foi muito intrigante. Desejolhe sorte com Lady Clarissa. Mas quando se virou para ir embora, ele a pegou pelo braço. — Eu devo guia-la para fora da pista de dança. — disse ele com firmeza. Ela forçou uma risada. — Este é um gramado, senhor. E eu posso encontrar meu próprio caminho, obrigada. Seus olhos se estreitaram sobre ela. — Tem certeza de que não vai considerar juntar forças comigo para impedir que a Clarissa nos atormente com sua mania casamenteira? Seu Phineas Owenhammer nunca terá de saber. Ela começou a corrigi-lo no nome de novo, depois desistiu. — Ah, mas meu querido Phineas poderia ouvir sobre isso nos jornais. Você é um assunto muito popular nas colunas de fofocas, sabe. E dadas as dificuldades que ele e eu já enfrentamos para estarmos juntos, eu não quero correr nenhum risco. Desta vez, quando ela se afastou, ele a deixou ir, mas ela podia sentir seus olhos sobre ela durante todo o caminho. De alguma forma, ela conseguiu prender sua atenção e isso não era bom. Ela só podia esperar que seu interesse por ela fosse tão fugaz como o seu interesse em todas as outras mulheres que tinha ouvido associadas a ele. Porque de uma maneira ou de outra, ela encontraria o homem que trapaceou no jogo com Reynold. E nem Clarissa nem o marquês perturbadoramente belo iam ficar no caminho disso.

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Capítulo Três

Conforme a Senhorita Trevor se afastava, Warren inclinou-se e agarrou uma pluma de seu penteado. Ela tinha tantas dessas coisas malditas que não sentiria falta de uma e ele precisava de uma desculpa para se aproximar dela novamente. O que ele tinha toda a intenção de fazer. Porque Clarissa estava certa, havia algo acontecendo com a Senhorita Trevor. Ele não tinha certeza do que, mas sabia que sua história sobre seu “pretendente” era conversa fiada. Ela era boa em mentir, ele lhe concederia isso, mas Phineas Owenouse? Ele apostaria que não havia um homem na terra com um nome tão ridículo, galês ou não. Sem mencionar que ela tivera problemas para descrever o que ele fazia para viver. Fazendeiro, ah claro! Nenhum fazendeiro fazia tudo o que ela descreveu. O sujeito teria que ser podre de rico e haviam poucos fazendeiros que eram tão ricos. Além disso, ele notou seus olhares furtivos ao servo de pé na beira da multidão. Algo estava acontecendo. De quem era o servo e por que ela se comunicaria com ele tão furtivamente? Ela estava organizando um encontro amoroso? Aceitando uma dessas notas que supostamente lia em bailes? E por que ele se importava, de qualquer maneira? A mulher tinha um gosto deplorável para roupas, era uma dor na bunda e quase certamente não valia a preocupação de Clarissa. Ela também tinha uma maneira franca que o intrigava, um vivo prazer pela dança e um fresco aroma de limão que o fazia pensar em tortas, não só do tipo doce, mas do outro tipo. E, ao contrário da maioria das debutantes, ela não parecia se importar com o que ele pensava dela. Era enlouquecedor. Mulheres de sua posição, normalmente, tentavam ficar nas boas graças dele; elas não tentavam escapar de seus avanços. Ele era um maldito marquês, pelo amor de Deus, praticamente o santo graal dos maridos na sociedade.

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E ela falou sobre coisas que nenhuma debutante jamais discutiria. Ela tinha um raciocínio rápido e um sorriso pronto e sua risada gutural faria qualquer homem se imaginar fazendo amor com ela. Frequentemente. Completamente. Ele gemeu e reprimiu uma explosão surpreendente de luxúria. Ele deveria estar protegendo-a de ser violada por algum caçador de fortunas, não tramando para ele mesmo violá-la. Clarissa queria que ele salvasse a Senhorita Trevor de problemas e isso era o que ele pretendia fazer. Nos anos que passaram, ele deveria ter pressionado mais Clarissa sobre o porquê de ela resistir ao casamento. Se ele soubesse a verdade, talvez ele poderia ter evitado algumas das coisas que ela teve de suportar mais tarde. Fazer esse favor percorria um longo caminho para aplacar sua consciência culpada sobre isso. Além disso, depois de tudo que sua tutelada havia sofrido, ela merecia não ficar se preocupando com sua amiga sendo vítima de um canalha. Clarissa, em sua condição delicada, não precisava de mais preocupações pesando sobre ela. Certo. Era por isso que agora ele estava furtivamente indo em direção a uma mulher que não queria suas atenções. Por causa de alguma necessidade de proteger sua antiga tutelada. A verdade era: ultimamente sua vida havia se tornado uma monotonia de quartos esfumaçados e noites encharcadas de conhaque, gastas nos braços de mulheres que ele não conseguia nem se lembrar. Ele precisava de um desafio. Desvendar o mistério da Senhorita Trevor certamente seria um. E desde que ela alegou não ter nenhum interesse romântico nele, ele não teria de se preocupar com ela quebrar sua promessa e querer colocar-lhe os grilhões nas pernas assim que ele tocasse em suas mãos. O objeto de suas atenções alcançou o servo corpulento ao que parecia estar se dirigindo e então virou-se para olhar para trás de si. Rapidamente Warren fingiu prestar atenção a uma outra mulher na extremidade oposta do

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gramado. Mas assim que a Senhorita Trevor virou as costas para ele, ele observou como ela e o rapaz de libré entraram em um caminho pouco usado pelo jardim. Hum! Isso estava ficando mais curioso a cada minuto. Girando a pena dela na mão, ele os seguiu. Certamente a Senhorita Trevor não era tão tola a ponto de envolver-se com um servo. Ela parecia muito sensata para isso, mesmo se ela estivesse inventando aquele ridículo Phineas Owen-qualquer coisa. O que significava que o servo devia estar conectado ao seu admirador secreto ou a quem quer que ela estivesse fugindo para se encontrar. Ele se aproximou do par, mantendo-se perto das árvores para que pudesse segui-los sem ser detectado. Quando chegou perto, ele ouviu a Senhorita Trevor falando em um tom irritado: — Mas tem que ser hoje à noite! — disse ela. — Eu tenho algumas poucas preciosas noites sobrando em que posso ir. A tia Agatha já está chateada por ter que permanecer na cidade durante todo o verão. Se não fosse pelo rei estar morto e todo mundo ter que voltar a Londres para a abertura do Parlamento na próxima semana, ela já teria nos despachado para Cheshire até o próximo ano. Interessante. A fedelha não parecia particularmente ansiosa para voltar para casa e se reunir com seu modelo ideal de fazendeiro. Ele se esgueirou para trás de uma árvore para escutar. — Mas, senhorita, é muito perigoso! — disse o servo. — Só hoje sua cunhada me perguntou com quem eu estava ontem à noite. Ela me viu pela janela durante as primeiras horas da manhã, acompanhado por, como ela disse: “um rapaz que ela não reconheceu” e achou estranho. Se ela contar para a sua tia sobre isso… — Nós somente teremos que ser mais cuidadosos. Saia por outra porta, uma que não se encontre abaixo da janela dela. Então a Senhorita Trevor estava se encontrando com algum rapaz de noite, aparentemente escoltada por este servo. O servo de sua tia? Devia ser. — Eu não sei, senhorita... — ele começou, mostrando que não era um completo idiota.

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— Você me deve isso. Você deve isso a ele, Owen. Owen? Ele abafou uma risada. Owenouse. Claro. Mas quem era o “ele”? Provavelmente seu desafortunado pretendente. O homem bufou exasperadamente. — Senhorita, eu sei o meu dever. Mas temos de ter cuidado. — Teremos, confie em mim. Eu não tenho mais vontade de ser pega do que você. Muito está em jogo. Maldita mulher imprudente. Ela provavelmente imaginava estar apaixonada pelo canalha que fosse com quem estivesse se encontrando. Warren fez uma careta. Ele considerava-se relativamente bom juiz de caráter e realmente pensara que ela era inteligente demais para ser enganada por algum caçador de fortunas. Que decepção descobrir que até mesmo uma mulher inteligente poderia ser estúpida quando se tratava de homens. Ela prendeu o xale mais firmemente sobre os ombros. — É melhor eu voltar para o café da manhã antes que alguém perceba que eu sumi. Não se esqueça, nos encontramos a uma da manhã. — Então, dando as costas a ele, ela voltou pelo caminho. Essa era a sua deixa. Ele não ia embora dali sem pelo menos lembrar-lhe que ela estava brincando com fogo. Ele saiu de detrás da árvore para abordá-los. — Ah, Senhorita Trevor, eu te encontrei. Ela praticamente ficou de cabelo em pé. Excelente. Talvez colocasse o temor de Deus dentro dela, desde que claramente não possuía nem o sentido de uma cabra. — Lorde Knightford! Eu… Hum… — Você deixou cair isso quando deixou a dança. — Ele estendeu a pena. — Eu queria devolver. — Que gentil da sua parte. — Ela pegou a pena. — Mas como você sabe que é minha? — Eu vi ela cair à medida que você se afastava. Olhei ao redor procurando por você, mas você tinha desaparecido. Peguei este caminho na

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esperança de que poderia esbarrar em você, já que era o único nas proximidades. Isso pareceu fazê-la suspeitar, mas ele não se importava. Ele queria que ela ficasse em guarda. Que não ficasse se encontrando com um miserável caçador de fortunas na calada da noite. A experiência de Clarissa estava muito fresca e era muito dolorosa para ele se esquecer. Ainda lhe perturbava que sua prima havia sofrido assim, mesmo que não tivesse sido sob sua vigília. A Senhorita Trevor tomou a pena dele. — Obrigada. Eu aprecio sua bondade. Ele nunca tinha ouvido um agradecimento mais relutante na vida. Maldita mulher ingrata. Quando ele olhou duramente para o servo, ela aparentemente percebeu que devia se explicar. — Este é um dos lacaios do meu falecido irmão. Ele tinha uma mensagem para mim da minha tia, por isso nos afastamos para discutir o assunto em particular. — Entendo. Essa deve ter sido uma baita mensagem. — Oh, minha tia está cheia de demandas — disse ela com um aceno de mão — que precisam ser decifradas. — Bem, então, se você terminou, eu estaria feliz de escoltá-la de volta para o café da manhã. Ela empalideceu. — Na verdade, a tia Agatha não

está… Err… Se sentindo

particularmente bem, então acredito que iremos para casa. Isso era o que Ow… Isso era o que nós estávamos discutindo. — Com um aceno rápido, ela acrescentou: — Mais uma vez, muito obrigada por sua bondade e espero que aproveite o resto do café da manhã. Em seguida, ela andou pela trilha, acompanhada pelo servo. Warren seguiu em um ritmo calmo, aproveitando o balanço dos quadris cheios dela, que deviam ser as “curvas nos lugares errados” a que ela se referira.

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Mas ele apreciava um belo, roliço traseiro, então ele gostou de observar o dela. Além disso, ele caminhar atrás dela parecia agitá-la, já que ela continuava lançando olhares furtivos para trás, para ele e aumentando o ritmo das passadas. Bom. No que quer que ela estivesse envolvida parecia decididamente insensato e ele esperava tê-la feito pensar duas vezes sobre isto. Eles chegaram a festa mais uma vez e ela se dirigiu a grande velocidade em direção a tia. Enquanto isso, Clarissa se dirigiu em grande velocidade em direção a ele. — Bem? — Ela perguntou em um conciso sussurro quando o alcançou. — O que você acha? Ela não está se comportando estranhamente? Para dizer o mínimo. Mas ele não estava a ponto de dizer isso à Clarissa. Por um lado, Edwin atiraria nele se ele permitisse que a Clarissa se envolvesse em encontros à meia-noite e atividades atrevidas. Por outro lado, ele podia lidar com isso sozinho. Ele simplesmente esperaria do lado de fora da casa de Lady Pensworth esta noite, confrontaria os amantes quando se encontrassem clandestinamente e se certificaria que o caçador de fortunas parasse de brincar com o coração e a reputação da Senhorita Trevor. — Ela não está se comportando mais estranhamente do que outras mulheres jovens apaixonadas — ele disse a Clarissa. Ela franziu a testa. — Isso não diz muito. — Verdade. Mas ela parece um tipo muito sensata. — Ou ela pareceu quando ele recém a conheceu, de qualquer maneira. — Ela é, na maior parte do tempo. Mas, aparentemente, a morte de seu irmão lhe foi muito difícil e sua tia diz que ela não se recuperou totalmente, mesmo que faça quase um ano desde que aconteceu. — Você sabe se ela tem algum pretendente em casa, em Chesdhire? — Ela nunca mencionou qualquer um. Por quê? — Eu queria descartar a possibilidade de que algum rapaz indigno a seguiu até Londres.

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— Se ele seguiu, eu não vi nenhuma evidência disso. — E ela fala com carinho de sua casa? — De modo nenhum. Na verdade, ela parece ansiosa para permanecer em Londres o maior tempo possível. Assim ela poderia se encontrar com seu pretendente secreto. Isso fazia sentido. Clarissa soltou um suspiro. — Eu só não quero que ela… Que… — Eu entendo. Vou fazer algumas perguntas por aí no clube e ver o que posso descobrir, se isso vai fazer com que você se sinta melhor. — Vai, obrigada. Ele acariciou-lhe sob o queixo. — Agora, pare de se preocupar e venha dançar comigo. Se você estiver a fim. — Tiraria a mente dela da Senhorita Trevor. Ela se iluminou. — Eu estou sempre a fim de um pouco de dança. Eles se dirigiram para o gramado e pelo tempo que haviam tomado seus lugares, a Senhorita Trevor parecia ter desaparecido. O que estava bem. Deixea desfrutar de suas últimas horas acreditando que era a dona de seu próprio destino. Porque esta noite ele tinha a intenção de descobrir quem estava atrás da fortuna da bonita Senhorita Trevor. E ele garantiria que o homem nunca caçasse uma inocente novamente. ~~~~ Pouco depois das onze da noite, assim que a criada havia saído, Delia abriu o sofá/baú da janela de seu quarto. Retirou vários livros antes de levantar a tampa do fundo falso. Ela tivera a sorte de encontrar por acaso o esconderijo em sua primeira semana ali e ela fizera bom uso dele desde então. Bem quando ela estava prestes a tirar os conteúdos ocultos, bateram à porta, e uma voz abafada perguntou: — Delia? Você ainda está acordada? Brilliana. Inferno.

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Rapidamente, Delia fechou o fundo falso e começou a empilhar livros sobre ele. — Entre — ela gritou. Sua cunhada se esgueirou para dentro, parecendo um fantasma em sua camisola e xale transparente. — Espero não estar incomodando. Tia Agatha disse que você foi para cama com uma dor de cabeça, mas eu pensei ouvi-la para cá e para lá. Graças a Deus que Delia ainda estava vestida para dormir. — Sim, minha cabeça está muito melhor. Então eu me levantei para procurar algo para ler. — Ela pegou um livro e fechou a tampa superior dos assentos. — Eu não conseguia dormir. — Nem eu — Brilliana parecia perdida, como uma princesa que saíra acidentalmente de um conto de fadas. Ela sempre fora linda, toda uma beleza cujos cabelos não eram uma confusão de cachos como os de Delia. Ainda assim, Delia não conseguia sentir inveja dela. Era difícil invejar qualquer um que tivesse recebido as cartas que Brillana recebeu da vida. Brilliana sentou-se na cama e o gato persa de Delia, que estivera cochilando no travesseiro, acordou para chiar como aviso. — Esse gato me odeia— Brilliana disse com tristeza. Delia riu. — Flossie odeia todo mundo. — Exceto você. — E Reynold. Um suspiro escapou da cunhada de Delia. — É por isso que você aguenta o diabinho rabugento? Porque ela era de Reynold? Delia controlou sua raiva cheia de dor. — Suponho que sim. Eu não tenho muitas coisas para me lembrar dele. Brilliana olhou para as mãos. — Você tem um sobrinho. — Claro. Eu não quis dizer…

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— Eu sei. Isso tem sido difícil para todos nós. Delia arriscou um sorriso. — Pelo menos o pequeno Silas é inconsciente de sua falta de um pai. Você cuida bem dele. O rosto de Brilliana se iluminou. — Ele é o bebê mais lindo. Eu desejava que Reynold pudesse ver como ele cresceu — Orgulho penetrou em sua voz. — Ele anda muito bem agora. — Percebi — disse Delia. — Dê àquela criança um par de anos e ele estará guiando todos nós em uma dança alegre. Os olhos castanhos de sua cunhada escureceram para preto. — Se sobrar algum lugar para ele dançar. Com um aperto no coração, Delia se sentou ao lado de Brilliana. — Não se preocupe. Tenho tudo sobre controle. Se eu tiver alguma voz nisso, Silas terá uma propriedade livre de dívidas, em pleno funcionamento no momento em que ele for velho o suficiente para administrá-la. Brilliana olhou para o espaço. — É por isso que estou aqui, na verdade. Temo que sei como você tem a intenção de “cuidar disso”. Lutando para manter o alarme afastado da voz, Delia disse: — Do que você está falando? — A tia Agatha mencionou que o primo da sua amiga Clarissa, Lorde Knightford, estava muito interessado em você no café da manhã. Delia sufocou seu suspiro de alívio. Ela deveria saber que Brilliana não teria adivinhado a verdade. Não havia um osso suspeito no corpo de sua cunhada. — Eu não diria isso, exatamente. Brilliana agarrou as mãos dela, o que provocou outro chiado de Flossie, que tinha ciúmes de todos que se aproximavam de Delia. O gato já havia perdido Reynold, afinal. — Eu não quero que você se venda pelo nosso bem. — Me vender? — Ela colou um sorriso no rosto. — Oferecer um bom dote não é mais como comprar para mim um marido?

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— Você sabe o que eu quero dizer. Você não deveria ter que… Agradar a um velho e feio marquês na esperança de que ele vá se casar contigo e resolver todos os nossos problemas. Uma risada escapou dela. — Confie em mim, Lorde Knightford não é nem velho nem feio — Uma pena. — E ele não tem o menor interesse em se casar comigo. — Também uma pena. Não, ela não dizia isso a sério. — Você está certa? Você é mais bonita do que se dá crédito. — Bem certa — Delia disse secamente. — Embora vou admitir que Lorde Knightford pode estar interessado em fingir me cortejar para tirar a prima do pé dele. — Oh. Isso faz sentido. Disseram-me que Lady Clarissa pode ser muito convincente. — Você não tem ideia. — Delia lançou-lhe um olhar duro. — Mas teria, se não se escondesse a cada vez que ela vem visitar. Brilliana liberou as mãos de Delia e Flossie subiu no colo de Delia como se para protegê-la melhor. — Eu não me escondo. Eu estou de luto, lembra? — Você não se esconde de mais ninguém. Levantando-se para andar pela sala, Brilliana não se atreveu a olhar para Delia. — Ela é uma fina condessa, isso é tudo. Eu fico nervosa em torno de tais damas. — Brilliana balançou a cabeça, fazendo ondas exuberantes de cabelos castanhos se derramarem sobre seus ombros. — Além disso, nós não estávamos falando sobre a sua amiga. Estávamos falando sobre o primo dela. Tia Agatha diz que Lorde Knightford tem uma reputação com as mulheres. — Estou bem ciente. — Delia coçou sua gata atrás de uma orelha. E a reputação do marquês era muito merecida, a julgar pelo quão facilmente ele poderia desestabilizar uma mulher e fazer seu pulso acelerar. Um fato que Delia não se atrevia a divulgar a Brilliana. Então, ela partiu para a ofensiva.

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— De qualquer forma, por que seria errado para mim me casar em uma tentativa de salvar Camden Hall quando você está propondo fazer a mesma coisa? Brilliana deu de ombros. — Primeiro de tudo, não é provável que você se casar vá nos ajudar, enquanto eu me casar sim. Eu já fui casada, então sei como isso funciona e isso não seria tão difícil. — Não seria tão fácil assim, também. Como você vai encontrar um marido em tempo suficiente para evitar a tomada das posses? Você certamente é bonita o suficiente para atrair um homem, mas estar sobrecarregada com uma propriedade endividada e ter uma criança pequena vai complicar as coisas. Além disso, você ainda está de luto; não pode nem mesmo sair na sociedade. — Isso terminará em breve. Contanto que nós possamos convencer sua tia a permanecer em Londres um pouco mais, enquanto o Parlamento está em sessão, poderemos ter alguns compromissos sociais agradáveis onde eu possa conhecer cavalheiros. Ela disse que me daria um pequeno dote também. E, além disso, Silas precisa de um pai, especialmente alguém rico o bastante para salvar a propriedade e supervisionar sua educação como herdeiro. — Em troca de ter você sob o controle dele. — A própria ideia de sua cunhada ser forçada a se casar mais uma vez sob tais circunstâncias fazia seu estômago embrulhar. — Não é justo. Você não deveria ter que sacrificar-se por causa do meu irmão, que partiu para Londres para jogar e em seguida, abandonou você e Silas. Não foi certo da parte dele fazer o que fez contigo. Querida Delia, eu perdi tudo. Não há mais razão para viver. Cuide de Brilliana e Silas por mim. Eu não posso mais suportar isso. Me perdoe. — Ele estava bêbado. Foi um acidente — disse Brilliana. Maldição. Delia esquecera que sua cunhada não sabia a verdade sobre como Reynold havia morrido. Ninguém além de Delia sabia. — Um acidente. Sim. — Ela odiava mentir, mas não havia nenhum ponto em acumular outra carga sobre Brilliana, que já estava cambaleante debaixo de uma tonelada delas.

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Tanto quanto Delia amara o irmão, o jeito que ele conseguiu Brilliana como esposa deixara muito a desejar e a mulher merecia mais do que ser abandonada no final. A raiva crua crescendo na garganta de Delia ameaçava sufocá-la. — Eu deveria ter visto quão chateado Reynold estava e o impedido de sair naquela noite. — Se eu não sei, como você poderia? Seu irmão sempre fazia o que queria. — Como ela bem sabia. Ele era tão egoísta como qualquer outro homem. — Eu não sei mais quando ele veio a Londres para jogar. Ele nunca disse por que se sentiu compelido a fazer isso, quando afirmou não gostar de jogo tanto quanto eu? Brilliana sacudiu a cabeça. — Tudo o que ele me disse foi que queria falar com um amigo. — Uma sombra cruzou seu rosto. — Imagine minha surpresa quando eu soube que ele tinha ido a algum antro de jogo, onde ele tinha perdido tanto dinheiro e que teve de hipotecar Camden Hall para pagar sua dívida. Esse foi o ponto crucial. Reynold tinha jogado com estranhos sem nenhum motivo que eles poderiam descobrir e a única maneira que Delia poderia salvar a propriedade de ser tomada, salvar ela ou Brilliana de terem de se casar por dinheiro ou se tornarem governantas ou algo do tipo, era pegar o trapaceiro no ato. Nenhum lorde de qualquer reputação se atreveria ser exposto como um trapaceiro, portanto, o desgraçado iria pagar de volta o que tirara de seu irmão, mesmo que ela tivesse de chantageá-lo para isso. Porque não havia nenhuma maneira nesta terra de Deus que Reynold perdera todo aquele dinheiro simplesmente por jogar mal. Não o filho do Capitão Mace Trevor, um jogador de cartas extraordinariamente afiado, que tinha ensinado a ela e Reynold tudo o que sabiam. O que a lembrava... Delia olhou para o relógio. Quase meia-noite. Ela só tinha uma hora para fazer suas preparações; precisava se livrar de Brilliana.

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Com um grande bocejo, Delia se levantou da cama. — Céus, eu devo estar mais cansada do que percebi. Toda aquela dança. Como ela esperava, Brilliana se levantou de um pulo. — Oh, sinto muito mesmo. Aqui estou eu falando e falando e é muito tarde para isso. — Ela se dirigiu para a porta. — Te vejo de manhã. Tente dormir um pouco. — Você também — Delia disse enquanto a guiava até a porta. — E tranquilize sua mente quanto ao Lorde Knightford. Mesmo se eu quisesse me casar com ele, e eu lhe asseguro que não quero, ele nunca iria escolher como esposa a filha de um jogador que uma vez ganhou uma propriedade considerável de um escudeiro infeliz. Uma propriedade à ponto de ser tomada. Mas isso estava prestes a mudar. Ela iria se certificar de que mudasse.

Capítulo Quatro Warren olhou para o relógio no St. George's. Ele ainda tinha algum tempo antes da uma da manhã, quando pretendia estar na casa da cidade de Lady Pensworth, em Bedford Square. Felizmente, não era longe do clube, já que ele teria que caminhar até lá. Os luminosos faróis de rua, o isolamento e a exclusividade do bairro faria qualquer carruagem se destacar como um farol à meia-noite, especialmente a de um marquês. Além disso, ele poderia se mover mais facilmente a pé. E, convenientemente, Bedford Square tinha um grande jardim privado no centro onde ele podia esperar. Ele já tinha uma chave para ele. Ele tinha chaves para a maioria dos jardins privados em Mayfair. Além do fato de que ele morava na

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vizinhança, achava conveniente ter chaves para quando desejasse encontrar-se com certas esposas entediadas por um pouco de... Entretenimento. Mas primeiro ele queria terminar sua conversa com um dos membros do clube sobre a situação da Senhorita Trevor. Ele já havia descoberto que ela era altamente considerada pelos cavalheiros em busca de uma esposa. Alguns até a cortejaram. Mas a mulher dispensou suas atenções com tanta firmeza quanto descartou as dele, que eram menos sérias. Não fazia sentido. Uma mulher de sua situação deveria estar agarrando qualquer pretendente decente que aparecesse. Então, por que não estava? Por que se apaixonou por algum caçador de fortunas? Ela não parecia do tipo de ser facilmente influenciada por um bajulador. E ela parecia muito prática para não reconhecer as vantagens de ter um pretendente com mais conexões e mais riqueza. No entanto, todos os seus pretendentes foram rejeitados, mesmo os mais importantes. Incluindo o sujeito com quem ele estava falando atualmente. — Ela é muito educada sobre isso — disse o homem — mas também é muito clara quando diz que está tomando seu tempo para avaliar suas escolhas. Na superfície, isso parecia sensato. Mas se ela era tão sensata, por que estava se encontrando com algum imbecil no meio da noite? — Você não achou isso estranho, considerando sua entrada tardia na sociedade? — perguntou Warren. — Eu teria, exceto que sei o que aconteceu com o irmão dela. Eu suspeito que ela ainda esteja de luto por ele. — O irmão que morreu em um acidente. — Se puder chamar assim. Isso despertou o interesse de Warren. — O que você quer dizer? O homem deu de ombros. — Supostamente ele tropeçou numa ponte e se afogou enquanto estava bêbado. Mas há rumores de que não foi um acidente. Que ele pulou. — Por que ele faria isso?

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— Eu não sei ao certo, mas imagino que seja pelas razões usuais — jogo, dificuldade financeira de algum outro tipo... Um caso de amor frustrado. — Ah. Nada disso aumentaria a reputação de uma família, a qual certamente sofreria caso se espalhassem boatos que seu amado patriarca havia se matado. O escândalo seria enorme. Então, novamente, a fofoca era muitas vezes errada. As pessoas estavam sempre tentando supor mais do que aquilo podia ser. Depois que ficou claro que ele pouco mais descobriria de interesse, ele andou até Bedford Square e entrou no jardim com sua chave. Agora tudo o que tinha que fazer era esperar. Ele pegou um frasco e bebeu um pouco de conhaque. Estava quieto ali. E escuro. Muito escuro. Ele não gostava de lugares quietos ou escuros, não gostava deles desde que era ... Não seja um covarde chorão, garoto. Os lordes não têm medo do escuro. Se recomponha e seja um homem. Ferozmente, ele jogou as palavras duras para o fundo da mente. Ele não devia pensar naquelas noites agora ou sua mente iria espiralar até as profundezas e ele teria que escapar antes de ter feito o que viera fazer ali. Em vez disso, ele concentrou-se nos sons do ar livre: as carruagens nas ruas distantes, os grilos de verão cricrilando no jardim, um sapo coaxando no pequeno lago. Se ele tivesse que suportar a noite sozinho, preferia que fosse ao ar livre. Pelo menos lá ele não se sentia encurralado. Isso era crucial. Um novo som chegou a ele, de uma porta se abrindo, então olhou por cima da cerca. Ele cronometrou tudo perfeitamente. Ali estava aquele sujeito, Owen, emergindo da entrada frontal dos criados com um jovem cavalheiro. Embora cavalheiro pudesse ser exagerar um pouco. Mesmo dali, Warren conseguia ver que as roupas do homem não cabiam bem e não eram nem um pouco da moda, que ele andava debruçado e que o chapéu de castor era grande demais para ele. De fato, o sujeito parecia mais da altura e constituição de um menino do que um homem.

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Mas onde estava a Senhorita Trevor? Perdera ele de alguma forma ser o encontro amoroso e o pretendente secreto dela, esse rapaz que agora estava sendo guiado para fora da casa? Não, isso não fazia sentido. Por que a Senhorita Trevor se encontraria com um rapaz sob o próprio nariz da tia? Não era prudente ou inteligente. Além disso, por que Owen estava acompanhando o sujeito e sem usar nenhuma libré também? A Senhorita Trevor havia mentido sobre a posição de Owen? Owen era o servo de seu pretendente e não dela? Isso não fazia sentido também. Pelo que Warren ouvira secretamente, Owen estivera preocupado com a Lady Pensworth demiti-lo. Então o homem tinha que ser o servo da baronesa. O que diabos estava acontecendo aqui? Os dois sujeitos desceram a estrada e Warren ficou observando até sentir que era seguro ir à rua para segui-los. Este não era o seu tipo habitual de passatempo. Ao contrário de Lorde Rathmoor no clube, ele não era adepto de rastrear suspeitos e desvendar trapaças. Quando se voltaram para uma parte mais miserável da cidade, ele continuou seguindo, sua curiosidade despertada. O cavalheiro mais novo era outro servo? Por que o lacaio o acompanhava e para aonde? O que eles estavam tramando? Todas perguntas entretidas. Sim, talvez ele devesse encarar isso como seu entretenimento da noite. Porque Deus sabia que ele não havia tido muito para entretê-lo ultimamente, com seu melhor amigo se assentando numa vida confortável de casado e seu irmão mais novo fazendo o mesmo e o mundo deixando-o para trás... O mundo não estava deixando-o para trás. Isso era ridículo. Irritado com a própria ideia, Warren espreitou os dois camaradas por algum tempo. Ele começou a se perguntar se isso valia a pena quando percebeu que eles estavam indo para Covent Garden, onde ficavam os teatros, junto com alguns seletos bordéis. Era a área de Londres onde ele passava a maior parte das noites, então ele estava indo na direção a que teria se dirigido de qualquer maneira, apenas um pouco mais tarde do que o habitual.

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Owen e seu companheiro provavelmente estavam aqui pelo mesmo motivo que ele estaria. Eles certamente não iriam comparecer ao teatro, todos estes estavam fechados a essa hora. Para o bem deles, ele esperava que os dois tolos tivessem camisinhas ou poderiam se encontrar em grandes problemas por muito tempo depois de sua divertida excursão. Ele sempre carregava preventivos, tendo aprendido há muito tempo os riscos de sua maneira de manter a noite a distância. Não era para ele a gonorreia ou sustentar um monte de bastardos duvidosos. De qualquer forma, isso estava se mostrando uma tarefa tola. Talvez Owen tivesse convencido a Senhorita Trevor a não encontrar seu pretendente; parecia que os camaradas eram meros criados na cidade. Mas a saída deles precisamente às 1:00 da manhã era o suficiente para mantê-lo seguindo-os até que eles entraram em um antro de jogo. Droga. Ele odiava esses lugares. Ele preferia jogar cartas em um clube onde confiava em seus colegas jogadores. Ele aprendeu os perigos dos antros de jogo na juventude, enquanto tentava se manter ocupado e acordado até o amanhecer. Esse antro em particular, um covil nebuloso chamado Dickson's, era frequentado por respeitáveis e não-tão-respeitáveis cavalheiros. Em qual categoria o pretendente da Senhorita Trevor se encaixava, se de fato o jovem fosse seu pretendente? E se ele era, por que diabos Owen estava acompanhando o homem? Talvez os dois tenham se tornado amigos enquanto repassava as tarefas com a Senhorita Trevor. Warren parou do lado de fora como se para acender seu charuto e examinou os dois camaradas pela porta. Eles não pararam na taverna, mas foram direto para a sala de jogos nos fundos. Entrando na taverna, Warren debateu como agir. Fingir ser outra pessoa seria inútil. Além do fato de Owen tê-lo visto hoje, muitos dos outros cavalheiros o reconheceriam de suas numerosas visitas as saunas. Ele supôs que poderia sair e avisar a Senhorita Trevor da próxima vez que a visse que seu pretendente era um jogador. Mas ele ainda não tinha certeza se o jovem do chapéu grande demais era o pretendente dela. Além

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disso, ele queria pelo menos pegar o nome do sujeito e descobrir suas intenções. Não dar mancada sem entender a situação. Muito bem. Melhor participar do jogo de cartas como ele mesmo. Mas primeiro, ele veria o que podia descobrir sobre o cavalheiro ao qual podia ouvir sendo saudado jovialmente pelos outros jogadores. Quando Warren foi até o bar e pediu um conhaque, o dono do antro se aproximou. — Knightford! — Dickson gritou. — Faz um século. — De fato faz. Eu tenho estado muito ocupado na rua da Sra. Beard para vir me chafurdar muito com vocês — disse Warren. — Há mais companhia agradável lá. — Eu aposto que você está certo sobre isso — disse Dickson com uma risada. — As garotas dela sabem como manter um homem feliz. Elas certamente sabiam. E sabiam como manter sua mente afastada da noite. Tomando um gole de seu conhaque, Warren observou através da porta enquanto o sujeito com Owen se sentava à uma mesa de piquet. Esse era um jogo principalmente de habilidade. Fazia sentido que um caçador de fortunas o preferisse. — Quem é aquele jovem demônio com o chapéu enorme, que acabou de entrar? — ele perguntou a Dickson. — Eu não o reconheço. Na verdade, ele ainda não tinha dado uma boa olhada no rosto do jovem. — Esse é Jack Jones. Ele é um primo galês do outro amigo, Owen, embora Owen nunca jogue, apenas observe. Um primo, humm. Talvez Owen estivesse tentando negociar um casamento entre sua patroa e seu primo? Ou talvez sua patroa não soubesse que o babaca era primo de Owen. Warren deu uma tragada no charuto. — De que parte de Gales ele é? — Ele nunca disse. Tudo o que sei é que ele não fala muito, não bebe muito, apenas joga suas cartas. Sempre sai bem antes do amanhecer. Não

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parece gostar de pessoas. E no mês desde que ele vem aqui, ele trouxe mais negócios do que eu tive nos três meses anteriores. — Como diabos ele fez isso? Dickson deu de ombros. — Ele não perde. Jack é malditamente bom nas cartas, embora ele não possa ter mais que vinte anos, no máximo. Ele prefere jogos de habilidade como piquet e joga bem. Então, se espalhou que Jack Jones é o cara a ser derrotado e todos os jogadores da cidade estão tentando provar que podem superá-lo. Mas ninguém nunca supera. — O que significa que ele provavelmente está trapaceando. — Eu nunca o peguei, nenhuma vez. Apagando o charuto, Warren tomou de um gole o resto do conhaque. — Talvez eu possa. — Você pode tentar, mas eu sou muito bom em desmascarar os mais afiados. E eu juraria que o jovem Jack é tão bom quanto parece. Inferno, eu nem sei se ligo se ele está trapaceando, contanto que ele não seja descoberto. Se ele me trouxer mais pessoas, eu posso ganhar dinheiro só com o que eles perdem no jogo. — Vou te dizer uma coisa — disse Warren. — Vou ver o que posso descobrir sozinho. Acontece que meu irmão Hart e meu primo Niall costumavam apostar comigo que eu não conseguiria pegá-los trapaceando nas cartas e eu sempre pegava. Isso custou muito dinheiro deles. Eles eram jovens e eu imaginei que isso os ensinaria a se comportar. — E conseguiu? — Eles não trapaceiam. Embora eles ainda sejam ambos patifes de primeira. — Ele sorriu. — E sim, eu também. É por isso que vou ver se não posso vencer o seu Jack Jones. Enquanto Dickson ria, Warren entrou na sala e se juntou a um grupo de observadores que se juntaram em volta da mesa onde o jogo de piquet estava acontecendo. Ele teve o cuidado de ficar atrás de Owen, não seria bom o servo notá-lo ainda.

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Enquanto observava a partida, ele procurou por qualquer um em pé atrás do oponente de Jones que pudesse estar sinalizando a Jones a respeito do valor das cartas de seu oponente. Warren conhecia todos os truques de passar muito tempo jogando à noite. Uma boca ligeiramente aberta geralmente significava copas, uma olhada na pilha de cartas entre os homens significava um valete, e a combinação significava que o oponente tinha um valete de copas. Havia muitos sinais semelhantes e, embora ele não conhecesse todos, ele conhecia o bastante deles para reconhecer quando alguém os estava usando. Mas depois de meia hora de jogo, ele não via nenhuma sinalização sendo feita. A única coisa que ele podia dizer era que Dickson não mentiu sobre Jack Jones ser um maldito bom jogador de piquet. O homem nunca dava um passo em falso. Ele tinha uma estratégia para cada combinação de cartas e sabia exatamente como usá-las para sua vantagem. Dickson estava certo sobre a disposição do sujeito também: ele era tão quieto quanto um carrasco. Ele sentava-se debruçado sobre a mesa, murmurando suas declarações apenas o suficientemente alto para ser ouvido. Os observadores podiam conversar ao redor dele, mas ele não participava de nenhuma conversa. Quando falava, sua voz tinha o estranho timbre de um jovem tentando parecer mais velho. De tempos em tempos, ele limpava o nariz na manga — não exatamente o comportamento de um cavalheiro. Mas embora suas mãos parecessem um pouco sujas, elas eram ágeis e suas jogadas rápidas. Não demorou muito para ele trucidar seu adversário. Enquanto Jones pegava o dinheiro, Warren deu um passo à frente. — Boa noite, senhor. Meu nome é Knightford. Posso tentar minha sorte em um jogo com você em seguida? Aparentemente pego de surpresa, Jones levantou a cabeça de supetão para encontrar o olhar de Warren. E quando Warren avistou os arrebatadores olhos azuis, percebeu que tudo o que ele pensava sobre o amigo de Owen estava errado.

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A rouca voz forçada, a falta de comportamento cavalheiresco, as roupas largas, tudo fazia sentido agora. Porque o jogador de cartas tomando de assalto o mundo dos jogos era ninguém menos que a Senhorita Delia Trevor. Maldito, maldito inferno.

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Capítulo Cinco As entranhas de Delia congelaram. Por que devia ser ele? Porque aqui? Porque agora? Ela abaixou a cabeça, rezando para que ele não a tivesse reconhecido. Oh, o que ela estava pensando? Claro que ele não a havia reconhecido. Ninguém jamais associaria a escandalosa mulher que gostava de provocar com o balbuciante e indefinível jovenzinho que jogava cartas como um profissional, que tinha mão sujas e hábitos sujos e mantinha o chapéu baixo sobre o rosto. Ela, na verdade, encontrou alguns de seus pretendentes neste lugar e eles não notaram nada. Mas a maioria deles eram tolos. Lorde Knightford decididamente não era um tolo. E a cutucada de Owen no joelho dela, o sinal deles para perigo, lembrou-lhe que Lorde Knightford tinha visto Owen com ela. Só isso se registraria mentalmente no homem. Isto é, se ele tivesse notado o servo. A maioria dos lordes não notava. — Sr. Jones? — o marquês incitou. — Posso jogar contra você no piquet... senhor? Aquela hesitação antes do “senhor” lhe faz parar. Por favor, Deus, que ele não tenha me descoberto. Ele poderia me arruinar com uma palavra e então todos os meus planos seriam em vão. Mas ela não se atrevia a se recusar a jogar com ele. Ela nunca recusara outra pessoa e os outros se perguntariam sobre essa mudança de comportamento. — Certamente, meu senhor. — Ela abriu um novo pacote de cartas e começou a embaralhar. Ele se sentou. — Como você soube sobre me chamar de “meu senhor”? Que incomodo. Ele já estava a enervando. — Todo mundo conhece o Marquês de Knightford por aqui. — Então nos conhecemos antes.

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Estava ela imaginando o sarcasmo em suas palavras? Ninguém mais pareceu notar. E se ele a tivesse descoberto, não teria dito algo prontamente? — Claro que não. Mas sua reputação o precede. — Geralmente o faz. Embora eu não imaginasse que se estendesse ao País de Gales. É de onde você é, não é? Oh, Senhor, ele estivera perguntando sobre Jack Jones por aí antes mesmo de se sentar para jogar. — Sim, mas eu vim para Londres há um tempo atrás. Um homem tem que trabalhar, sabe. E estamos jogando cartas ou não? Eles acertaram os termos, então sortearam para ver quem escolheria as cartas. Ela ganhou o sorteio, então escolheu dar as cartas e ser a cabeça do jogo, enquanto ele seria o pé. Embora o pé tivesse vantagem em toda rodada sobre os seis, alternar quem dava as cartas significava que ela seria o pé na última rodada, então era estratégico deixar ele ter essa vantagem na primeira. Eles começaram o jogo. Ele realmente deu a ela cinco minutos inteiros antes de começar a tagarelar novamente. — Quem te ensinou a jogar cartas tão bem, jovem Jones? Oh, pelo amor de Deus. Ele estava procurando distrair "Jones" em uma tentativa de fazê-lo perder? Ou sua senhoria descobriu quem ela realmente era e estava brincando com ela, como um gato brincando com um rato? Ela não conseguia dizer pela sua expressão fracamente divertida. — Meu pai me ensinou a jogar. Ele gostava de um jogo de whist ou piquet de vez em quando. — Então ele era um jogador. Ela grunhiu, sua resposta habitual quando as pessoas ficavam curiosas demais. Ela estava dizendo a verdade, afinal. Ela e Reynold haviam herdado o talento de papai para as cartas, o qual papai havia cultivado. E foi por isso que ela sabia que Reynold não poderia ter perdido tanto sem ser enganado por alguém muito perito. Infelizmente, em todas as noites em que ela esteve jogando aqui, ninguém havia aparecido que se encaixava nessa descrição. Houve sim um

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trapaceiro ocasional — era quase impossível evitar isso nos antros — mas eles eram desajeitados aos quais ela podia facilmente manejar. Ela considerou tentar outros antros em sua busca, mas parecia melhor ficar com o que o vigarista tinha enganado seu irmão. Se o homem fora ali uma vez, ele iria de novo. Além disso, apenas certos antros se especializavam em piquet e este era um deles. Ela e o marquês jogaram algumas cartas, o silêncio apenas quebrado por suas declarações de pontos. Então Lorde Knightford começou sua inquisição novamente. — De onde no País de Gales você é? Ela engoliu seu pânico. Certamente parecia como se ele estivesse tentando desmascará-la. — Corwen. — Era a aldeia natal de Owen. Ele a ensinou tudo o que ela precisava saber sobre ela. — Ah, eu estive lá. A cidade famosa por seu poço. Owen cutucou seu joelho. Perigo. — Não sei sobre um poço, senhor. Mas há ovelhas e vacas. — E milho? Seu coração perdeu o passo. Oh Deus, ele poderia estar se referindo à conversa deles mais cedo? — Perdão? — Nada. — Ele a olhou atentamente por cima de suas cartas. — O que você fazia em Corwen antes de vir para Londres? Hora de acabar com isso. — Não é da sua maldita conta. — Você deveria ser mais cortês com seus superiores, moleque — ele disse suavemente. — E você devia prestar mais atenção as suas cartas, velho — ela rebateu enquanto jogava sua última carta e ganhava a partida. Embora soubesse que não deveria ter derrotado sua senhoria, já que não era sensato irritá-lo quando ela não tinha certeza se ele a reconhecia, isso lhe

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trouxe uma satisfação secreta quando a mais leve carranca marcou aquelas sobrancelhas perfeitas dele. Tome isso, Lorde Curioso. Talvez agora você pare de me perseguir e comece a prestar atenção no jogo. Ele juntou as cartas e embaralhou mais devagar do que qualquer pessoa que ela já tivesse visto. — Então, pirralho, você experimentou algum dos outros prazeres em Covent Garden? — Não, eu só gosto dos prazeres que me dão dinheiro. Como trucidar você, o que é um grande prazer, senhor, admito. Ela amava esse aspecto de fingir ser o Sr. Jones. Ela podia dizer o que queria, o que era extremamente libertador, já que ela normalmente tinha que dosar suas palavras. E por que as mulheres tinham que se reprimir enquanto os homens podiam dizer o que quer que quisessem? Simplesmente não era justo. Às vezes, ela achava que não se importaria de se tornar Jack Jones por toda a vida, sendo capaz de viver de acordo com seus próprios termos. Exceto que então ela seria igualzinha ao pai e Reynold, arriscando seu futuro na virada de uma carta. Isso não era jeito de viver. Já era ruim o bastante que ela tivesse que fazer isso para encontrar o desconhecido trapaceador; ela não podia continuar para sempre. Alguém estava destinado a desmascará-la. Como o maldito Lorde Knightford que, mesmo enquanto manejava as cartas, estava observando-a com aquele olhar pensativo que fazia seu estômago se revirar. Com alarme. Apenas alarme. Chamando a atenção da empregada da taverna chamada Mary, Lorde Knightford pediu uma garrafa de vinho do porto e um copo. Com uma piscadela e um sorriso de flerte, Mary foi até o bar para buscar o pedido. Depois de um longo momento observando o balanço do traseiro de Mary com evidente aprovação, Lorde Knightford pegou suas cartas. Por alguma razão, seu pequeno sorriso privado irritou Delia.

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— Pelo que ouvi, meu senhor, você experimenta o suficiente dos prazeres de Covent Garden para nós dois. Ele a olhou por cima da mão, uma sugestão de cálculo em sua expressão. — Você está me dizendo que um rapaz jovem e excitado como você, aqui todas as noites nas saunas, nunca se deita com uma puta? Um arrepio percorreu sua espinha. O que ela estava pensando, em engoda-lo? Ela debruçou-se sobre as suas cartas e rezou para que não estivesse corando. — Eu não vou jogar meu dinheiro fora com uma prostituta quando eu preciso dele para manter um teto sobre minha cabeça e conseguir meu jantar. — Pelo que ouvi — disse Lorde Knightford enquanto arrumava suas cartas — você consegue mais do que o suficiente para cobrir isso. Então, talvez você tenha outro motivo. Talvez você simplesmente não goste de mulheres. A sala ficou em silêncio e o próprio ar congelou. Até mesmo a fumaça do charuto de Lorde Knightford pareceu parar de espiralar. Ele estava acusando Jack do que ela achava que ele estava? Ela aprendeu todos os tipos de coisas incomuns durante seu mês na casa de meninas, incluindo o que significava quando um homem preferia ter outros homens como parceiros de cama. Se os camaradas no antro de jogos pensassem que ela era maricas, eles se voltariam contra ela e isso seria o fim de sua carreira como Jack Jones. — Eu gosto de mulheres o bastante — ela murmurou. Justo então, Mary voltou com o porto de sua senhoria, então quando ela passou, Delia deu um tapa no traseiro dela da maneira que viu alguns dos homens fazer. — Mas por que eu deveria gastar meus ganhos em prostitutas quando há um bom amor para ser encontrado de graça? Quando a tensão se rompeu e os homens riram, a empregada fez uma careta para ela. — Sr. Jones! — Ela tentou limpar um pouco do vinho do porto que havia escorrido do copo para a bandeja. — E aqui estava eu, pensando que você era um cavalheiro!

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— Nunca aleguei ser isso, Mary — disse Delia rispidamente. Ela colocou uma moeda na bandeja — Mas aqui está pelo vinho derramado, se isso vai fazer você parar de reclamar. Tomando a moeda com uma fungada, Mary valsou até sua senhoria. — Bem, há cavalheiros aqui que sabem tratar bem uma dama. — Ela colocou a garrafa e o copo na frente de Lorde Knightford, então se curvou o suficiente para que ele pudesse, provavelmente, ver claramente seu umbigo dentro daquela blusa solta. — Posso te dar algo mais, senhor? — ela murmurou. Ele sorriu para Mary. — Não no momento, amor — disse ele, e colocou um soberano 3em seu decote. — Mas vou fazer questão de aproveitar a oferta em outro momento.

Delia não resistiu a soltar um bufo, o que atraiu a atenção dele de volta para ela. O brilho em seus olhos lhe fez parar. Ele estava apenas se divertindo um pouco às custas de Jack Jones? Ou tentando irritar a Senhorita Delia Trevor? Porque se fosse o último, ele estava conseguindo. — Algo errado, Jones? — o marquês perguntou preguiçosamente enquanto bebia seu porto. — Nada do que continuar com esse jogo não resolveria. — Você é realmente um tipo ranzinza. É uma maravilha que alguém concorde em jogar com você. Ignorando esse comentário, Delia jogou a carta dela e a próxima partida começou. Por um tempo, ele ficou abençoadamente quieto, exceto por suas declarações. Já que era sua vez de ser o pé, ela tinha a vantagem e usou-a implacavelmente. A perturbação se espalhando pela testa dele mostrava que ele sabia que ela estava trucidando-o. Novamente.

3

Soberano A libra em ouro ou Soberano (em inglês, Sovereign) é uma moeda do Reino Unido, equivalente a uma libra esterlina. No entanto, é utilizada na prática como reserva de valor a usar no futuro e não como moeda de troca.

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Mas ela não podia se gloriar por se preocupar se ele adivinhara quem ela era. Mesmo ganhar a segunda partida e ter sua pontuação saltando à frente dele por vinte e dois pontos não podia banir sua preocupação. Sombriamente, ela recolheu as cartas e começou a repartir. — Eu vejo que você é canhoto — disse ele. Ela fez uma pausa de meio segundo antes de se forçar a continuar. O fato de que ele estava trazendo à tona o assunto que discutiram no café da manhã mais cedo, não tinha que significar nada. Talvez a conversa tivesse simplesmente ficado na cabeça dele, de modo que agora percebesse os canhotos por toda parte. E se os desejos fossem cavalos, os mendigos ganhariam a corrida de cavalos Derby. — Na verdade, sou ambidestro. Uso as duas mãos da mesma forma. — O que era uma mentira, mas ela tinha que dizer-lhe algo para tirá-lo dos trilhos. — Ambidestro, não? — disse Lorde Knightford. — Você tem um vocabulário terrivelmente grande para um rapaz do campo. — Você tem uma boca muito grande para um jogador de cartas. Você alguma vez cala a boca? O marquês riu. — Quando me convém. — Poderia lhe convir agora, por favor? Porque eu gostaria de terminar este jogo antes de amanhecer. — Muito bem. — disse ele, mas seu sorriso lhe disse que ele não tinha terminado com ela. Ele estava se fortalecendo para expô-la? Ou ela simplesmente estava tão nervosa ao redor dele que ela estava vendo demais em suas observações? Qualquer que fosse o caso, era melhor ela encontrar uma forma de sair dali antes que ele revelasse quem ela era ou a atormentasse até que ela desse um passo em falso e revelasse quem era. Sair antes do jogo acabar lhe roubaria a chance de vencê-lo nas cartas, o que ela lamentava dolorosamente, mas não valia a pena arriscar ser exposta.

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Quando eles começaram a terceira partida, ela podia sentir o olhar de Lorde Knightford sobre ela, como se ele estivesse tentando ver além das camadas de seu disfarce. Senhor. Ela tinha que escapar e sem ele ser capaz de segui-la, caso ele tivesse descoberto quem ela era. Quando Mary entrou novamente, carregando um caneco para outra mesa e olhando para “Jack” enquanto passava, uma ideia saltou para a cabeça de Delia. Delia se inclinou para frente para deitar sua carta, chamando: — Você poderia me trazer uma dessas cervejas, moça? Fingindo se distrair com o pedido, ela trouxe a mão para trás o suficiente para derrubar a garrafa de vinho do porto, de modo que ela caiu e derrubou porto no colo de Lorde Knightford. — Inferno! — ele gritou enquanto se levantava de um pulo para limpar o vinho, manchando sua perfeita camisa branca. Mary correu para ajudar, assim como os outros. E enquanto tudo estava caótico, Delia se esgueirou pela frente. Owen a seguiu rapidamente. — Você está louca, senhorita? — ele murmurou baixinho enquanto ela se afastava rapidamente do Dickson’s. — Eu diria que você teria ganho o jogo e um bom tanto também. — Ganhar nunca foi meu único objetivo, como você bem sabe. E esta noite eu tinha outras preocupações. Ela chamou uma carruagem de aluguel. Se eles escapassem rápido o bastante, Lorde Knightford não seria capaz de segui-los e assim que estivessem fora de vista, ele não seria capaz de rastreá-los até a casa de sua tia. Ele poderia ter suas suspeitas sobre sua verdadeira identidade, mas sem provas, ele não ousaria expor ela. Embora ela tivesse que evitar o Dickson’s por um tempo. Era muito arriscado ser apanhada pela sua senhoria. Assim que ela e Owen estiveram abrigados na carruagem e estavam correndo para longe do antro de jogos sem ninguém seguindo-os, ela relaxou. Ela estava segura agora. Ou na maior parte segura, de qualquer maneira.

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— Lorde Knightford pode ter me reconhecido — disse ela à Owen. — Você tem certeza? — Nós dançamos juntos hoje cedo. Então, esta noite ele continuou mencionando coisas sobre as quais conversamos e observando para avaliar minha reação. Eu tive que sair. Eu não podia arriscar que ele me desafiasse sobre minha identidade. E com a minha fuga, ele nunca poderá confirmá-la. Isso o impede de me desmascarar diante de testemunhas e ele não é imprudente o suficiente para acusar uma mulher de boa família sem provas. — Entendo. Então suponho que sua manobra com o vinho foi inteligente. Teremos que ter mais cuidado no futuro. — Sim. Owen suspirou. — Sinto muito que não posso apostar em seu lugar. Mas você estaria falida em uma semana se eu o fizesse. Eu não sei nada sobre cartas. — Eu percebo isso. E eu não gostaria de forçá-lo a agir contra suas crenças, mesmo que você pudesse jogar piquet. Você já tem problemas suficientes participando desse subterfúgio. Owen era um Wesleyano4 rigoroso e não bebia nem jogava cartas. Ele também não gostava de mentir, mas até agora eles conseguiram manejar as coisas de forma que ela era a única a mentir. — Eu odeio não ter conseguido descobrir nada sobre o homem tatuado desde que chegamos à Londres — ele insistiu. — Mas não houve uma única pessoa nos antros que já ouviram falar dele. Ou se ouviram, não vão dizer. Esse era o problema. Raramente os donos dos antros de jogo fofocavam sobre um homem de classe para os forasteiros. Eles sabiam que deviam o pão e a manteiga para esses homens e não estavam dispostos a arriscar isso. — Você fez o seu melhor. Isso é tudo que posso pedir. — Você considerou que seu irmão poderia ter mentido sobre o homem que o venceu? Que o Sr. Trevor pode ter exagerado o caso porque não suportava perder? 4

Que segue o Wesleyanismo, um movimento dos cristãos protestantes que buscam seguir os "métodos" ou teologia dos reformadores evangélicos do século XVIII John Wesley e seu irmão Charles Wesley.

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Ela endureceu. — Certamente não. Embora eu não ficaria mais surpresa de ouvir que Reynold mentiu, ele era um jogador tão bom quanto o papai, se não melhor. Ele não teria perdido a menos que alguém o enganasse. — Eu suponho que você conhece seu irmão melhor do que ninguém. — Owen parecia cético, o que a incomodava. — Sim, maldição. — Senhorita! Você está pegando todos os tipos de linguagem ruim desses passeios para Covent Garden. Se não for cuidadosa, começará a usá-la na sociedade e então nunca encontrará um marido. Ela olhou para longe. — Eu não quero um marido. Os homens só se importam com eles mesmos. — Quando ele se eriçou, ela acrescentou apressadamente: — Excluindo a presente companhia, é claro. Mas você é um Wesleyano, você foi criado para se preocupar com as pessoas. A maioria dos homens faz o que querem, sem considerar o que é bom para suas famílias. Papai arrastara a família de um lado para o outro durante a guerra e depois, procurando melhores chances de ganhar dinheiro nas mesas de jogos. Se ele não tivesse ganhado Camden Hall em um golpe de sorte incrível, quem sabia por quanto tempo eles teriam vagado pelo mundo? Então havia Reynold. Ela nunca iria perdoá-lo por abandonar sua família. Por jogar fora o futuro dela e de Brilliana no jogo. E o do doce pequeno Silas. Lágrimas ardiam nos olhos dela. Silas teria um futuro, mesmo que ela tivesse que apostar até a morte. Lorde Knightford podia investigar tudo o que quisesse em sua vida, mas ele não a impediria de encontrar o homem que enganara Reynold. E ele malditamente não a impediria de conseguir de volta o que Silas merecia herdar. Ai dele se tentasse.

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Capítulo Seis

No dia seguinte em que a Senhorita Trevor desapareceu do antro de jogos, Warren esperava no saguão da casa da cidade de Lady Pensworth que seu cartão fosse aceito. Ele se arrastou para fora da cama cedo, para ter certeza de que encontraria as mulheres antes delas irem às compras ou alguma tolice feminina parecida. Depois que a Senhorita Trevor o deixou encharcado de vinho do porto e arruinou suas roupas, só para desaparecer, ele não ia deixar aquilo acontecer de novo. Ontem à noite ele poderia ter despertado a casa dela e dito a sua tia o que ela estava fazendo. Mas ele não quis lhe causar problemas, apenas pôr um fim ao seu jogo perigoso. Ele precisava falar com ela em particular e não iria embora até o fazer. Felizmente, Lady Pensworth fez questão de deixa-lo entrar, já que ela queria um marido para sua sobrinha. O lacaio voltou. — Sua senhoria está aguardando, milorde, se me seguir. Com um aceno de cabeça, ele permitiu que o criado o guiasse de volta à sala de visitas. Antes que o homem pudesse anuncia-lo, Warren ouviu Lady Pensworth dizer: — Fora, sua besta! Eu não vou aguentar suas travessuras hoje! O lacaio deixou Warren entrar, onde encontraram Lady Pensworth enxotando um gato persa. Ou tentando fazê-lo, já que o felino simplesmente correu para baixo da mobília. Ou a baronesa não os ouvira entrar ou estava muito decidida a lidar com o bicho para notar, pois bateu com o pé na frente do sofá. Isso teria feito qualquer outro felino fugir; este chiou para ela de debaixo do sofá. — Lorde Knightford, milady — anunciou o lacaio. A mulher alta e de óculos deu a volta.

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— Knightford! Estou tão feliz que veio visitar. Talvez você possa persuadir àquela criatura horrível a sair de debaixo do sofá. A maldita coisa nunca presta atenção no que eu digo. Ele riu enquanto fazia uma reverência. — Eu não acho que há um gato vivo que o faça. Se você quer um animal de estimação que lhe obedecerá absolutamente, madame, você provavelmente deveria pegar um cachorro. Eles são mais fáceis para treinar. — Oh, a besta não é minha, mas da minha sobrinha. Ela me odeia. — Eu duvido seriamente que a Senhorita Trevor seja tão tola a ponto de odiar... — Não ela. — Lady Pensworth revirou os olhos. — A gata. Eu não tenho ideia do porque ela me despreza. Não é como se eu tivesse feito algo para ela. — Alguns gatos são rabugentos. Um pouco como Lady Pensworth, que tinha uma reputação de ser franca, irritável e um pouco excêntrica. Mas ele a conheceu quando menino, quando ela visitou a mãe dele e ele sempre lembrava dela dando-lhe balas de limão. Isso fora antes da mãe dele se converter ao metodismo e ter perdido alguns amigos no processo, incluindo Lady Pensworth. Com um farfalhar de saias, a baronesa sentou-se e olhou-o atentamente. — Quão gentil da sua parte vir visitar. — disse ela, como se relembrando de suas maneiras. — Embora eu assuma que minha sobrinha seja a pessoa que você realmente veio ver. Então ela sabia de suas atenções para com a Senhorita Trevor? Aparentemente, as fofocas já estavam emparelhando-os. Isso estava bem. Isso facilitaria para ele descobrir o que estava acontecendo. — Garanto que vim ver ambas. E você está muito bem hoje. Essa cor lhe realça. — Hum. — Quando ele caminhou à frente para pegar sua mão e beijá-la, os cantos dos lábios dela se contraíram. — Delia ainda está na cama, temo. A

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pobre moça teve tanta dor de cabeça depois de dançar no calor ontem, que veio para casa cedo, retirou-se imediatamente e ainda não se levantou. — Ah. — Ele jurava que a baronesa acreditava no que estava dizendo, o que significava que ela não sabia sobre as atividades da Senhorita Trevor. Um pedaço de informação útil, embora não fosse uma grande surpresa. — Você deve dizer-lhe que sinto muito não tê-la visto. Mas ele pretendia tirar o máximo proveito de ter a tia para si mesmo, para descobrir o que pudesse sobre a verdadeira situação da Senhorita Trevor. Ele começava a achar que era bem diferente do que a Senhorita Trevor ou Clarissa haviam descrito. — Eu disse a Delia muitas vezes para não se exceder nessas coisas, mas ela simplesmente não ouve. — Parecida com o gato dela — ele disse. — Precisamente. Como se a gata soubesse que estavam falando sobre ela, o bichano esgueirou-se por baixo do sofá e caminhou para se enrolar em suas calças. — Flossie, pare com isso neste instante! — Lady Pensworth estalou os dedos. — Eu juro que vou te banir para o jardim, tendo cães vizinhos ou não! — Não há necessidade disso. — Ele pegou Flossie no colo, em seguida, sentou-se no sofá e começou a acaricia-la atrás das orelhas. Ela ronronou e acariciou seus dedos com o nariz. — Minha mãe tinha três gatos e uma tartaruga, então não tenho problema com gatos. Eles geralmente me procuram, na verdade. Talvez eles reconhecessem que ele era tão noturno quanto eles. O velho gato de sua mãe geralmente costumava lhe fazer companhia na propriedade. Graças a Deus, porque ele detestava noites no campo se não havia convidados. O Castelo Lindenwood era muito escuro, muito quieto. Muito cheio de lembranças perturbadoras. — Especialmente as fêmeas, tenho certeza — disse ela maliciosamente. — Pelo que entendi, as fêmeas de todas as espécies geralmente lhe procuram. — Minha reputação me precede, percebo — disse ele com um sorriso nada sincero.

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Obviamente ele não sairia dali com quaisquer balas de limão. — Ah sim. Digamos que sua mãe não teria aprovado suas excursões noturnas. — Eu duvido que muitas mães aprovem as "excursões noturnas" de seus filhos na cidade, mas a minha certamente não o faria. Ela deve ter notado a tensão na voz dele, pois suspirou. — Sim, bem, ela mudou um pouco depois que aqueles metodistas se apoderaram dela. Era impossível falar com ela mais sem ouvir um monte sobre religião. A última pessoa de quem ele queria falar era sua mãe intensamente devota. — De fato. Você estava dizendo, sobre sua sobrinha e como ela não escuta seus conselhos. . . — Posso ser franca, senhor? — Eu estava com a impressão de que você já estava sendo — disse ele secamente. — Mas vá em frente e veja se pode exceder seus esforços até agora. Ela parecia como se lutasse com um sorriso. — Muito bem, então. Percebi quanto tempo você passou com minha sobrinha no café da manhã. Foi mais do que ela geralmente permite a maioria dos cavalheiros. Ela é bastante impaciente com eles, temo. Ele agiu com base em um palpite. — Por causa do pretendente dela em casa, você quer dizer. — Que pretendente? — Ela empalideceu. — Ela não tem pretendentes em casa. — Ela mencionou um rico fazendeiro chamado Phineas Owenouse. Um cenho franziu a sobrancelha dela. — Eu não tenho ideia de quem esse seja. E eu nunca ouvi falar de nenhum Owenouse na vila. Soa suspeitosamente estrangeiro para mim. — Ele é galês. — Como eu disse, estrangeiro. E inteiramente inaceitável como pretendente a uma mulher com suas conexões e fortuna. — Ela inclinou a cabeça. — Você sabe que ela tem uma pequena fortuna, não é?

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Isso o colocou em guarda. — Eu não tenho certeza do que isso tem a ver comigo. — Eu assumo que você está aqui porque está procurando por uma esposa. Você, como regra geral, não visita elegíveis jovens damas — Sua voz se tornou afiada. — A menos, é claro, que suas intenções não sejam honradas. Ele reprimiu um juramento. — Garanto-lhe, madame, que se eu fosse ir atrás da sua sobrinha, seria apenas pelas mais honradas razões. E já que estamos sendo francos, você deve saber que sua fortuna, pequena ou não, é irrelevante para mim. Não tenho necessidade disso. — Não seja bobo. As fortunas são sempre úteis, mesmo para um homem como você. Mas isso significa que você está interessado em minha sobrinha? — Estou interessado em ser seu amigo. — Eu espero que “amigo” não seja um eufemismo lascivo que vocês, fanfarrões, estejam usando nos dias de hoje para falar sobre mulheres que esperam atrair para suas camas. Era hora do marquês ficar olhando fixamente. — Eu sou um cavalheiro, madame. E sua sobrinha é uma dama. — Quando ela não estava fingindo ser um rapaz chamado Jack Jones. — E isso está começando a parecer estranhamente a um interrogatório. — Só quero determinar por que um homem que não demonstrou absolutamente nenhum interesse em se casar até agora, de repente decidiu que minha sobrinha... — Lorde Knightford! — gritou uma voz da porta. A Senhorita Trevor aparentemente saiu da cama depois de tudo. Enquanto ele se levantava com o gato nos braços, ela correu para dentro da sala. Ela parecia completamente diferente de quando ele dançou com ela ontem. Seu vestido era de um amarelo suave que fazia seus olhos brilharem de um azul celeste e seu cabelo estava arrumado de forma muito bagunçada, como se ela mesma o tivesse preso ou apressado uma empregada para fazê-lo. Alguém deve ter lhe dito que ele estava ali, pois o pânico cintilou em seus olhos antes que ela recuperasse a compostura. Se ele não tivesse captado

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aquele vislumbre, ele nunca saberia que ela estava abalada. Além do cabelo bagunçado, no caso. Ele a tirou dos trilhos, o que lhe dava um prazer estranho. Porque a Senhorita Trevor em casa era outra criatura inteiramente diferente das duas versões que ele conheceu. Desequilibrada por sua visita e claramente recémsaída da cama, ela estava corada e indefesa e era a coisa mais linda que ele vira em um longo tempo. Não que isso importasse. Ele não estava procurando por uma esposa e definitivamente não uma que interpretava um personagem diferente toda vez que a via. Então seu olhar caiu para o braço dele e sua boca bonita endureceu. — O que você está fazendo com a minha gata? Agora aquela era a atrevida Senhorita Trevor que ele conhecera ontem. Ele praticamente podia ver as paredes se erguendo ao redor dela. O que o intrigava ainda mais, maldição. — A acariciando. Por quê? Isso não é permitido? — É só que... Bem... Flossie odeia todo mundo, menos eu. — Claramente nem todo mundo — ele falou lentamente. Lady Pensworth interveio. — Delia, venha sentar-se. Sua senhoria nos fez a honra de fazer uma visita, então o mínimo que você pode fazer é ser cortês. Ela lançou a ele um sorriso falso. — É claro. Perdoe-me, milorde, não estou acostumada a ver Flossie aconchegada a ninguém. — Os gatos são imprevisíveis — disse ele. — Muito parecido com seus donos. Lançando-lhe um olhar cauteloso, ela sentou-se na cadeira em frente a dele. — Imprevisíveis ou chatos. Ele sentou-se no sofá e deixou a gata descer para ir para sua dona. — Nós certamente não quereríamos o último. Mas então, duvido que haja alguma chance disso.

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Lady Pensworth se inclinou para frente. — Eu acredito que haja um lindo elogio enterrado aí, Delia. — Enterrado bem fundo, tenho certeza — ela murmurou enquanto Flossie pulava para seu colo. Delia lançou um olhar furtivo para a tia, como que para avaliar o que ele poderia ter dito à mulher antes de sua chegada. — O que o traz a Bedford Square, senhor? — Estou lhe fazendo uma visita. Isso deveria ser óbvio. — O que não é óbvio é o porquê. — Engraçado, mas sua tia estava justamente me perguntando a mesma coisa. E eu disse a ela, como vou lhe dizer, tenho esperança que possamos ser amigos. — Amigos? De alguma forma, suspeito que você tenha mais amigos do que o suficiente. — Mas nenhum tão intrigante quanto você. Embora eu tenha conhecido ontem à noite, nos antros de jogos um sujeito chamado Jack Jones... Ela se levantou abruptamente. — Milorde, talvez você queira dar uma volta pelo jardim do outro lado da rua. É lindo nesta época do ano. Suprimindo um sorriso, ele se levantou. — Que excelente sugestão. Assumindo que esteja tudo bem para a sua tia, no caso. Lady Pensworth piscou para os dois, claramente desorientada pela estranha conversa. — Tenho certeza de que estaria tudo bem uma volta pelo jardim, senhor. — Obrigado. Prometo que não vou reter sua sobrinha por muito tempo. Ele ofereceu o braço para a Senhorita Trevor. — Vamos? Tomando o braço dele, ela praticamente o arrastou para fora da sala. Quão divertido era que ele pudesse provoca-la tão facilmente. A fedelha estava obviamente sofrendo de uma consciência culpada. Assim que saíram, ela soltou o braço dele e seguiu em frente para o jardim. Ele seguiu em um ritmo vagaroso. Com cinco irmãos, ele aprendeu

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desde cedo como criar suspense, fazê-los aguardar nervosamente seus pronunciamentos. A Senhorita Trevor podia ser uma mulher, mas as mesmas táticas se aplicavam. O que ficou evidente quando eles entraram no jardim e ela se virou para ele. — Por que você está aqui, milorde? Hora de colocar suas cartas na mesa. — Para te perguntar sobre Jack Jones, é claro. Embora ela empalidecesse, ela segurou seu olhar. — Eu não sei quem esse é. — Não brinque comigo, Senhorita Trevor. Eu te reconheci no momento em que vi seus lindos olhos azuis no Dickson’s na noite passada. E você tinha Owen consigo, o que ajudou. Percebi que o nome dele era a inspiração para o Sr. Owenouse, seu suposto pretendente fazendeiro galês. Ela o olhou. — Você é muito louco, sabia? — Não tão louco quanto você, para estar arriscando a ruína certa se vestindo como homem e jogando nos antros. Girando sobre o calcanhar, ela marchou pelo caminho pelo jardim. — Eu não tenho ideia, na Terra, do que você quer dizer. Ele andou a passos largos atrás dela. — Não tente me fazer de idiota, Senhorita Trevor. Você e eu sabemos que você tem se disfarçado como Jack Jones. Minha pergunta é: por quê? — Que história fascinante você tece — ela disse docemente. — Eu não posso imaginar como você pensaria que eu sou um sujo jogador. Ah, ele a pegou agora. Ele a deteve com uma mão no braço dela. — Eu nunca disse que Jack Jones era um jogador, muito menos um jogador sujo. Eu disse que o conheci nos antros de jogos. Ela piscou e disse em uma voz oca: — Nem todo mundo em um antro de jogos é um jogador? — Dificilmente. Há puxa-sacos, empregados como o seu Owen e aqueles que vão para aproveitar a cerveja e o vinho gratuitos. Como você bem sabe.

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— Eu não entendo por que você persiste em pensar... — Eu me pergunto: se eu perguntar à sua tia sobre sua habilidade de jogar cartas, ela me esclarecerá? Tenho certeza de que ela sabe quão boa você é. A Senhorita Trevor se virou para ele com pânico no olhar. — Você não pode falar dessas teorias ridículas para a minha tia. — Eu não quero, mas vou se for preciso. Ela bufou. — Por que, pelo amor de Deus? Não é da sua conta! — Eu odeio ver uma jovem dama de boa família, com conexões respeitáveis, arriscar todo o seu futuro pelo... O que? A emoção do jogo? — Não seja absurdo. — Ela bufou. — O jogo é o que separou nossa família. Eu não estaria jogando absolutamente se não fosse por Reynold. — Então você admite que esteve jogando cartas no Dickson’s como Jack Jones. Seu olhar disparou para ele. — Tudo bem. — Ela levantou o queixo. — Eu admito. Eu sou Jack Jones. — Colocando a mão no braço dele, ela o olhou com um apelo nos olhos que quase o matou. — E se você revelar minhas atividades para minha tia, vai arruinar tudo. Então, por favor, me diga o que devo fazer para evitar que você destrua minha vida completamente.

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Capítulo Sete Delia podia realmente ver o temperamento de Lorde Knightford flamejar, o olhar gélido em seus olhos, o afinamento de seus lábios. Estranho, como ela começou a notar esses sinais. Provavelmente porque ele estava se intrometendo muito em seus assuntos no último dia. — Eu estou tentando impedi-la de destruir a sua vida — ele disse entre dentes. — Você tem alguma ideia de como é perigoso para uma mulher entrar sozinha nestes lugares... — Eu estou indo como Jack Jones, não uma mulher. E não sozinha também. Owen está lá para me proteger se alguém chegar perto demais. Ele faz um excelente trabalho. — Alguém irá reconhecê-la eventualmente. Eu te reconheci. — Porque você dançou comigo ontem! Isso é tudo. — Isso não é tudo. Além do fato de que você é bonita demais para se passar por um cavalheiro se alguém olhar de perto, você não tem o traseiro de um homem. É muito bem feito e essas calças são um pouco apertadas para você. Isso a surpreendeu. Ele a achava bonita? Sério? E ele estivera observando seu traseiro em calças? Oh, Senhor. Espere, isso era altamente improvável. — Você não poderia ter visto o meu traseiro. Eu estava sentada o tempo todo em que você esteve lá. — Não o tempo todo, confie em mim. E tudo o que precisaria seria você se curvar uma vez para pegar algo... — Eu não me curvo. As mulheres nunca fazem. — Exatamente. Então você não acha que alguém notaria se você realizasse a habitual curvatura feminina para pegar alguma coisa? Ou qualquer outra série de ações femininas que você aceita como certas? Ela engoliu em seco. — Ninguém notou até agora.

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— É só uma questão de tempo. Me tomou pouco esforço para seguir você e Owen a pé para o antro de jogos... — Nos seguir! Você nos seguiu? — O coração dela acelerou. Então foi aí quando ele viu seu traseiro em calças apertadas. E ela pensou que estava sendo muito inteligente escapando na noite passada. Mas ele sabia exatamente para onde ela estava indo. Ele poderia tê-la encontrado então, se quisesse. — Se você sabia onde eu morava, por que não pediu para ver minha tia na noite passada e me expôs? — Antes de fazer algo drástico, queria dar a você uma chance de parar suas atividades perigosas. Não tenho nenhum desejo de te fazer ter problemas com os seus parentes — Seu olhar endureceu. — Mas vou, se isso for necessário para fazer você parar de correr esses riscos. Ooh, ele podia ser tão enfurecedor, ele e sua prepotência de marquês! — Estou manejando os riscos perfeitamente bem — Ela levantou o queixo. — Eu tenho ido quase todas as noites durante um mês e nenhuma alma adivinhou que eu sou uma mulher. Os homens só veem o que querem e assumem que nenhuma mulher poderia ser, alguma vez, tão boa nas cartas quanto eu sou. Ela não estava se gabando de suas habilidades. Era um fato que até Reynold havia reconhecido. — Você é boa, te concedo isso. Mas você não está manejando os riscos tão bem quanto assume. Você não acha que as pessoas notaram que você se esquivou para falar com Owen nos bailes, as notas privadas compartilhadas entre vocês, seu cansaço... — Oh Deus, eu sabia! — ela disse quando o reconhecimento a atingiu. — Lady Clarissa te colocou nisso, não é? Ela continua bisbilhotando. Mas isso supera tudo, colocando seu primo para me espionar! Ele endureceu a mandíbula defensivamente. — Não espionar. Observar. — Quando ela bufou, ele adicionou: — E tudo o que vi me diz que ela estava certa em se preocupar. Esta sua farsa é loucura.

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— Por quê? Porque eu estou ganhando dinheiro de lordes que pensam que são melhores que todos os outros? Seu escuro olhar se estreitou nela. — É disso que se trata? Dinheiro? Ela prendeu a respiração. Ela não ousava lhe dizer a verdade, já que ainda não tinha ideia de quem era sua presa. Por tudo o que sabia, o nobre tatuado podia ser amigo ou parente próximo de Lorde Knightford. Então ela teria que dar a resposta que ele esperava. — Claro que se trata de dinheiro. Preciso de suficiente para impedir a tomada de Camden Hall antes de sermos todos jogados para fora. Eu já consegui uma boa soma até agora. — Não posso imaginar que você tenha guardado o suficiente para impedir a tomada de uma propriedade de qualquer tamanho. Ele estava certo, mas ela não podia dizer isso, já que suas esperanças estavam postas em uma fonte completamente diferente de fundos. — Ainda não é o suficiente, mas se eu puder ter mais algumas semanas em Londres... — E o seu pretendente, o rico fazendeiro, Owenouse? — ele disse sarcasticamente. — Ele não pode cuidar de todos vocês assim que se casarem? Seu olhar conhecedor rasgou seus nervos. — Tudo bem, eu admito que foi um tanto... Desajeitada essa mentira. — Virando-se, ela seguiu pelo caminho. Ele passou a caminhar ao lado dela com um passo fácil que a lembrou de um bom cavalo puro sangue. Ou um tigre à espreita. Honestamente, ele era muito enervante para suportar. Os homens raramente a incomodavam, então como ele sempre conseguia tão facilmente? Isso a irritava. Então ela atacou. — Você pode ser terrivelmente irritante às vezes, sabe, interferindo nos negócios das outras pessoas. — E você pode ser terrivelmente estúpida — Quando ela atirou-lhe um olhar sombrio, ele pegou seu braço para detê-la. — Tenho de fontes seguras que você recusou alguns pretendentes perfeitamente elegíveis e respeitáveis.

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Por que diabos você faria isso quando o casamento é a maneira mais fácil de resolver o seu futuro de vez? Ela puxou o braço do dele. — Meu futuro não é o único em risco. Já que eu não herdo Camden Hall, qualquer homem com quem eu me case não teria nenhum incentivo para salvá-lo ou para sustentar minha cunhada e seu filho. Então, embora o casamento possa me salvar, isso não salvará o resto da minha família ou a herança exclusiva deles. — Tudo bem. Se a sua cunhada é aquela cujo filho herdará a propriedade, então ajude ela a encontrar um marido rico. Ouvi dizer que ela é bonita o suficiente para encontrar um. — É exatamente isso que estou tentando evitar! Tão logo Brilliana sair do luto, ela pretende se casar com o primeiro homem rico que pedir sua mão, o primeiro disposto a quitar a dívida e salvar a propriedade. E eu não posso deixa-la fazer isso. — Por que, pelo amor de Deus? Isso resolveria tudo. — Só se ela puder encontrar um rápido o bastante. Quão provável é isso para uma viúva destituída com um filho? Então, minha única escolha é continuar como estou fazendo. — Sério? — Ele se aproximou. — E o que você acha que acontecerá se for descoberta se passando por Jack Jones nos antros de jogos? O escândalo não é a melhor maneira de garantir o futuro de ninguém. — Pelo contrário, isso não afetaria minha vida minimamente, já que não pretendo me casar. — Pelo menos não até que encontrasse o homem que arruinou seu irmão e o fizesse pagar o dinheiro de volta. — Você realmente diz a sério. Você não quer se casar — ele disse, com o ceticismo masculino habitual que sempre aparecia. — Nunca. — Você de todas as pessoas não deveria achar isso estranho. Você não mostra nenhuma evidência de que você queria se casar. — Ah, mas eu posso satisfazer meus desejos sem me casar. Você não pode. Desejos hah!

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— Eu não me importo com isso — disse ela e disse a sério. — Não é o mesmo para as mulheres e para os homens, sabe. Nós não nos sentimos... Coisas assim. Nas poucas vezes em que ela sentiu, ela estivera sozinha com seus devaneios sobre soldados ousados e nobres cavaleiros da antiguidade. Mas na vida real, ela nunca sentiu nada pelos cavalheiros que encontrou. Mesmo os poucos que inicialmente a atraíram se mostraram decepcionantemente comuns. Exceto Lorde Knightford. Ela franziu o cenho. Bem, é claro que ela acharia o espirituoso e devastadoramente bonito Lorde Knightford atraente, mas isso não importava. Ele nunca consideraria se casar com ela, ele deixou isso bem claro. Tampouco queria se casar com um homem que provavelmente iria sair com prostitutas e mentiria a sua esposa a respeito disso. — Você realmente acredita que as mulheres não sentem desejo — ele retrucou, como se achasse isso algum tipo de afronta pessoal. — Absolutamente — Quando ela percebeu que Lorde Knightford a estava olhando como se tivesse acabado de crescer um terceiro braço nela, ela acrescentou defensivamente: — Brilliana diz que os “prazeres do leito conjugal” são prazerosos apenas para os homens. Uma esposa só tem que aturar as relações. — Oh, pelo amor de Deus. Isso pode dizer mais sobre o casamento do seu irmão e cunhada do que sobre os "prazeres do leito conjugal". — Quando ela piscou para ele, ele se aproximou. — Diga-me, Senhorita Trevor, você já foi beijada alguma vez? Isso a fez parar. — Eu não posso acreditar que estamos tendo esta conversa altamente inapropriada. — Por que não? Nós sempre temos conversas inapropriadas. É por isso que te acho tão encantadora. Responda à pergunta. — Claro que já fui beijada. Mas... — Eu deveria ter dito, beijada decentemente.

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Ela o olhou de lado cautelosamente. Seus dois beijos tinham sido distintamente desagradáveis. Tudo bem, um fora com um caçador de fortuna que a tinha pego de surpresa, mas ela até desejara o outro cavalheiro. Até que ele fez algo repugnante com a língua e lhe ensinou que os beijos soavam muito melhores nas histórias do que eram na realidade. Embora ela devesse mentir e dizer que foi beijada decentemente, ela suspeitava que ele não estava se referindo a decência. E a ideia de que beijos pudessem ser feitos de forma errada a fascinava. — O que você quer dizer com “decentemente”? Ele olhou para o outro lado da rua onde a tia dela estava na janela observando-os. — Receio que exista apenas uma maneira de explicar isso. Antes que ela pudesse reagir, ele puxou-a para o meio de um círculo de arbustos altos que escondiam os dois de vista. — Imagino que temos cerca de dez minutos antes que sua tia soe o alarme e nós sejamos interrompidos. — Ele lançou-lhe um sorriso que sugeria que ele poderia apresentá-la a tentações secretas e sedutoras com o estalar de um dedo. — Felizmente, vou precisar apenas de alguns minutos. Ele não estalou o dedo. Ele a beijou. E não foi nada como aqueles beijos anteriores. Não foi muito duro nem muito suave. Seus lábios estavam quentes o suficiente para aquecer os dela, seu hálito cheirava a laranjas e sua proximidade fez com que algo parasse em seu coração. A maneira como ele possuía sua boca era quase... Agradável. Tudo bem, muito agradável. Ela gostou de como ele brincou com seus lábios, como ele agarrou sua cintura com a confiança de um homem acostumado a tomar o controle. Ela gostava da sensação inebriante de fazer algo um pouco safado e o turbilhão desconhecido em sua barriga que a fazia querer ficar na ponta dos pés e beijálo de volta. Senhor, o que ela estava fazendo, caindo sob o feitiço dele tão facilmente? Ela quebrou o beijo. — Milorde, por favor...

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— Meus amigos me chamam de Warren. — Pegando a cabeça dela entre as mãos, ele passou um polegar sobre seus lábios. Ela lutou contra a repentina aceleração de seu pulso. — Eu não sou sua amiga. — Mas você vai me chamar de Warren, não vai, Delia? Pelo menos em privado. — Não vamos ficar em privado... Ele abafou as palavras com outro beijo. Só que desta vez ele tentou o que aquele outro sujeito tinha feito, ele enfiou a língua entre os lábios dela. E oh, que diferença. Não havia nada de repugnante nisso, nada lambão e embaraçoso. Isso a emocionou sem fim. Ele tinha gosto de marmelada e café, absolutamente não o que ela esperava e sua língua se aprofundou leve, mas insistentemente, despertando uma resposta nela além de qualquer coisa que ela já conheceu. Ela se sentiu zonza, excitada... Desejosa do jeito que ficava em seus devaneios. Céus. O desejo era real para as mulheres também. Quem poderia saber? Ele sabia. E agora ele a pressionava contra seu corpo duro e se alimentava de sua boca com movimentos lentos e sedosos e ela não conseguia pensar, não conseguia respirar, não conseguia fazer nada além de sentir o mais incrível... O rangido de um portão fez ambos congelarem. Ele a soltou, retomando a postura fácil de um lorde certo de sua posição. Mas seu olhar latejava e as brasas incendiaram seu sangue. Assim como o beijo dele fizera. — Parece que eu estava errado — disse ele, asperamente. — Aparentemente, alguns minutos não chegaram nem perto de serem o suficiente para mim, Delia. Para ela também. Ela poderia ter continuado e continuado... Mas ele era um libertino. Ela devia se lembrar disso. Esses homens eram bons em beijar; só Deus sabia em que outras coisas escandalosas ele também era bom.

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Parte dela queria muito descobrir essas coisas. A outra parte estava com raiva que ele conseguira deixa-la tão excitada e incomodada. Bem então, Owen deu a volta no arbusto alto que os protegia do caminho. Ele olhou cautelosamente dela para Lorde Knightford e de volta. — Sua tia quer saber se milorde gostaria de se juntar a ela e a Senhorita Trevor para o almoço. Maldição, ela nunca sobreviveria a isso. — Eu duvido que Lorde Knightford tenha tempo para... — Eu ficaria honrado — disse o marquês, seu olhar ainda preso ao dela. — A Senhorita Trevor e eu estávamos tendo uma conversa das mais intrigantes, uma que eu adoraria continuar. O pânico se elevou em sua garganta. — Owen, você poderia nos dar mais um momento? — Sua senhoria não aprovaria. Ela olhou para Owen. — Um momento. Isso é tudo. Owen recuou, mas apenas para o outro lado do matagal. Delia se aproximou do marquês e baixou a voz. — O que você pretende dizer à minha tia? — Eu não sei — Ele soou sincero. E quando ele passou uma mão pelo cabelo, parecendo de repente desequilibrado, ela percebeu que ele estava tão incerto sobre essa situação quanto ela. — Se você contar a ela sobre Jack Jones, eu negarei. Você simplesmente parecerá um tolo. Ele lançou-lhe um olhar avaliador. — Talvez. Mas isso colocaria sua tia em guarda, fazendo com que ela prestasse melhor atenção às suas atividades à noite. — Ou fazendo com que ela me leve de volta para Cheshire. Então eu nunca terei uma chance de me casar bem. O que meio que derrota seu propósito de tentar me convencer com os seus... Seus beijos, que minha melhor alternativa é encontrar um marido decente. — Verdade. — Ele à olhou de cima a baixo.

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— Senhorita Trevor! — Owen chamou. — Sua tia está vindo para cá. Lorde Knightford... Warren ofereceu-lhe o braço. — Vamos, minha querida? — Espreitando através dos arbustos, Delia viu que sua tia estava, de fato, quase no jardim. — Tudo bem. — Ela pegou o braço dele. — Mas eu não sou sua “querida”. E você não vai ficar para o almoço. Ele abriu um sorriso errante. — Vamos ver.

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Capítulo Oito Warren percebeu que estava patinando em gelo fino com Delia, mas não conseguiu evitar, ela o fascinava. Na maioria das vezes, mulheres respeitáveis eram livros abertos, ele podia ver suas maquinações tão claras quanto o dia. Ele passou metade do seu tempo desviando suas tentativas de prendê-lo como marido. Não com Delia. Ela não o queria por isso. Ela não o queria por nada. Exceto talvez seus beijos, que ela parecia ter recebido bem. Ainda assim, outra mulher teria usado o interlúdio sensual para atraí-lo. Ela usou isso para empurrá-lo para fora. Mulheres normais simplesmente não se comportavam dessa maneira. Certamente não com ele. Um momento, ele pensou que ela era como a mãe dele: se cingindo em indignação feminina contra a própria ideia de fazer amor por prazer. E no seguinte, ele se perguntou se Delia poderia ser simplesmente inexperiente. E isto disparou seu desejo de dar-lhe um pouco de experiência. Esse foi o problema: Delia era um enigma. E ele amava enigmas reveladores, especialmente aqueles embrulhados em uma mulher atraente com espírito. Então, claro, ele ficou para o almoço, superando facilmente as objeções de Delia. Sua tia também os ignorou. Lady Pensworth não era tola o bastante para deixar um rico marquês escapar, especialmente um que demonstrou interesse em sua sobrinha. E como Warren estava lá expressando seu grande prazer em ter a oportunidade de passar mais tempo com a Srta. Trevor e sua família, Delia não teve escolha a não ser se render. Ele gostava quando ela se rendia, suave como seda, disposta e devassa. Aqueles beijos. . . Deus, ele não teve o mesmo em anos. Inocentes e ainda ansiosos, eles fizeram a boca dele molhar. Um homem cauteloso ficaria longe. Mas ele nunca foi assim. Ele preferia muito imprudentemente tentar levá-la a se render novamente. Quando ele entrou na sala de visitas da casa da cidade, ele foi apresentado à Sra. Trevor, a jovem cunhada de Delia. Ela era uma beleza, com abundantes cachos castanhos, cujo vestido de meio-luto cinza e preto de alguma forma acentuava suas curvas volumosas e pele cremosa. Mas lhe faltava ainda alguma coisa.

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A delicadeza de Delia, sem dúvida. A Sra. Trevor não parecia do tipo de se vestir com roupas masculinas e brincar com um inferno de jogos. Ela era muito reservada, muito submissa. Ele olhou para suas intrincadas imagens de temas clássicos. —Estes são muito bons— disse ele com alguma surpresa. A Sra. Trevor corou. —Eles são desenhos para porcelana. Imaginei que, se Wedgwood pudesse usar os desenhos de mulheres como Diana Beauclerk e Lady Templetown, talvez elas considerassem as minhas. Aparentemente, Delia não era a única tentando encontrar maneiras de ganhar dinheiro para a família. Embora, infelizmente, ele não imaginasse que vender alguns designs para Wedgwood salvaria Camden Hall. —Seu tempo seria melhor gasto em outro lugar— Lady Pensworth disse — Embora eu suponha que alguns senhores poderiam encontrar tal talento atraente em uma futura esposa. Agora venha, vamos para a sala de jantar. Warren reprimiu um juramento. Delia e a Sra. Trevor estavam claramente sob um pouco de pressão para se casar e Delia, pelo menos, não estava aceitando tão bem. Ele desejou que sua tia não fosse tão forte sobre isso, já que estava dirigindo Delia em uma direção completamente diferente. Assim que se sentaram ao redor da pequena mesa da sala de jantar, com Delia em frente a ele e as outras duas mulheres de cada lado, a Sra. Trevor se virou para ele com um sorriso educado. —Então, Lorde Knightford, você tem algum passatempo favorito? — O passatempo favorito de sua senhoria é ser chato durante o dia e maldoso à noite - disse Delia menos do que cordialmente, obviamente ainda se irritando com a forma como ele se infiltrou em sua casa. —Eu imploro seu perdão— Warren tomou um gole de vinho enquanto a encarava. —Eu também tento ser mau durante o dia. Estou ferido por você não ter notado. — Eu notei — Lady Pensworth olhou para ele por cima do copo de vinho. —E dificilmente é algo para se gabar, senhor.

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—Sua senhoria se imagina acima das regras da sociedade— disse Delia, elevando o rosto. —Para uma mulher que eu conheci ontem — ele disse — Você tem muitas ideias sobre meus passatempos favoritos e sobre o que eu imagino. Em todo caso, eu acho que a única regra firme na sociedade é não ser chato. —Talvez essa seja a regra para os marqueses — Ela ergueu o próprio copo. — O resto de nós é obrigado a se comportar. Ele sufocou uma réplica, mas ele não estava pronto para desvendar as atividades noturnas de Delia para sua família ainda. Ela fez alguns pontos válidos no jardim sobre como isso poderia arruinar sua vida. — Lorde Knightford — a senhora Trevor colocou apressadamente, como se para acalmar as coisas — Eu espero que o jogo não seja um dos seus passatempos perversos. Estranho que ela tenha escolhido esse vício em particular. A mulher poderia estar a par dos segredos de Delia? — Certamente, o jogo é o passatempo mais perverso de todos. Por que você desaprova isso? — Eu desaprovo o que isso faz com as famílias. Meu pai e meu falecido marido eram ambos jogadores. — Os olhos da Sra. Trevor escureceram enquanto brincava com sua salada de lagosta. — Isso não acabou bem para nenhum de nós. Tardiamente lembrou-se da fofoca no clube. — Isso significa que nenhuma de vocês joga cartas? —Não seja bobo — disse Lady Pensworth. —Todo mundo joga cartas. Nós simplesmente não apostamos. Nem mesmo Delia, embora pudesse, se quisesse. Piquet é seu forte. — É isso? Por acaso gosto de piquet. —Ele lançou a Delia um olhar velado, notando a cor iluminando suas bochechas. — Ela e eu teremos que jogar algum dia. — Tenha cuidado — a Sra. Trevor advertiu. — Ela é muito boa. Toda a família Trevor é. — Incluindo você? — Ele perguntou.

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— Ah não. Sou horrível. — Só porque você odeia figuras — disse Delia. — Eu não odeio figuras — protestou a Sra. Trevor. — Eu só quero que elas sumam e sejam lógicas. Como faz sentido um ás bater um rei? Ou às vezes não? Se é um, deve ser sempre um. Honestamente, não sei quem inventa essas regras indiferentes. — Eles não são mais indiferentes do que as regras para tocar violino, eu imagino. E você ama isso — Delia se inclinou para Warren. —Brilliana não apenas desenha magnificamente, mas toca violino com perfeição. Eu não posso nem tocar piano. Sou horrível quando se trata de instrumentos. Essa observação apenas implorou por um duplo sentido, mas ele sabia que não deveria chocar as senhoras. — Ainda assim — disse a Sra. Trevor —Reynold pensou que eu era burra porque eu não conseguia manter as regras para o vinte e um. E piquet! Poderia também ter me pedido para realizar cálculos astronômicos na minha cabeça. Agora isso é um jogo de cartas complicado. — Eu duvido que ele tenha achado que você é burra — Lady Pensworth acrescentou — E se ele o fizesse, ele deveria ter batido os nós dos dedos por ele. Ela se inclinou para Warren. — Meu sobrinho e Delia jogavam piquet praticamente todos os dias desde a infância. Eles nos levaram toda uma dança alegre nas mesas de cartas quando meu marido ainda estava vivo. Eles aprenderam com o pai, o marido da minha irmã, você vê. O pai deles. Algo incomodou no fundo de sua mente. O nome Trevor. Jogos de azar. Bom Deus. Ele olhou para Delia. — Seu pai era o capitão Mace Trevor? Ela pareceu surpresa. — Você já ouviu falar dele? — Todo mundo ouviu falar dele. Eu estava no jogo em que ele ganhou uma propriedade de Sir Geoffrey onze anos atrás — Tinha sido uma peça

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magistral de jogo de whist. —Seu pai não foi visto em jogos infernos ou clubes daquela noite em diante. — Não — disse Delia rigidamente — Mamãe insistiu que ele ficasse no lugar depois de terem conseguido o Camden Hall. E milagrosamente, ele concordou. — Por que milagrosamente'? — Porque até então — disse ela com uma nota decidida de amargura — ele arrastou nossa família ao redor do mundo enquanto ele era um oficial do exército durante a guerra e, em seguida, enquanto ele jogava o seu caminho através da Europa. Acho que mamãe achou emocionante no começo, mas envelheceu. Eventualmente, ele atendeu ao pedido dela de que ele se estabelecesse. Infelizmente, ela não conseguiu aproveitar por muito tempo. O rápido lampejo de tristeza sobre o rosto de Delia falou o resto. — Dada a sua presença em Londres sem ela... — Ela faleceu quando eu tinha dezesseis anos — disse Delia. — Eu sinto muito em ouvir isso — Ele realmente sentia. De alguma forma suspeitou que a morte de sua mãe tinha sido parte do que a transformara na mulher cautelosa sentada à sua frente agora —E seu pai? Ela se retraiu. — No ano seguinte. — Ah. Lembro de ter lido sobre isso nos jornais. Warren ainda não conseguia acreditar que Delia era filha de Mace Trevor, embora agora ele pensou sobre isso, ele podia ver a semelhança, especialmente naqueles olhos aguçados e no queixo belicoso. — É por isso que Delia acaba de fazer seu debut — explicou a senhora Trevor — Meu sogro morreu antes que ela tivesse idade suficiente para ser apresentada e então meu marido estava sempre muito ocupado em Camden Hall para nos levar a Londres por qualquer período prolongado. Lady Pensworth fungou. — Ainda não estou muito ocupada para vir aqui e... — Tia Agatha, por favor — disse Delia em voz baixa.

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— Oh muito bem. Este tópico de conversa cresceu bastante mórbido, de qualquer maneira — disse Lady Pensworth — Por que não falamos de algo mais alegre? — Eu sei! — Sra. Trevor exclamou, seus olhos castanhos brilhando —Nós devemos planejar quando Delia e Lorde Knightford vão ter o seu combate piquet. Confesso que estou ansiosa para ver se ele pode vencê-la. — Claro que ele pode. E tenho certeza — Lady Pensworth disse com um olhar de advertência para a Sra. Trevor. A jovem piscou para a baronesa. — Eu não tenho certeza de nada. Você não me ouviu dizer como ela é muito boa? Warren riu. — Acredito que Lady Pensworth está tentando poupar meu frágil orgulho masculino. — Eu vejo — Sra. Trevor arqueou uma sobrancelha para ele —Espero que seu orgulho não seja ferido por algo tão trivial quanto ser espancado em cartas. — Não, meu orgulho masculino é bem capaz de resistir a isso — disse ele, ignorando a maneira como Delia tentava e fracassava ao sufocar uma risada. — Então o jogo deve ser em breve— disse a Sra. Trevor —Talvez na próxima semana? A diversão de Delia desapareceu. — Eu tenho certeza que sua senhoria tem coisas melhores para fazer do que... — Você pararia de responder sobre a minha agenda? — Ele disse irritado. —Eu sei o que tenho que fazer. Além disso, não tenho nenhum compromisso. Ele fez uma pausa, uma ideia brilhante chegando até ele. Ele queria impedir que Delia tomasse esses riscos malucos. E agora ele tinha um excelente meio para fazê-lo.

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— Meu único compromisso firme é a festa na casa da Clarissa. Todas vocês irão, não? Eu sei que você foi convidada. — Eu temo que... — Delia começou. — Você está participando, Knightford? — Sua tia se apressou a dizer. — Claro. Está sendo dado pelo meu melhor amigo e minha prima. Por que eu não estaria lá? — Porque você nunca vai a festas em casa? — Delia disse. — Não nunca. Raramente. E, de qualquer forma, como você sabia disso? — Ele lançou-lhe um olhar especulativo. — Você está ouvindo fofocar sobre mim de novo? Ela não corou, embora ela tirasse o olhar dele. — É difícil não ouvir quando há muito disso. E você não vai a festas em casa porque está ocupado demais para passar suas noites... — Delia! — Sra. Trevor disse. — Bem, é verdade — ela disse, emburrada. Ele riu. —É de fato. Mas eu posso passar sem maldade por algumas noites. A questão é, você pode? Embora as outras duas mulheres ficaram boquiabertas, Delia disse suavemente: — Claro que posso. Eu fico sem maldade todos os dias. — Você fica? — Ele não deveria brincar com ela. Mas havia algo profundamente satisfatório em contornar os limites da verdade e observá-la se contorcer — Eu pensei que todo mundo gostava de um pouco de maldade de vez em quando. — Senhoras jovens não respeitáveis, devo esperar - disse lady Pensworth, examinando-o com uma expressão maligna por cima dos óculos. Certamente não esta jovem — Nós não somos todos como você, senhor. Eu prefiro entretenimentos mais mansos. E eu posso encontrar esses em qualquer lugar — disse Delia.

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A expressão amotinada de Delia o desafiava a revelar seus segredos e ele ficou extremamente tentado a fazê-lo. Mas, como ela disse, seria apenas convencer sua tia a bani-la para Cheshire, o que não ajudaria em sua situação. Embora ele tivesse uma ideia do que seria. — Entretenimentos mais maneiros existem em todos os lugares. Especialmente nas festas em casa. Então não vejo razão para você não comparecer à Clarissa. Seus olhos provocaram incêndios. — Não estamos falando da minha presença — ela disse irritada — Estamos falando da sua. Eu suspeito que você vai achar isso muito chato. — Não, se você estiver lá— disse ele. Para sua satisfação, ela corou. E as outras duas mulheres trocaram olhares. — Você sabe perfeitamente bem que não se importa se eu vou ou não — disse ela — Eu não sei se iremos. — Não seja absurda — Lady Pensworth interrompeu — Nós não perderíamos por nada no mundo. Delia piscou. — Mas... Brilliana não pode ir. Ela não vai querer deixar Silas. Além disso, ela está de luto, então não seria nada apropriado. E eu me sentiria horrível sem ela. — Primeiro de tudo — disse Lady Pensworth — Silas pode ficar com a babá por alguns dias. Não vai doer nada. Em segundo lugar, Brilliana lamentou um ano inteiro esta semana. Seria bom para ela estar perto de alguns jovens animados depois de um ano em ervas daninhas de viúva. E você também. — Ainda assim... — Delia começou. —Eu nunca me senti à vontade para recusar o convite, sobrinha — sua tia continuou — Mas você me garantiu que não haveria jovens além dos Blakeboroughs. — Isso é o que Clarissa disse — Delia protestou, uma mentira com certeza.

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— Você deve ter entendido mal minha prima— ele interveio. — De fato— disse Lady Pensworth. — E eu gostaria de participar — disse a Sra. Trevor — Parece adorável. — Você vê? — Lady Pensworth disse — Além disso, se lorde Knightford estiver indo, haverá claramente pelo menos um jovem presente e mais se seguirá assim que ouvirem que um homem de sua consequência estará lá. Então estamos indo. Todos nós. Ela assentiu para ele. — Especialmente desde que sua senhoria está tomando o cuidado de pressionar o convite. Vou enviar minha resposta hoje, Knightford. Se você acha que não é tarde demais. — Eu sei que não é tarde demais — O desejo de cantar seu triunfo morreu quando ele viu o olhar assassino no rosto de Delia —Não se preocupe, senhorita Trevor. Tenho certeza de que será uma semana divertida. Não que isso importasse. O que importava era manter Delia longe de problemas por um tempo. E ela não poderia estar jogando no Dickson se estivesse no Stoke Towers em Hertfordshire. O almoço estava quase pronto e ele tinha feito o que tinha vindo fazer. Então, depois de mais alguns instantes de conversa educada, durante os quais Delia olhou para ele de modo atraente, ele disse que lamentava ter mais visitas para fazer. Quando ele se levantou para sair, Delia também se levantou. — Eu irei te acompanhar. — Obrigado, querida menina — disse sua tia — Tenho certeza que ele se perderia de outra forma. Ignorando o comentário azedo de sua tia, Delia o levou da sala. Assim que eles estavam no corredor e fora do alcance da voz, ela murmurou: —Isso foi um truque sujo. — Você quer dizer como o truque sujo que você jogou ontem à noite, despejando uma garrafa de vinho no meu colo? Você arruinou uma camisa perfeitamente boa, você sabe.

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— É por isso que você está me atormentando hoje? Eu posso te pagar pela camisa. — Eu não duvido que você possa. Tendo em conta os rumores que ouvi no Dickson, você deve ter adquirido uma boa soma agora. Você deveria sair antes de ser pega. Ele lançou-lhe um olhar reprovador. A julgar pela sua carranca, ela não foi nem um pouco reprimida. —Isso é uma ameaça? Se eu não desistir, você contará à minha tia? —Não me tente. Ela olhou ao redor, não viu ninguém perto e puxou-o para a sala de estar que eles estavam passando. — O que eu tenho que fazer para garantir que você me permita continuar minhas atividades? Tenho certeza que tenho algo que você quer. Ele passou o olhar por sua forma atraente. — Oh, você tem muito que eu quero, mas nada que eu possa ter. Embora ela corasse à insinuação, ela encontrou o olhar dele uniformemente. — Isso não é verdade — Havia uma sugestão de desespero em seu tom. —Eu sei que você provavelmente não me acha bonita, mas você parece gostar de nossos beijos no jardim e... Bem... Eu estaria disposta... Isso é... Deus o ajude. — Eu espero que você não esteja insinuando o que eu acho que você está — ele exclamou. Suas bochechas brilhavam escarlate agora. — Estou apenas apontando que, se você quiser...

Satisfazer seus

desejos... Sem casar-se. — Eu iria para um bordel sangrento — Raiva rugiu em cima dele que ela consideraria mesmo vender-se para mantê-lo quieto. Ou pensar que ele aceitaria alegremente essa oferta. — Você pode não acreditar, mas sou um cavalheiro respeitável. Eu não chantageio mulheres jovens a me darem sua virtude. Bom dia, senhorita Trevor.

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Quando ele se virou para a porta, ela pegou o braço dele. —Não seria assim. Eu me ofereceria livremente. Ele olhou para ela. — Você realmente? — Ela claramente acreditava nesse absurdo. Ou isso, ou o flerte deles no jardim encheu sua cabeça de raios lunares. Hora de quebrar essa ilusão. Não lhe dando nenhum aviso, ele a empurrou contra a parede atrás da porta aberta e esmagou seus lábios sob os dele. Desta vez ele tomou sua boca com desrespeito impiedoso por sua resposta atordoada. E quando, para o seu choque e deleite misturado, ela o deixou, ele foi um passo além, permitindo que uma mão vagasse livremente por seus quadris exuberantes e a outra para cobrir um seio. Sem vergonha ele acariciou a carne macia através de seu vestido e se deleitou, apesar de si mesmo, no endurecimento de seu mamilo. Com a outra mão, ele a puxou contra a espessura crescente em suas calças. Aparentemente, isso teve um efeito sobre ela, finalmente. Ela arrancou seus lábios dos dele e empurrou contra seu peito, seus olhos arregalados e cautelosos. Ele se afastou, seu sangue acelerou e sua respiração ficou tão forte quanto a dela. — Você se ofereceria livremente— ele rosnou — Certo. Ele se inclinou para ela e ela se encolheu, o que o incomodou, embora ele tenha deliberadamente tentado colocá-la em guarda. — Tão livremente quanto um cordeiro de sacrifício para o altar. Não, obrigado. Eu não preciso de um mártir na minha cama. Especialmente aquele que se arrependeria do que fez assim que acabasse. Ela engoliu em seco. — Eu não faria. — Bem, eu faria. Por mais que eu apreciasse tê-la embaixo de mim, contorcendo-se nos espasmos da paixão, eu não sou tolo o suficiente para sucumbir a tal tentação quando ela só pode levar diretamente a uma ratoeira de um pastor. — Eu não estou tentando prendê-lo em casamento— ela protestou.

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— Eu sei disso. Mas também sei que a sedução é um jogo perigoso e, às vezes, o resultado está além do controle da pessoa. — Eu poderia ser discreta. — Do jeito que você tem sido discreta nos infernos de jogos? Suas bocas estavam separadas e ele lutou contra o desejo de fechar aquela distância, para tomar sua boca mais suavemente, explorá-la mais completamente... Jogue cautela para os ventos. Ele deve ter mostrado o desejo louco em seu olhar de alguma forma, pois sua expressão se tornou determinada. — Podemos nos dar muito bem juntos — Como se para ter certeza de que ele entendia, ela acrescentou —Na cama, você sabe. Maldito inferno, aquelas palavras trouxeram toda a sua necessidade rugindo para a vida novamente. Que Deus o preservasse de mulheres cuja curiosidade sobre o desejo foi estimulada por alguns beijos. Especialmente quando eles o faziam tão duro. Pronunciando uma risada dura, ele apoiou as mãos contra a parede de cada lado da cabeça dela. — Acredite em mim, se você e eu dividíssemos uma cama, não haveria dúvida sobre isso. Ficaríamos muito bem juntos. Deslizando os lábios pela bochecha até o ouvido e depois até o pescoço, ele lambeu o pulso em sua garganta antes de murmurar: — Muito bem, suspeito. Apesar de suas afirmações anteriores, há um desejo de perversidade espreitando dentro daquela sua alma labiríntica. Ele esperou até que a respiração dela acelerasse e seus olhos se fecharam antes de se afastarem da parede. — Mas eu não serei aquele a satisfazê-lo, asseguro-lhe. Seus olhos se abriram, uma mistura estranha de arrependimento e orgulho ferido brilhando neles antes que eles esfriassem para o gelo. — Então eu acho que não há mais a ser dito. — Oh, há mais uma coisa— Ele colocou uma sugestão de ameaça em sua voz. —Não vá ao Dickson novamente. Porque eu pretendo estar lá todas as noites até a festa. E se você aparecer no inferno dos jogos, eu vou te expor.

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Foi um blefe, claro. Revelar sua verdadeira identidade naquele lugar arrastaria não só ela através de um escândalo, mas também sua tia e sua cunhada e ele não era cruel o suficiente para fazer isso. Ele estava tentando ajudá-la, não arruiná-la. Ela endureceu. — Então será sua culpa quando Brilliana, meu sobrinho e eu nos encontrarmos evitados pela sociedade. Maldita seja por chamar seu blefe. — Pelo amor de Deus, se é dinheiro que você precisa, eu posso te emprestar um pouco. Essa foi a coisa errada a dizer. Ela se levantou como uma rainha sitiada. — Não precisamos da sua caridade, senhor. Além disso, tomar um empréstimo de você nos arruinaria tão eficazmente quanto você está expondo meu jogo. Ela estava certa, infelizmente. Frustrado, ele arrastou uma mão pelo cabelo. — Você é a mulher mais irritante que já conheci. Suas sobrancelhas se ergueram. — Eu duvido muito disso. E você está com raiva porque não pode me chantagear ou me obrigar a fazer o que quiser. — Estou tentando evitar que você se coloque em risco! O pensamento de um homem descobrir você e tentar se aproveitar disso em um beco escuro me arrepia. — É por isso que eu tenho Owen. — Owen pode ser forte, mas ele é apenas um homem e provavelmente desarmado. Ele não pode lutar contra um sujeito com uma faca. Ou uma pistola. — Então, vou me certificar de que ele esteja armado. Bom dia, meu senhor. E antes que ele pudesse responder com outro argumento, ela passou por ele e saiu da sala com as costas claramente eretas.

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Ele começou a ir atrás dela, mas qual seria o ponto? A menos que ele estivesse preparado para cumprir suas ameaças, o que ele não estava. Ele não conseguiria assusta-la. Especialmente enquanto seu precioso Owen estava disposto a ajudar e encorajá-la. Ela iria garantir que o maldito homem estivesse armado. Certo. Como diabos ela queria fazer isso? E como ela poderia colocar tanta fé em um lacaio que não teve coragem de se recusar a ajudá-la? Se não fosse por Owen acompanhando-a... Ah sim. Owen era a chave. Ela poderia não ouvir a razão, mas o lacaio certamente o faria. Saindo da sala de visitas e indo para o foyer, Warren pediu para falar com Owen. O criado apareceu um pouco depois. — Ande comigo por um momento, Owen— ele ordenou. Com um aceno cauteloso, Owen o seguiu para fora da casa. Assim que passeavam pela rua, Warren disse: — Você sabe que o que sua senhora está fazendo é muito perigoso. O lacaio empalideceu. — Eu não tenho certeza do que você quer dizer, meu senhor. Não isso de novo. — Não me leve por um tolo. Eu sei que ela tem se disfarçado de Jack Jones para jogar no Dickson's — No suspiro de Owen, ele acrescentou: — Embora eu ainda não saiba o porquê. Talvez você me dissesse. Ele se irritou imediatamente. — Perdoe-me, meu senhor, mas eu nunca trairia a confiança de milady. Warren estava dividido entre o alívio que Owen estava tão determinado a cuidar de sua patroa e aborrecimento que o homem estava tão imprudentemente mantendo seus segredos. — Mesmo assim — retrucou Warren — Enquanto percebo que ninguém descobriu seu disfarce antes, é só uma questão de tempo. — Concordo, meu senhor. Mas ela não vai ouvir a razão. E eu não posso deixar ela ir a Covent Garden sozinha.

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— Certamente não. Por outro lado, se você se recusar, ela poderá ter bom senso e ficar em casa. Owen olhou-o desconfortavelmente. — Você não conhece minha senhora tão bem quanto eu. — Eu sei que ela não é idiota. E eu espero que você também não seja. — Você não entende... — Droga, Owen, você quer ficar parado e vê-la arruinada? — Claro que não. Mas infelizmente, milorde, uma vez que a senhora põe uma coisa na cabeça, não há como impedi-la. — Bobagem — Parando para desconsertar o servo com um olhar duro, ele tentou outra tática. — Ou você se recusa a levá-la para lá a partir de agora, ou você vai me forçar a ir para Lady Pensworth e levá-lo a demitido. Delia tinha chamado o blefe de Warren, mas Owen certamente não o faria. O lacaio empalideceu. — Mas, meu senhor, e se ela não atender às minhas advertências? E se ela for sozinha de qualquer maneira? — É melhor você encontrar uma maneira de se certificar de que ela não faz. Afirme estar doente ou com problemas com alguém em Dickson ou o que quer que você deva fazer. — Ele deu ao homem sua melhor careta de marquês — Mas mantenha-a fora daquele lugar. Você me ouviu? Com os ombros caídos, Owen assentiu. — Eu farei o que for preciso, mesmo que tenha que trancá-la no quarto dela. —Veja o que você faz. Confiante de que ele havia tomado medidas suficientes para mantê-la segura por enquanto, Warren se dirigiu para a casa da cidade de Edwin e Clarissa. A moça seria a morte dele ainda, com sua obstinação enlouquecedora e seus riscos tolos com sua reputação e... Seu aroma doce. Seus suspiros suaves. Sua garganta de pele acetinada com o pulso que saltou sob seus beijos. Os que ela deu apenas para ele.

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Seu pênis instantaneamente chamou a atenção. Maldito seja, que inferno. O que havia nela que o impedia de afastá-la de seus pensamentos? Por que o gosto dela ainda permanecia em sua língua? E por que parte dele desejava ter aceitado sua oferta escandalosa? Podemos nos dar muito bem juntos. Na cama, você sabe. Sim. Eles poderiam. Isso foi precisamente o que o apavorou.

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Capítulo Nove Delia

tentou

fazer

com

que

as

pernas

bambas

funcionassem

corretamente enquanto se dirigia para a sala de jantar. Incomodada com o homem por despertar sua raiva e seu desejo. O jeito que ele a beijou e acariciou foi a coisa mais excitante que já aconteceu com ela. Ela tinha perdido a cabeça? Provavelmente. Talvez ele estivesse certo. Talvez ela desejasse a maldade. Um pouco. Muito pouco. E só porque ele fez isso parecer... Bem... Ela provavelmente não esqueceria a sensação incrivelmente surpreendente de sua mão em seu seio por um longo tempo. Ela parou do lado de fora da sala de jantar. Como ela poderia encarar sua tia e Brilliana como se todo o seu mundo não tivesse apenas inclinado para o lado? O que ela ia dizer? Um miado soou atrás dela e ela se virou para encontrar Flossie na janela que dava para a rua, olhando com o nariz para o vidro. Delia surgiu ao lado dela e olhou para fora para ver Warren caminhando para longe da casa. Oh Senhor. — Não você também— ela repreendeu, tomando Flossie em seus braços. Quando o gato se esticou em direção à janela, ela disse: — Pare com isso, ele se foi. Você acha que ele dá um centavo para você? Juro que esse homem encanta toda mulher que entra em sua órbita. — Ele faz, não é? — Disse uma voz atrás dela. Ela pulou, depois se virou para encontrar Brilliana observando-a com uma expressão cautelosa — Ele é um sujeito muito charmoso. Delia mudou suas feições para indiferença. — Quando ele quer. Ela passou pela cunhada e subiu as escadas em direção à sala de estar. A última pessoa com quem ela desejava discutir Warren era Brilliana. Isso não impediu a cunhada de segui-la. — Você gosta dele. Admita.

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— Eu não gosto dele — Como era uma palavra muito insignificante para o que ela sentia. Ela o queria. Com um punhado de beijos, ele a fez se sentir mais surpreendente... Com fome de algo. Foi ridículo. Especialmente dada a sua atitude em relação ao casamento. “Por mais que eu apreciasse tê-la embaixo de mim, contorcendo-se nos espasmos da paixão, eu não sou tolo o suficiente para sucumbir a tal tentação quando ela só pode levar diretamente a uma ratoeira de um pastor. ” Ela bufou. Ela não sabia se ficaria lisonjeada por ele ter prazer em tê-la embaixo dele, insultada por ele, no entanto, não ter vontade de se casar com ela ou desapontada por ele ter recusado sua proposta de um encontro ilícito. Desapontada? Ela não ficou desapontada. Realmente, ela não estava. — E ele certamente não gosta de mim. — Eu não tenho tanta certeza sobre isso — disse Brilliana — Ele parecia gostar muito de você no almoço. Delia entrou na sala de visitas. — Não se deixe enganar por ele — Claramente, sua cunhada tinha noção de que Warren era um homem normal que se comportava de maneira normal. Melhor desiludi-la dessa ideia — Ele gosta de me atormentar, isso é tudo. Brilliana endireitou os ombros. — Ele parecia muito insistente em sua festa na casa de Lady Blakeborough. Só assim ele poderia me impedir de jogar. — Porque sua prima o colocou para torcer meu braço. Clarissa tem me jogado em cavalheiros elegíveis desde que chegamos e sem dúvida ela convidou uma dúzia deles. — E isso seria tão horrível? Delia prendeu a respiração. Ela continuou esquecendo que Brilliana supunha que Delia estava realmente procurando por um marido. — Horrível? Não. Mas prefiro escolher meus próprios senhores, muito obrigada. Não ficar preso em uma propriedade com os da escolha de Clarissa. — Ou com Lorde Knightford.

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As palavras pegaram Delia de surpresa. Ela tinha estado tão focada no por que ele estava tentando tirá-la da cidade que ela tinha esquecido como uma festa em casa poderia ser íntima. Quantas vezes eles seriam jogados na companhia um do outro. Quantas chances pode haver para beijos e carícias... — Você está corando — disse Brilliana. Delia lutou contra o desejo de cobrir as bochechas com as mãos. — Eu não estou. — Admita. Você não se importaria de ter Lorde Knightford como um pretendente. — Eu te disse, ele não tem interesse em mim desse jeito. Ele é um marquês, pelo amor de Deus. Ele não vai se casar comigo. Os olhos de Brilliana se estreitaram nela. — Eu vi como ele olhou para você. Se ele não quer se casar com você, então ele certamente deseja algo mais perverso. Mas de qualquer forma, ele definitivamente tem interesse em você. Delia ficou tentada a contar à sua cunhada tudo sobre seus planos de caçar o inimigo de Reynold e fazê-lo pagar de volta o que ele havia roubado , mas ela permaneceu em silêncio. Brilliana poderia ser bastante aborrecida sobre coisas como propriedade, especialmente onde Delia estava preocupada. No mínimo, ela desaprovaria o fato de Delia se disfarçar de garoto e ir aos infernos de jogos. E Brilliana quase certamente desaprovaria o beijo e a carícia de Warren. — Você está errada sobre Lorde Knightford— disse Delia —Ele tem muitos outros lugares para satisfazer seus desejos 'iníquos'. E ele é um cavalheiro, além disso. Ele nunca maltrataria uma dama respeitável. Oh, Senhor, ela estava repetindo seus protestos anteriormente. Mas se ela fosse honesta, ele tinha boas razões para ser insultado quando ela insinuou que ele poderia aceitar sua virtude em troca de seu silêncio. Porque, apesar de todas as fofocas sobre suas brincadeiras nos guisados e nas camas de algumas esposas e viúvas notoriamente soltas, nunca houve um escândalo sobre ele abusar de qualquer mulher, elegível ou não.

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Embora claramente ele não tivesse escrúpulos em prendê-la contra uma parede e beijá-la sem sentido. Isso foi diferente. Ela queria que ele fizesse isso. —Pelo seu bem, espero que você esteja certa— disse Brilliana —Eu não quero ver você acabar com um coração partido. Eu sei como isso é. Delia lançou a Brilliana um olhar penetrante, quase certo de que a mulher nunca perdera o coração para Reynold. Então, quem quebrou isso? — Confie em mim, meu coração não corre o risco de ser danificado. Não pelo gosto de Warren, de qualquer maneira. Apenas um tolo se apaixonaria pelo seu tipo de charme. Ou uma mulher que era inexperiente em jogar jogos sensuais. Mas ansiosa para tentar. Como ela. Delia gemeu. Brilliana a observou de perto. — Eu estou apenas dizendo que você deve ter cuidado. — E eu terei.

Embora esta noite, ela pretendia ir ao Dickson. Para o diabo com Warren. A menos que ele planejasse arruiná-la, ele não poderia agir. Mas antes disso, ela teve que assistir a um musical com sua tia e Brilliana. Ela tinha pouca chance de encontrar seu cavalheiro tatuado lá, mas ela não conseguia se livrar disso. Tia Agatha estava determinada a oferecê-la a cavalheiros em Londres e não falava do musical. Pelo menos não interferiria nas outras atividades dela. Algumas horas depois, elas estavam se preparando para partir para o musical quando o mordomo de sua tia sussurrou algo em seu ouvido. Quando tia Agatha anunciou alegremente que Owen estava doente com uma queixa no estômago e não os atenderia, o coração de Delia caiu. Owen não podia estar doente. Ele teria que acompanhá-la até o Dickson mais tarde.

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Pelas próximas horas no musical aborrecido, ela se irritou. Ela tinha apenas duas noites para encontrar o trapaceiro antes da iminente festa em casa e a incapacidade de Owen de protegê-la iria atrapalhá-la. Então, quando ela, sua tia e Brilliana voltaram para casa, ela se esgueirou pelas escadas dos empregados para o quarto de Owen, como fizera várias vezes antes em seus passeios noturnos. Mas quando ela abriu a porta, Owen decididamente não parecia doente. De fato, ele estava na cama, lendo um livro, completamente vestido. Claramente assustado com sua aparição, Owen começou a gemer. Esse patife! — Pare com isso, Owen. Você não está doente e você sabe disso. Ele segurou sua barriga. — Oh não, senhorita, acho que comi carne ruim, porque meu estômago dói. Ela o olhou com desconfiança. — Você é o pior ator que eu já vi. Você não conseguiria convencer uma pulga de que estava doente. Com um suspiro torturado, Owen afundou os ombros. — Eu disse a ele que não iria funcionar. Ele simplesmente não me ouvia. — Ele? — Sua senhoria. Ele estava convencido de que eu deveria impedir você de voltar ao Dickson. — Ele estava é? E porque você concordou? — Ele disse que me despediria se eu não te mantivesse longe. — Aquele diabo! Oh, Warren era enfurecedor! Que direito ele tem de interferir em sua vida? O lacaio inclinou a cabeça. — Eu acho que sua senhoria realmente se importa com você, senhorita. Ela bufou. — Lorde Knightford não se importa com ninguém, especialmente com uma mulher que possa pegá-lo em uma ratoeira de um pastor

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Essa acusação ainda doía. — Mesmo assim, acho que ele quer dizer o que ele diz. Possivelmente. Os homens não gostam quando as mulheres tiram o melhor deles. E não seria justo deixar Owen correr o risco de ser demitido. — Muito bem. Por enquanto, não vou ao Dickson. Não tenho nenhum desejo de vê-lo acabar destruído por esta batalha entre mim e seu senhorio. Alívio inundou o rosto de Owen. — Obrigado senhorita. Confesso que não sabia o que fazer. Culpa a assaltou. Ela nunca quis colocar Owen em uma posição tão difícil. Mas ela sabia exatamente o que fazer. Sem contar a Owen, ela iria ao Dickson sem ele. Warren não podia fazer nada sobre isso. Ela ficaria bem sozinha. Ela simplesmente pegaria uma das pistolas de seu irmão para proteção. Reynold mostrou-lhe como disparar algumas vezes. Como ela lembrava, era um procedimento bastante simples. De qualquer forma, ela provavelmente não precisaria usá-lo. Jack Jones percorria as caldeiradas com frequência suficiente para que todos o conhecessem e respeitassem. Ela iria jogar algumas mãos de piquet, ganhar algum dinheiro, ver se alguém tinha uma tatuagem de sol e, em seguida, sair como de costume se ela achasse que ninguém o fez. O que poderia dar errado? Warren estava à meia-noite no bordel da Sra Beard, tentando se divertir. Infelizmente, ele não estava conseguindo. Porque ele não podia banir Delia de sua mente. Duas prostitutas diferentes já haviam tentado envolver seu interesse e não conseguiram. Era muito incomum dele. Agora ele se encontrava estranhamente sozinho em uma sala de estar, bebendo uísque e imaginando se deveria ir a outro bordel. Ou um pub. Ou para St. George na esperança que possa animá-lo com um jogo de cartas. Cartas o fizeram pensar em Delia novamente, droga. Ele deitou a cabeça para trás e fechou os olhos, tentando imaginar como ela estava naquele vestido amarelo alegre. Por que ela se vestia tão bem em casa e tão mal na sociedade? Para afastar os pretendentes? Provavelmente.

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Se ela se vestisse melhor, outros homens quase certamente enxameavam por ela mais do que sua fortuna. Ele nunca a viu em um evento noturno. O que ela usava então? Pomona verde e puce5? Arcos agitados? Talvez ela tenha colocado a cabeça em um daqueles terríveis chapéus de turbante que ele não gostava... Ou... Embalado pelo uísque e imagens de turbantes, ele deslizou sem esforço para o sono. O sonho começou como sempre aconteceu. Ele era cego. Não, estava escuro demais para ver. A lanterna havia se apagado. Mas como? Não há vento aqui na antiga adega. Um fantasma tinha explodido. —Não

existem fantasmas,

nem assombrações— ele

cantou,

se

espremendo no canto. Como seus irmãos iriam zombar dele se ouvissem. Mas eles não ouvem. Eles estavam na casa da avó. Ele deveria ter ido embora. Então agora ele estava realmente sozinho. Exceto por Pickering. Seu tutor odioso, Pickering. Algo escorregou por sua perna. Ele gritou e chutou para fora. Alguém, algo além dele, gritou. Um rato. Ele estremeceu. Os ratos eram piores que fantasmas. Pulando para cima, ele pisoteado. — Morra, morra, morra! Então algo caiu e a dor passou pela perna dele — Milorde? Warren estremeceu acordado, com a pele úmida e o coração disparado. Ele não estava no porão. Graças a Deus ele estava no bordel. — Você está bem?

5

Pomona era uma deusa de abundância frutífera na antiga religião e mito romanos. O nome dela vem da palavra latina pomum, "fruta", especificamente fruto de pomar. Dizia-se que era uma ninfa de madeira. No mito narrado por Ovídio, ela desprezou o amor dos deuses da floresta Silvanus e Picus, mas se casou com Vertumnus depois de enganá-la, disfarçada de velha.

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Ele se endireitou para encontrar uma prostituta bonita parada na porta, olhando para ele com alarme cauteloso. Maldito inferno, ele esperava que ele não tivesse dito nada. — Estou bem. Eu só... Dormi. —Ele não podia acreditar que tinha adormecido ali. Isso é o que veio de levantar muito cedo para ir para Delia, depois de ficar fora a noite toda. Isso foi culpa dela, droga. Ela estava perturbando o ritmo de seus dias e agora os pesadelos estavam se aproximando dele. Só Deus sabia como ele sobreviveria uma semana no país, com todos se recolhendo em uma hora ridiculamente cedo. —

Devo

ir?



Perguntou

a

mulher,

ainda

observando-o

desconfortavelmente. — Certamente não — Ele forçou um sorriso sedutor aos seus lábios. Ele não suportaria ficar sozinho agora — Eu não vim aqui para dormir, garantolhe. Relaxando, a mulher sorriu timidamente e aproximou-se dele. Ela era exatamente do tipo dele, uma figura cheia e loira e claramente disposta a fazer o que ele quisesse. Subindo em seu colo, ela passou uma mão macia sobre sua bochecha. — Milorde, você parece muito distraído esta noite. Talvez eu possa tirar sua mente dos seus problemas. Ele realmente desejava que ela pudesse. Mas seus problemas se concentravam em torno de uma debutante esbelta e cheia de quadris, com olhos azuis cintilantes e uma inteligência afiada que fazia todas as outras mulheres parecerem ser... Sem brilho, até a loira rechonchuda que se contorcia intencionalmente no colo dele. Em um instante, ele se lembrou do choque de Delia quando ele pressionou sua pele endurecida contra ela. Esse choque rapidamente se transformou em uma doce rendição quando ele se aproximou pela segunda vez para beijar e tocar sua garganta. Só de pensar nisso o fez endurecer. Se fosse Delia se contorcendo no colo... Maldita tudo. Isso era ridículo.

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— Como você se propõe a tirar minha mente dos meus problemas? — Ele empurrava a inocente pequena Delia de sua mente, como se isso o matasse. Ela poderia impedi-lo de dormir no final da manhã, mas ele não deixaria que ela o afastasse disso. A prostituta deslizou para a frente em seu colo apenas o suficiente para que ela pudesse deslizar a mão para baixo para segurar seu pênis. Já estava ereto. Mas não para ela. Não, foi para alguma garota que não teve o bom senso de saber quando ela estava errada. — Eu posso cuidar disso — a mulher arrulhou — Se você desejar. Ele desejou. Só que ele queria que outra mulher cuidasse disso. Que idiotice — Tudo bem — disse ele, embora na verdade ele não tivesse vontade de se envolver com essa mulher quando sua cabeça estava cheia de outra. Ela começou a se posicionar sobre seu pau duro, e ele disse: — Não. Eu quero sua boca em mim. Porque então ele poderia fingir que era Delia. Ele podia fingir que sua boca estava engolindo ele e suas adoráveis mãos estavam segurando suas coxas e... — Aí está você, Knightford! — Disse a voz de um sujeito que ele conhecia, enquanto a loira se ajoelhava na frente de Warren — Eu esperava que você estivesse no Dickson, jogando. Irritado pela interrupção, ele rosnou: — Por que eu estaria no Dickson? O cavalheiro deu de ombros. — Porque Jack Jones está lá. E desde que vocês dois não terminaram seu jogo ontem à noite, eu pensei que você estaria lá exigindo outra chance. Deus o ajude! Warren se levantou, ignorando a prostituta que já estava desabotoando as calças. Impaciente, ele empurrou as mãos dela e reabasteceu seus botões, seu pênis já suavizando. — Você tem certeza? — Claro que tenho certeza. O rapaz é difícil de perder. E seu jogo de cartas é ainda mais distintivo. Eu juro, eu nunca vi um sujeito tão perito...

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Enquanto Warren se dirigia para a porta, ele escutou o resto do sujeito balbuciando com apenas meia orelha. Delia havia perdido sua mente sangrenta. E Owen também, aparentemente. Ele saiu pela porta, pronto para fazer o que fosse necessário para pegar a ficha na mão. Agora que ela e Owen haviam chamado seu blefe, ele não tinha escolha a não ser garantir que ela ficasse fora de problemas. Ou faça com que ela saia do Dickson. Isso seria, sem dúvida, um feito. E mesmo quando a irritação surgiu através dele, outro sentimento se misturou com isso. Antecipação ao pensar em brigar com Delia. Puta merda. Assim que entrou no local, Dickson cumprimentou-o jovialmente, mas Warren afastou-o e foi direto para a sala de jogos. Ele a viu imediatamente, jogando cartas com um pouco de dândi. E Owen estava longe de ser visto. Deus, ela estava aqui sem qualquer proteção. Mulher tola. Ele caminhou até o dândi e disse: — Levante-se. Eu tenho um jogo para terminar com o Jones. O dândi piscou. — Mas milorde, eu já ... — Quais são as suas apostas? — Vinte libras. Ele enfiou a mão no bolso do casaco e saiu com uma nota de cinquenta libras. — Aqui. Isso é mais que o dobro da sua aposta. Levante-se. O dândi arregalou os olhos para a nota, depois pegou-a e ficou de pé. Ele? Oh, certo. Delia era ele. Warren continuou esquecendo isso. Provavelmente porque a maneira como seus olhos brilhavam para ele quando ele se sentou era decididamente feminina. Apenas uma mulher poderia colocar tanta raiva em um simples olhar. — E se eu não quiser jogar com você, milorde? — Ela disse em sua aproximação rude de uma voz masculina.

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— Você queria jogar comigo na noite passada — ele respondeu. — E você fugiu no meio do jogo, sem dúvida porque achou que eu estava ganhando. Seus olhos brilharam. Ela tinha que saber que a reputação de abandonar um jogo para não perder, deixaria os outros cautelosos em interpretá-la. — Eu não evito brigas, senhor. Eu apenas lembrei que deveria estar em outro lugar. Desculpe, não pudemos terminar então, mas ... — Nós vamos terminar agora — E então ele a levaria para algum lugar e colocaria o medo de Deus dentro dela, mesmo que fosse a última coisa que ele faria — Infelizmente, não podemos reconstruir a mão da noite passada. Então, vamos ter que começar o mesma partida novamente. Se isso estiver bem para você. Ela hesitou, claramente debatendo se poderia se safar escolhendo não jogá-lo. Mas ela tinha que saber que isso seria desaprovado pelos espectadores, que poderiam supor que ela realmente tinha fugido para evitar perder. — Claro que está bem. Eu estava ganhando depois da segunda parte, lembra? — Difícil saber quem está ganhando quando o jogo ainda não terminou. — Ele pegou o baralho de cartas — Foi o seu negócio na noite passada, não foi? — Foi — Satisfação presunçosa rastejou em sua voz — E eu tinha vinte e dois pontos a mais que você. — Não me lembre — Ele embaralhou as cartas, em seguida, colocou o baralho na frente dela. Enquanto ela lidava, ocorreu-lhe que, embora legitimamente não aceitasse um empréstimo dele, ele poderia lhe dar dinheiro deixando-a ganhar. O que não seria difícil, dada sua habilidade. Piquet não era o seu jogo e nunca gostara de cartas. Sempre foi apenas uma maneira de passar o tempo à noite. Então, assim que o jogo começou, ele brincou com sua habitual indiferença casual. Era só dinheiro, afinal. Deus sabia que ele tinha o suficiente disso.

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Em algum momento na próxima rodada, ela pareceu perceber que ele não levava o jogo a sério e começou a pressionar sua vantagem. Ele deixou ela. Melhor do que tê-la vindo aqui noite após noite, arriscando sua reputação e forçando-o a vir aqui para evitar problemas. Ainda faltavam dois dias para a festa em casa. Qualquer coisa poderia acontecer naquele tempo. — Então, onde está seu amigo Owen esta noite? — Ele perguntou. Ela endureceu. — Ele está doente. Doença do estômago. — Ah. Então ela veio sem a guarda, em vez de desistir de seus planos. Imprudente. Mas um esperto. Na quinta parte, ela estava ganhando por uma margem substancial. — Você tem certeza que já jogou piquet antes, meu senhor? — Ela perguntou alegremente, claramente determinada a incitá-lo a dar-lhe um desafio. — De vez em quando. Talvez depois deste jogo, devamos mudar para o vinte e um. Sua testa ficou enrugada. — Eu não gosto de vinte e um. — Porque vinte e um tem mais de um elemento de chance? — Porque vinte e um era o jogo do meu pai — ela admitiu. Interessante. — Ah, sim, eu me lembro de você dizer que seu pai era um jogador. — Um ávido. Minha mãe se desesperou com ele. Naquela única frase, ela contou mais sobre sua educação do que poderia ter feito em horas de conversa educada. Claro que Mace Trevor teria sido difícil de viver. Jogadores geralmente eram. O irmão de Warren, Hart, tinha sido um jogador pesado na escola. Felizmente, ser um oficial do exército havia tirado essa tendência dele. Ele ainda jogava cartas, mas ele encontrou uma profissão que ele gostava, então ele sentiu menos necessidade de gastar seu tempo nas mesas.

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Além disso, Warren tinha sido muito rigoroso com ele depois que seu pai morrera. Ele não permitia a seu irmão mais novo nenhum dinheiro para pagar suas dívidas de jogo e Hart logo aprendeu a não jogar a menos que estivesse disposto a pagar por isso de seu próprio bolso. Delia não parecia apaixonada por jogos de azar, apenas pelo que isso poderia trazer para ela. Isso sem dúvida veio de ter um pai famoso que ganhou uma propriedade com sua habilidade. — Então, Jones — disse Warren, determinado a fazê-la perceber a loucura de seu esquema —O que você geralmente faz com seus ganhos? Ela o olhou friamente. — Eu tenho uma família, senhor. Eu devo cuidar deles. — Claro. Embora eu me pergunte se sua família está ciente de como você vai apoiá-los. — Não importa. Um homem tem que fazer o que deve para cumprir suas obrigações. — De fato, um homem deve. Ainda assim, o jogo é uma profissão incerta, mesmo para alguém tão habilidoso quanto você. — Então por que você se envolve, senhor? — Para me entreter, é claro. — Só um senhor rico se entreteria perdendo dinheiro — ela murmurou. — Eu posso pagar isso — Ele olhou para ela sobre sua mão. — E eu nem sempre perco A garçonete da noite anterior se aproximou e se inclinou. Provavelmente propositadamente para dar-lhe uma visão de seu amplo peito. O que foi muito bom. Uma pena que ele não tivesse interesse nisso. — Posso te dar alguma coisa, meu senhor? — Ela murmurou. — Ele já está jogando mal o suficiente, Mary — retrucou Delia. — Não distraia ele. Warren olhou para Delia para encontrar seus punhais olhando para Mary. Que interessante. A garota ficou com ciúmes. Embora ele geralmente achasse ciúmes em uma mulher tedioso, neste caso ele gostou bastante dela. Porque isso significava que ela era tão suscetível a ele quanto ele a ela.

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— Ignore meu amigo mal-humorado — Warren disse a Mary com uma piscadela — E me traga uma garrafa de porto. Só não coloque muito perto de Jones. Eu não gostaria de ter outra camisa arruinada. Os espectadores riram quando Delia se agachou com uma carranca. — E aqui está algo para o seu problema — Acrescentou, e colocou um soberano entre os seios de Mary, observando a reação de Delia. — Obrigado, meu senhor — disse Mary suavemente e passou a mão até a coxa — Fico feliz em lhe dar o que lhe agrada. Você só precisa perguntar. — Parece que ele nem precisa perguntar — Delia resmungou. Warren reprimiu um sorriso. — Pobre Jones, sem uma mulher para agradá-lo. Aqui está outro soberano para você, Mary, se você for dar a Jones o que você está me dando. — Com prazer, senhor — disse ela e caminhou até Delia. Mas quando a empregada da taberna inclinou-se para o “Jones”, Delia rosnou: — Coloque uma mão em mim, Mary e eu juro que vou acabar com isso. Quando Mary congelou, Warren caiu na gargalhada. Delia era muito boa em interpretar o rabugento Jack Jones. Se ele não soubesse quem ela era desde o começo, ele nunca teria adivinhado. —Tudo bem, Mary, deixe o Jones em paz. Você não quer um resmungão tão grande para um companheiro quando houver mais cavalheiros amáveis. Com uma fungada, Mary saiu para buscar o porto de Warren. Delia olhou para ele por baixo do chapéu. — Vamos jogar ou não, senhor? Porque há muitos bordéis na rua onde você pode aproveitar o seu prazer sem desperdiçar meu tempo. — Guarde suas garras, Jones. Eu estou começando a pensar que você inveja minhas proezas com mulheres. — Eu não dou a mínima para suas proezas com mulheres, exceto quando você tenta usá-lo para me tirar do meu jogo. Agora, pare de conversar e jogue. Com uma risada, Warren jogou sua primeira carta e o jogo estava ligado. Delia jogava como uma máquina requintada, sempre consciente da estratégia perfeita e sempre determinada a implementá-la. Ele achou fascinante. Ele

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nunca conheceu uma mulher tão adepta das cartas. Ela entendeu o jogo muito melhor do que ele. Hoje à noite o próprio Dickson trouxe o porto. Hmm. O que a donzela disse ao sujeito? Fosse o que fosse, ele não parecia perturbado. Quando ele colocou um copo e decantou o vinho, ele perguntou: — Mais alguma coisa, meu senhor? — Não. Obrigado, Dickson. Dickson assentiu e começou a sair, depois parou perto da mesa. — Então, Jack, onde está Owen? Ela atirou em Warren um olhar negro. — Ele está doente. Puta merda. Claramente, ela descobriu que ele tentou forçar Owen a ficar longe. Dickson, obviamente, estava alheio às correntes subjacentes. — Bem, você vai dizer a ele que eu tenho perguntado sobre aquele senhor com a tatuagem do sol acima do pulso? Até agora eu não ouvi nada ou encontrei alguém que tenha tal coisa. Tatuagem? Como aqueles que ela alegou ter interesse no café da manhã? Quando a cor sumiu de seu rosto e seu olhar disparou para Warren em alarme, tudo mudou em seu cérebro. Ele interpretou mal a situação. Este esquema dela não era sobre dinheiro ou apoiar a família dela. Ela estava procurando por alguém no Dickson. Foi por isso que ela continuou fazendo perguntas sobre tatuagens. Foi por isso que ela persistiu em vir aqui, mesmo quando Owen não estava disponível para protegê-la. Puta merda. Mas quem ela procurava? E porquê? Um calafrio repentino percorreu-o. Ela foi atacada por um homem com uma tatuagem, talvez em algum baile de máscaras? Bom Deus, ela poderia ter passado por algo parecido com o que Clarissa experimentou?

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Então, novamente, se ela tivesse, ela certamente não agia assim. Sempre que ele a beijava, ela se derretia em seus braços tão docemente que ele... Droga, isso não importava. Quem quer que ela estivesse procurando e o que quer que o homem tatuado significasse para ela, ele pretendia descobrir a verdade. Porque isso era claramente a chave para os segredos de Delia.

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Capítulo Dez Delia desviou o olhar de Warren. Como ela deveria lidar com isso? Ele certamente acharia estranho que ela estivesse perguntando sobre a tatuagem de algum lorde depois que ela demonstrou interesse em tatuagens para ele. Ela precisava inventar uma mentira para cobrir seu propósito. Mas primeiro ela precisava se livrar do pesadão do inferno dos jogos, que estava pairando sobre a mesa como se estivesse ansioso para falar sobre a missão de Owen. — Obrigado pela informação, Dickson — disse ela. — Eu vou deixar Owen saber. Dickson enfiou as mãos nos bolsos. — Ele nunca disse por que ele estava procurando pelo homem. — Tenho certeza de que não é nada — disse ela. —Provavelmente curiosidade sobre algum cara que ele conheceu aqui antes. Vou passar a mensagem. —Eu disse a ele que não via como poderia haver senhores com tatuagens, por ser uma prática tão vulgar, mas ele insistiu... — Obrigado, Dickson. Eu vou avisar ele. O homem piscou, mas aparentemente percebeu que estava sendo dispensado. Com um encolher de ombros, ele voltou para a taverna. — Dickson tem razão, você sabe — Warren falou lentamente —É muito incomum para um senhor ter uma tatuagem de qualquer espécie. Uma varíola no homem. Ele era um cachorro com um osso e ela era o osso. E ela não tinha vontade de vê-lo afundar os dentes nela. Embora o pensamento de sua boca nela... Não, ela não deve deixar essa imagem chocalhar em sua cabeça ou ela perderia sua capacidade de trucidá-lo. E ela pretendia totalmente trucidá-lo, mesmo que apenas para limpar o sorriso de seus lábios. Um espectador falou.

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— Marinheiros têm tatuagens de sol, você sabe. Para mostrar que eles cruzaram o equador. Suponho que um senhor que é oficial da marinha possa ter um. Isso era o que o sol representava? Talvez ajudasse a estreitar sua busca. Warren bufou. — Sim, mas os marinheiros são uma coisa. Os senhores são bem diferentes. Senhores não marcam seus corpos para anunciar tais coisas. — Como você sabe? — Ela perguntou — Não é como se tatuagens fossem facilmente visíveis. — Sim, mas eu conheço alguns oficiais da marinha, amigos de meu irmão. Eu vi a maioria deles vestidos casualmente, mas nunca vi uma tatuagem neles. — Talvez não nesses homens em particular, mas isso não significa que ninguém os tenha. Os amigos do seu irmão podem até conhecer alguns. Tenho certeza de que Owen gostaria de conversar com seu irmão ou seus amigos. Warren levantou uma sobrancelha. — Isso será bastante difícil. Os amigos de Hart passam a maior parte do tempo no mar. Por falar nisso, Hart está no seu regimento em James Island há alguns anos. Então Owen está sem sorte. E ele provavelmente está procurando alguém inexistente, de qualquer maneira. Ela olhou para ele. — Eu tenho certeza que Owen sabe quem ele está procurando. — Qualquer coisa que você diga. Parece espúrio para mim. Explosão Warren. Ele estava fazendo tudo difícil. De propósito? Ela não achou, mas ela honestamente não sabia. Eles estavam quase terminando o jogo, de qualquer forma. Logo terminaria e ele partiria. Por favor, Deus, deixe-o sair. Warren deu as cartas para o final da partida. Em pouco tempo, ela terminou com ele. Mesmo sabendo que ele provavelmente a deixara vencer, ela teve um certo prazer nisso. Quando eles terminaram, ela arrecadou seus ganhos.

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Obrigado,

meu

senhor.

Minha

família

aprecia

muito

sua

generosidade. — Então vamos jogar mais uma vez. Me dê uma chance de recuperar minhas perdas. — Eu não penso assim, senhor. Você fala demais. — Com medo de me levar de novo? Ela se arrepiou. — Apenas entediado com a sua conversa. Seus olhos brilhavam para ela. — Entediado, hein? Bem, que tal torná-lo mais interessante. Vamos subir as apostas para mil libras. Seu coração caiu em seu estômago. Mil libras percorreriam um longo caminho para evitar o encerramento. Foi mais do que ela tomou durante todas estas semanas de jogo. No entanto, quanto mais ela permanecesse aqui, mais chance ele poderia expô-la. Por tudo o que ela sabia, ele poderia ser o homem com a tatuagem do sol. Ela não tinha visto o pulso direito, apenas a esquerda. Ele poderia até estar planejando enganá-la. Ela suspirou. Isso parecia improvável. Provavelmente era sua maneira de lhe dar dinheiro para ajudá-la a sair da situação. Que ela consideraria adorável e doce, se ele não tivesse segundas intenções. E ela não tinha certeza disso. Bem, se ele fosse tolo o suficiente para jogar fundos nela, ela deveria pegá-los. Uma dívida de jogo não era o mesmo que um empréstimo. Ela não tinha mil libras. — Muito bem — ela disse suavemente — Mil libras. Eu vou te dar a escolha de quem lida primeiro. — Bom — ele disse — Porque desta vez eu pretendo vencer. Ele poderia tentar tudo o que desejasse. Ninguém nunca ganhou dela. O próximo jogo foi longo, aquecido e intenso. Não houve conversas. Nenhuma isca para ela. Warren parecia determinado a vencer, o que ela preferia. Ela não gostou de saber que ele a deixou ganhar o último jogo.

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No final, claro, ela ainda venceu. Ela se esforçou para não cantar, mas ela não tinha tempo para isso. A hora ficou tarde. Ela tinha que estar em casa. Ela esperou que Warren lhe desse uma nota promissória, mas em vez disso ele disse: — Eu lhe digo uma coisa. Meu dinheiro está do lado de fora. Por que você não vem comigo e eu pago na minha casa? Dessa forma, você não precisa esperar pelos seus fundos. — Uma promissória é aceitável, senhor. Eu confio em você para pagar suas dívidas. Ela não deixaria ele prendê-la em sua casa na cidade, apesar de como ela reivindicaria os fundos de outra forma, ela não tinha certeza. Não foi como se a senhorita Delia Trevor pudesse pedir por eles. Embora Owen pudesse. — Venha agora, Jones. Não é longe. E depois, terei meu cocheiro para levá-lo onde quer que você fique. Ela hesitou. Não soou nada sábio estar sozinho em uma carruagem com ele, mesmo por um curto período de tempo. — Vou chamá-lo amanhã, meu senhor, se você me der sua direção. — O que você quiser — Ele rabiscou seu endereço e entregou a ela, embora seu olhar fechado advertisse que, se ele a pegasse sozinha em sua casa na cidade, os assuntos poderiam ser diferentes do que ela gostaria. Ele poderia tentar beijá-la novamente. Ou acariciar. “Pare de pensar nisso! Isso faz você ficar toda mole por dentro. O que não pode ser saudável. ” Exatamente. Então ela teria que enviar Owen para reivindicar os fundos e esperar que Warren não se recusasse a isso. — Obrigado, milorde — ela disse novamente e quis dizer isso. Com um olhar enigmático, ele se levantou. — Aproveite o resto da sua noite. — Depois que ele saiu, ela soltou uma respiração reprimida. Ele não a expôs. Ele não tinha ficado por perto para importuná-la. Ela blefou através das ameaças dele e ganhou. Por enquanto. Finalmente ela poderia ir para casa.

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Ela demorou apenas o tempo suficiente para permitir que Warren deixasse a área por completo. Então ela saiu pela porta do Dickson e foi para casa. Mas ela não foi longe. Em poucos instantes, uma carruagem surgiu ao lado dela, mantendo um ritmo uniforme com ela. Um olhar para a crista do lado disse a ela quem deveria ser. Maldito homem. Warren abriu a porta. — Entre e eu vou te levar para casa. — Eu não vou e você não vai. Mas ela teve que admitir que estava tentada. Um número de homens estava na rua, todos eles a observando. Ou parecia assim mesmo. Ela não estava acostumada a navegar pelos guisados sem Owen. Ela nunca se sentiu tão exposta. Warren ordenou que o cocheiro parasse e depois saiu. Pegando-a corporalmente, ele a jogou na carruagem. Ele a surpreendeu tanto que ficou sentada e ficou boquiaberta quando ele se jogou no outro banco e mandou o motorista prosseguir. — Você não tinha o direito de fazer isso! — Ela choramingou enquanto recuperava a sua inteligência. — Eu certamente não fiz. Não que isso importe. O que você pode fazer para me impedir? — Ele brandiu aquele sorriso arrogante que a enlouqueceu — Gritar por ajuda como uma mulher? Fingir ser o Jones e me denunciar ao magistrado? Quem, a propósito, foi beber comigo uma ou duas vezes. Ele ficaria fascinado ao ouvir sobre o seu baile de máscaras como um jogador de cartas galês. Ela cruzou os braços sobre o peito. — E o seu baile de máscaras como um cavalheiro? Quando você é mesmo um valentão? Seu sorriso desapareceu.

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— Sim, sou o maior valentão do mundo, forçando-o a não andar sozinha pelas ruas de Londres, impedindo de ser atacada por salteadores e canalhas. Não posso acreditar que você veio aqui sem Owen. — Você não me deixou escolha. Como ousa ameaçar ter meu criado demitido? Ele quase teve uma parada cardíaca por causa disso. — No entanto, ele deixa você sair sem ele. — Ele não sabe que eu fiz isso. Eu disse a ele que ficaria em casa esta noite — Ela olhou para Warren — Caso contrário, ele teria se sentido obrigado a vir junto, arriscando assim sua posição. Então, se você se atreve a falar com ele sobre a minha tia, quando ele não fez nada de errado... — Eu não vou — Ele se inclinou para frente, os olhos brilhando —Se você responder minhas perguntas. A ameaça controlada em sua postura, a intensidade quente de seu olhar sobre ela, a fez parar. E fez coisas engraçadas em seu interior. Foi enlouquecedor. Enquanto seu sangue aquecia, ela olhou para a janela. — Certamente. O que você quer saber? — Quem é o homem com a tatuagem do sol? Ela suspirou. Maldito seja ele. — Se eu soubesse quem ele era, por que eu teria Owen perguntando sobre ele? — Droga, Delia, quero dizer, quem é ele para você? — Até que eu o encontre, ele não é ninguém. — Você é a mais teimosa, irritante... — Ele parou para respirar fundo para se acalmar — Pare de fugir da pergunta. — Eu não estou fugindo de nada. Simplesmente não estou respondendo. Porque eu não tenho que responder para você — Ela levantou o queixo — Você não é nada meu, não é meu pretendente ou guardião, por isso não é sua preocupação. Eu não sou sua preocupação. — Eu escolhi fazer de você minha preocupação. — Porque Clarissa colocou você nisso. Ele ignorou isso.

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— Você percebe que posso descobrir a verdade com ou sem a sua cooperação. Posso contratar um detetive da Bow Street ou dar uma bronca no St. George ou falar longamente com sua tia e sua cunhada. Eu posso chegar ao fundo disso perfeitamente bem, se eu assim escolher. Um nó torceu em seu estômago. — Então vá em frente — ela blefou — Veja o que você pode conseguir — Muito bem. Eu irei. Ele recostou-se contra as almofadas, aparentemente imperturbável sobre gastar dinheiro demais para contratar investigadores. Oh, Senhor, se ele fosse tão longe, ele certamente descobriria a verdade. Então ele pode descobrir toda a história sórdida sobre Reynold, o que ela não queria. Ruim o suficiente para que tia Agatha soubesse. Delia se recusou a ter toda a sociedade educada sabendo sobre o suicídio de Reynold. O que um escândalo como esse faria para o pobre futuro do pequeno Silas? Ela olhou para ele cautelosamente. — Você realmente não iria contratar um detetive, você iria? — Se eu tiver que fazer isso. — Mas por quê? — Ela perguntou — Porque você diz estar preocupado comigo? Você não é o tipo de homem que dá dois pensamentos sobre mulheres de boa reputação. Ele se arrepiou. — Você não sabe nada sobre o tipo de homem que eu sou. Eu tenho minhas próprias razões para preocupação. Meu ponto é, eu não preciso de você para me dizer a verdade. Pode demorar um pouco para chegar ao fundo, mas eu vou. Antes de dar esse passo, no entanto, estou lhe dando o benefício da dúvida, permitindo que você tenha a oportunidade de se explicar. Porque se você continuar assim, certamente será a sua ruína. Ela empurrou o queixo. — Eu tenho uma arma em mim. Ele bufou. — Que tipo de arma? — Uma das pistolas do meu irmão.

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— E você sabe como usá-lo? — Claro. Reynold me ensinou. Antes que ela soubesse o que ele pretendia, ele estava do outro lado da carruagem, restringindo-a enquanto ele procurava o casaco dela. — Saia de cima de mim, seu imbecil! — Ela gritou, empurrando-o contra ele, mas ela não era páreo para seu tamanho e força superiores. Em segundos, ele encontrou e recuperou a pistola dela, depois recuou para o lado da carruagem. Abrindo o painel para o assento do motorista, ele empurrou através da abertura para o seu cocheiro. — Mantenha isso seguro, John — Então ele fechou o painel com um estrondo. — Você não pode fazer isso — ela choramingou. — Obviamente eu posso. E assim poderia qualquer outro sujeito com meia mente para isso. — Devolva. Não pertence a você! — Você vai receber de volta assim que você me disser por que você está procurando pelo cara com a tatuagem do sol. — Isso não é da sua conta — disse ela com uma fungada. — Então, suponho que acabei de adicionar uma pistola à minha coleção. Sua garganta se apertou. — Você não pode ficar com isso! É uma das poucas coisas que resta de Reynold. Ele estreitou seu olhar nela. — Espere um minuto, tudo isso tem algo a ver com o seu irmão? Ele jogou no Dickson também? — Não seja absurdo Deus, ele estava se aproximando da verdade. E ela não podia ter isso. O mundo achava que Reynold morrera acidentalmente. — Porque se isso aconteceu, eu posso te ajudar. Apenas me diga o que... Ela se inclinou para frente e o beijou. Ela tentou de tudo para interromper suas perguntas e nada disso funcionou. E ele parecia gostar de beijá-la.

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Ele congelou, então recuou. — O que você está fazendo? — Beijando você. Eu sei que você está familiarizado com a prática. Uma mulher coloca os lábios contra o homem ... — Você está tentando me distrair de obter respostas. Colocando as mãos nos joelhos, ela perguntou: — E se eu estiver? Seu olhar caiu para as mãos dela e sua respiração ficou irregular. — Não vai mudar nada. Sentindo-se imprudente e selvagem e estranhamente tonta, esfregou os joelhos. — Você tem certeza? — Sim — Ainda assim, ele a puxou através da carruagem para cair em seu colo. —Mas você é bem-vinda para ter uma chance nisso, de qualquer maneira — ele rosnou. Então ele trouxe sua boca para baixo na dela. Deveria tê-la alarmado. Não foi. Isso era o que ela queria. Ele a fez desejá-lo e ela não pôde evitar anseio por seus beijos também. Não, não foi nada disso. Ela estava fazendo isso para tirar sua mente de suas perguntas. Essa foi a única razão. Também foi a única razão pela qual ela jogou os braços em volta do pescoço dele, a única razão pela qual ela deixou ele se aproximar e enfiar a língua em sua boca com movimentos rápidos e sensuais. A única razão pela qual ela se contorceu no colo dele e virou pudim em seus braços. Ele recuou para apertar a cabeça dela entre as mãos grandes e seus olhos engoliram a noite enquanto ele olhava para ela. —Só para ficar claro, esta discussão não acabou. — Cale a boca e me beije. Calor brilhou em seu rosto. — Com prazer. Ele agarrou sua boca mais uma vez, tomando e conquistando e preenchendo-a. O cheiro do porto e dos charutos dominava seu perfume

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habitual de colônia picante, o que deveria tê-la afastado. Em vez disso, fazia-a doer por mais beijos, mais intensamente, mais tudo. Honestamente, como ela poderia não saber que um homem poderia fazer uma mulher se sentir tão deliciosa? Seu sangue parecia prestes a ferver e ela queria, precisava de mais. Então, quando, depois de se banquetear por um tempo, ele deslizou as mãos para cobrir os seios dela, ela deixou. Oh Senhor. Ela nunca amarrou seus seios, confiando em sua falta de um espartilho, seu casaco e colete largos, e sua volumosa gravata em cascata para esconder suas modestas atrações. Mas isso, claro, agora significava que era muito fácil para ele... Tocá-los, uma vez que ele empurrou a gravata para o lado e desabotoou o colete. Manuseando os mamilos através de sua camisa, ele pressionou a boca no ouvido dela. — Estes, minha querida, merecem ser melhor exibidos. — Merecem? — Ela não conseguia respirar por medo que ele parasse. Sua pele parecia viva, seu coração pronto para explodir e seus mamilos, que ele começou a massagear, formigaram e ficaram tensos sob suas carícias. — Você não acha meu peito... muito pequeno? Seus olhos brilhavam nas luzes de gás da rua. — Não particularmente. Mas não posso ter certeza sem examiná-los mais... Completamente. Abrindo o colete, ele se inclinou para pegar um seio em sua boca através de sua camisa. — Oh. Meu... Com uma risada, ele passou a língua sobre o mamilo, em seguida, chupou duro antes de recuar para murmurar: — Eu preciso fazer uma inspeção ainda mais próxima. Desabotoando sua camisa, ele a abriu para desnudar um de seus seios completamente. Ela deveria protestar. Ela deveria sair do colo dele.

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Em vez disso, ela se deleitou com a forma como os olhos com cílios ásperos se fecharam enquanto ele lambia seu mamilo. — Eu acho seus seios deliciosos em todos os sentidos — ele murmurou. Ela apertou o peito na boca dele e apertou a cabeça dele mais perto. — Eu acho isso assim... Oh... Muito mesmo... — Acredito que nós estabelecemos que você sente os mesmos impulsos que um homem sente. Graças a Deus. Graças a Deus, de fato. Embora agora ela não soubesse o que fazer com toda essa ... Excitação. O pulso dela descontrolou-se e seu corpo doía para que ele rastejasse dentro de suas roupas e tocasse cada centímetro dela. — Porra, eu só quero te devorar — ele murmurou em voz baixa e abriu a camisa mais para que ele pudesse chupar o outro seio. — Sim. Faça. — Cuidado pequena ou você vai... Me contagiar com sua imprudência. — Ele arrastou sua boca até o pescoço até a língua no oco de sua garganta. — Eu acho que... Eu... Já fiz isso. —Nesse caso... — Ele deslizou a mão entre as pernas dela para esfregá-la na junção de suas coxas, através do tecido. Céus. Tão bom. Muito melhor do que quando ela se tocou lá. Ou talvez fosse porque ele estava fazendo isso. — Fique feliz por você estar vestindo calças — disse ele quando ele acariciou-a descaradamente através delas — Porque se você estivesse usando saias, não seria minha mão lá, mas minha boca. A boca dele? Em suas partes? — Isso soa... Interessante — Tão interessante que algo amorteceu suas calças, como se ele já estivesse com a boca nela. Ele congelou e ela se perguntou se ele realmente sentiu a umidade. — Delia — disse ele — Devemos parar. — Nós devemos? — Ela sufocou. Mesmo enquanto ele continuava a acariciar e acariciar seu pescoço e fazê-la querer voar, ele disse com voz rouca: — Sim. Antes de me envergonhar.

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— Eu não... Compreendo. — Quando um homem fica excitado... Não importa, não é uma conversa apropriada. Ela se contorceu contra a mão dele, que ainda estava acariciando-a. — Eu acho que nós temos... Ido além do apropriado. Além disso, sempre temos conversas inadequadas. É por isso que você... Me acha... Encantadora, lembra? — Muito malditamente encantadora — Ele rosnou e tomou sua boca mais uma vez. Ela podia sentir a protuberância em suas calças pressionando contra seu traseiro e ela se perguntou como seria tocá-lo, acariciá-lo do jeito que ele estava acariciando-a A carruagem estremeceu e os dois congelaram. Ela olhou para fora para ver que o cocheiro havia parado nos estábulos atrás das casas. Oh, Senhor, o que ela estava fazendo, deixando-o acariciá-la assim? Ela saiu do colo dele e abotoou a blusa enquanto ele ficava sentado ofegante, as mãos se curvando em punhos sobre os joelhos como se ele lutasse contra a vontade de agarrá-la novamente. Seu corpo estava em chamas. E não havia maneira de apagar as chamas, mesmo que ela quisesse. O que ela não fez. Ninguém jamais a fez se sentir assim. Ficou emocionada e aterrorizou-a ao mesmo tempo. Ele deu uma respiração instável. — Delia, eu não queria ... — Eu tenho que ir. — Ela teve que escapar dele, para chegar ao seu quarto antes que ela fizesse algo insano, como rasgar o resto de suas roupas abertas e implorar para que ele continuasse. Antes que Warren pudesse detê-la, ela abriu a porta e saiu, depois saiu correndo pelo portão. — Delia! — Ele sussurrou atrás dela — Droga, volte aqui! Não é uma chance. Ela ouviu a porta da carruagem se abrir, ouviu-o saltar atrás dela, mas ela era mais rápida do que ele e ela conhecia bem o

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quintal. Ela já tinha encontrado a janela destrancada e entrou na casa antes mesmo dele passar pelo portão dos fundos. Claro que a escuridão havia escondido o seu lugar de entrada, ela estava na janela, o coração batendo forte, ouvindo ele sair. E se ele não o fizesse? E se ele despertasse sua tia e exigisse respostas dela? O medo disso lembrou Delia de que o colete ainda estava aberto. Quando ela abotoou, a mão dela acidentalmente roçou o ponto úmido em sua camisa, onde ele chupou o mamilo através do tecido. Ela sufocou um gemido. Graças a Deus seu interlúdio maluco foi interrompido. Nunca poderia ter levado a nada além de sua ruína. Ah, mas parte dela não se importaria de ser arruinada. De fato, ela ficou surpresa que mais mulheres não foram arruinadas regularmente. Ela o ouviu murmurar uma maldição do lado de fora e seu pulso saltou. — Saia por um momento, Delia — disse ele em voz baixa, tão perto que ela recuperou o fôlego. — Eu sei que você está aí e nós não terminamos nossa discussão. Ele poderia realmente ouvir a batida de seu coração, a respiração pesada que ela se esforçou inutilmente para conter? Claro que ele não podia, isso era bobo. E graças a Deus, Flossie aparentemente abandonara seu hábito de esperar pela janela o retorno de Delia ou o gato certamente teria gritado com ele. Ou talvez não, dado seu efeito perverso em todas as mulheres dentro de sua órbita. Sua voz soou novamente, rouca e profunda e tão tentadora que a fez doer. — Nós não terminamos, Delia Trevor. Você vai me contar seus segredos um dia em breve. Ou vou encontrá-los sozinho, juro. Um arrepio percorreu-a. Um arrepio de alarme, claro. Não de antecipação de sua próxima batalha, seu próximo encontro. Isso seria idiota. Ele estava a deixando maluca. Ela ouviu seus passos recuarem, ouviu a carruagem sair. Só então ela fez seu caminho lento e furtivo pela casa, como fizera muitas noites antes.

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Desta vez ela cortaria bem perto e era tudo culpa dele. Tinha que estar perto do amanhecer. Se ela não fosse cuidadosa, ela se depararia com os criados vindo para acender os fogos do quarto. E tia Agatha sempre se levantava cedo também, com Brilliana não muito atrás. As duas pensaram que Delia estava bem deitada para ela se levantar tarde. Aumentando seu ritmo pelo corredor, ela quase chorou de alívio quando chegou à porta do seu quarto. Finalmente esta noite interminável acabou. Um miado do chão a alertou para a presença de Flossie. — Shh, pss — Delia sussurrou enquanto se inclinava para pegar seu animal de estimação. — Eu já estava atrasada? Você se cansou de esperar? Afagando o gato ronronando, Delia deslizou para dentro de seu quarto. — Onde você esteve? Delia pulou e quase gritou antes de se recuperar. Não que abafar seu grito iria salvá-la. Porque sentada na cama estava sua cunhada, os olhos vermelhos, o nariz inchado e a boca afinada de preocupação. Brilliana se levantou e pegou a vela acesa na mesa de cabeceira. — E por que em nome do céu você está usando isso? Explosão. Delia se esquecera do seu traje de homem. Aparentemente, a sua noite interminável não acabou, afinal.

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Capítulo Onze Vagarosamente, Warren retornou onde a carruagem o esperava no estábulo. Ele ainda estava excitado de suas intimidades totalmente imprudentes. Isso foi muito perto, muito imprudente. Ela não o impediu; ele não parou. Se eles não tivessem chegado na casa de sua tia, quem sabia o que poderia ter acontecido? — Para casa, meu senhor? — o cocheiro perguntou quando Warren se aproximou. — Pode ir. Eu irei andar para onde eu quiser. — Muito bem, meu senhor. Quando a carruagem se afastou, Warren tornou a olhar para a casa de Pensworth. A verdade era, ele não sabia para onde ele desejava ir agora. Às primeiras horas da manhã, ele geralmente estava indo para casa, desde seus pesadelos fugiam quando o sol se levantava para inundar seu quarto de luz. Mas agora, o pensamento de entrar em sua morada grande e silenciosa e subindo as escadas para seu quarto com sua cama cavernosa e vazia o atingiu como tão solitário, que mal podia suportá-lo. Ele franziu o cenho. Ridículo. Ele não estava sozinho. Ele poderia ter uma companhia feminina a hora que quisesse. Então, por que diabos ele estava parado aqui, olhando para uma casa escura em Bedford Square às quatro da manhã? E por que a casa estava escura, afinal? Não havia velas acesas em algum lugar lá dentro? Se Delia tivesse chegado ao seu quarto, o que certamente ela tinha até agora, ele duvidava que ela estaria se movendo no escuro para preparar-se para a cama. Dizendo a si mesmo que ele apenas queria se certificar que ela teria chegado ao quarto dela sem ser pega, deixou o estábulo e circulou para a frente da casa. Ah, deste lado havia de fato uma única sala à luz de velas na esquina. Deveria ser dela. E se ela tivesse sido pega entrando, haveria muito

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mais velas aparecendo nas janelas, então ela deve ter conseguido não despertar ninguém. Ele poderia sair agora. Ela estava segura. Ainda assim, ele ficou parado observando a maldita janela. Por agora, ela estaria tirando aquela camisa e aquelas calças ridículas. As mesmas que ele esfregou nela completamente. As que haviam se molhado sob suas carícias. Ele gemeu. Ela ficou molhada para ele. Porque uma vez que ele insensatamente introduziu Delia para os prazeres da carne, ela abraçou-o totalmente. E isso foi culpa dele. Ele nem deveria ter beijado ela, muito menos sugado e acariciado os seios dela. No entanto, ele faria isso de novo se tivesse a chance. A sensação dela se contorcendo úmida sob sua mão... Quando seu pênis endureceu mais uma vez, ele rosnou uma maldição. Isso foi um absurdo. Ele deveria ir a um bordel, cuidar dessa ereção irritante. Ou ir para casa, pelo amor de Deus. Em vez disso, ele usou sua chave para o Bedford Square Gardens e escorregou para dentro. Ele encontrou o local privado onde eles se beijaram ontem, onde ela primeiro o deixou tão excitado que mal conseguia escondê-lo. Abrindo o botão das suas calças, ele agarrou seu pau e permitiu sua imaginação a viajar de rédea livre. Delia estava nua por baixo da camisa. Se ela estivesse nua embaixo, nas calças também? Ela deve ter estado, para ele sentir umidade dela através do tecido enquanto ele a acariciava. Deus, ela estava tão molhada e disposta. Como ele desejava poder tirar vantagem disso. Bombeando seu pênis em sua mão, ele a imaginou em seu quarto. Ela estava nua agora ou ela já tinha vestido uma camisola agitada? Ela tinha soltado o cabelo dela? Ele nem sabia se era naturalmente encaracolado ou forçado em cachos por um ferro quente. Mas ele ainda podia imaginar o cabelo preto dela em cascata sobre os ombros, todo o caminho até aquela cintura fina dela que ele adoraria pegar e apertar. Ele veio com uma vingança, jorrando nos arbustos enquanto sufocava seus gemidos. Então ele ficou lá tremendo, sua mão pegajosa e sua pele pegajosa.

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Depois de um momento de saborear sua libertação, ele sentiu a realidade de onde ele foi e o que ele estava fazendo rastejar sobre ele. Bom Deus. Ele raramente deu prazer a si mesmo. Não havia necessidade, quando ele poderia encontrar facilmente uma moça disposta em cada turno. E ter feito isso em um local semi-público como um bêbado, bêbado... Claramente ele perdeu sua mente sangrenta. Graças a Deus ninguém estava acordado na casa Mayfair a esta hora, até servos ou comerciantes. Usando seu lenço para limpar a mão, ele restaurou sua roupa a respeitabilidade, depois saiu do jardim e saiu apressadamente de Bedford Square. Ele ainda não tinha certeza para onde estava indo, mas sabia que era melhor estar em algum lugar bem longe de Delia Trevor. Porque quanto mais ele mergulhava em seus segredos, mais fascinado ele se tornava e isso não aconteceria. Ela era uma inocente, ele não podia ter um caso tórrido com ela. Ele nem estava procurando por uma esposa, certamente não uma garota que imprudentemente se jogou nos infernos vestida de homem. Que misteriosamente assumiu uma missão envolvendo um senhor tatuado, de todas as coisas e alegremente se recusou a dizer a ele porquê. Quem fosse atrás do que quisesse com um único objetivo e uma recusa de ser intimidado pelos obstáculos. Maldito seja, se ele não admirasse ela por isso. Mas isso não mudou o fato de que se casar com ela significaria o fim de sua vida como era agora. Isso significaria se estabelecer no castelo de Lindenwood, onde as noites eram sempre longas e cheias de pesadelos. Ele não ia deixar qualquer mulher vê-lo assim. E ela não concordaria com um casamento exaustivo na cidade para que ele pudesse vagar pelos guisados até altas horas da manhã. Que mulher faria? Não que ele quisesse se casar com ela. Bom Deus. Ele simplesmente cobiçou ela. Nenhuma grande surpresa que ele deveria desejá-la, ele era um sujeito rude. Embora ele nunca em sua vida estivesse do lado de fora do quarto de uma mulher encaixotando o jesuíta como resultado desse desejo. Ainda assim, era apenas uma atração chata que tinha que ser reprimida. Se ele tinha algum sentido, ele cortaria todos os laços com ela. Ele ficaria longe

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do Dickson e voltaria para seus velhos hábitos. Inferno, ele nem deveria ir para aquela maldita festa na casa de Clarissa. Clarissa não pensaria duas vezes sobre isso, se ele não o fizesse. Ele fez o que ela pediu a ele. Na maioria das vezes. Ele suspirou. O problema era que cortar laços com Delia não mudaria seu comportamento nem um pouquinho. Ela provavelmente iria para Dickson ela própria amanhã à noite e entraria em algum problema, sem ele ou com ele para cuidar dela. Então ela passaria todo o tempo na festa em casa tentando espiar as mangas dos homens, procurando por sua presa. Alguém iria se ofender ou não entenderia e a próxima coisa que ela sabia, ela teria um sujeito tentando abordá-la em um jardim isolado. Alguém como você. — Cale a boca — ele disse à sua consciência. Não foi o mesmo. Ele bufou. O inferno que não foi. Independentemente disso, ele não podia simplesmente deixá-la sair sozinha para qualquer lugar. E se alguma coisa acontecesse com ela, Clarissa nunca iria perdoá-lo. Ele nunca se perdoaria. Puta merda. Bem. Ele iria para o Dickson amanhã à noite e a festa em casa no dia seguinte, e então ele lavaria as mãos. Se ele pudesse. *** Quando Delia terminou de tirar as roupas de homem e vestiu a camisola, Brilliana andava de um lado para o outro. — Deixe-me ver se entendi. Você tem andado por Londres tarde da noite em roupas masculinas para jogar? — Para encontrar o desgraçado que enganou Reynold — disse Delia defensivamente. A pena encheu o rosto de Brilliana. — Oh minha querida…

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— Não me olhe assim! Eu sei que Reynold estava dizendo a verdade sobre o sujeito, mesmo que você não acredite. — Eu não estou dizendo que eu não acredito. Mas nós não sabemos porque ele estava em Londres. Como podemos ter certeza de que ele disse a verdade sobre o jogo? Eu... Quer dizer, ele nem revelaria o nome do homem que o enganou. — Porque o homem tinha uma quantia muito alta para enfrentar. O sangue de Delia estava frio. — Espere, o que você está dizendo? Que Reynold perdeu o dinheiro de outra maneira? Com um suspiro, Brilliana sentou-se delicadamente na beira da cama. — Claro que não. A soma era muito grande e se ele tivesse feito algum investimento ruim, ele teria admitido isso. E certamente ele não teria inventado um homem com uma tatuagem. Aquilo foi um detalhe muito específico. — Eu sei. Eu tenho repetido isso na minha cabeça. Nada disso faz sentido — Brilliana lançou-lhe um olhar preocupado — Mas isso não muda o fato de que você não deveria estar só em Londres para jogar cartas! O que faria se algum sujeito tenta lutar com você? Ou… Ou… — Owen vai comigo. Brilliana levantou uma sobrancelha. — Não essa noite. Ele estava doente. Eu desci para olhar ele antes de ir para a cama e ele estava lá. — Verdade. É por isso que eu trouxe a pistola do Reynold comigo esta noite. — Delia! O som chocado passou por cima da cabeça de Delia quando ela ficou sabendo que o cocheiro de Warren ainda tinha a pistola de Reynold. Aliás, o marquês ainda lhe devia mil libras. Preocupava-se com tudo. — Eu venho jogando há semanas — disse Delia — Ninguém me pegou ainda. Bem, exceto seu senhorio amaldiçoado.

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— Espere um minuto —Brilliana se levantou da cama, assustando Flossie — É por isso que você empurrou tia Agatha para ficar aqui por mais tempo? Então você pode fazer essa coisa louca? Não é assim que você pode encontrar um marido? Delia encolheu os ombros. — Eu não quero um marido. — Mas Delia… — Eu não quero que nenhuma de nós seja forçado a casar por dinheiro, maldição! — Oh, querida — Brilliana aproximou-se para colocar o braço sobre os ombros de Delia —Tudo vai dar certo para nós de alguma forma. — Eu não vejo como — Lágrimas começaram a surgir em seus olhos, que ela limpou. — Se você se casar, seu marido pode me permitir ficar em Camden Hall, mas mais provavelmente ele não vai. E se você não se casar, nós vamos perder completamente… — Todas as preocupações do ano passado a dominaram e as lágrimas escaparam, deslizando pelas bochechas dela. Não foi justo. Reynold não deveria ter apostado, não deveria ter sido enganado acima de tudo. Não deveria ter se matado. Desaprovando sua língua, Brilliana puxou-a em seu abraço. — Aqui, aqui minha querida. Não é tão ruim assim. Não temos certeza se posso encontrar um marido. E mesmo se eu fizer, tentarei fazer sua estada no Camden Hall uma condição de qualquer casamento que eu concorde — Ela segurou-a, acalmando-a por alguns momentos. Depois que Delia recuperou a compostura, Brilliana acrescentou: — Mas eu ainda digo que você merece mais do que uma vida de servidão à propriedade. —Como um marido que arriscaria o futuro de toda a sua família na virada de uma carta? -Delia lamentou as palavras no instante em que Brilliana empalideceu — Eu sinto Muito. Eu não deveria ter dito isso. Depois de um rápido aperto, Brilliana a soltou.

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— Olha, eu sei que você acha que Reynold e eu não tivemos... Um casamento legal, mas isso é tão muito minha culpa como dele. Eu não podia amá-lo, então… —Eu não te culpo por isso — disse Delia — Seu pai essencialmente vendeu você para pagar as dívidas de jogo para o papai. Reynold nunca deveria ter aceitado essa situação. — Não é como se o seu irmão não quisesse casar comigo, você sabe. Ele me ofereceu antes mesmo que nossos pais se envolvessem. —E você recusou. Ele deveria ter honrado isso, em vez de ter deixando papai empurrar seu pai para organizar o casamento, de qualquer maneira. Sua cunhada desviou o olhar. — Eu aceitei a oferta de Reynold na segunda vez. — Porque eles não te deram escolha. — Isso não é verdade. Eu poderia ter dito não. — E assistir seu pai ir para a prisão do devedor. Não estava certo. Delia cruzou os braços sobre o peito. — É verdade, mas eu não culpo Reynold por isso. Eu culpo meu pai. — É por isso que você não fala mais com ele? Brilliana encolheu os ombros. Delia deu um tapinha na mão dela. —Certamente você culpa meu pai tanto quanto você culpa o seu. — Eu acho que sim — Brilliana forçou um sorriso — E ainda, meu casamento com o seu irmão me deu Silas. Então, como posso me arrepender? Além disso, as coisas não eram todas ruim entre Reynold e eu. Ele era um bom homem. Nós tivemos um início rochoso, mas começamos a encontrar o caminho… — Até que ele foi para Londres para jogar — Delia balançou a cabeça — Eu nunca irei o perdoar por isso. — Eu o perdoei. Por que você não pode? Delia não sabia como explicar isso. Ela só sabia que Reynold tinha jogado todas as suas crenças sobre seu personagem em desordem e ela não sabe como voltar para onde ela esteve.

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— O ponto é, eu não culpo você por não amá-lo. Eu realmente não culpo. Parecendo puxar para dentro de si mesma, Brilliana foi para a janela e olhou para o sol nascente. — Há mais do que isso. — O que você quer dizer? — Nada — Ela se virou da janela para consertar Delia com um olhar severo — E você está tentando mudar de assunto. Você não pode continuar se vestindo como um homem e correndo sobre Covent Garden sozinha. É muito perigoso. — Brilliana… — Quero dizer! Eu me recuso a deixar você arriscar seu futuro por causa de Camden Hall. — Eu fiz mil e quinhentas libras até agora — Assumindo que Warren pagasse sua dívida com ela. — Bom Senhor — Brilliana caiu no assento da janela — Tanto? — Sim. Será um longo caminho para apagar a dívida. Pelo menos deveria atrasar o encerramento. Embora não seja por tempo suficiente. Brilliana digeriu isso em silêncio por um momento, sua expressão mostrando seus sentimentos divididos. Então ela endireitou os ombros. —Dá no mesmo, você deve sair antes de ser pega e arruinada. — Não até eu encontrar esse enganoso e o faça pagar de volta o que ele roubou. — Como você pretende fazer isso? Quando Delia explicou seu plano, sua cunhada empalideceu. — Isso é loucura! Se você encurralar esse senhor e ameaçá-lo, ele não terá nada a perder, não há razão para não te matar em vez de correr o risco de ser exposto como trapaceiro. — Vai ficar tudo bem, confie em mim. -Eu confio em você. São os homens ao seu redor em quem eu não confio — Levantando-se, Brilliana olhou-a de baixo — E que vai ficar tudo bem, eu concordo. Porque você não está mais fazendo isso.

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Delia se levantou. — Você não pode me impedir. — Eu posso — Brilliana cruzou os braços sobre o peito — Se a escolha é você acabar morta em alguma rua ou ter que casar por dinheiro, eu prefiro o último. Então, se você não parar por conta própria, você vai me forçar a ir para tia Agatha e você sabe perfeitamente que ela vai te levar de volta para casa e isso será um fim para suas atividades. Delia suspirou. Brilliana não estava fazendo ameaças ociosas. Uma vez que ela inventa em sua mente sobre algo, ela age. E ela claramente se decidira sobre isso. — Não tem como eu falar com você sobre os meus planos? — Não. Com um juramento sem graça, Delia caiu na cama. Suavizando, Brilliana veio se sentar ao lado dela. — Venha agora, querida, existem maneiras melhores de lidar com isso. Com o dinheiro que você já acumulou, podemos reduzir a dívida. Eu tenho lido em sobre gestão imobiliária e tentado descobrir se eu poderia fazer alguma mudança, melhorar nossa situação. — Não há tempo suficiente para você aprender tudo que meu tolo irmão se recusou a nos ensinar — disse Delia. Brilliana ficou rígida. —Talvez não. Mas ainda assim, você pode encontrar um bom cavalheiro para se casar na casa da sua amiga Clarissa, você sabe. E então você estará bem fora dessa bagunça. — Sem ver você e Silas felizes e seguros primeiro? Não, agradeço a você. — Delia… — Olha, você pode me fazer ir a festas e bailes e flertar na sociedade, com você e tia Agatha. Você pode até me fazer parar de jogar nos infernos. Mas você não pode me casar com algum idiota e deixar você e Silas se defenderem por si mesmos. Eu não vou fazer isso. Foi a vez de Brilliana suspirar. — Então, suponho que estaremos lutando sobre isso juntas.

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Delia lançou um olhar para ela. — Isso não é uma coisa tão ruim, não é? — Não, para mim não é — Brilliana abraçou-a —Mas eu acho que você está se preocupando por nada. Cada um de nós poderia encontrar um bom cavalheiro na festa da casa, alguém que possamos amar, que resolverá todos os nossos problemas financeiros. — Você não está incomodada que está sendo jogada por Clarissa, a quem você continuar evitando? — Eu não estou evitando ela. Honestamente, eu não sei onde você consegue essas ideias. Eu nem sequer a conheço. — Você vai gostar dela, eu juro. Exceto sua habilidade casamenteira pode ser inacreditável. — Sem dúvida — Brilliana disse distante. Então ela aparentemente sacudiu seu humor estranho, pois ela acrescentou: — E se você realmente quer jogar, eu tenho certeza de que haverá jogos lá. Eles não serão por grandes apostas, mas… — Não se preocupe com isso — disse Delia — Eu não sou como papai ou aparentemente, Reynold. Eu não jogo pela diversão. Eu poderia seguir toda a minha vida sem jogar novamente. Eu não preciso de nenhum tipo de estaca para jogar cartões. Então, ocorreu a ela. Clarissa havia insinuado que ela estava convidando um número de solteiros elegíveis para Stoke Towers. Sem dúvida, eles seriam homens de patente. Os olhos de Delia se estreitaram. E quem diria que o senhor tatuado pode não estar entre eles? Então ela não deveria desistir de seus esforços para encontrá-lo. Talvez a festa na casa de Clarissa não seja um desperdício, afinal. — Mesmo assim — disse Brilliana — Você deveria relaxar e aproveitar essa festa. Quem sabe quando teremos outra chance de viver tão abundantemente a despesa de outra pessoa? — Verdade. E quem sabia quando ela teria outra chance de encontrar e se vingar por Reynold?

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Ela simplesmente se certificava de ter um vislumbre do pulso de cada companheiro lá. Nem mesmo Brilliana ou Warren poderiam impedi-la de fazer isso. E se acontecesse dela jogar alguns jogos de cartas no caminho para descobrir a verdade, então que assim seja.

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Capítulo Doze A carruagem de Warren parou em frente a Stoke Towers, muito além da hora do jantar. Isso com certeza lhe renderia uma bronca de Clarissa, mas ele não se importava. Ele só tinha vindo a sua festa em casa para ter certeza que tudo estava bem com as senhoras Trevor. E para pagar discretamente Delia as mil libras ele lhe devia. Ele poderia até não ficar, uma vez que foi pago. Não havia necessidade. Porque Delia não apareceu na Dickson na noite passada, o que significava ela tinha recuperado os sentidos. Ou ele a assustou, ou ter roubado dela a pistola tinha a feito cautelosa, ou… Seus avanços a tinham alarmado. Se tivessem, ele deveria estar feliz com isso. No entanto, ele não estava. Ele não tinha como pensar que seus beijos e carícias poderiam tê-la feito desconfiar dele. Que ela pode estar evitando o Dickson para evitá-lo. Porque aquilo chocou muito o que aconteceu com Clarissa. Droga, não foi o mesmo. Delia estava disposta. Ela tinha praticamente jogado-se para ele. Ela estava molhada para ele, queria ele. E o sentimento era tão mútuo que ele mal parou de pensar sobre o encontro deles desde que aconteceu. Ele ficou se perguntando como poderia ter sido ter sua boca em seu peito, sua mão nela... Deus, ele teve que parar com essa loucura! Assim que teve certeza de que Delia comparecera à festa e estava se comportando, assim que ele conseguisse dar a ela o dinheiro que lhe devia, ele poderia ir embora. Ele iria embora. Para o inferno com o mistério do senhor tatuado. Ele estava cansado tentando proteger uma mulher que nem queria sua ajuda. Alguns momentos depois, um criado mostrou-lhe o grande número de convidados de Edwin na sala de estar, que era uma cena de caos absoluto. Jovens moças elegíveis tagarelavam enquanto vasculhavam grandes caixas, jovens elegíveis solteirões riam e avaliavam-se enquanto o cunhado de Edwin, o artista Jeremy Keane, montava um cavalete.

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Warren procurou no quarto por Delia e a viu com sua cunhada, ambas segurando o que parecia ser togas. Não mais vestindo luto, a Sra. Trevor estava mais bonita do que nunca, mas foi Delia que chamou sua atenção. Ela usava outro horror de vestido, algo que combinava musselina rosa com fitas laranja e enormes mangas, tudo isso ele podia ver era a animação em suas características adoráveis quando ela riu de algo que a Sra. Trevor havia dito. Seu estômago se apertou. Deve ser dispepsia do seu jantar. O que mais poderia ser? Determinadamente, Warren desviou sua atenção das duas senhoras para ver Clarissa ditando instruções para um lacaio. Ele se dirigiu para ela. — O que é tudo isso? — Ele perguntou quando se aproximou. Quebrando um sorriso, ela deu uma ordem ao servo e aproximou-se para cumprimentá-lo com um beijo na bochecha. — Você veio! Eu pensei que você não fosse vir — Ela recuou para olhá-lo — Eu iria repreendê-lo por perder o jantar, mas estou tão feliz por você estar aqui. — E para o que exatamente estou aqui? — Ele inspecionou o salão — Espere, não conte-me. Você e seus convidados estão tramando se juntar ao circo. Ela lançou lhe uma careta fingida. — Não seja ridículo. — Tomando papéis de atuação no Teatro Olímpico? Planejando derrubar o governo e reinstituir o domínio romano? Começando uma loja toga para ser operado fora do Stoke Towers? Edwin não vai gostar disso nem um pouco. — Você poderia parar com seu absurdo e me deixar explicar? — Por todos os meios, explique. Se você puder. — Foi na verdade a ideia de Delia. Claro que foi. — O que a criança fez agora? Clarissa apontou o olhar para ele e ele percebeu o que disse.

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Por Deus! Pelo o que Clarissa sabia, a última vez que ele viu Delia foi quando ele tinha dançado com ela no café da manhã. Ele correu para cobrir seu deslize. — Você parece pensar que ela está em algum tipo de problema. — É por isso que você chamou ela há alguns dias e a convenceu para participar da festa da minha casa? — A voz de Clarissa continha uma certa alegria. — Sim, eu ouvi tudo sobre isso de Lady Pensworth. Todas as coisinhas interessantes que você disse para convencer minha amiga de que você queria que ela viesse. Droga. — Você me pediu para ficar de olho nela. — Quão… Diligente você, considerando que eu tive que torcer o seu braço em primeiro lugar para você fazer isso. Você disse que só faria, se eu permitisse você de perder essa festa. E agora você está aqui para ver Delia? Oh-oh. — Estou aqui para ver você, é claro. Senti sua falta em Londres. — Eu estive fora dois dias— disse ela maliciosamente, claramente não totalmente convencida. Então ele mudou de assunto. — Você vai me dizer o que é tudo isso ou não? — Tudo bem — ela deu a ele um olhar avaliador e depois ela se virou para olhar para fora sobre o quarto. — Assim que os Trevor e sua tia enviaram sua aceitação, eu os convidei para virem mais cedo do que os outros hoje, então nós poderíamos visitar um pouco antes do resto dos convidados chegarem. Então enquanto nós estávamos conversando esta manhã, Delia sugeriu que poderia ser divertido ter Jeremy fazendo um esboço dos convidados da festa em casa. Ela disse que poderíamos até usar trajes para isso, se os tivéssemos. Adorei essa ideia, então começamos a conversar sobre isso e, eventualmente, decidimos sobre um tema romano. Ele sufocou seu bufo. — Nós decidimos? Você e a senhorita Trevor?

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— E a Sra. Trevor, que é uma mulher perfeitamente adorável. Você sabia que ela quer tentar fazer projetos de porcelana para Wedgwood? Jeremy pensou que isso era uma boa… — Clarissa! — Ele disse bruscamente — Os figurinos? Ela fungou. — De qualquer forma, isso foi parte da razão pela qual nós meninas decidimos em trajes romanos, uma vez que, como Delia apontou, daria a Sra. Trevor uma chance de esboçar algumas cenas ela mesma. E Jeremy pensou que a ideia em si era grandiosa também. Consequentemente, Edwin enviou servos para Londres para emprestar trajes de seu amigo que dirige o Teatro Olímpico e lá tinha isso. Parte do nosso entretenimento para a festa em casa. — Eu vejo — Oh sim, ele viu muito mais do que seu alheio primo. Delia estava manipulando a situação para sua própria vantagem. De repente, Clarissa soltou um suspiro. — Oh, querido, aqueles companheiros lá vão destruir as sandálias com suas tolices. Eu preciso ir. E como o redemoinho que ela era, correu para ensinar boas maneiras. Warren aproveitou a oportunidade para passear até onde Delia agora ficou sozinha, examinando uma caixa cheia de headpieces que parecia vagamente Romano. Movendo-se ao lado dela, ele disse, em voz baixa: — Sentimos sua falta no Dickson na noite passada. Ela congelou, então lançou um olhar furtivo ao redor deles. — Fique quieto, por piedade! Alguém pode ouvir. — Ninguém está prestando atenção em nós. E eu percebi que isso poderia ser minha única chance de encontrar você sozinha e dizer que eu trouxe as mil libras que devo a você. Ela arqueou uma sobrancelha para ele. — E minha pistola? Você trouxe isso, também? — Eu vou segurar isso por um tempo. Talvez isso encoraje você a se comportar sensivelmente.

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— Por Deus — ela murmurou — Eu acho que tenho me comportado sensivelmente o tempo todo. — Você certamente encontrou uma maneira sensata de caçar seu senhor tatuado na festa da casa de Clarissa. Ela corou. — Eu não sei o que você quer dizer. — Você não foi a única a sugerir um esboço envolvendo trajes romanos? Muito esperta. Os antebraços de cada cavalheiro ficarão à mostra e você poderá procurar por sua tatuagem de sol para o conteúdo do seu coração. Ela atirou-lhe um sorriso suspeito e doce. — Eu sugeri isso porque os disfarces romanos estão na moda. Você não sabia? — Hmm. Receio ter perdido essa fofoca. Deixando cair seu olhar para os headpieces, ela disse: — Então, você quer dizer que vai participar de nosso pequeno esforço também? Suas

razões

não

tão

sutis

para

perguntar,

despertaram

seu

temperamento. — Você amaria muito se eu disser não, não é? Isso lhe daria outra razão para manter sua guarda ao meu redor, porque você poderia seguramente assumir que eu sou o vilão que você procura. Olhando para ele surpresa, ela perguntou: — O que faz você pensar que eu procuro um vilão? Ele olhou para ela. — Porque você não esconderia sua busca se procurasse alguém de confiança. Com uma fungada, ela pegou uma coroa de folhas de louro cor de ouro. — Teoria interessante. Mas você não tem provas disso. Ele se inclinou para sussurrar em seu ouvido. — Ainda não. Mas eu terei. — Eu não contaria com isso— Com uma carranca, ela se afastou— Impossível ter provas de algo que não existe.

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Droga, mas ela era teimosa. E por alguma razão, isso renovou sua determinação em desvendar seus segredos. Só de vê-la novamente despertou seu sangue mais do que qualquer mulher que ele já conheceu. Porque qualquer mulher que pudesse propor tal solução criativa para sua situação era uma criatura rara, digna de estudo. Digna de brigar. Digna de se casar. Ele franziu o cenho. “Nem pense nisso. Você sabe que não iria funcionar. ” No entanto, ele não conseguia fazer a coisa racional e sair do lugar. Em vez disso, ele a seguiu quando ela foi examinar outra caixa. — Então, quando é que o seu “pequeno empreendimento” começa? — perguntou ele. O alívio que ele deixou cair sobre o assunto de seus segredos passou pela face dela. — Amanhã. Esta noite estamos apenas escolhendo nossas fantasias e tal. Então, de manhã, o Sr. Keane começará a nos colocar em pequenos grupos, para que os outros possam se divertir enquanto dois ou três estão sendo esboçados. Ele diz que pode juntar todo mundo mais tarde em uma grande imagem. — Eu tenho certeza que ele pode — Ele pegou um capacete que era muito bélico para o seu gosto— E o que você está vestindo para este grande esboço? — Você mal pode esperar para ver, não é? Seu sorriso tímido o pegou totalmente desprevenido. Ele nunca a viu recatada. Ele mal a viu flertar. Ele gostou. Um bom negócio. Ele gostaria de ver mais disso. Naquele momento, ele mostrou a mulher que ela poderia ser se ela não tivesse que gastar todos os momentos estando preocupada sobre como cuidar da família dela. Ele imaginou uma mulher em sua exuberância juvenil, capaz de provocar um cavalheiro e simplesmente se divertir com os amigos. Uma mulher cuja mente inteligente poderia ser melhor usada do que jogos de

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cartas. Uma mulher que, em toda a sua glória, poderia levar a sociedade pela tempestade. Se ela não tivesse o peso do mundo em seus ombros. Para sacudir esse pensamento desconcertante, ele perguntou: — Diga-me, senhorita Trevor, o que devo usar para este esboço? Seus lindos olhos se iluminaram. — Por que, Lorde Knightford, você confiaria em mim para escolher o seu traje? — A julgar pela alegria repentina em seu rosto, talvez não. Ela enfiou a mão na curva do cotovelo dele e o atraiu a sala. — Eu posso pensar em algumas coisas que eu gostaria de ver você vestir. Talvez algo chamado humildade. Ele riu. — Isso não soa muito romano. — Verdade. Os césares não eram remotamente humildes — Ela sorriu para ele — Então, suponho que teremos que nos contentar com uma toga para você. — Eu concordo. Contanto que não seja curto. Ela riu. — Por quê? Você tem joelhos magros? O que ele tinha era uma cicatriz que poderia despertar comentários. — Algo como isso. — Não pode ser tão ruim assim. Eu te digo o quê. Se você me deixar escolher a sua fantasia, eu vou deixar você escolher a minha. — Eu não acho que isso é sensato — Ele se inclinou para murmurar — Porque minha escolha para você seria um traje muito escandaloso para a sociedade educada. Ou melhor ainda, sem fantasia alguma. Sugando uma respiração, ela o recompensou com um rubor vivo que incendiou para o sangue dele. Incrível que a mulher ainda pudesse corar depois de semanas pairando sobre um inferno de jogos. Ele devia provocá-la mais vezes, suas bochechas se tornavam de um rosa muito lindo. Ela soltou o braço dele.

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— Bem, então, eu suponho que nós devemos nos ater a escolhendo nosso próprio traje, já que não podemos confiar um no outro para pequenos esforços. — Não é verdade. Eu confio em você em muitas coisas, grandes e pequenas — Warren trancou seu olhar com o dela — É você quem não confia em mim para uma maldita coisa. Engolindo em seco, ela se aproximou de uma caixa transbordando de túnicas e togas. — Oh, olhe, este pode caber em você — ela disse brilhantemente quando sustentou alguma coisa parecida com trajes romanos. Ela estava mudando de assunto, sua resposta habitual quando ele tentou obter a verdade. Muito bem. Ele iria deixá-la se esconder dele um pouco mais. Porque esta festa em casa lhe daria a chance de falar em particular com sua tia e cunhada, tanto quanto ele quisesse, enquanto Delia estava ocupada procurando tatuagens nos braços dos cavalheiros. Se ela não revelasse a verdade, talvez elas revelassem. Ou pelo menos elas poderiam dar-lhe algumas dicas sobre como proceder. Então ele iria ficar e fazer isso. Por cada centavo, por cada libra. Ele iria descobrir o que o homem tatuado tinha feito para ganhar sua ira e então ele se certificaria de que o erro fosse corrigido. Então talvez ele pudesse colocar este interlúdio estranho fora de sua mente com uma consciência limpa, sabendo que ele fez tudo o que podia por ela e voltar para sua vida de cumprir seus deveres durante o dia e beber e beber à noite. Nunca sozinho, mas de alguma forma sempre solitário. Engraçado como isso não parecia mais tão atraente.

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Capítulo Treze No final da manhã seguinte, Delia perambulou entre os convidados fantasiados reunidos na sala de café da manhã, ajudando a esquentar ovos estrelados, pilhas de salsichas, torres de torradas e pedaços de manteiga cremosos, eles só poderiam ter vindo direto da fazenda de laticínios. Mas a comida não lhe interessava tanto quanto as fantasias. Enquanto as damas se vestiram com recato, usando túnicas compridas sobre os normais saiotes, com luvas escondendo as mãos e pulsos, os senhores estavam mais imprudentes. Alguns até usavam as togas curtas que mostravam pernas, joelhos até o topo de suas sandálias romanas. E assim como ela esperava, seus braços estavam todos à mostra, desde quando roupas romanas para homens raramente tinham mangas compridas. Enquanto ela se movia pela sala, ela fez uma pausa para espiar um pulso aqui, um antebraço ali. Infelizmente ela ainda não tinha visto uma única tatuagem. Ela suspirou. Provavelmente tinha sido demais esperar que o homem que ela procurava viria na festa da casa. Nem Clarissa nem o marido dela, Lorde Blakeborough, que estava perto da porta como se estivesse debatendo quão rápido ele poderia fugir da confusão, parecia o tipo de se associar com um homem assim. — Eu vejo que estou atrasado para a festa — disse uma voz alta. Delia se virou para encontrar Warren ao lado de seu amigo na porta, vestindo uma toga. Seu coração quase falhou. Warren não tinha joelhos nodosos, não no mínimo. E embora suas sandálias romanas fossem o tipo amarrado que cobria completamente suas panturrilhas, ela ainda podia dizer que eram musculosos de um homem que cavalgava com frequência e bem. Minha nossa. Warren em traje de guerreiro romano foi realmente uma visão para contemplar. O homem parecia o próprio Marte explodindo com Prinny de um saiote escocês. Os deuses romanos lutariam para se parecer com Warren.

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Não que ela estivesse surpresa por ele ser assim... Incrível em uma toga. Warren tinha uma maneira de envergonhar os olhares de todos os outros homens. Lorde Blakeborough disse: — Sabe, meu velho, se você nem sempre dormisse até o meio-dia, mesmo no campo, você não se atrasaria para tudo. Mas dado que você ficou bebendo com Jeremy até as primeiras horas da manhã, eu não deveria me surpreender. — Você me viu ir para a cama antes do amanhecer? — Warren gracejou — Não posso dizer que fui. Ocorreu a Delia como isso era estranho. Muitos cavalheiros ficaram fora todas as horas durante a temporada na cidade, mas no campo? Numa casa da festa? Não era estranho que Warren tivesse passado horas tão tarde aqui? Ela não teve tempo para contemplar essa anomalia antes que ele a visse e seguisse em sua direção. — Bom dia, senhorita Trevor — disse ele quando se aproximou — Você está bastante atraente em seu traje. Ao contrário de algumas das outras mulheres, ela usava uma túnica elegante e longa, sem anáguas. E ela estava muito feliz por ela tê-las deixado quando Warren a percorreu com um olhar aquecido que enviou seu pulso para o triplo do tempo. O homem certamente aperfeiçoou o olhar sedutor. Com qualquer outro homem que ela teria rido, mas seu olhar provocou incêndios nas partes mais intrigantes de seu corpo, o que dificultou a resistência ao desmaio. O Senhor a salvasse. Desmaio, de fato. — Você parece muito bem — ela murmurou, tratando-o com uma avaliação semelhante — Eu vejo que você escolheu a toga curta depois de tudo. — Eu sempre vivo perigosamente. — Você vive de fato — Ela suspirou — E ultimamente eu também. — Eu sei — Ele se inclinou para perto — É disso que eu gosto em você.

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Ela lutou contra um rubor. Esta... Coisa entre eles era insana. Sempre que ela estava perto dele, ela perdia todo o bom senso. Ele tinha esse efeito estranho sobre ela que certamente seria insensato no final. — Não é por escolha, você sabe —disse ela. — Não é? Você poderia se casar, mas descartou essa possibilidade para a duvidosa chance de pagar sua herança com seus ganhos. — Se eu devo escolher entre servidão a um homem ou servidão a Camden Hall, eu escolho o último. É mais previsível. — Como proprietário de várias propriedades, posso garantir que administrar uma propriedade não é previsível. Uma colheita ruim e você vai perceber isso. Ela fez uma careta para ele. — Por que você deve deprimir meu espírito? E justamente quando eu estava começando a me divertir. — Você estava? Então eu suponho que eu não deveria te mostrar isso — Brandiu seus braços para sua inspeção — Nenhuma tatuagem. Você notou? — Claro — ela disse, embora não tivesse. Ela nunca pensou nele como uma possibilidade para sua presa. — O que lhe dá mais uma razão para confiar em mim. Ela olhou ao redor, viu uma porta que dava para o jardim de inverno e puxou-o através dela. Assim que eles estavam pelo menos parcialmente sozinhos, ela disse: — Não descarto você como amigo do homem que procuro. — Eu diria a você se eu fosse. — Não, você não diria. Um homem como você, com laços duradouros com homens de alta sociedade, não iria traí-los com uma mulher como eu. Ele se inclinou para sussurrar: — Você ficaria surpresa com o que eu faria por uma bela mulher. — Pare com isso — ela sussurrou de volta — Eu sei muito bem que você diz essas coisas para todas as mulheres que você conhece. Para sua surpresa, o aborrecimento apertou os cantos de seus lábios. — Não exatamente — ele disse secamente.

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— Você não pode me culpar por pensar assim. Eu não sou a única a gastar as minhas noites... — Não. Isso é Jack Jones. — Isso é diferente. — É? Talvez eu esteja procurando por uma mulher com uma tatuagem de lua. —Muito divertido — Ela olhou para a sala de café da manhã, mas ninguém novo tinha chegado e ela já tinha olhado os convidados que estavam lá. Não foi como se houvesse centenas deles. Stoke Towers era grande, mas não tão grande. Como se ele lesse sua mente, ele perguntou: — Você encontrou seu companheiro com a tatuagem do sol entre os convidados? — Infelizmente, não. — Pessoalmente, acho que você está procurando algo parecido com um unicórnio. Mas se eu conhecer um homem que atenda às suas necessidades, informarei a você. — Você vai? — Ela perguntou acidamente. Ele olhou para ela com desconfiança. — Lá vai você de novo, recusando-se a confiar em mim. — Não é em você que eu não confio. São todos os homens. — Por causa do seu irmão. E o seu pai. Sua percepção a assustou. — Possivelmente. Compaixão apareceu em seu rosto. — Eu também não sou qualquer um. Eu sou muito franco. — Hmm — Ela arriscou um tiro no escuro —Então talvez você me diga porque você nunca vai dormir antes do amanhecer. Seu rosto se fechou — Eu prefiro a noite, isso é tudo. Então, havia mais em seus hábitos noturnos do que ele admitiria.

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— Em outras palavras, você não quer revelar seus segredos mais do que eu os meus. — Você tem segredos? — Ele disse, com aquele sorriso que dizia que ele tinha pegado ela em uma admissão que ela não pretendia fazer. — Nenhum que lhe interesse — Ela voltou sua atenção para os outros convidados — Então, com quem você espera ser emparelhado para o esboço? — Você com certeza. Quem mais? Uma emoção correu através dela que ela rapidamente reprimiu. — Sua prima, possivelmente? — Clarissa tem Edwin. Ela não precisa de mim. A sensação mais estranha veio sobre ela então. Inveja, de Clarissa e Edwin. Isso era ridículo. O casamento significava sacrifício e ela não desejava sacrificar sua alma por um homem. A menos que fosse Warren. Ela franziu o cenho. Que absurdo. Eles podem desfrutar de seus pequenos encontros, mas Warren não tinha desejo por uma esposa. E embora eventualmente ele teria que se contentar com uma, se apenas para criar seu herdeiro, ele iria escolher uma com conexões estelares, que viesse com riqueza e posição. Não alguém como ela. Ela não gostaria de ser forçada a atender aos caprichos de um sujeito tão elevado, de qualquer maneira. Ou espere que ele pare de semear sua veia selvagem. Certamente não. — Estou surpreso que você ainda não tenha inventado um jogo de cartas — disse ele. — Você vai jogar piquet hoje à noite? — Eu devo. Se você vai jogar. Ele baixou a voz. — Tendo perdido mil libras para você, eu acho que enchi seus cofres o suficiente.

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— Eu ainda não vi o contundente — disse ela, principalmente para beliscar o nariz. — Que voraz você é — ele disse suavemente — Eu vou te dar o seu dinheiro quando for prudente fazê-lo. Determinada a provocá-lo, ela disse: — Então, se você diz. — Você duvida de mim? — Sempre. — Nesse caso… Ele elaborou o que parecia ser uma bolsa romana e começou a abri-lo. — Pare com isso — ela sussurrou — Você sabe que eu estou apenas provocando você. Ele riu. — Talvez eu esteja fazendo o mesmo. Olhando para o quarto para se certificar de que ninguém estava tomando nota deles, ela disse: — Você realmente gosta de viver perigosamente? — É preferível que viver previsivelmente. — Eu chamaria isso de viver com responsabilidade. Confiavelmente. —É possível ser responsável nas coisas que importam e imprudentes nas coisas que não são importantes. Ela olhou para ele. — Você sabe que saber qual é qual é complicado. — Verdade. Só então, Clarissa enfiou a cabeça para fora da porta. — Vocês dois vão se juntar a nós? Jeremy está finalmente acordado e pronto para começar nossos esboços. — Nós estaremos lá — disse Delia levemente. Ela foi para a porta, mas Warren a pegou pelo braço. — Prometa-me que se você encontrar o seu vilão, você vai me dizer. Eu não sei o que você sabe, mas eu não acho que você deveria estar confrontando algum sujeito sozinha.

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O pedido a lançou em confusão. Ele estava perguntando porque ele sabia quem era o senhor tatuado? Ou porque ele só queria ajudá-la? Realmente não importava. Porque uma vez que ela encontrasse o homem, nada iria impedi-la de conseguir o que queria do trapaceiro. — Eu prometo. Contanto que você prometa me dizer se você mesmo o encontrar. — É claro — Ele falou as palavras com tanta naturalidade que ela estava tranquilizada. — Embora ajude se você me dissesse por que estamos procurando ele. Ela bufou. — Boa tentativa, meu senhor. Mas eu ainda não confio tanto em você. Então ela voltou para a sala de café da manhã. Infelizmente, as palavras dela não eram bem verdade. Porque quanto mais ela veio conhecê-lo, mais ela começou a pensar que ele poderia estar falando sério sobre querer protegê-la. E dado que seu próprio irmão não teve nenhum impulso, o que tornou mais difícil para ela manter a distância. Então, consciente de sua suscetibilidade, ela passou o resto da manhã evitando ele. Ela se certificou de que ela não estava no grupo dele para o esboço e não estava perto dele depois. E quando ela o viu olhar para ela no meio da tarde, ela convenceu Brilliana e tia Agatha a irem caminhar pelos belos jardins antes que ele pudesse se aproximar dela. Embora assim que eles saíram, com Delia estabelecendo um ritmo acelerado para ter certeza de que ele não tentaria se juntar a eles, ela se arrependeu de seu truque. Porque tia Agatha estava decididamente irritada hoje. Delia preferia amplamente as perguntas penetrantes de Warren às queixas de tia Agatha sobre a cama dela e o barulho vindo dos cavalheiros no andar de baixo ontem à noite e o próprio ar que ela respirava. — Lady Blakeborough definiu uma excelente mesa, lembre-se — sua tia estava dizendo como eles se aproximaram do parque de veados— Mas ela também deve definir um melhor exemplo para vocês, moças. — O que você quer dizer? — Perguntou Brilliana — Eu acho que Lady Blakeborough é adorável. Claro, eu mal a conheço, mas ainda assim…

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— Ela não deveria ter permitido este negócio de traje romano escandaloso — sua tia fixou Delia com um olhar duro — E eu não posso acreditar que você foi a única a sugerir isso. Você não quer se casar? Porque me parece que você está fazendo tudo para evitar isso. Cuidado, Delia se preveniu. Este é um terreno arriscado, não importa o que caminho tomasse. — Cavalheiros gostam de mulheres ousadas — ela respondeu — Ou pelo menos Warren disse que sim. Tia Agatha bufou. — Não muito ousada. Um homem como Lorde Knightford pode ter alguns... Hábitos prejudiciais, mas ele vai querer uma esposa que segue as regras de respeitabilidade. — Muito injusto por parte ele — Delia não resistiu em dizer. — O mundo não é justo — replicou sua tia. O que foi precisamente o porquê Delia não queria um marido. Mas ela não podia dizer isso, claro. — Não importa, de qualquer maneira. O marquês não tem interesse em se casar comigo. — Não tenho tanta certeza — disse Brilliana. — Por quê? Porque ele flerta comigo? — Ele flerta com você? — Sua tia disse — Isso é mais irregular para ele. Como está apelando para uma jovem respeitável. Ou, por falar nisso, perguntar sobre a família de uma dama, o tipo de perguntas perigosas apenas apropriado para um pretendente perguntar, como ele fez hoje no almoço. Mas você vai expulsá-lo se continuar fazendo essa loucura… — Que perguntas perigosas ele estava perguntando? — Delia interrompeu, seu coração caindo em seu estômago. Brilliana trocou um olhar com ela. — Oh, coisas como quanto tempo estivemos na cidade e decidimos ficar no verão.

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— Suas perguntas eram mais objetivas do que isso — disse tia Agatha — Ele queria saber os detalhes em torno da morte de Reynold e eu disse a ele em termos inequívocos, que foi rude perguntar. Delia engoliu seu pânico. — Então você não contou a ele. — Certamente que não. Nada que convenha a ele. Sua tia se levantou com uma fungada. — Por mais que eu adoraria ver você casada com um marquês, eu não permitiria tais perguntas intrusivas até que você tenha uma compreensão. Apesar de ter certeza de que houve especulações sobre Reynold. Sempre existe. Tia Agatha baixou a voz para um murmúrio confidencial. — Além disso, Lorde Knightford é um membro do St. George's Club, que não é nada mais do que um lugar para os homens fofocarem. Tenho certeza que se ele soubesse a verdade, ele iria espalhar a palavra entre os seus membros e então quem sabe se você alguma vez encontraria um marido? Um alívio passou por ela. — Então você não contou a ele sobre Reynold perdendo todo o nosso dinheiro apostando. — Bem, é claro que eu contei a ele sobre isso. Todo mundo já sabe disso. O desespero inundou Delia. Todo mundo não sabia e ela trabalhou duro para manter assim. Tia Agatha certamente disse o suficiente para despertar o interesse de Warren. Maldito seja, por que ele estava se intrometendo? Como ela poderia fazêlo recuar? Não podia ver que tia Agatha consideraria o interesse dele um tipo de interesse diferente? Ele ia estragar tudo. Ela deve pegá-lo sozinho de alguma forma e exigir que ele pare. Isso não poderia continuar. A tarde sangrou na noite e ainda não encontrou uma chance para falar com ele sozinho. Keane desenhou mais convidados, mas Warren saiu para ir andar com seu amigo Lorde Blakeborough, aparentemente mantendo ele mesmo distante do processo, agora que seu próprio esboço tinha sido feito. Ele

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era, afinal de contas, um marquês. Essas pessoas não precisam se preocupar com jogos de salão. Mesmo depois que ele voltou, ele ficou com todos os outros convidados até o jantar terminar. E uma vez que as senhoras se retiraram para a sala de estar, deixando os senhores para jogar cartas e beber a noite toda, ela tinha perdido a chance de falar em particular com ele. Quando um homem estava em seus copos, ele ficava praticamente inútil. Na manhã seguinte, ela se levantou antes do amanhecer porque não conseguia dormir. Warren estava atormentando seus sonhos. Se ela não tivesse com ele hoje, poderia enlouquecer. Ela desceu as escadas na esperança de que ainda tivesse alguns itens do café da manhã, e já colocados pra fora os madrugadores, mas sons estranhos provenientes da sala de desenho chamou sua atenção. Tia Agatha tendia a se levantar cedo e, preocupada com a possibilidade de estar com dificuldades, Delia desviou o curso.

Quando ela entrou na sala de estar Warren estava sentado no sofá, ainda vestindo seu traje de jantar da noite anterior. Mas ele não estava acordado. De fato, a julgar pela maneira como ele se debatia, ele estava tendo pesadelos. Ela parou, sem saber como agir. Ela deveria acordá-lo? Deixá-lo sozinho? Deixar seu pesadelo seguir seu curso? — Por favor não! Eu vou ser bom, eu juro! — ele jogou a cabeça de um lado para o outro. — Não me deixe! Muito escuro… Muito escuro. Volte! Seu tom desesperado enviou um arrepio por sua espinha. Mesmo sabendo que ele não estava falando com ela, ela sentiu um puxão em seu coração. Pobre homem. O que na terra, ele estava sonhando? Isso não poderia continuar. Ele ficaria doente. Aproximando-se com cautela, ela colocou a mão em seu ombro. — Warren, acorde — ela o sacudiu um pouco. — Você está tendo um pesadelo.

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Sem aviso, ele a agarrou e a puxou para seu colo. — Sim. Sim. Ajude-me. Fique comigo! Ela lutou contra o seu abraço, o início do alarme aumentando em seu peito. — Me deixar ir. Warren, acorde! — Você não deve ir! — Ele gritou, apertando-a com tanta força que ela temia que ele pudesse realmente machucá-la. — Não... Não pode ir. — Eu não vou — como ela poderia abandoná-lo quando ele parecia estar tão em pânico? Ela colocou a mão na bochecha dele. — Está tudo bem. Estou aqui. Ele gemeu em seu sono. — Não me deixe, Delia. Eu não quero voltar no escuro. Por favor não. Não. As palavras, gritos de uma criança falada na voz profunda de um homem, fez algo torcer em seu coração. — Eu não vou deixar você, eu juro. — Ela apertou ele para si e pressionou um beijo em seu cabelo. — Silêncio, querido. Tudo vai ficar bem agora. Sua respiração ficou menos agitada, embora ele ainda a agarrasse tão ferozmente que ela não poderia ter saído mesmo se quisesse. O que ela não fez. — Tão doce. Ah, Delia. Doce, doce Delia. — Ele cobriu um seio com sua mão, amassando a carne através de seu vestido, manuseando seu mamilo. — Você me mata. — Realmente? — Ela sussurrou, embora duvidasse que ele soubesse o que ele estava dizendo. Sua resposta foi um beijo, um quente, inebriante e profundo que a agitou até os dedos do pé. Ela deveria detê-lo, alguém poderia vir em qualquer minuto. Ainda assim ela não podia se ajudar, mesmo sabendo que ele não sabia o que ele fazia, ela queria deleitar-se com a deliciosa sensação de sua boca na dela, sua língua dentro dela, seu perfume a envolveu. Ela jogou os braços em volta do pescoço dele e entregou-se ao beijo.

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— Sim, minha doce menina. — Ele disse asperamente. — Seja minha. Toda minha. Ambas as mãos dele estavam em seus seios agora e a própria ousadia disso a emocionou. A próxima coisa que ela sabia, ele estava puxando-a sobre ele e empurrando contra ela de uma forma mais intrigante e seu coração estava batendo forte o suficiente para ser ouvido em Londres e… — Meu senhor! — Uma voz estranha se intrometeu. — Pare com isso agora mesmo! O que você acha que está fazendo com a minha sobrinha? Oh não, tia Agatha! Delia saltou do colo dele. — Você não entende... Não é como parece… — Você quer dizer que sua senhoria não tinha as mãos em seus seios e suas pernas em volta da cintura dele? — Sua tia soltou. — Eu posso ser velha, garota, mas eu não sou cega. — Senhorita Trevor? Delia olhou para trás para ver Warren, seus olhos se abrindo e confusão mostrando em seu rosto. Ele se levantou devagar, depois enfiou os dedos pelos cabelos. — O que estava acontecendo? Eu estava dormindo? — Sim. — Ela disse rapidamente. — Eu estava apenas explicando para tia Agatha… — Não me faça de boba, Delia. — Tia Agatha olhou para ele. — Quanto a você, meu senhor, envergonha-se por você se comportar de maneira tão escandalosa com minha sobrinha. Sua expressão esfriou a altivez. — Eu não sei o que você quer dizer. — Você estava tendo um pesadelo — Disse Delia apressadamente — E quando eu tentei te acordar, você... Bem… Você não quis fazer isso. Eu sei disso, mas… Tia Agatha bufou. — Não seja um ganso verde. Se você acreditasse que ele estava beijando e acariciando você em seu sono, então você é o tola.

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— Acariciando-a! Desculpa. Eu nunca… — Abruptamente, ele parou e o sangue drenou de seu rosto — Então é isso... Não foi um sonho. Oh Deus. — Se você tentar fingir que não sabia o que estava fazendo, senhor — Tia Agatha disse com firmeza: - Eu juro que gritarei sozinha. Uma nova voz entrou na briga. — Isso soa intrigante. O que meu primo tem feito agora? Senhor, não. Clarissa. E o marido dela. E algum colega, Delia mal sabia. Warren olhou para as pessoas na porta e depois para tia Agatha e finalmente para Delia. Arrependimento e algo mais que ela não podia ler cintilou em seu olhar antes que ele reunisse sua dignidade e disse rigidamente: — Acredito que acabei de fazer uma oferta pela mão da senhorita Trevor. Isso suavizou tia Agatha apenas um pouco. — Eu deveria esperar que você tivesse de outra forma… — Tia Agatha, por favor — Delia cortou —Eu preciso de um momento para falar com sua senhoria. Tudo isso foi rápido demais. Ele pensaria que ela o aprisionou. Ou que ela e tia Agatha haviam conspirado juntas para prendê-lo. Certamente ela e Warren poderiam encontrar alguma saída para isso que não envolvesse ele sendo algemado a uma mulher que ele não queria. Ou ela sendo amarrada a alguém que só estava interessado em suas atrações físicas. Sua tia olhou para ela com o olhar de dama de aço do mais alto escalão. — Isso não vai mudar nada. — Não, não vai — Disse Warren com firmeza — Mas eu também preciso falar com a senhorita Trevor em particular. Prometo não fazer nada desfavorável. — Eu tenho sua palavra como um cavalheiro sobre isso? Se você ainda merece essa denominação. — Lady Pensworth! — Disse lorde Blakeborough bruscamente — Eu irei agradecê-la se não insultar meus amigos e convidados. — Está tudo bem, Edwin — Disse Warren ao conde — Ela tem razão para estar zangada — Ele inclinou a cabeça para a tia de Delia — Você tem minha palavra… Como um cavalheiro e filho da sua boa amiga.

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Isso pareceu se registrar com tia Agatha, felizmente. — Muito bem — Tia Agatha disse — Mas não se demore. Você e eu devemos ir imediatamente a Londres para consultar nossos advogados e organizar o acordo, sem mencionar a obtenção de uma licença. Uma licença! — Alguns momentos, tia — Disse Delia, com o pânico que subiu ao peito dela — Por favor. Antes que você nos ligue para a vida. Com um aceno conciso, tia Agatha se retirou, levando todos os outros com ela. E Delia ficou sozinha com Warren.

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Capítulo Quatorze Enquanto esperava que ela falasse, Warren tentou se orientar. Essa situação estava além de seu domínio de especialização. Ele nunca arruinou uma mulher elegível antes. Ele mal sabia como proceder. Especialmente quando ele não tinha certeza de quão longe ele tinha ido. Como de costume, o sonho o pegou como um pântano, arrastando-o para dentro de suas profundidades enlameadas. O que ele disse? Quanto ele havia revelado? Não também muito, ele esperava. Porque agora, com um casamento iminente, ele não queria driblar tudo isso. Não quando ela parecia tão vulnerável, suas bochechas rosa pálido e seus olhos assombrados. Ela estava com medo de se casar com ele? Bom Deus, o que ele fez ou disse a ela nos espasmos de seu pesadelo? Ele não achava que ele a machucou, mas ele atacou as pessoas fisicamente em seus sonhos antes. Foi por isso que ele começou a dormir durante o dia, quando ele tendia a não ter os pesadelos. Ela arrastou uma respiração instável. — Eu quero que você saiba que eu não tinha ideia você me puxaria para o seu colo e… — Eu percebo isso. Mas você não lutou para sair, não é? — Deus, se ela lutou contra ele e ele a machucou, ele nunca se perdoaria. Por alguma razão, a pergunta a fez se arrepiar. — Não forte o suficiente, pelo visto. Eu sei que deveria, mas… — Perdoe-me, você me entendeu mal — Não é surpresa, já que ele colocou muito mal — Eu não estou te culpando pelas minhas ações. Apenas certificando-se de que eu não… Forcei minhas atenções em você. O alívio inundou suas características cativantes. — Não. Na verdade, não. Você me segurou bastante firme, mas tenho certeza que poderia ter despertado você do seu sono se eu tivesse agido com mais... Com força. Foi a vez dele de se sentir aliviado. — Mas você escolheu não parar.

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Ela corou. — Sim. — Porque você estava com medo de me acordar? Ou porque você gostou… Do que eu estava fazendo? Um leve sorriso tocou seus lábios. — Você realmente não se lembra, não é? Mortificação inundou-o, mas ele fez questão de não mostrá-lo. Pelo menos ela ainda estava completamente vestida. Isso foi alguma coisa. Porque no sonho ele a despiu. — Eu lembro de segurar você. Beijar você e... De outras coisas. Puxando-a em cima dele. Mergulhando profundamente dentro dela molhado, macio… — Eu só não sei quanto foi do sonho e quanto foi real. — Seu pânico no começo, antes de eu te tocar, foi certamente real. Você parecia tão desesperado e triste que eu não suportaria deixar você. Não sei o que você estava sonhando para deixá-lo tão frenético, mas… — Eu tive um pesadelo, isso é tudo. Então você entrou e mudou para algo mais… Suportável. Ele estremeceu. — E eu mostrei minha gratidão arruinando você. Ela encolheu os ombros. — Você não sabia o que estava fazendo. Dado como eu respondi às suas carícias muito mais íntimas algumas noites atrás, eu fiquei surpresa por você não ter ido mais longe. Aqueles tinham sido "muito mais íntimos"? Então ele não poderia ter feito também muito para ela, não importa o que ele tenha feito no sonho. — Eu poderia ter ido mais ainda, se não fosse a sua tia — Ele forçou um sorriso — Eu te acho… Difícil de resistir. Felizmente, ela lançou-lhe um sorriso tímido. Por fim, ela encontrou a coisa certa a dizer. — Você não está sozinho nisso, meu senhor. Ele levantou uma sobrancelha.

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— Oh, não comece com meu senhor, agora, quando estamos prestes a ser marido e mulher. Ela engoliu em seco. — Não importa o que minha tia diga, você não deve ser obrigado a casar comigo. — É um pouco tarde para isso. Nós fomos pegos em uma posição comprometedora por sua tia, um fato rapidamente aparente quando outras pessoas se juntaram a nós. E se nós não nos casaremos, você será arruinada e… — Eu não me importo se estou arruinada, eu te disse. — Eu me importo. Porque isso significa que vou ganhar a reputação de um canalha deflorando inocentes e que não se responsabiliza por isso — Quando ela estremeceu, ele suavizou seu tom — E certamente você se importa se sua cunhada e sobrinho são contaminados pelo escândalo. Uma sugestão de desespero cruzou suas feições. — Talvez possamos anular os rumores. Clarissa é minha amiga e o senhor Blakeborough é seu. Certamente eles não diriam nada. Podemos explicar sobre o pesadelo para minha tia. — Você já tentou isso e ela não cedeu. Por que ela deveria? Ela tem tentado te encontrar um marido. Agora que alguém caiu no colo dela, ela não vai desistir sem lutar. Ele não percebeu a amargura rastejando em sua voz até a cor drenada das características de Delia. Ela empurrou o queixo. — Eu sei que você provavelmente acha que tudo isso foi algum esquema desonesto para te enrolar, mas eu juro que não foi… — Eu nunca pensei que fosse — Amaldiçoando suas palavras desajeitadas, ele agarrou a mão dela — Deus sabe que você me evitou o dia todo, querida. E eu estou bem ciente de como eu fico durante meus pesadelos. — Você teve eles antes? Droga. — Uma vez ou duas, sim. Essa não é a questão. Certamente você vê isso, não temos escolha a não ser casar.

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Um suspiro insultantemente grande escapou dela. — Eu suponho. — Contenha seu entusiasmo com a perspectiva — Disse ele secamente. — Oh! Não, não é isso… — Ela ficou vermelha de novo — Eu tenho certeza que você… Eu somente… Bem... O que foi que você disse naquele dia na casa da minha tia? “Mas eu também sei que a sedução é um jogo perigoso e às vezes o resultado está além do controle de uma pessoa”. Mal sabia que a sedução não seria intencional e o resultado além do seu controle. Eu tenho medo que você vá se ressentir de mim por terminar sua vida de solteiro. — Confie em mim, minha vida de solteiro não é tão divertida quanto parece. Mesmo quando ela bufou sua descrença, ele percebeu que as palavras eram verdade. Sua vida de solteiro não era muito divertida em muito tempo. — De qualquer forma — Ele continuou —Isso não importa mais. O que importa é resolvermos isso para a satisfação de todos. — Exceto o meu e o de Brilliana — disse ela sombria, puxando sua mão da dele — Agora ela não terá escolha a não ser tentar se casar para salvar a propriedade. Ela lançou-lhe um olhar esperançoso. — A menos que você esteja disposto a deixar Jack Jones ir ao Dickson para jogar? — Não nessa vida. Então você também terá que desistir de procurar pelo homem tatuado, pelo menos em Dickson. Embora talvez se você me dissesse por que você está procurando por ele... — Não importa agora — disse ela apressadamente. Algo em seus olhos disse a ele que de fato ainda importava, mas ele não a pressionaria ainda. Seria difícil o suficiente tranquilizá-la de que eles poderiam se dar bem como marido e mulher. Mas havia uma ansiedade dela que ele poderia tranquilizá-la pelo menos.

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— Sobre Camden Hall, assim que nos casarmos, falarei com o credor pela sua hipoteca e configurar pagamentos para manter o encerramento na baía até que a propriedade possa ficar de pé novamente. Seus olhos se arregalaram. — Você faria isso? Pagar a hipoteca? — Por um tempo — Seu desejo de tranquilizá-la guerreou com sua vontade de manter sua dignidade e não parecer como se estivesse rastejando pela mão dela. Que ele não estava. Não exatamente— Se a escolha é entre assistir a família de minha esposa ser tirada de sua casa e forçados a morar comigo ou ajudá-los a ficar de pé, eu prefiro fazer o último. — Oh, claro — Ela disse desapontada — Isso faz sentido. Agora ele desejou que ele não tivesse soado tão brusco. Mas que Deus ajudasse ele, não queria começar o casamento pensando que ela poderia torcer ele sobre seu dedo e levá-lo a fazer o que quisesse. Isso não era uma partida de amor. Melhor que ela soubesse desde o começo. Seria, no entanto, um jogo de luxúria. Talvez ele deva esclarecer isso, também. — Você disse uma vez que pensou que poderíamos nos sair bem juntos na cama. Você ainda acha isso? Suas bochechas arderam. — Eu… Isso é… Você disse que não havia poder sobre isso e nós certamente nos daríamos. Então vou ter que pegar sua palavra sobre isso — Ela arqueou as sobrancelhas — Embora você também tenha dito que não seria aquele a satisfazer o meu suposto "desejo de perversidade". Você foi bastante firme quanto a isso. Ele se debateu se deveria ser honesto. Mas isso seria difícil o suficiente sem tentar envolvê-lo em um pacote sofisticado e totalmente falso. — Eu admito que eu não teria escolhido me casar ainda. Ele ainda estava cauteloso sobre juntar-se a uma inocente que acabaria por esperar algo mais do que ele poderia dar. Para não mencionar uma garota persistente que pode se intrometer em seu passado até que ela desenterrou seus segredos mais humilhantes. Ele não

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deve deixar isso acontecer. Mal o suficiente para que ela soubesse em breve sobre o seu modo de vida, que ele manteve ocupado durante a noite, dormiu até o meio da tarde e então conduziu seus negócios ou foi para o Parlamento à tarde e início da noite, quando o mundo ainda estava cheio de atividade. Ela já se perguntaria sobre isso. Mas ele não podia deixar ela descobrir em primeira mão o quão difícil ele poderia ser, com os pesadelos que estavam ficando mais vívidos ao longo do tempo. Os lordes não têm medo do escuro. Anime-se e seja um homem. Ou pior, considere-o com desprezo por sua maldita incapacidade de controlar seus medos. Ele não podia engolir qualquer resposta. E ela já desconfiava dos homens. Ele não queria fazer isso se tornar pior. — Mas tenho certeza de que podemos encontrar uma maneira de fazer isso funcionar — Continuou ele. Ele esperava que eles pudessem, de qualquer maneira. — Você quer dizer, contanto que eu não ultrapasse a linha e faça como você disser. Ele olhou-a com desconfiança. — Existe realmente alguma chance disso? Um sorriso hesitante apareceu em seus lábios. — Provavelmente não. A parte "obedecer" do voto sempre embrulhou meu estômago. — Pessoalmente, eu prefiro a parte que diz: 'com meu corpo eu te adoro'. Ela coloriu profundamente. — Claro que você faz. Eu vou estar adorando. — Na verdade não. Esse voto só é feito pelo homem — Colocando um cacho atrás da orelha dela, depois deixou a mão descer pela bochecha.— Então eu vou fazer a adoração e ouso dizer que desfrutarei cada momento. Isso era verdade. Uma respiração instável gaguejou para fora dela. Seus olhares se trancaram e sua mente saltou à frente para quando a teria em sua cama. Ele

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poderia finalmente aliviar a luxúria que se apoderou praticamente desde o momento em que a conheceu. Ele se aproximou. — Como eu disse, querida, acredito que podemos encontrar uma maneira de fazer funcionar. Seus olhos se voltaram um azul luminoso que fez seu pulso trovejar. Ele estava a ponto de beijá-la quando a porta se abriu. — É hora de sair, senhor — Disse uma voz feminina forte. Droga. Lady Pensworth chegara ao fim de sua paciência. Mas ela poderia ir para o inferno se ela achava que ele seria ordenado como um estudante. — Outro momento sozinho, senhora, por favor — Disse ele friamente, mantendo o olhar fixo nas feições coradas de Delia. A baronesa se arrepiou. — Solicitações não ficam abertos até todas as horas, meu senhor. Então, se quisermos que os assentamentos sejam feitos a tempo… Ele desviou o olhar de Delia para olhar sua tia. — Eu não serei apressado. Isso é muito importante. Então eu sugiro que você me permita mais alguns momentos para conquistar minha futura esposa. Lady Pensworth piscou, olhando com olhos de coruja por baixo dos óculos. Claramente, ela não estava acostumada a ser falado naquele tom. Mas ela tinha o bom senso de acenar e recuar, embora ele percebesse que ela deixou a porta aberta. Não importava. Havia apenas uma pergunta a ser feita. — Sim ou não, Delia? Você quer se casar comigo? Ela endureceu. — Não finja que tenho uma escolha. Você já deixou isso bastante claro que eu não tenho. — Você sempre tem uma escolha. E se você escolher se arruinar, eu vou sair agora e para o inferno com as consequências. Eu suponho que eu posso passar alguns anos sendo considerado um canalha — Ele estreitou seu olhar — Mas eu diria que você não é tão rebelde para atropelar a minha reputação e de sua família apenas para evitar se casar. Ela hesitou um longo momento antes de proferir um suspiro derrotado.

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— Amaldiçoado, você por estar certo — Estranhamente, essa resposta o tranquilizou. Ele gostava do espírito dela e esperava para ver mais disso. Mas uma rebelde sem sentido não faria dela uma boa marquesa. — Isso significa que sua resposta é sim? — Seria — Ela procurou seu rosto e sua expressão cresceu cálculo — Assumindo que você me conceda um pedido. Uh-oh — Depende do que pode ser o pedido. Isso era um brilho que ele viu nos olhos dela? — Devo ser permitida a trazer Flossie para minha nova casa. Uma risada aliviada escapou dele. — Feito. Se todos os seus pedidos são tão fáceis como esse, vamos nos dar muito bem, eu espero. — Ele estendeu seu braço — Podemos? Ela o pegou com um sorriso que o gratificou. — Continue, meu senhor. Parece que tenho um casamento para planejar. Sua tia entrou logo em seguida, sua expressão suavizou ao ver eles de braços dados. — Eu espero que você não esteja mirando em um grande casamento, sobrinha. Porque isso deve ser feito rapidamente, antes que os convidados possam retornar a Londres e comece a fofocar sobre o que aconteceu. Clarissa entrou atrás dela. — Você pode se casar aqui! — Ela bateu palmas de prazer — Oh, isso seria uma adição tão fabulosa para a minha festa em casa. As pessoas vão falar sobre isso por muito tempo. — Maravilhoso — Edwin murmurou atrás dela, embora Warren jurasse que ele viu seu amigo sorrir fugazmente. — Maravilhoso, de fato — Disse Lady Pensworth — Embora isso exija a aquisição de uma licença especial. — Tenho certeza de que posso fazer isso — Warren demorou — O arcebispo é um primo meu. — É claro que ele é — disse Delia em voz baixa. Quando ele atirou nela um olhar afiado, ela acrescentou:

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— O que? Eu só estou dizendo que você conhece todo mundo de nota na sociedade. Estou surpresa que você não esteja exigindo ter o casamento na Abadia de Westminster. — Receio que eles reservem isso para casamentos reais e paroquianos, minha querida — Mas o comentário dela lembrou-lhe que nenhum deles tinha perguntado a ela o que ela queria — Você não se importa em ter nosso casamento aqui, não é? Um olhar rápido de gratidão disse-lhe que ela apreciava o gesto dele. — Não. Eu não posso imaginar nada mais maravilhoso do que ser casada em uma linda casa assim, entre todos os amigos e familiares que eu tenho no mundo. — Então está resolvido — Disse Lady Pensworth — Amanhã de manhã nós vamos ter o casamento. Todo o prazer de Delia pareceu desaparecer. — Amanhã! Tão cedo? Não posso ter um dia ou dois para planejar? — Quanto mais cedo melhor — Sua tia disse severamente. — Antes da fofoca chegar à cidade. Você deve chegar lá já casada, de modo que o pior que eles pensem é que vocês dois foram levados por seus sentimentos românticos e insistiram em casar imediatamente. — Mas pode levar mais de um dia para adquirir a licença e liquidar questões com nossos advogados — Warren disse com uma voz de aço. Se a futura esposa dele queria um par de dias para planejar, então ela teria eles, por Deus — Eu não acho que esperar até depois de amanhã vai doer qualquer coisa. — Oh, muito bem, se você insistir — Disse Lady Pensworth — E agora, meu senhor, nós realmente precisamos ir. — Claro — Embora ele não estivesse ansioso por uma hora ou mais sendo interrogado pela baronesa em sua carruagem. Então ele levou mais um momento para olhar para sua nova noiva e dizer, em voz baixa: — Tudo vai ficar bem, querida. Eu juro.

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— Você não pode garantir isso, meu senhor — Disse ela — Mas se você estiver disposto a tentar fazer isso, então eu também estou. Então ela o surpreendeu beijando sua bochecha. Isso tocou nele profundamente. E o fez desejar que eles estivessem sozinhos. Ele olhou em volta para a companhia que esperava. Para o inferno com isso. Por cada centavo, por cada libra. Puxando-a em seus braços, ele deu a ela um caloroso beijo nos lábios. — Agora, minha querida, é mais assim — Ele murmurou. Deixando ela de olhos arregalados, ele saiu pela porta. Momentos depois, depois que ele e Lady Pensworth foram abrigados em sua carruagem e indo para Londres, ela disse: — Muito bem, Knightford. Ele levantou uma sobrancelha. — Que parte? — Ultrapassar as objeções bobas da minha sobrinha ao casamento. — Suas objeções? O que acontece com as minhas? Você assume que eu queria casar. Ela não estava mentindo, você sabe. Isso realmente aconteceu quando eu tive um pesadelo. Eu realmente a agarrei pensando que ela estava… Na minha cama. Ele fez uma pausa imaginando que ele não contaria a maior parte da verdade. — Vamos apenas dizer que eu não estava exatamente em minha mente certa no momento. E ela estava apenas tentando me ajudar. — Eu sei. Ele ficou boquiaberto com ela. — Você sabe? Os olhos da beligerante brilharam. — Foi difícil não notar a aparência de choque total em seu rosto quando você percebeu o que tinha feito. Ou o pânico no dela. Seu temperamento explodiu.

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— Mas você escolheu ignorar a evidência dos seus olhos e nos forçar a uma posição insustentável. Isso é esquema do pior tipo, madame. — É? — Lady Pensworth não parecia nem um pouco intimidada por sua acusação — Ela gosta de você. Tu gostas dela. Qualquer pessoa que tenha gasto mais de cinco minutos com vocês pode dizer que vocês dois fariam um excelente partido. Mas vocês dois permitiriam que suas ideias tolas sobre casamento tivessem os mantido longe de algo maravilhoso. Então, sim, eu interferi. Ela sorriu para ele. — Não exigiu muito, dado que vocês estavam entrelaçados nos braços um do outro quando eu encontrei. Você vai me agradecer mais tarde, eu prometo. Agora seja honesto: você está tão triste com a situação? A pergunta deixou-o em alerta. Na verdade, ele não estava. Ele estava preocupado sobre o que poderia acontecer com eles como um casal e se Delia iria eventualmente, se contentar com sua união. Mas ele estava ansioso para uma vida inteira de discussão com ela. O que, por si só, o alarmou. — Isso é o que eu pensei — Disse ela. — Não sou eu que você deveria se preocupar. É sua sobrinha. Delia merece mais do que ser forçada a casar. — Forçada? —Ela bufou — Aquela garota nunca foi forçada a fazer nada a vida inteira dela. Não deixe ela girar essa linha com você. Delia faz o que lhe agrada e posso assegurar-lhe que ela está bem satisfeita por se casar com você. Ela só não reconheceu para si mesma ainda. — Eu espero que você esteja certa. Porque se você não estiver, então nós temos um miserável futuro à nossa frente. — Eu duvido disso — Ela se debruçou de volta contra as almofadas — Que tal agora? E se você deseja parar este casamento agora, então faça. Vou tentar parar as fofocas antes de começar e ela pode continuar como quiser. Eu diria que entre você e eu, podemos ser capazes de manter o assunto quieto. É isso que você quer? Ele olhou pela janela para a paisagem zunindo passando. Que escolha. Ele poderia voltar a ser solteiro, beber e jogar e prostituir em todas as horas

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para manter acordado a noite. Ou ele poderia tentar viver uma vida normal com uma esposa e filhos… Ou o máximo de uma vida normal que fosse possível, considerando seus terrores noturnos. A segunda escolha poderia ser desastrosa. Ele simplesmente não tinha como ter certeza de que a sua rebelde noiva poderia ser o tipo de esposa de que ele precisava, muito menos o tipo de esposa que ele queria. No entanto, a primeira escolha, de retornar a noites sem fim sozinho, parecia horrivelmente sombrio. Para não mencionar monótono. E francamente, ele estava ficando um pouco velho para aquela vida. Além disso, dada a chance ele sempre preferiu correr riscos. Mesmo quando isso significava casar com uma garota que era sujeita a dar-lhe uma dança alegre. Ele se deslocou para encontrar o olhar de Lady Pensworth. — Muito bem. Assumindo que você está certa e conseguimos manter o que aconteceu tranquilo, eu ainda não quero parar isso. E Deus me ajude se eu estiver errado, mas eu não acho que é o que ela quer também. A respiração aliviada de Lady Pensworth lhe disse que ela não estava inteiramente certo dele. Boa. Ele nunca gostou de ser previsível. Um brilho calculador apareceu em seus olhos. — Então poderíamos também começar a discutir o acordo. Não adianta esperar até chegarmos aos advogados envolvidos. Com uma risada triste, ele assentiu. Delia foi definitivamente cortada do mesmo tecido que sua tia. E por alguma razão, isso lhe assegurou que sua decisão era sólida. Porque qualquer mulher que crescesse para ser uma Lady Pensworth poderia servi-la muito bem. Agora ele só tinha que ter certeza que fazia Delia sentir o mesmo por têlo como marido.

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Capítulo Quinze — Isso realmente depende se você escolher lavanda ou azul acero para o seu vestido de casamento — Disse Clarissa. Delia piscou. Mais uma vez, ela esteve devaneando. Isso era tudo o que ela fazia desde que Warren e tia Agatha haviam partido ontem. — Depende de que? Clarissa balançou a cabeça. — As flores, bobinha. Eu tenho todos os tipos em meus jardins. É uma pena que você não tenha um vestido branco que sirva ou que um dos meus não coube em você, mas não tem solução. Minhas lavandas ficarão muito bem com o vestido lavanda e minhas hortênsias azuis são quase exatamente do mesmo tom do outro. Então qual você quer em seu buquê com as rosas brancas? — Ela terá as hortênsias — Brilliana respondeu, depois sorriu para Delia — Você fica melhor de azul, querida. O vestido lavanda é adorável, mas o vestido azul é deslumbrante. E você quer estar deslumbrante no dia do seu casamento. Um sorriso triste cruzou os lábios de Delia. — Eu duvido que qualquer vestido poderia me deixar deslumbrante. — Bobagem —Disse Clarissa — Toda mulher pode ser deslumbrante se ela só acreditar que ela pode. Está tudo na forma como você se apresenta. Comporte-se como se você fosse deslumbrante e voilà, você será. Há mais a beleza do que parece, minha querida. Ao aceno de Brilliana, Delia reprimiu um suspiro. Fácil para elas dizerem. Ambas eram realmente lindas, com corpos curvilíneos e rostos atraentes. Enquanto que seu único ativo real eram os seus olhos. E seu cabelo, quando ela conseguia domá-los. O que não era frequente. No entanto, Warren estava sonhando com ela quando ele a puxou para o seu colo. Quando ele acariciou lhe e pediu-lhe para ficar. Era a única coisa que fizera ela aguentar esta pressa insana para casar-se. A única coisa que a fazia ansiosa para sua noite de núpcias. Oh Senhor, ela não devia pensar nisso ou iria corar. — Bem? — Perguntou Clarissa. — O azul, então? Delia assentiu.

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— Se Brilliana diz que fico o meu melhor nele, então fico. A moda não é a minha alçada, temo. — Apesar de que, pelo menos, ela já não tinha de se vestir espalhafatosamente. Ela podia não ser a melhor com roupas, mas com Brilliana a ajudando... De repente, a atingiu que Brilliana não iria ajuda-la com mais nada. As únicas mulheres na nova morada de Delia seriam as criadas que ela mal conhecia, pois Clarissa já tinha dito a ela que a mãe de Warren estava morta e que ele não tinha irmãs e apenas uma cunhada, que vivia na América. Então Delia estaria praticamente sozinha em alguma mansão cavernosa com o homem. Lágrimas inesperadas nublaram seus olhos e ela as limpou. Senhor, por que ela estava se tornando uma manteiga derretida? — Querida! — Gritou Brilliana. — O que há de errado? Está tão infeliz por se casar com Lorde Knightford? Instantaneamente, Brilliana abraçou-a, tentando acalmá-la, o que, naturalmente, só fez as lágrimas realmente caírem. — Eu não estou... Chorando por isso — Ela conseguiu falar. — Eu estou chorando por... Deixar você e Silas! Com um murmúrio de simpatia, Clarissa e Brilliana a abraçaram juntas. — Você não está nos deixando — Brilliana disse com firmeza — Você está apenas indo para sua própria casa. Vamos visitar umas às outras muitas vezes, eu prometo. — Lindenwood Castle é apenas um dia de viagem de carruagem de Londres — Disse Clarissa, com um aperto de ombros de Delia — Você pode vir ficar comigo quando você quiser. — E Lorde Knightford não tem uma propriedade em Shropshire? — Disse Brilliana. — Ora, isso é apenas uma curta distância de Camden Hall. — É uma c-cabana de caça — Delia soluçava — Ele só vai lá com homens. — Não tenha medo — Clarissa disse suavemente — Isso certamente mudará agora que ele não é mais um homem solteiro. Ele vai querer ficar em

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casa no interior, todo aconchegado com sua esposa, enquanto ele entretém seus amigos. A maneira que Edwin faz. Desespero tomou conta de Delia. Tanto quanto ela gostava do marido de Clarissa, ele e seus amigos não eram remotamente semelhante a Warren em seus hábitos. Ela não podia sequer ter certeza de que Warren não iria continuar com suas prostitutas. Afinal, ele não tinha feito nenhuma promessa sobre esse ponto. Ele apenas disse que sua “vida de solteiro” não era “tão divertida quanto parecia” e que não “importava mais”. Aquilo dificilmente soava como se ele fosse deixa-la. Oh Senhor, ela esteve tão empenhada em descobrir o que aconteceria com Camden Hall que não tinha nem pensado em perguntar se ele pretendia ser fiel a ela. E se ele não pretendia? Ela poderia suportar dividir a cama dele sabendo que ele iria alegremente deixá-la para ir para outra? Ela tinha que descobrir o que ele pretendia ou ela ficaria louca se preocupando com isso. — Alguma de vocês ouviu quando minha tia e meu... Noivo vão voltar de Londres? Clarissa trocou um olhar com Brilliana. — Ainda não. Mas imagino que vai ser à noite. Eles terão muito a fazer antes de voltar. Delia assentiu. E ela tinha muitas coisas para pensar antes disso também. — Está decidido sobre o vestido e as flores? — Sim — Disse Brilliana — Por quê? — Gostaria de dar um passeio, se vocês não se importarem. — Claro —Disse Clarissa — Todas podemos dar passeio. Vocês duas ainda não viram nossa torre, não é? A qual Stoke Towers foi nomeada? Eu simplesmente devo mostrar para vocês. É uma perfeita pequena torre gótica triangular perfeita com torreões em cada canto. O avô de Edwin a construiu por volta de 1765 em homenagem a sua falecida esposa. Vocês vão adorar. Espera, o que você acha de realizar o casamento lá?

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Que grande ideia! — Brilliana exclamou — Assumindo que seja

grande o suficiente e o tempo esteja bom. Mas isso vai trazer uma grande quantidade de problemas para seus funcionários, você não acha? — Nós poderíamos fazer o pequeno-almoço aqui na mansão e só realizar a cerimônia lá. Poderia ser muito divertido se nós... — Me desculpe — Delia interrompeu. — Eu preciso dar uma caminhada sozinha. Para limpar a minha cabeça. As duas mulheres piscaram para ela como se ela tivesse acabado de propor decepar os braços. Então Clarissa assentiu. — Como queira. Mas você ainda pode ver a torre. Apenas tome o caminho atrás da casa que leva passado o jardim de nó. — Tomarei, obrigada — Disse Delia e se virou para sair. — Espere! — Brilliana chamou — Antes de ir, você tem dúvidas sobre... Bem... O que esperar em sua noite de núpcias? Eu sei que você e eu discutimos isso no passado, mas... — Você explicou isso perfeitamente, obrigada — Delia não podia suportar ouvir comentários mais deprimentes sobre como uma mulher devia suportar as atenções de um homem. Especialmente depois que Warren tinha mostrado a ela que o beijo pode ser tão melhor do que ela esperava ou experimentou — Eu acredito que eu estou pronta para isso, pelo menos. Que mentira, ela pensou enquanto deixava as duas mulheres e se dirigia para o ar livre. Ela não estava remotamente pronta. Não porque ela temia isso, Warren tinha deixado claro que ele era muito bom em satisfazer uma mulher naquela área de casamento. Era a sua incapacidade de satisfazê-lo que a preocupava. Ele estava acostumado a sedutoras, belas cortesãs que eram pagas para saber exatamente como dar prazer a um homem. Ou esposas excitadas com muita experiência no quarto. Um sentimento de desespero tomou conta dela enquanto descia o caminho através do jardim. E se ela fizesse tudo errado? E se ele a achasse terrivelmente inexperiente? Isso faria ele correr de volta para o bordel ou a alguma viúva depravada com mais talento em dar prazer a ele?

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E se ela se importaria se ele fosse? Este não era um casamento por amor. Ambos sabiam disso. Pelo que ela entendia sobre senhores e senhoras de sua classe, um casamento de conveniência significava que o senhor seguia seu próprio caminho, enquanto a senhora seguia o dela. Ela engoliu em seco, não queria um casamento de conveniência. Não com ele. Eles eram antiquados em tudo o mais. Eles não poderiam ser antiquados quanto a isso, também? Os sons de passos atrás dela a detiveram. Alguém a estava seguindo e ela não queria companhia agora. Ela aumentou sua velocidade só para que a pessoa atrás dela aumentasse, também. Sem aviso, um braço a prendeu pela cintura e a fez parar. Em seguida, sua boca estava sendo sufocada com um beijo e o cheiro familiar de colônia picante dissipou todos os seus medos. Warren. Como se seus pensamentos o houvessem chamado para ela de alguma terra distante, ele havia retornado. Seu entorpecente beijo fez cada parte de seu corpo cantar. Oh Senhor, o homem sabia como excitá-la. Ela poderia ficar aqui o dia todo apenas bebendo de sua boca do jeito que ele bebia da dela. Aqui. Na visão completa da casa. Vindo a seus sentidos, ela quebrou o beijo. — Qualquer um pode olhar para fora e ver-nos! Seus olhos brilhavam para ela. — Você se importa? — Eu... Bem... Quer dizer, eu deveria me importar. — Absurdo. Você nunca se importou muito sobre com o que é apropriado antes. Por que começar agora? — Suas mãos ainda seguravam sua cintura, segurando-a contra ele. — Se alguém nos vir, o que eles poderiam fazer? Fazer com que nos casemos? Um sorriso puxou seus lábios. — Bem pensado.

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— Foi o que pensei — Ele inclinou a cabeça para seu ouvido — Você sente falta de mim, pequena? — Nem um pouco — Então ela desmentiu a alegação ao passar seus braços em volta de seu pescoço para que pudesse beijá-lo. Isso fez com que ela se esmagasse contra ele mais uma vez para que ele pudesse saquear sua boca quente, devagar e forte até que seu sangue correu e seu coração vacilou. Ele a fez sentir como se pudesse voar. Ou morrer... Totalmente feliz, aqui mesmo, em seus braços. Foi uma loucura. Foi uma alegria. Ela não estava acostumada a alegria. Ela não sabia como lidar com isso. Depois de vários momentos devorando seus lábios, ele a soltou. — Também senti sua falta. Sorrindo timidamente para isso, ela se afastou para continuar o caminho. — Como você sabia que eu estava aqui? Ele começou a caminhar ao lado dela. — Clarissa disse-me que tinha ido ver a torre sozinha, para limpar a cabeça. Depois de testemunhar o caos na mansão, eu descobri que você podia querer alguma companhia. — Você só queria escapar de todas as suas dúvidas sobre o casamento. — Isso também — Ele lançou lhe um olhar de cumplicidade — E eu ouso dizer que eu não sou o único. Você não me parece o tipo de exultar com planos de casamento. Ela lançou lhe um sorriso triste. — Você não está muito errado. Juro, se Brilliana me pedisse mais uma vez que tom de fita que eu queria para algum arranjo específico, eu poderia ter estrangulado ela. Ele riu, então passou levemente seu olhar para baixo por seu vestido relativamente simples envolta em um vestido rosa claro. — Você está atraente hoje. Será que você está cansada de xadrezes e listras em cores que não combinam? Calor subiu em suas bochechas. — Eu... Hum...

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— Você não tem que explicar. Eu há muito tempo descobri que a sua maneira de vestir era mais uma forma de manter os pretendentes à distância. Quando você não está tentando isso, você se veste muito bem. — Não se deixe enganar por este vestido — Alertou — Brilliana me ajudou a escolhê-lo. Sozinha, eu não entendo nada de moda. — Nem eu. — Bobagem — Ela olhou para ele. — Só você pode fazer um casaco cinza, colete branco e calças brancas parecer no auge da moda. — É tudo devido ao meu valete. Ele me mantém parecendo nobre o suficiente para a minha elevada posição social — Ele piscou para ela — E se desespera com qualquer atividade que arruíne minhas roupas a cada curva. — No futuro, vou tentar me abster de derramar vinho em suas camisas — Disse ela alegremente conforme eles entravam no bosque além do jardim — Contanto que você se abstenha de ficar no meu caminho. — Eu não posso prometer nada — Ele se moveu para bloquear seu caminho — Entrando em seu caminho, por vezes, leva a interlúdios intrigantes. Ele estendeu a mão para ela, mas ela passou correndo por ele. — Oh não, você não faria. Chega disso ou eu nunca vou chegar a ver essa famosa torre. Com um suspiro, ele a alcançou e deixou-a continuar. — Os planos de casamento estão acabados? — Tão prontos quanto nós podemos fazer, dadas as limitações de tempo Ela olhou para ele com desconfiança. — E por falar em casamento, você está quebrando as regras, você sabe. É má sorte para o noivo ver a noiva na véspera do seu casamento. — Não é noite ainda. Além disso, você e eu nunca seguimos as regras. Eu não vejo por que devemos começar agora — Ele cruzou os braços atrás das costas. — Eu estou realmente surpreso por você não insistir em ir para Londres comigo e sua tia para participar na negociação do acordo de casamento. Sua risada flutuava ao vento.

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— Não havia necessidade. Eu sabia que a tia Agatha nunca deixaria nada passar desapercebido. Ela é muito mais bem informada sobre assuntos como este do que eu. — Ela sabe uma coisa ou duas — Disse ele ironicamente — Ela fez o meu pobre advogado suspirar com suas demandas. Agora você tem o que é provavelmente o mais generoso acordo jamais feito, dado o tamanho do seu dote, para não mencionar uma mesada maior do que até a minha mãe teve de pai. Ela sorriu para ele. — Ela lhe superou, não é? — Sim. Mas eu não me importei. Dado que eu nos coloquei nesta situação, não era mais do que eu merecia. — Não seja ridículo. Você não tinha a intenção de nada. Você estava dormindo e mal sabia o que estava acontecendo. Nem por um momento o culpo pelo que aconteceu — Ela desviou o olhar — Eu me culpo. — Não deveria — Tomando-lhe a mão, ele enfiou-a na dobra do cotovelo — Eu estou bem satisfeito com o resultado. Ela lançou um olhar para ele. — Eu também estou. Eles continuaram em silêncio um longo tempo, contentes em aproveitar o sol minguante e chilrear dos pássaros nas árvores. Então eles fizeram uma curva e chegaram de repente na torre. Ela engasgou. Ela esperava alguma torre sombria de granito resistente. Em vez disso, era um edifício fantástico de pedra pintada de branco, com janelas venezianas góticas em arco e torres com ameias grandes. Três andares de altura, parecia um pouco como um bolo de casamento medieval. — Isso é mais do que uma torre —Disse ela com admiração — É magnífica. — É, não é? Clarissa, Niall e Yvette costumavam brincar nela quando eles eram crianças. — Niall?

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— O irmão de Clarissa, o Conde de Margrave, que possui a propriedade vizinha. É assim que Edwin e eu viemos a ser amigos, de todas as minhas visitas para ver os meus primos em Margrave Manor. — Lorde Margrave é aquele que tem estado no exterior todos esses anos, certo? — Não mais. Ele voltou para a Inglaterra a duas semanas atrás, embora tenha ido direto para Margrave Manor, onde ele e Edwin estão tentando consertar o lugar. Você provavelmente vai encontrá-lo amanhã no casamento — Ele pegou a mão dela — Venha, você deve ver o interior. A vista da cobertura é espetacular. Entraram por uma porta talhada em uma cena de beleza serena. Com estuque ornamentado, pisos de mogno e outros floreios elegantes, a torre lembrou-a do conto de Rapunzel. Só que único meio de saída de Rapunzel era seus cabelos. No centro desta torre havia uma linda escada em espiral que leva aos andares superiores. As janelas davam para a floresta em dois lados e os campos na terceira. Apesar de Delia e Warren estarem apenas no primeiro andar, a vista já era surpreendente. — Clarissa acha que devemos ter a cerimônia aqui amanhã —, Delia disse enquanto olhava para a floresta — O que você acha? — Faz sentido. Se você quer isso. — Eu acredito que quero. É realmente adorável, talvez um pouco quente — Ela tirou o chapéu — Suponho que é de se esperar com o sol batendo em todas estas janelas. Talvez pudéssemos tê-las abertas amanhã. Tudo bem por você? — Qualquer coisa que você queira está muito bem. Eu não me importo com os preparativos do casamento — Warren se voltou para ela, olhando subitamente sério — Há algo mais importante que precisamos discutir. — Oh? — Durante o meu tempo em Londres lidando com a bruxa da sua tia, certa informação veio à luz. Sobre o seu irmão. E Camden Hall. Seu coração começou a bater acelerado.

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— Que tipo de informação? — Bem, sua tia já tinha me dito que Camden Hall está fortemente hipotecada por causa de suas perdas de jogo. Eu tinha assumido que tinha acontecido ao longo do tempo, que ele era o fanfarrão jovem e imprudente como de costume jogando sua vida fora. Mas, no curso de nossos termos de negociação para que eu ajude a manter a mansão em atividade até que pudesse se recuperar, eu aprendi mais detalhes sobre isso. Em suma, eu descobri que o seu irmão perdeu os fundos em uma noite, aparentemente, ao jogar em um antro de jogo. Ela suspirou. A verdade seria obrigada a vir à tona eventualmente. E ela estava aliviada que tinha acontecido. Porque se ela e Warren se casariam, ela precisava que ele soubesse que ela pretendia continuar sua busca. Mais discretamente, é claro. Irritava-lhe que o trapaceiro que tinha trazido ela, Brilliana e seu irmão a esse pesar conseguisse sair impune. — Sim, foi o que aconteceu. — Presumo que o inferno dos jogos era o Dickson? — Ela assentiu. — E o lorde tatuado que você procura foi quem o açoitou. De frente para ele, ela disse: — Não o açoitou. Enganou-o. Warren olhou fixamente para o rosto dela. — Como você sabe que o seu irmão foi enganado? — Ele me disse isso pouco antes de ele... — Afogar-se. Ela engoliu em seco. — Minha tia revelou isso, também, não é? — Na verdade, eu já tinha ouvido falar em St. George. Eu também ouvi que ele estava bêbado no momento. — Há alguma dúvida quanto a isso — Ela disse sinceramente. Mas isso foi tudo que ela disse. Seu futuro marido não precisava saber que Reynold tinha se jogado no rio propositadamente. Porque se Warren percebesse que ele estava prestes a se casar com a irmã de um homem que

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cometeu suicídio, ele certamente não iria querer correr o risco de ser contaminado por tal escândalo. Ele podia até mesmo recusar-se a casar com ela. E ela precisava que Warren se casasse com ela. Se ela fosse honesta consigo mesma, ela queria que ele se casasse com ela. Como é estranho que a cada hora ficou mais natural pensar nele como seu futuro marido. Ele agora olhava com aquela intensidade curiosa que sempre a emocionava e preocupava. — E você tem certeza de que seu irmão foi enganado a perder o dinheiro. — Totalmente. Você não ouviu a minha tia o dia em que almoçamos juntos? Reynold e eu sempre nos destacamos em piquet. Então, enquanto eu poderia entender que perdesse uma pequena quantidade, se encontrasse um jogador verdadeiramente superior, eu não posso acreditar que ele perderia o suficiente para exigir hipotecar a propriedade. Por que ele iria arriscar tanto? Até essa visita a Londres, ele manteve-se longe de apostas completamente. — Ou então ele disse. E se ele realmente tinha sido enganado, por que ele não confrontar o homem naquele momento? Exigiu que o homem devolvesse seu dinheiro? — Em primeiro lugar, ele não podia ver exatamente como o homem estava fazendo isso, o que teria tornado difícil confrontá-lo. Em segundo lugar, Reynold tinha medo de arriscar a ira de um homem de uma classe social muito acima da dele. Reynold tinha certeza de que ninguém iria acreditar nele e, em seguida, todos nós estaríamos arruinados. É por isso que ele não dizia o nome de seu companheiro, também. Ela colocou as mãos sobre a cintura. — Reynold disse que estava pensando em mim, no meu futuro na sociedade. No futuro de seu filho. Ele não queria que eu fizesse um barulho sobre isso e trouxesse problemas para cima de todos nós. — Não, muito melhor deixar sua família sem os fundos para sobreviver. Ela pensou a mesma coisa, muitas vezes. Algumas das ações de Reynold não fazia sentido para ela. Frustração iluminou as feições dele.

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— Então, encontrar o homem tatuado foi sobre o quê? Vingança pela morte de seu irmão e a possível perda de sua propriedade? Mordendo o lábio inferior, ela debateu se deveria revelar tudo. Mas desde que ela pretendia manter-se sua busca, não fazia sentido esconder isso dele por mais tempo. — Na verdade — Ela disse — Eu estava esperando seduzir o trapaceiro para um jogo de piquet comigo. Eu sabia que podia vencê-lo e que perder poderia levá-lo a tentar trapacear novamente. Então, uma vez que eu o pegasse trapaceando, eu ameaçaria expor suas ações para o mundo a menos que ele devolvesse o dinheiro que ele roubou. A cor desapareceu do rosto dele. — Porque ele é um lorde. E você pensou que revelar sua trapaça, da maneira que seu irmão não o fez, arruína-lo perante a sociedade. Ela balançou a cabeça. Olhos brilhantes, ele retrucou. — Você ia chantagear um homem que você não conhece, um homem que pode ser de tal consequência que ele poderia arruiná-la ou até mesmo machucá-la fisicamente. Como diabos você pensa conseguir isso? Se você expusesse que ele estava trapaceando, teria acabado. Ele teria sido arruinado e, portanto, não teria nenhuma razão para lhe pagar. Ou pior ainda, ele teria negado e, como seu irmão temia, as pessoas iriam escolher acreditar nele ao invés de em você. — Owen e eu tínhamos um plano. Uma vez que eu pegasse o homem trapaceando, eu iria sinalizar para Owen, que iria pedir ao companheiro, se podiam falar em particular. Em seguida, Owen diria a ele que eu era um primo de Brilliana determinado a recuperar o dinheiro que seu marido foi levado a perder pela trapaça. Owen teria sido o único a fazer a ameaça, não eu. E ele teria agido como uma segunda testemunha, poderia ter lidado com o camarada. Entende? Meu plano teria dado certo. — Um plano que assumia que este senhor não iria tentar atirar em você ou em Owen. Ou ter você jogada para fora do clube. Ou apenas vociferar seu

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caminho para fora — Ele bufou — Por que você não pergunta por aí apenas sobre esse camarada? — Perguntamos. Ninguém sabia quem era o homem. E não podíamos ser muito ousados em nossas perguntas ou arriscaríamos espantar nossa presa. Se ele é um trapaceiro, ele deve estar acostumado a evitar jogadores furiosos que querem seu sangue. — Se ele é um trapaceiro de sucesso, ninguém o pegou trapaceando — Ele olhou friamente para ela — Eu não estou inteiramente certo que você teria feito isso. Ela levantou o queixo. — Se Reynold poderia dizer, eu certamente poderia. Que é a razão que eu deveria ser a pessoa apostando. Durante meus primeiros meses em Londres, quando Owen estava meramente perguntando por aí, ele não descobriu nada. Se Owen tivesse sido capaz de jogar cartas, assim como eu, ele teria assumido os riscos para mim lá, também, mas ele não podia. Então, eu fui forçada a ir para os infernos eu mesma. Este diabo é claramente muito astuto. — Ou, como aquele sujeito disse no Dickson, ele é simplesmente um oficial da Marinha, o que significa que ele poderia ter retornado para o mar recentemente. Você considerou isso? — Estou considerando isso agora, mas quando eu comecei a jogar no Dickson eu não sabia que a tatuagem de sol era comum entre marinheiros. — Sim, você fez claramente uma série de pressupostos problemáticos quando você embarcou em seu esquema — Ele olhou-a para baixo — Você, minha querida, estava totalmente louca se você pensou que um plano tão cheio de buracos iria funcionar. — Louca não. Desesperada. Isso pareceu força-lo a fazer uma pausa. — Eu posso ver isso — Disse ele, um toque de simpatia em sua voz. Então seus olhos endureceram sobre ela. — Mas não há necessidade de desespero mais, agora que eu estou envolvido. Então esse absurdo de procurar o trapaceiro no Dickson deve acabar. De vez.

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Capítulo Dezesseis Warren olhou para a mulher com que ele pretendia se casar, a mulher que tinha ficado estranhamente silenciosa e cautelosa. Mas ele não iria retirar suas palavras. O próprio pensamento de Delia tentando chantagear algum trapaceiro fez seu sangue gelar. Se ele tivesse alguma ideia de que ela estava planejando uma coisa tão louca, ele teria lutado mais para impedi-la antes. — Você está me proibindo de continuar procurando o trapaceiro? — Ela perguntou com calma enganadora. Uh-oh. — Eu estou dizendo que desde que a situação com Camden Hall será tratada por mim e meus advogados, não há mais nenhuma razão para você procurar este homem e arriscar sua própria vida para obter dinheiro dele. — Eu ainda não posso deixá-lo fugir com o que ele fez. Certamente você entende isso. Ele sentiu um aperto no peito. — Por isso é a vingança que você procura. Não apenas dinheiro. Pendurando seu chapéu na trava da janela, ela se dirigiu para a escada em espiral. — Você pode me culpar? Meu irmão morreu porque estava tão perturbado com o que tinha feito que ele tropeçou fora de uma ponte. Se não fosse por aquele maldito lorde... — Eu sei disso — Warren estava perdendo alguma coisa aqui. Por que ela conectava diretamente a morte de seu irmão com perder todos os fundos da família? Homens ficavam bêbados e tropeçavam em rios e lagos o tempo todo. O afogamento poderia ter sido apenas um trágico acidente. Não que ele seria capaz de convencê-la disso. Ela estava claramente consumida pela ideia de vingar a morte de seu irmão. — No entanto, a vingança é mais um daqueles jogos perigosos que raramente saem da maneira como você planeja. — Como você sabe? — Ela descartou.

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— Confie em mim, eu sei — Ele viu o que tinha acontecido quando Niall tinha tomado sua justa vingança contra agressor de Clarissa — Eu entendo como você se sente, provavelmente melhor do que você pode imaginar. Então, se você está determinada a se vingar, eu posso cuidar disso também. Ela parou para considerá-lo com cautela. — O que você quer dizer? — Deus, eu sei que vou me arrepender o que estou prestes a dizer — Ele murmurou — Mas se você realmente quiser, acabo com seu trapaceiro eu mesmo e o faço a admitir que ele fez. — Como? — Fazendo perguntas para as pessoas certas. Deve ser mais fácil para mim do que para você ou Owen. Um lorde mostrando um interesse casual em outro lorde não será considerado suspeito. Ela suspirou. — Mas como o novo cunhado do falecido Sr. Trevor, você levantará mais suspeitas. Então, se você começar a fazer perguntas, todo mundo vai saber porquê. E ninguém vai admitir a verdade. — Eu posso ser discreto. Uma das marcas do clube do St. George é discrição. Entre os nossos membros estão o ex-investigador Senhor Rathmoor e Senhor Fulkham, subsecretário de Estado da guerra e das colônias. Qualquer um deles pode saber algo. E o clube existe para olhar para as questões problemáticas e preservar as mulheres na vida dos membros. Ela levantou uma sobrancelha. — Mesmo? Tia Agatha diz que seu clube existe para os homens poderem se reunir e fofocar. Ele reprimiu um sorriso. — Isso também. Nós bebemos e jogamos cartas e similares lá. Ainda é um clube de cavalheiros, apesar de tudo. Esperança iluminou seu rosto. — E você iria perseguir a sério o meu trapaceiro para mim? — Você acha que eu estou mentindo sobre isso? — Ele perguntou em voz baixa.

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— Não! Quero dizer... É só que... — Você escutou muitas mentiras dos homens em sua vida. Eu estou certo, não estou? Com um aceno concisa, ela se virou para subir o primeiro lance de escada. Ele subiu atrás dela em silêncio, perguntando se ela iria revelar mais alguma coisa. Quando chegou ao andar seguinte, ela lançou um suspiro trêmulo. — Meu pai muitas vezes fez promessas vazias para nós. “Este é o lugar onde vamos nos estabelecer, minha querida”, ele dizia que a mamãe. Ou ele me dizia: “Aqui nós vamos ficar para sempre, minha menina”. Ela endureceu sua voz. — Mas então, era sempre: “Da próxima vez, querida. Temos que sair da cidade hoje, as coisas estão ficando complicadas com o dono do clube”. Ou “Ouvi dizer que há muito dinheiro a ser feito nestes dias em Nice”. Ele arrastou-nos por metade da Europa, seguindo rumores sobre grandes oportunidades. Se ele não tivesse ganhado Camden Hall em um jogo de cartas, eu ouso dizer que ele ainda estaria fazendo isso. Chegando-se ao lado dela, Warren colocou as mãos na cintura dela. — Pelo que me lembro, o seu irmão também prometeu parar de jogar, em seguida, dirigiu-se para Londres para perder todo o seu dinheiro. — Exatamente. Ele protestou contra a vida de um jogador sério. Nem sequer ia para a cidade. Ele estava sempre dizendo que não podia dar-se ao luxo de deixar a propriedade por causa de uma coisa ou outra. — Lembro-me de sua tia dizer que ele não tinha nem mesmo tempo para dar-lhe um debut adequado. — Sim — Ela olhou através dele para a janela que mostrava a floresta além —Mas suspeito que era mais uma questão de dinheiro do que tempo. A propriedade já estava em um mau caminho quando papai a ganhou. Levou um monte de trabalho e disposição. Além disso, Reynold disse que queria torná-la aceitável não buscando uma injeção de capital através jogos de azar, mas por gerir o lugar devidamente investindo em melhores colheitas, ajudando seus inquilinos melhorar suas práticas agrícolas.

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Ela parecia distante, contemplativa. — Ele deve ter se sentido muito desesperado por fundos para ter mudado de ideia sobre isso. Para ter recorrido ao jogo em Londres — Ela olhou para Warren — Não me ressinto de ele ter feito isso, sabe. Papai sempre resolveu as questões financeiras dessa forma também. É só que, bem... Reynold nunca o fez. Se ele tivesse me dito o que ele planejava, eu teria entendido. Eu não teria aprovado, mas... Sua voz ficou presa e Warren puxou-a para perto, querendo confortá-la de alguma forma. Com um suspiro, ela aceitou seu abraço. — É só que Reynold mentiu sobre isso, para mim e para Brilliana. Ele foi embora para Londres por duas semanas e jogou tudo fora em um jogo de cartas, sem uma palavra para nós sobre seus planos. No final, ele acabou por ser tão irresponsável, fraco e totalmente despreocupado sobre como suas ações nos afetaria como papai. — À luz de tudo isso, eu vejo como você acha que é difícil confiar nos homens, especialmente uma vez que você viu constantemente o pior lado deles — Warren olhou-a nos olhos — Mas eu não sou um cavalheiro qualquer. Eu já menti para você, já lhe disse alguma coisa além da mais pura verdade? Uma carranca vincando a testa dela, ela abaixou a cabeça. — Não que eu saiba. As palavras fracamente desconfiadas o perfuraram. — Eu me comportei honrosamente com você, Delia Trevor ou você não estaria casando comigo agora. Seus instintos estão lhe dizendo que pode confiar em mim. Você deve ouvi-los. — Muito bem — Engolindo em seco, ela se afastou dele — Enquanto estamos falando de confiança, eu tenho algo a perguntar e eu preciso que você me responda honestamente. A sua resposta não vai mudar a minha decisão de me casar com você. Ela vai apenas me ajudar a saber o que esperar. Puta merda. Ele encarecidamente esperava que ela não fosse perguntar sobre os pesadelos novamente. O que ele diria? Que periodicamente se transformava em um covarde chorão no escuro? Que o homem de pé aqui

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oferecendo para resolver todos os seus problemas não poderia nem mesmo parar seus próprios terrores noturnos? Mas se ele queria que ela confiasse nele... — Pergunte o que quiser. Ela soltou um suspiro nervoso. — Você... Pretende ser fiel a mim depois que nos casarmos? Por um momento, ele só pôde embasbacar com ela. Isso era o que ela queria saber? Meu Deus, que idiota ele era. É claro que ela estava preocupada com isso, dada a sua reputação e a precipitação deste casamento. — Quero dizer — ela continuou rapidamente, como se temendo ouvir sua resposta — Antes de você ser forçado a mudar seus planos, muitas vezes você disse que não tinha intenção de se estabelecer com uma mulher tão cedo. E eu ouvi que os homens de sua classificação tendem a ter, assim, casamentos de conveniência. Quando o marido e mulher fazem o que quiserem. Ele refreou a raiva irracional repentina que se apoderou dele. — É isso que você quer? — Não! Eu preferiria algo mais.... — Antiquado. Ela ficou radiante. — Exatamente. — Então seu rosto entristeceu novamente — Mas se isso não é o que você quer... Se você pretende continuar como antes, eu vou... Tentar olhar para o outro lado. Contanto que você seja honesto sobre isso, vou tentar ser uma esposa obediente. A palavra obediente o machucou. — Você realmente acha que você poderia fazer isso — Sarcasmo penetrou em sua voz — Você poderia apenas alegremente fazer suas atividades diárias, enquanto fodo qualquer coisa de saias. As palavras contundentes fizeram ela piscar. — Acho que eu podia... Tentar... — Não se atreva! — Ele caminhou até ela, seu temperamento queimando ainda mais — Eu não quero uma “esposa obediente”, ou qualquer coisa do

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tipo. Eu quero você, a intrépida e insolente Delia Trevor. E eu posso lhe dizer agora que eu definitivamente não vou “olhar para o outro lado” se você for à caça de algum outro homem para a sua cama. Então você pode colocar esse pensamento para fora de sua mente. Deus, ele tinha falado aquelas palavras ciumentas e possessivas em voz alta? Aparentemente, ele tinha. E dado o abrandamento repentino em seu rosto, ela estava tomando-lhes exatamente do jeito que soou. Dane-se tudo. Seria melhor que ele reparasse o estrago. — Isso não significa, porém, eu vou ficar em casa toda noite lhe fazendo companhia. Eu vou continuar a ir para o meu clube e... — Os bordéis? — Ela fixou-o com os olhos tão parados como águas do lago. — Não — Ele simplesmente tinha que encontrar outra maneira de passar as horas sombrias. Apesar de sua breve estada jogando a noite toda no Dickson, ela não gostaria de ficar acordada até de madrugada para o resto de sua vida, especialmente no interior — Eu posso seguramente prometer nunca mais passar minhas noites nos bordéis. — Não faça promessas que não pode cumprir — Ela sussurrou. Quando ela se virou para subir o próximo lance de escadas, ele a seguiu, raiva fervia em seu interior. — Você ainda confia em mim tão pouco? Você disse que ia ser uma “esposa obediente” se eu continuasse meus modos de solteiro. Então, por que eu iria mentir e dizer que eu não vou, quando você já me deu carta branca para fazer o que quiser? — Eu não estou dizendo que você está mentindo. Você pode realmente acreditar agora que você pode prometer isso. Mas uma vez que você e eu... Quando você perceber que eu sei tão pouco de como... Agradar a um homem... — É disso que se trata? — Alívio baniu sua raiva — Você está preocupada com a sua capacidade na cama? Ela parou na frente dele na escada. — Na verdade, eu estou apavorada sobre a nossa noite de núpcias.

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A palavra apavorada lembrou-lhe dolorosamente do que Clarissa tinha passado antes de seu casamento. Talvez seria melhor esclarecer o que ela queria dizer. — De compartilhar a cama comigo? Ou de não o fazer bem? — Não é tanto o primeiro — Ela subiu o resto do caminho para o topo, com ele em seus calcanhares — Quer dizer, eu confio em você para torná-lo tão fácil para mim, quanto você puder, dada a minha inexperiência. Mas depois de todas as mulheres sedutoras com que você se deitou... — Isso foi uma coisa completamente diferente e não tão emocionante como você aparentemente imagina — Assim que eles saíram para o telhado, com suas vistas encantadoras e grande mesa de madeira no centro para piqueniques, ele puxou-a em seus braços — Nos bordéis, era ainda uma troca de dinheiro por serviços e nem eu nem as mulheres esquecíamos disso. Ela não olhava para ele. — E quanto todas essas belas senhoras casadas e viúvas com quem você... Você teve casos? — Droga de Clarissa por lhe dizer tanto sobre meus hábitos — Ele murmurou, irritado pela repercussão de seus atos. Literalmente. Seu olhar saltou para ele. — Eu não descobri tudo isso através dela. Eu li as colunas de fofoca assim como qualquer outra pessoa. — Bem, não acredite em tudo que você lê — Disse ele, irritado — Sim, eu entretive-me algumas vezes com... Certas senhoras da sociedade, mas que dificilmente merece menção. Nós fomos para cama apenas para aliviar a nossa solidão mútua. Meu Deus, isso era verdade. Ele nunca tinha pensado nisso dessa forma antes, mas seus casos ilícitos sempre tinham incluído mais de uma pitada de desespero. Para ele, assim como as esposas entediadas. — Não vai ser assim com a gente — Pelo menos ele orava que não — Você e eu estamos tentando construir uma vida juntos. — Isso não significa que eu sei o que estou fazendo no quarto — Ela disse em voz baixa.

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— Eu não esperaria que você soubesse. O que mais importa para um homem não é a experiência de uma mulher, mas sim o seu entusiasmo — Ele se inclinou para sussurrar em seu ouvido — Felizmente para mim, você sempre teve grandes quantidades deste último. — Ainda assim, quando se chega a esse ponto, eu posso decepcioná-lo. — Eu duvido disso — Ele a pegou pelo queixo — Ajudará se eu lhe disser que eu também estou apavorado? Seus olhos brilharam com desprezo. — Não seja ridículo. Você esteve com tantas mulheres... — Sim, mas eu nunca deflorei uma. Então, eu estou tão preocupado com desapontá-la como você está em me desapontar. Afinal, a introdução de uma mulher para os prazeres do leito conjugal é complicada. Eu poderia fazer com que você odiasse. — Eu duvido disso — Ela disse secamente. Ele sorriu. Ela sempre foi tão completamente honesta sobre seus sentimentos, uma das muitas razões pelas quais ele se sentia confortável com ela. — Você não está nem um pouco preocupada com o seu próprio prazer? Suas bochechas ficaram rosa brilhante. — Você sempre fez nossos encontros íntimos... Muito agradáveis. Então eu não posso ver como fazer... A coisa em si... Seria de outra forma — Seu tom se tornou sombrio — A não ser que eu estrague tudo de alguma forma. — Confie em mim, não é tão complicado — Ele alisou uma mecha de seu cabelo — Há quanto tempo você estava se preocupando com isso? Ela lançou um olhar nervoso para ele. — Desde que você partiu para Londres. — Então, eu ouso dizer que no momento em que consumar o nosso casamento, você estará em uma febre de preocupação sobre isso. Eu não posso aceitar — Colocando as mãos em ambos os lados da cabeça dela, beijou-a até que ela suavizou contra ele e devolveu o beijo com igual entusiasmo. — O que você está fazendo? — Ela sussurrou contra sua boca.

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Ele jogou sua cartola em um banco na mesa próxima, em seguida, espalhou beijos de boca aberta do queixo dela até o pescoço. — Tendo a noite de núpcias antes do casamento. O pulso dela acelerou contra seus lábios. — Aqui? Agora? — Por que não? — Tirando o casaco, jogou-o sobre a mesa, em seguida, a empurrou em direção a ele, mesmo enquanto ele continuava acariciando sua garganta com a boca — Nós temos uma propensão para sermos íntimos nos lugares mais impróprios. Poderia muito bem continuar como tem sido. — Mas... Mas... Levantou-a para colocá-la em cima de seu casaco sobre a mesa. — Diga-me, querida. Você gosta aqui do telhado? Ela olhou em volta, seus olhos iluminando enquanto bebia a bela vista. — Claro, mas... — Então é aqui que quero toma-la. Aqui, ela poderia voltar a sua habitual imprudência e se sentir menos obrigada a se comportar como a “esposa obediente” dele. Isso seria um caminho melhor para aliviar os medos dela do que todas as garantias dele. Então, ele tomou sua boca novamente com toda a luxúria reprimida que havia sentido desde aquela noite que ele a acariciou tão audaciosamente. E, para seu deleite, ela se entregou ao beijo. — Nós realmente não deveríamos estar fazendo isso, você sabe — Ela murmurou depois de um momento — É escandaloso. — Diz a mulher que geralmente mete seu nariz no escândalo — Ele arrastou suas saias acima de suas ligas, em seguida, passou as mãos ao longo da pele sedosa de suas coxas à mostra com uma necessidade febril de tocar, acariciar e ter — Eu quero você. Você me quer. Portanto, vamos ter o que queremos. Porque eu definitivamente não posso esperar até amanhã para ter você. Ela olhou para ele com tanta saudade que fez seu coração pular uma batida. — V-você realmente quer dizer isso?

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Agarrando a mão dela, ele apertou-a contra sua ereção, que pressionava contra suas calças. — Não é como se eu pudesse mentir sobre isso, estando desse jeito. Seus olhos escureceram para o azul tempestuoso enquanto ela acariciava através do tecido. — Isso é muito... Interessante. — Isso mostra o quanto quero estar dentro de você, querida — Disse ele com a voz rouca enquanto ele enfiava a mão entre as pernas dela para esfregar e excitá-la — Para levá-la e torná-la minha. Neste lugar. Neste momento. E eu percebo que você merece uma cama adequada, em uma cama macia com lençóis. Você merece mais do que um encontro rápido em uma mesa em um telhado. Ele empurrou seu pênis crescente contra a mão dela. — No entanto, mesmo sabendo isso, sabendo que é louco e insensato, eu quero isso. Eu quero você. Mas só se você estiver disposta. — Não é como se eu pudesse mentir sobre isso — Ela murmurou, ecoando suas palavras enquanto ela ondulava contra a mão dele, seu calor úmido deixando-o completamente louco — Deus me ajude, mas eu quero você... Tanto quanto você me quer. Eu só não sei... O que fazer. — Eu vou te mostrar — Ele iria mostrar-lhe que as relações conjugais podiam ser inebriantes. Que mesmo um casamento baseado na luxúria poderia ser agradável. E que, no caso dele, ele sentia algo mais do que... Deus, não, era apenas luxúria. Certamente era. Mas, conforme ele deslizou a mão dentro de seu vestido para a acariciar um de seus doces seios, ele soube que estava mentindo para si mesmo. Isso era obsessão. E para um homem que nunca tinha sido obcecado antes, parecia perigoso. Ele não se importava. Apanhado em sua necessidade, ele abriu corpete dela o suficiente para empurrar para baixo a camisa e o espartilho para que ele pudesse capturar os amáveis seios nus dela em sua boca.

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— Meu Deus, sim... — Ela respirou enquanto ele freneticamente desabotoava as calças — Mas você tem que mostrar-me o que fazer, como fazer... Para lhe tocar. Eu quero... Ser uma verdadeira esposa para você. Uma verdadeira esposa? Ele não tinha certeza o que era aquilo ou que ele poderia ser um verdadeiro marido para ela. Mas ele não podia pensar nisso agora. Porque ele iria morrer se ele não pudesse estar dentro dela, com ela, parte dela. E nada mais importava.

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Capítulo Dezessete Delia não podia acreditar que estava sentada seminua ao sol e ao vento, enquanto Warren colocava as mãos sobre todo seu corpo. Ela deveria estar envergonhada. Em vez disso ela sentia-se selvagem e ousada e irrefletidamente feliz. Warren tinha a procurado, logo que ele chegou da cidade. Ele tinha feito o seu melhor para tranquilizá-la sobre o futuro deles, apesar de agora saber mais sobre sua família e seus problemas. E ele prometeu ser fiel a ela. Algo parecido. Posso prometer seguramente nunca mais passar minhas noites nos bordéis. Ela iria fazê-lo cumprir. Mas primeiro... — Mostre-me como lhe agradar. Eu quero tocar em você, também. Com um grunhido, ele agarrou a mão dela e curvou-a em torno de sua excitação agora à mostra. Seus olhos se fecharam conforme um olhar de puro êxtase varria suas feições. — Deus, sim, querida. Eu amo ter você acariciando meu pau. Você não tem ideia... Ela ouviu os homens falarem de seus paus no Dickson, não sabendo que eles estavam falando dessa estranha vara de carne. Fascinada pelo comprimento e rigidez, ela acariciou-o com grande delicadeza. — Assim? Eu estou fazendo a coisa certa? Ela não queria machucá-lo. — Está tudo bem — Ele respirou — Mas seria melhor se você segurasse... Com mais firmeza. Mostre-me... Que você não está com medo de mim. — Eu não estou — Bem, isso não era inteiramente verdade. Ele era muito maior do que ela esperava. E esse... Esse pau era suposto entrar nela? Senhor. Mas ela fez o que ele pediu e agarrou-o com mais força. Com um gemido tenso, ele empurrou na mão dela. — Assim, sim. Oh Deus, você é perfeita.

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Em seguida, ele apagou tudo o que ela poderia ter respondido com um beijo consumidor de alma. As mãos dele cresceram mais ousadas, uma delas correndo um dedo dentro dela embaixo enquanto a outra beliscava o mamilo dela levemente e a fazia ofegar com surpresa, então prazer. — Eu não pensei em nada, além disso, desde o dia em que te conheci — Disse ele contra sua boca — Mesmo então, eu queria você. — Eu queria você, também — ela admitiu — Mas eu sabia que era loucura. Ele mordeu o lábio inferior dela. — Por quê? Por causa da minha reputação? — Sim. E o fato de que você pode... Ter quem você quiser. — Nem todas — Ele libertou o outro seio — Eu ganhei você só por omissão. Enquanto ele se inclinava para banhá-la com sua língua, ela enfiou os dedos pelos cabelos sedosos dele. — Isso não é verdade. Se você tivesse me pedido a qualquer ponto... — Você teria aceitado? Nunca — Ele puxou suavemente o mamilo com os dentes, atirando sensações deliciosamente devassa em todo seu corpo — Você é muito teimosa... Para ceder facilmente. — No entanto, aqui estou agora — Ela apertou-o contra o peito — Com você. — Graças a Deus. Eu não acho que eu poderia ter aguentado mais um dia sem fazê-la minha — Ele mergulhou mais fundo dentro dela com o dedo enquanto o polegar acariciava-a em um local diferente, fazendo-a se contorcer pelas deliciosas emoções correndo através dela — Você está tão quente e molhada para mim, querida. Eu preciso estar dentro de você. — Sim — Ela murmurou. O dedo dele dentro dela não era suficiente, embora ela não tinha certeza do porquê — Faça-me sua esposa. Com um grunhido, ele virou seus corpos para que ele pudesse colocar seu pênis rígido dentro dela. Meu Deus. Aquilo era... Diferente. Aquilo se encaixava melhor do que ela esperava. Ela estava muito consciente de seu tamanho e grossura, da estranha

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sensação de ter algo estranho entrando nela. Mas aquilo lutava com a satisfação de ter ele se juntando a ela finalmente. Houve uma rápida dor aguda, tão fugaz que ela mal notou. E, então, Warren estava enchendo-a completamente, dando-lhe tudo de si. — Céus — Ela engasgou, arrastando-se pelo agudo prazer doloroso de tê-lo enterrado dentro dela. Ela desejou que ele se retirasse, depois desejou não o fizesse. Ele parou de se mover completamente. — Você está bem? Ela não sabia como responder. Bem não era exatamente como ela descreveria como se sentia. Invasivo. Fascinante. Íntimo. — E-eu acho que sim. — Vai ficar melhor, eu juro. Melhor? A próxima coisa que ela sabia, ele estava saindo, então entrando novamente com estocadas lentas e constante que faziam seu coração bater um pulso rápido. A princípio, ela sentiu-se arrastada em uma jornada que não entendia. Ela disse a si mesma que era o suficiente para estar aqui com ele sob o céu azul pontilhado com nuvens. Saber que ele seria seu marido. Para sempre. Então, ele a puxou um pouco mais para frente na mesa e pegou atrás dos joelhos dela para colocar as pernas ao redor de sua cintura. — Prenda os calcanhares por trás de minhas coxas, querida — Ele pediu a ela. Ela o fez, dando um pequeno suspiro de prazer quando esse ponto sensível entre as pernas bateu diretamente contra ele. Foi quando tudo mudou. Desta vez, quando ele entrava dentro dela, ele enviou um frisson de prazer ecoando através dela. Ele fez isso de novo e de novo, mudando a viagem para uma corrida estrondosa para o desconhecido, onde ele estava a dirigindo adiante com impulso após impulso contra a parte dela que ansiava por seu toque. — Ohhh... — Isso é o que ele queria dizer por melhor — Isso é...

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— Incrível? — Ele respirou — Porque é assim que... Você parece para mim. — Sim. Oh, sim — Incrível, surpreendente e além de qualquer coisa que ela já havia conhecido. Ela pôs as mãos em sua camisa para segurá-lo perto conforme seu corpo subia ao encontro do dele. Quanto mais ele estocava nela, quanto mais o mundo encolhia até que a única coisa nele era ela e Warren encapsulados a frente. Juntos. Indissoluvelmente unidos. Logo tudo o que sabia era a aspereza de sua barba, sua respiração rápida contra sua bochecha... A dor em seu coração por ter ele todo. Era loucura e precipitado e ela queria que ele continuasse eternamente... — Minha encantadora... Maravilhosa... Esposa. Você pertence a mim agora — Ele rosnou contra a garganta dela. Suas palavras possessivas a encantaram. Mas elas não eram suficientes. Ela precisava que ele fosse dela também. Ela o faria dela, mesmo que tivesse que seduzi-lo a cada hora de cada dia durante um mês. — Você pertence a mim, também — Ela sussurrou contra sua orelha — Prometa-me. Ele sufocou uma risada. — Sim, esposa. O que você quiser. Suas carícias cresceram mais ásperas, até que um rugido encheu os ouvidos dela e seu corpo subiu e ela sentiu como se estivesse quase no fim... De sua jornada. A mandíbula apertou. — Deus... Puta merda... É isso aí... Goze para mim, querida. Por favor, minha doce, doce... Delia... Então, ele afundou duro uma última vez e com um grito, ela saltou para o paraíso. ***

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Warren não estava certo quanto tempo ele ficou lá depois que ele explodiu dentro de sua futura esposa. Tempo suficiente para ele amolecer dentro dela, mas não o suficiente que ele quisesse soltá-la. Deus, ele realmente tinha a tomado como uma prostituta em uma mesa num telhado? Essa não era a forma certa de cativar uma mulher respeitável. No entanto, ela não parecia se importar. A julgar pela forma como ela apertou em seu pênis quando veio, ela tinha encontrado prazer nisso, também. Quando ela deixou escapar um longo suspiro do que ele esperava que fosse satisfação, ele enterrou um beijo em seu lindo pescoço, perfumado com o cheiro dela de limão. — Então. Você ainda está preocupada... Em não me agradar? — Eu o agradei? — Ela perguntou, com um toque de timidez em sua voz. — Como se você precisasse perguntar. Ele a levantou da mesa de modo que ela estivesse enrolada em volta dele e ela deu um gritinho. Andando ao redor com ela agarrada a ele, ele disse: — Eu posso demonstrar novamente exatamente o quanto você me agradou, se quiser. Ela riu para ele, sua lasciva futura esposa. — Talvez devêssemos salvar alguma coisa para a noite de núpcias. Ele lançou para ela uma carranca zombeteira. — Oh, muito bem. Se você insiste — E, na verdade, ela provavelmente estava dolorida, de qualquer maneira. Deixando-a deslizar por seu corpo intoxicante centímetro por centímetro, ele tomou a boca dela para um beijo longo e quente que a tinha apertada contra ele. Só então ele se afastou. Ela fez uma careta de protesto e ele riu. — Isso, fedelha, é para você estar tão ansiosa por mim amanhã à noite como estarei por você. — Eu não acho que você precise se preocupar com isso — Disse ela com um pequeno sorriso secreto que fez o corpo dele despertar novamente.

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Mas antes que pudesse fazer qualquer coisa sobre isso, ela caminhou até a mesa. Ele seguiu, atando sua gaveta e calças enquanto andava. Ela colocou a mão em seu casaco. — Parece que eu dei a seu criado mais motivos de queixa. Ele olhou por cima do ombro para ver uma mancha de sangue manchando o interior de seu casaco. Isso o deixou sério. — Eu não lhe machuquei muito, não é? — Não. Disseram-me que um pouco de sangue é normal. — Quem disse? Sua cunhada, que lhe informou que uma mulher deve “suportar” relações conjugais? Eu não sei se eu confio nela. — O defloramento não era tão ruim, realmente — Ela olhou para ele, seus olhos brilhando com malícia — E o que veio depois foi bem... Agradável. — Agradável? — Ele a arrastou contra ele — Agradável? Eu vou lhe mostrar o que é agradável, sua provocadora. Enquanto ela dava uma risada boba, ele se inclinou para beijá-la. De repente, um barulho soou muito abaixo deles. — Warren? Delia? Vocês estão aí? Droga. Clarissa. — Shh — Ele respirou contra os lábios de Delia. — Se ficarmos muito quietos, talvez ela vai embora. Dois andares abaixo deles, a porta para a torre foi aberta e fechada. — Onde vocês estão? — A voz veio flutuando até a escada em espiral. — Essa foi Brilliana — Delia soltou-se dele — E ela não vai embora. Além disso, elas certamente viram meu chapéu pendurado na trava da janela. Maldição, ela estava certa. Enquanto se apressava para arrumar sua roupa apropriadamente, ele pegou o chapéu, depois foi examinar o casaco. O sangue não tinha atravessado para o outro lado, graças a Deus, embora o casaco estivesse praticamente destruído agora. Mesmo percebendo que um pouco do sangue poderia manchar sua camisa, ele colocou o casaco de volta. Ele estava feliz em perder uma camisa e

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casaco no processo de tranquilizar sua futura esposa sobre serem... Compatíveis no quarto. Inferno, ele estava feliz em perdê-los apenas pela possibilidade de deitarse com ela. Eles ouviram passos na escada e Delia apressou-se até lá para chamá-las. — Nós estamos aqui em cima, admirando a vista! Momentos depois, as duas mulheres saíram para o telhado. A Sra. Trevor olhou para ele com desconfiança. — Vocês não nos ouviram entrar? Delia lançou a ele um olhar de advertência, enquanto os lábios dela se contraíram em uma clara luta para não rir. — Está ventando muito aqui em cima —Disse ela alegremente — Você dificilmente pode ouvir alguma coisa. Clarissa aceitou essa explicação. — Então, o que você acha? Devemos ter a cerimônia aqui na torre? — Sim — Disse ele, ansioso para ludibriar — Nós poderíamos fazê-lo aqui no telhado. Agora os lábios de Delia estavam realmente contraídos. — Nós não podemos. Primeiro de tudo, a mesa está no caminho. Em segundo lugar, é certo que alguém se afastará e cairá sobre um daqueles parapeitos. Nós vamos fazer lá embaixo. Com as janelas abertas, uma vez que é um pouco quente dentro. — Isso soa maravilhoso — Disse a Sra. Trevor com um último olhar desconfiado para ele — Vamos descer e descobrir onde queremos colocar as coisas. Precisamos enviar os criados aqui cedo para começar a decorar, também. E com isso, a Sra. Trevor e Clarissa marcharam escada abaixo, conversando sobre rosas e guardanapos e algo chamado pompom. Delia parou apenas tempo suficiente para repreendê-lo. — Fazer o casamento aqui em cima, de fato. Você só quer se divertir em assistir a um padre ficar no local onde nós cedemos a um pouco de... — Êxtase? — Ele disse com um sorriso de satisfação.

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— A maldade, seria mais correto. Você gosta de cercar-se com ela. — Eu gosto, de fato. Que este seja o seu aviso, minha querida. Você pode remover o homem da iniquidade, mas você não pode remover a maldade do homem — E para dar ênfase, ele golpeou seu belo traseiro com o chapéu dele. — Pare com isso! — Ela disse e correu para a escada. Mas ele pegou uma sombra de um sorriso cruzando seus lábios quando ela desapareceu pelas escadas. Com uma risada, ele a seguiu mais lentamente, lembrou que ele não tinha visto o traseiro dela nu ainda. Ou seu cabelo caindo para baixo em torno desse traseiro. Ele ainda não tinha realmente dado uma boa olhada em seus seios ou sua intimidade molhada. Bem, como ela disse, eles devem salvar alguma coisa para a noite de núpcias. Ele pretendia fazer um trabalho melhor ao fazer amor com ela então, quando ele tinha todo o tempo e espaço no mundo para isso. Ela não iria se referir a seus esforços como meramente agradável na próxima vez, com certeza. Durante a hora seguinte, ele tentou suportar a tagarelice das mulheres enquanto elas caminhavam sobre a torre, medindo e planejando. No momento em que voltou para a casa, o sol começava a se pôr. Clarissa olhou para onde ele passeava de braço dado com Delia. — Onde vocês dois irão após o casamento amanhã? Lindenwood Castle é bastante longe daqui. E o Parlamento não abre em breve? — Abre, de fato. É por isso que pretendo passar pelo menos a nossa noite de núpcias em minha casa da cidade — Warren lançou um olhar para Delia. — Assumindo que está tudo bem para a minha futura esposa. — Você quer dizer que eu tenho uma escolha? — Brincou ela. Ele arqueou uma sobrancelha para ela. — Por favor, não me escale para o papel de ogro arrogante, pirralha. Ele não me serve. — Eu não sei — Ela sorriu para ele — Às vezes eu acho que combina com você muito bem, Lorde Grande-e-Poderoso Knightford. Clarissa riu.

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— Como meu marido. Estes dois têm uma tendência para anunciar seus planos com um ar de fato consumado. “De a ordem primeiro, pergunte depois'” parece ser o lema deles. Warren fez uma careta. — No meu caso, é só porque eu não estou acostumado a levar uma esposa em conta. — É melhor você se acostumar com isso — Delia disse insolentemente — Você está preso comigo agora. — Quer dizer, você está presa com ele — Clarissa brincou. Warren deu a sua prima um olhar duro. — Não finja que você não está feliz da vida com isso, querida. Você tem tentado me casar desde que você tinha dezesseis anos. — E isso só me levou nove anos para ser bem-sucedida — O sorriso de Clarissa desbotou. — Embora deseje que eu tivesse começado a planejar o casamento real, há nove anos. Ainda temos muito o que fazer hoje à noite. No entanto terminaremos tudo? — Você poderia emprestar alguns dos criados de Niall — disse Warren. — Tenho certeza que ele não se importaria — Alguém os saudou do caminho à frente e ele acrescentou: — Falando no diabo, lá vem ele agora. Você pode perguntar a ele você mesma. A senhora Trevor, que estava andando na frente de Warren e Delia pelo caminho, parou tão rapidamente que quase a pisotearam. Enquanto Warren estava pensando sobre isso, Niall alcançou-os. — Aí está você, irmã — disse ele jovialmente para Clarissa. — Ouvi dizer que haverá um casa... Ele parou no meio da frase quando ele avistou a Sra. Trevor. — Brilliana! Brilliana? Niall conhecia a cunhada de Delia? E pelo seu nome de batismo, não menos? Delia olhou para Warren em confusão e ele deu de ombros. Ele não tinha ideia. Sra. Trevor fez uma mesura.

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— Lorde Oliver. Como é bom vê-lo novamente. Apressadamente, Warren a corrigiu. — Perdoe-me, Sra. Trevor, mas é Lorde Margrave agora que ele herdou o título. — Oh, bem, é claro — Disse a mulher, suas bochechas agora um tom peculiar de vermelho. Niall não disse nada, apenas ficou lá olhando boquiaberto Sra. Trevor, como se alguém o tivesse acertado com um martelo. Sem nunca ter visto seu primo perder as palavras antes, Warren foi tentado a atormentar o homem sobre ela. Mas algum instinto o manteve em silêncio. — Eu... Tinha ouvido que você estava vivendo na Espanha, milorde — A senhora Trevor aventurou. Isso tirou Niall de seu estado de transe. — Eu estava. Bem, em Portugal, mais recentemente. Até umas duas semanas atrás, quando voltei para a Inglaterra — Ele empertigou-se rigidamente — Ouvi que você estava casada — Ele olhou para além deles — Está seu... Marido está em algum lugar aqui? — Eu sou viúva. O olhar de Niall virou-se para ela e algo brilhou em seus olhos que Warren bem reconheceu. Fome. Luxúria. Hmm. Muito interessante. Clarissa estreitou os olhos em seu irmão. — Vocês dois se conhecem? Niall se sobressaltou, então forçou um sorriso. — Nos conhecemos. Nos conhecíamos. Por pouco tempo. Antes de eu sair da Inglaterra. A Sra. Trevor parecia ter recuperado a compostura, também, pois agora ela parecia seu habitual e sereno ser. — Sua senhoria e eu nos encontramos em Bath há vários anos, quando meu pai levou a família em um verão.

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— E mamãe tinha ido lá pelas águas — Disse Niall — Você ainda não havia sido apresentada a sociedade se me recordo, Clarissa, então ficou em Margrave Manor com a sua governanta. — Oh — Disse Clarissa. Warren quase podia ver as rodas girando em sua cabeça — Eu acho que eu me lembro disso — Ela desviou o olhar para a Sra. Trevor. — Eu não posso acreditar que você não me disse que você conhecia meu irmão. — Foi apenas uma breve conexão — Disse a Sra. Trevor. — E eu o conhecia como Lorde Oliver, não Lorde Margrave. Temo não ter juntado que você era sua irmã e... Não o conectei a você. Clarissa bufou. Claramente ela achou aquela explicação espúria como fez Warren. — Bem, eu gostaria de ouvir mais sobre esse “breve conhecido” mais tarde, mas ainda temos um casamento para terminar de planejar e muito pouco tempo para fazer isto. — Eu quase me esqueci — Disse Niall — É por isso que fui enviado aqui para procurar por vocês. Nós cavalheiros desejamos levar Warren para a taverna na cidade para sua última noite de solteiro. Graças a Deus. Se ele bebesse com os companheiros, ele não teria de suportar a longa noite sozinho. — Soa como um excelente plano — Warren disse jovialmente. Muito jovialmente, aparentemente, pois Delia franziu a testa para ele. — Agora olhe aqui, eu espero que você não pretenda aparecer de ressaca em nosso casamento de manhã. — Eu não estou fazendo nenhuma promessa — Ele falou pausadamente. — Warren! Ele se curvou para beijar sua testa. — Eu estou brincando, querida. Eu estarei sóbrio como um juiz. Niall estava agora avaliando Delia. — Presumo que esta senhora é a pobre mulher amaldiçoada a ser sua noiva, meu velho?

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— Ah sim, você não conheceu, não é? — Rapidamente Warren fez as apresentações, notando como a Sra. Trevor parecia assistir Niall furtivamente, sempre que o sujeito não estava olhando. Normalmente isso não seria surpresa dele, uma vez que Niall era um sujeito de aparência fina, com uma mandíbula forte, uma cabeça cheia de cabelos loiro escuro e uma compilação magra, mas musculosa. As mulheres geralmente gostavam de sua aparência. Mas a Sra. Trevor claramente gostava mais do que de sua aparência. — Desculpe afastar seu noivo — Disse Niall a Delia — Mas é má sorte para o noivo ver a noiva uma vez que a noite caia. Ela sorriu para ele. — Graças a Deus alguém da sua família aprecia as antigas tradições. O meu noivo é alheio a tudo isso. — Sim, Warren nunca foi muito de seguir as regras — Disse Niall com uma risada. — Não deixe ela lhe enganar — Warren interveio — Ela não é muito seguidora das regras. Agora vamos, primo, vamos beber. — Você não tem que me perguntar duas vezes — Niall tirou o chapéu para as senhoras — Eu prometo trazê-lo para casa com tempo de sobra para ficar sóbrio para o casamento. — É melhor que faça — Disse Clarissa. Enquanto Warren e Niall se dirigiam para os estábulos, ela gritou: — Ou eu vou soltar os cães de Edwin em você! — Ela provavelmente faria — Warren resmungou baixinho. Niall lançou lhe um olhar triste. — Minha irmã mudou um pouco desde que eu fui para o exterior. — Sim. Para o melhor, eu acho. Edwin fez-lhe muito bem. — E ela fez o mesmo para ele. Agora que eles estavam bem longe das senhoras, Warren perguntou o que ele estava morrendo de vontade de saber se Niall tinha se juntado a eles. — Qual é a verdade sobre Sra. Trevor e você? Niall enrijeceu.

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— Eu não sei o que você quer dizer. — O inferno que não. — Você não ouviu dela? — O tom de Niall ficou ácido — Foi apenas uma “breve conexão”. — Certo. Tão breve que vocês dois se reconheceram imediatamente após sete anos separados. Que a chamou pelo seu nome de batismo. Que ela corou tão profundamente com a sua visão que eu pensei que suas bochechas pudessem pegar fogo. — Ela corou? — Niall olhou sombriamente em frente. — Eu não tinha notado. Certo. — Como é que eu nunca tinha ouvido falar de sua conexão com ela antes de hoje? — Porque não havia uma — Ele descartou. — Agora isso, primo, é uma mentira descarada, se alguma vez eu ouvi uma. Niall virou-se para ele, com os punhos cerrados. — Pelo amor de Deus, você vai calar a boca sobre isso? — Não até que você se explicar. A mulher vai ser minha cunhada, depois de tudo. — Dificilmente. Ela é a cunhada de sua futura esposa, o que faz você nada dela. — Eu não vou discutir isso com você. O ponto é, eu pretendo ficar de olho nela e seu filho. Choque escureceu os olhos castanhos de Niall. — Ela tem um filho? Warren assentiu. — O maldito asno do marido dela perdeu todo o seu dinheiro nas mesas de jogo e, em seguida, tropeçou para fora bêbado de uma ponte, deixando-a com um recém-nascido e uma propriedade pesadamente endividada. Niall estava ali rígido, como se cada revelação fosse um golpe no peito.

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— Muita coisa pode acontecer em sete anos — Warren acrescentou suavemente. Se recompondo com um tremulo suspiro, Niall continuou sua marcha para os estábulos. — Sim pode. — Niall... — Eu não vou falar sobre isso — Niall disse com firmeza. —Você pode perguntar, adular e insultar tudo o que quiser, mas o assunto está encerrado. Entendido? Warren considerou o semblante duro do homem com quem tinha crescido e considerado tanto seu irmão quanto Hart ou Stephen ou qualquer um deles. Clarissa não era a única que tinha mudado. O exílio forçado de Niall depois de matar o agressor dela em um duelo o tinha mudado, também. Foi-se a juventude alegre que sempre tinha tomado a vida como ela vinha e em seu lugar estava um homem duro que tinha aprendido que a vida poderia ser tremendamente injusta, mesmo para um conde com uma grande propriedade. — Muito bem — Disse Warren. Mas ele suspeitava que, se Niall não iria falar, a Sra. Trevor faria, pelo menos para Delia. Assim, ele iria saber a verdade dessa maneira. Aparentemente, ter uma mulher incluía vantagens que ele não tinha considerado. Ele estava se acostumando com isto.

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Capítulo Dezoito Várias horas após as senhoras se separarem dos senhores, Delia não se surpreendeu de ter um criado a informando que Brilliana havia se retirado com uma dor de cabeça. Ela tinha começado a perceber que sua cunhada estava evitando ficar sozinha com ela e Clarissa desde que se encontraram com Lorde Margrave. A princípio, Delia pensara que era apenas resultado do frenesi delas para finalizar os planos para o casamento. Assim que Warren e sua senhoria tinham partido, os criados se aproximaram para ajudá-las com a escolha de flores do jardim e a partir de então, ela e Clarissa e Brilliana haviam ficado constantemente cercadas por outros. A cunhada de Clarissa, Yvette Keane, se juntou a eles, assim como tia Agatha e havia sido uma tarefa após a outra na tentativa de preparar as coisas para a cerimônia. No entanto, quando Delia havia finalmente encontrado um momento para estar a sós com sua cunhada e tentou perguntar sobre a reação peculiar de Brilliana a Lorde Margrave, a mulher mudou de assunto e mergulhou em outra tarefa que iria colocá-las em meio a um grupo de pessoas. Agora que ela fora para a cama, o que Delia achou altamente suspeito. Brilliana nunca se retirou sem dizer boa noite para ela. — Eu já volto — Delia disse a Clarissa, em seguida, correu até o quarto de sua cunhada. Algo estava errado, tendo a ver com Lorde Margrave e Delia estava decidida a descobrir exatamente o quê. Mas quando ela bateu à porta de Brilliana, não houve resposta. E depois de bater com mais força, em seguida, tentar a porta e descobri-la trancada, Delia percebeu que não haveria resposta essa noite. Aparentemente Brilliana estava determinada a não falar sobre a reunião peculiar dessa tarde. Ela deixaria Brilliana agir como covarde por enquanto, mas sua cunhada não poderia evitá-la para sempre. Clarissa surgiu ao lado de Delia tendo, obviamente, a seguido para cima. — A Sra. Trevor está bem?

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— Acho que não — Delia levantou a voz — Mas eu não posso ter certeza, uma vez que ela está fingindo não me ouvir! Mesmo isso não obteve resposta de dentro do quarto. — Talvez ela realmente tenha uma dor de cabeça — Clarissa sussurrou. — Eu duvido. Brilliana não tem dores de cabeça. — Bem, eu vim descobrir se você quer algumas rosetas costuradas no véu de sua tia, para torná-lo menos simples ao olhar. Com um suspiro, Delia foi pelo corredor com Clarissa. — Neste momento, eu estou tão cansada que eu não me importo. — Claro que está — Clarissa parou fora da porta do quarto de Delia — Estamos razoavelmente prontas, você deve ir para a cama — Um sorriso malicioso cruzou os lábios dela — Você vai precisar de muito sono hoje à noite para compensar a falta dele amanhã à noite. Delia reprimiu um sorriso. Ela certamente esperava que precisasse. Porque sua única experiência das relações conjugais com Warren não fora suficiente. Ora, ela ainda tinha que vê-lo nu. Isso por si só a fez ansiosa para sua noite de núpcias. Clarissa deixou-a aos delicados cuidados de uma criada e quando Delia estava em sua camisola, ela estava praticamente morta de cansaço. Apesar de seu desejo de recordar seu amável tempo com Warren repetidamente em sua cabeça, ela adormeceu assim que ela se deitou entre os lençóis. Parecia apenas um momento mais tarde quando ela foi acordada por um barulho no gramado. Música? O que em nome de Deus? Alguém estava realmente cantando no gramado, na calada da noite? Não, era mais como um gato uivando, pontuado por risadas. Arrastando-se de sua cama, ela foi até a janela e a abriu para olhar para fora. O gramado abaixo estava iluminado com tochas seguradas por senhores trôpegos. E no meio estava Warren, pendendo entre Lorde Margrave e Lorde Blakeborough, que parecia estar segurando-o em pé. Bem, meio que segurando em pé, uma vez que todos os três estavam cambaleando, obviamente bêbados. Keane estava um pouco melhor, embora ele estava tentando fumar um charuto enquanto andava cambaleando atrás deles.

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Seus companheiros estavam cantando: — “... com as mulheres e vinho eu desafio todos os cuidados / Pois a vida sem eles é uma bolha de ar.” Bom Deus. — Os senhores, por favor, poderiam ficar quietos? — Gritou uma voz imperativa de outra janela próxima. A janela de tia Agatha, é claro — Alguns de nós estão tentando dormir. Warren olhou para cima, viu Delia em sua janela e abriu um sorriso. — Eis aqui, que luz se escoa agora da janela — Disse ele, pronunciando cada palavra — É o oeste... —

Não,

leste!



Lorde

Blakeborough

interrompeu,

no

que

aparentemente ele pensava ser um sussurro, mas foi realmente muito estrondoso — É o leste, maldito. — Certo — Disse Warren — O leste. E Delia é o sol — Satisfeito consigo mesmo por essa comparação, o que ele obviamente considerou terrivelmente original, ele acenou com a mão vagamente na direção dela — Levanta-te, sol justo, e... E... Algo sobre a lua... — Matar a lua? — Sr. Keane ofereceu — Não me lembro exatamente. — E você não está olhando para a noiva — Lorde Margrave sibilou alto — É má corte. — Má sorte — Lorde Blakeborough o corrigiu — E é “matar a lua do inimigo”. Inimigo, seu beberrão. — É “lua de inveja” — Tia Agatha gritou de sua janela — E se os senhores não pararem de assassinar Shakespeare, vou esvaziar meu penico em suas cabeças! Isso finalmente conseguiu calar a boca deles. Por cerca de meio minuto. — Muito bem — Disse Warren — Então vamos cantar. — Deus nos ajude a todos — Tia Agatha murmurou antes dela bater a janela. Delia sabia que ela deveria estar horrorizada com o embriagado estado dele ou, pelo menos, irritada mas tendo assistido homens bêbados muitas vezes no Dickson, ela simplesmente achou divertido.

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— Eu pensei que você disse que não ia estar de ressaca no casamento! — Ela gritou para seu noivo infeliz. — Eu não estou bêbado! — Ele protestou, em seguida, mostrou que estava mentindo ao tropeçar em um banco de pedra e quase trazer seus companheiros para baixo. Depois de alguns momentos angustiantes, eles recuperaram o equilíbrio. Ele levantou seus braços. — Vê? Não nem um pouco bêbado! Antes que Delia pudesse fazer mais do que rir dele, Clarissa estava correndo para o gramado em sua camisola e xale, acompanhada por um exército de criados que agarrou cada um dos cavalheiros e puxou-os para dentro de casa. A última coisa que Delia viu de seu futuro noivo foi sua cartola cinza desaparecendo através das portas francesas no andar de baixo. Com um suspiro, ela olhou para o relógio. Cinco horas da manhã e o casamento ia ser às dez. Ela devia voltar para a cama, mas como poderia? Em apenas algumas horas, ela se iria casar com um homem que, pelo menos em seu estado de embriaguez, a comparou a Julieta de Shakespeare. Um sorriso esticou seus lábios. Havia coisas piores, com certeza. Pelo menos ela não estava se casando com um jogador. Mas outros medos a lotavam, tornando impossível para ela dormir. Em vez disso, ela encontrou um baralho de cartas e sentou-se para jogar paciência. Ela ainda estava fazendo isso uma hora mais tarde, quando a camareira veio acordá-la. — Minha cunhada já se levantou? — Delia perguntou a menina. — Eu acredito que sim, senhorita. Devo pedir a ela para se juntar-se a você? — Não. Eu vou até ela, obrigada. Delia deslizou para fora passando pela empregada e correu furtivamente pelo corredor, então bateu na porta de Brilliana a maneira que os criados geralmente fazem. — Entre! — Brilliana respondeu.

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Com um sorriso triunfante, Delia entrou. Já emboscou sua cunhada no passado. Brilliana olhou para cima. — Delia! Está acordada? — Como eu poderia não estar, depois daquela gritaria mais cedo? — Ela caminhou até a cama e sentou-se — Você não os ouviu? — Eu tentei não ouvir, mas foi inútil. Parecia que alguns deles estavam bêbados. — Até o último deles estava bêbado. Incluindo o seu velho amigo, Lorde Margrave. Brilliana enrubesceu. — Não é o meu velho amigo. Eu mal o conheço. — Não minta para mim, querida — Disse Delia — Vocês dois claramente tinham mais do que uma breve conexão anos atrás. — Se nós tivemos, está no passado — Brilliana disse com firmeza — Apesar de que ele é o irmão de sua amiga, não deve confiar nele. — Eu não vejo por que não. Se você quer dizer para se casar por causa de Camden Hall, você não poderia pedir um marido mais adequado para lidar com a herança de Silas e ajudar a melhorá-la. A mulher bufou. — Você não ouviu porque Lorde Margrave acabou no exterior? Delia peneirou através de seu estoque de fofocas. — Porque ele duelou com um homem sobre uma mulher? — Sobre alguma prostituta. Uma amante que os dois homens compartilhavam, aparentemente. — Ou assim as fofocas dizem. — Neste caso, as fofocas estão certas. — Você sabe com certeza? Brilliana se levantou para ir abrir as cortinas. — Eu sei o suficiente. E depois de ter sofrido os resultados dos vícios de Reynold, não vou casar com um homem cujo vício é ainda pior. Porque o tipo de homens que se apaixona por tais mulheres...

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Quando ela parou, Delia suspirou. — Você está pensando que meu marido é esse tipo de homem. Para sua surpresa, Brilliana correu para tomar suas mãos. — Então não se case com ele. Para o diabo com o escândalo. Nós vamos passar por tudo isso de alguma forma. Delia puxou suas mãos livres. — Ele não é assim agora. E ele diz que vai ser fiel a mim. A expressão de Brilliana ficou perturbada. — Reynold disse que não iria jogar, mas ele fez. — Eu quero me casar com Lorde Knightford. Por mais louco que parece, ele me faz feliz. — Você o ama? A pergunta mordaz a assustou. Ela não havia pensado sobre isso, muito envolvida em se preocupar com o quanto ele sabia de suas circunstâncias e que ele faria sobre elas. — Eu não sei — Ela disse a verdade — Eu gosto da companhia dele e... ” Ele me excita fisicamente.” Não, ela não podia admitir isso a sua cunhada. — Ele ama você? — Perguntou Brilliana. Essa foi uma pergunta ainda mais difícil. De alguma forma, ela não podia ver Warren sendo o tipo de homem que cai de quatro por qualquer uma. E eu posso lhe dizer agora que eu definitivamente não vou “olhar para o outro lado” se você for caçar algum outro homem para sua cama. Por outro lado, que os homens dizem tais coisas lindas possessivas se não tivessem alguma afeição por uma mulher? — Eu não sei sobre isso, também. Não é como se nos conhecêssemos a muito tempo. — Isso é o que me preocupa. — Por favor, não se preocupe sobre ele — Delia se levantou — Ele é um homem de coração, eu acredito. Tia Agatha disse que ele me deu um acordo mais que generoso e ele mesmo prometeu ajudar com Camden Hall até arranjos poderem ser feitos para evitar que seja tomado.

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Brilliana piscou para ela. — Ele prometeu? — Oh, certo. Eu não tive a chance de falar sobre isso ainda. Mas mesmo quando ela começou a colocar para fora a parte da conversa com Warren ontem que ela poderia revelar, sua mente continuava circulando na questão de Brilliana. Ele ama você? Como ela desejava saber a resposta. *** No momento em que Warren estava à frente das fileiras de cadeiras, esperando sua noiva descer a escada em espiral do andar de cima, ele estava inteiramente lúcido. Nada como ir ao próprio casamento para fazer um homem ficar sóbrio E os galões de café que Clarissa e seus criados tinham despejados neles essa manhã certamente ajudou. Assim como adiar o casamento até meio-dia para dar aos homens a chance de dormir. Ele se sentiu mal sobre isso. Tudo o que ele lembrava de festividades da última noite era beber até o ponto da insensatez para afastar a escuridão e depois a serenata para Delia do gramado. Foi para Delia que ele fez a serenata, não foi? A tia dela continuava a embaralhar em suas lembranças, o que era bastante preocupante. Maldição, se ele tivesse feito a serenata para Lady Pensworth, como é que ele iria suportar isso? A Sra. Trevor adiantou-se e começou a tocar um violino, chamando sua atenção para o seu casamento. A mulher era realmente muito boa. Surpreendente. Um som na escada chamou sua atenção e ele olhou para ver uma nuvem de seda azul descendo. Delia. Sua noiva. Ele tinha uma noiva, pelo amor de Deus.

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Ela entrou plenamente no campo de visão e seu coração parou. Ela era tão linda. Suas bochechas brilhavam rosadas e seus lábios se curvaram em um sorriso hesitante que fez seu sangue correr quente. Ela usava uma coisa espumosa que derramava escada abaixo enquanto andava. O corpete acentuava seus pequenos, mas atrevidos seios, que ele tinha devastado menos de um dia atrás. E queria devastar agora. Isso não chocaria o pároco? Ela carregava um buquê em suas mãos com luvas de renda. O buquê da noiva, com hortênsias e rosas e Deus sabe o que mais envolvido em mais rendas e fitas, o fez perceber o fato de que ele estava realmente se casando. Com Delia. Isso o acertou com todo o peso de uma bigorna. Ele seria responsável por sua felicidade. De alguma forma, ele teria que conciliar as necessidades dela com sua estranha forma viver, as manhãs e dias passados dormindo pouco para que ele pudesse trabalhar em ter um herdeiro. Eles estavam se casando. Eles estariam ligados para sempre, teriam filhos juntos. Crianças? Deus, ele tinha esquecido tudo sobre isso. Eles ainda não tinham discutido o assunto. E se ela não queria ter filhos? Ele devia ter um herdeiro. Certamente ela iria entender isso. Mas como ele poderia ter filhos, quando ele não podia suportar a noite? Será que ele os acordaria com seus gritos? Será que eles o conheceriam apenas como o homem que percorria a cidade para manter o medo sob controle enquanto dormiam? Isso estava acontecendo muito rápido. Ele estava se casando. Teria ele perdido a maldita cabeça? Então Delia chegou ao fundo das escadas e seus olhos se encontraram com o seu tão azul que queimou um caminho certo para a sua alma e ele viu neles a mesma incerteza que sentia. Estranhamente, isso o acalmou. Eles iriam passar por isso juntos, de alguma forma.

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Ela andou pelo corredor, uma criatura etérea em rendas e seda e ele se concentrou em sua noite de núpcias por vir. O resto se acertaria com o tempo. Tinha que se acertar. Porque ele não podia voltar atrás agora. Quando ela se juntou a ele diante do sacerdote, uma onda de algo que parecia estranhamente como possessividade o tomou. Quão louco era isso? Esta foi uma consequência não planejada de seus pesadelos, nada mais. No entanto, o som da voz dela, repetindo os votos depois de ter feito o mesmo, fez seu sangue rugir em suas veias com uma satisfação avarenta que não podia negar. Ainda assim, ele não podia ignorar o contrair dos lábios dela quando o padre disse: — Promete obedecer e servi-lo — etc, etc. — Prometo — Disse ela, deliberadamente, não encontrando os olhos de Warren. Então, quando Warren foi convidado a tomar o anel, para falar as palavras: — Com este anel eu lhe desposo, com meu corpo eu lhe adoro e todos os meus bens eu lhe doo — Ele fez questão de segurar o olhar dela. E o rubor que impregnou o rosto dela lhe disse que eles poderiam ficar muito bem juntos. Enquanto ele pudesse manter em segredo sua fraqueza. Depois veio a parte da cerimônia em que um beijo era esperado. E ele definitivamente lhe deu um beijo para se lembrar. Porque se eles começariam uma vida juntos, em seguida, ela poderia muito bem saber uma verdade. Ele iria começar esse casamento como ele pretendia que fosse dali para frente. Ele iria desfrutar completamente a parte do casamento que lhe permitia se deitar com sua esposa. E Deus os ajudasse, se isso não fosse suficiente.

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Capítulo Dezenove Delia estava tão exausta, ela mal conseguiu aguentar o café da manhã de casamento. Além de ter tido pouco sono na noite passada, a tensão dos acontecimentos de hoje minou sua energia. No momento em que ela e Warren entraram em sua carruagem pouco antes do anoitecer e se dirigiram para Londres, ela mal conseguia manter os olhos abertos. Ela tentou, no entanto. Ela realmente tentou. — O que você achou do serviço? — Ele perguntou conforme ele se acomodou contra as almofadas em frente a ela. — Foi lindo. Você não acha? — Foi um casamento. O que mais há a dizer? — Quando ela olhou para fora da janela, tentando esconder o quanto essa resposta a desapontou, ele acrescentou: — Mas você foi uma noiva linda em toda aquela seda e laços. As palavras, faladas em voz rouca, a acalmou. — Você também não estava nada mal, meu lorde. Em um casaco de superfino azul royal com gola de seda preta e calças pretas, cada centímetro dele parecia o marquês que ele era. Foi um pouco inquietante perceber que o magnífico indivíduo com os botões de ouro e alfinete de safira em sua gravata de seda pertencia a ela. Ela mal sabia o que fazer com tal extravagância. Ele reconheceu o elogio com um aceno. — Você deve dizer ao meu valete, entretanto. Ele estava tremendo de preocupação sobre ter certeza que eu estaria bem. Claro. — Eu ainda não conheço esse ilustre homem. Eu começo a pensar que ele é um fantasma — Seu valete tinha ido na frente à casa da cidade para desempacotar os pertences de sua senhoria e provavelmente fazer uma criada desempacotar as dela também. — Você vai encontrá-lo amanhã. Dei-lhe esta noite de folga. Eu não acho que eu vou precisar dele para a nossa noite de núpcias.

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O olhar faminto nos olhos dele enviou uma deliciosa excitação na espinha dela. — Isso significa que você fará a vez da minha criada? — Eu não perderia isso por nada no mundo — Disse ele em um sussurro áspero que nunca deixava de acelerar o pulso dela — Mal posso esperar para ver o que há por baixo desse vestido armado. — Mas você já viu o que está sob meus vestidos. — Não o suficiente, confie em mim. Você não tem ideia de quantas vezes eu imaginei você completamente. Completamente? Ele quis dizer nua? De alguma forma não havia ocorrido a ela que ele poderia querer isso. E se ele não gostasse do que visse? Seus seios eram muito pequenos e seu traseiro muito grande. — Até a minha criada nunca me viu... Sem nada. Tem certeza que é o que você quer? Ele olhou-a como se ela fosse louca. — Claro. Você sabe perfeitamente bem que eu desejo você em todos os sentidos. O que eu vi até agora só aumentou minha determinação de ver mais. Agora que pensava nisso, o traje romano dele não tinha mostrado a ela quase nada de sua forma magra, também. Talvez vendo um ao outro nu poderia funcionar para ambos. — Você vai me deixar vê-lo completamente, também, não é? — Ela perguntou. Seu olhar ardia. — Pode ter certeza. Eu mal posso esperar para sentir suas mãos sobre meu corpo nu. Isso soou perfeitamente maravilhoso, embora ela não tivesse certeza se deveria admitir isso. — Oh — Ela tinha certeza de que suas bochechas estavam bastante rosadas agora. — Mas se continuar falando assim, eu vou tomá-la aqui e agora e para o inferno com a espera. — Por que esperar? — Ela deixou escapar.

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Necessidade crua queimou em seu rosto e ele mudou de posição no assento como se de repente ele estivesse bastante desconfortável. — Porque, querida, desta vez eu quero fazer isso direito. — Fizemos errado antes? Ele deu uma risada triste. — Não. Mas a noite de núpcias, pelo menos, deveria ser em uma cama. — Muito convencional da sua parte — Ela brincou. — Cuidado, pequena, ou eu vou deixa-la nua aqui na carruagem e então teremos um tempo difícil para você ficar bem vestida novamente. É esse o estado que você quer estar quando você conhecer meus criados? — Acho que não — Disse ela, séria com a ideia de enfrentar sua equipe — O quanto eles sabem de mim, de qualquer maneira? — Eles sabem que você é uma senhora respeitável e minha esposa — Ele disse com firmeza — Que é tudo o que precisam saber. Hmm. Ela não tinha tanta certeza sobre isso. Criados poderiam ser muito complicados. — Eu deveria ter perguntado antes— Ele acrescentou — Mas você tem uma criada própria em Cheshire, que você deseja que eu traga para Londres? — Brilliana e eu costumávamos compartilhar uma criada, mas tivemos que ser a criada uma da outra desde que... — Ela engoliu em seco — Tivemos que deixar a maioria do nosso pessoal ir. Apenas Owen e nossa cozinheira permaneceram. — Ah. Bem, então, em vez de ir para Lindenwood Castle, talvez devêssemos ficar em Londres, assim você pode contratar uma criada e quaisquer outro criado adicional que você ache que possa precisar. Eu tenho que estar na cidade para o Parlamento em breve, de qualquer maneira. — E eu vou ter de arrumar todas as minhas coisas na casa da tia Agatha e trazê-las para sua casa da cidade. — Já foi feito. Os criados da sua tia e os meus cuidaram disso enquanto ela e eu estávamos no advogado. — Você estava tão certo quanto a mim? — Ela disse, levantando uma sobrancelha.

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— Sua tia estava tão certa quanto a mim. Ela tinha me encurralado e ela sabia disso. Ela não podia deixar de rir. — Desculpa. Eu deveria me sentir culpada por isso, mas eu não posso dizer que me sinto agora. — Espero que não. Sou considerado um bom partido, sabe. — Você é? — Ela disse levemente — Suponho que isso significa que você tem rios de dinheiro e mais de uma propriedade e muitos criados — Os quais era esperado que ela o ajudasse a tomar conta. A perspectiva parecia bastante assustadora — Oh, querido, quantos funcionários você tem, afinal? Ele

deu-lhe

uma

descrição

do

pessoal

em

suas

inumeráveis

propriedades, que provaram serem vertiginosamente variadas. Depois de um tempo, ela mal podia acompanhar tudo, especialmente desde que a sua falta de sono tinha começado a cobrar seu preço. Em pouco tempo, ela se viu bocejando. — Por favor, me perdoe — Ela cobriu a boca — É tudo muito fascinante, mas eu estou apenas um pouco... — Cansada? — Em um instante, pesar sombreava suas feições — Eu não posso imaginar por que, desde que o imbecil do seu marido a acordou no meio da noite uivando sob sua janela. — É verdade — Ela disse sarcasticamente, depois bocejou novamente. — Venha aqui — Ordenou ele, estendendo a mão. Quando ela a tomou, ele a puxou para perto dele, então a colocou confortavelmente contra ele. — Durma — Ele murmurou — Eu ouso dizer que você precisa disso depois dos últimos dias. Quando ele colocou o braço em volta dela, ela se aconchegou contra ele com um suspiro. Logo, o balanço constante da carruagem e o calor do corpo dele a embalou para um sono sem sonhos. A próxima coisa que ela soube, ela estava sendo levada para fora da carruagem e acima de alguns degraus. Por Warren, a julgar pelo cheiro de seu perfume. Ela enterrou mais profundo em seus braços e ele riu.

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— Estamos em sua casa da cidade já? — Ela sussurrou. — Faz mais de uma hora desde que saímos Stoke Towers, Bela Adormecida. Mas sim, estamos na cidade. E eu acho que vamos esperar até de manhã para que você possa conhecer a equipe. — Hmm, tudo bem — Ela cochilou novamente... Até que a sensação de ser colocada sobre uma cama e ter seus sapatos removidos a acordou mais uma vez. Ela olhou em um enorme dossel de veludo com borlas de ouro e piscou. Enquanto Warren virava, sentou-se. — Espere, onde você está indo? — Ele fez uma pausa para olhar para ela. — Você está claramente muito cansada para uma noite de núpcias, querida. — Eu tive uma boa soneca. Estou pronta para qualquer coisa. — Eu não estou tão certo sobre isso. Ao invés de discutir com ele, ela jogou as pernas para o lado e olhou em volta da sala. Além de ser o maior quarto de dormir que já tinha visto em uma casa da cidade em Londres, era curiosamente feminino, com tema de rosas sobre tudo e cortinas de brocado rosa. Sem mencionar enormes espelhos dourados e uma penteadeira feita para uma rainha. — Este é o nosso quarto? — Seu quarto — Ele apontou para uma porta. — O meu é por ali. Ela olhou para ele. — Mas... Mas por que não dividimos a cama? — Vamos, eu prometo — Ele sorriu para ela — Na verdade, eu quero muito isso. Quando dormimos, no entanto, vamos retirar-nos para os nossos próprios quartos. — Meus pais sempre dividiram um quarto. Seu sorriso desapareceu. — Os meus não — Ele acrescentou rapidamente — Percebo que a decoração é provavelmente muito antiquada para você, uma vez que este era o quarto de minha mãe antes que ela abraçasse a fé metodista e começasse a dormir em um menor, mais sóbrio e estou de acordo com você alterá-lo para

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atender seus próprios gostos. Na verdade, você pode desejar fazer outras alterações que... — Warren — Disse ela, para deter seu fluxo de palavras — Só porque seus pais dormiam separadamente não significa que nós também temos. Ele endureceu. — Não, mas eu prefiro fazê-lo — Quando ele viu o olhar ferido no rosto, ele suavizou o tom — Eu prometo, você realmente não vai querer dormir na mesma cama comigo. Eu não... Descanso bem a maioria das noites, razão pela qual eu vago. — Você quer dizer por causa dos pesadelos. A mandíbula dele apertou. — Parcialmente. E eu falo durante meu sono. Entre outras coisas. — Assim como Brilliana e eu compartilhei uma cama com ela em pousadas sem problema. Confie em mim, não vai me incomodar nem... — Isso vai me incomodar — Ele disse em uma voz que não admitia recusa — Então eu vou dormir sozinho, como sempre faço. Outro pronunciamento nobre que ela deveria simplesmente aceitar sem questionar. Bem. Ela não queria entrar em uma discussão com ele na noite de núpcias. Ainda assim, isso não significa que ela iria esquecê-la. Tendo testemunhado um de seus pesadelos perturbadores e ouvido que ele teve outros, ela se perguntava o quanto suas andanças tinham a ver com eles. De uma forma ou de outra, ela pretendia chegar ao fundo disso e descobrir como ela poderia ajudá-lo a dormir mais facilmente. Mas não esta noite. — Como queira — Foi fácil falar a mentira. Optar por esperar até que ele confiasse nela mais com seu coração. Seu coração? Senhor, ela estava em apuros se ela achava que poderia capturá-lo. — Tudo o que eu desejar, hein? — Seu humor melhorou quando ele se aproximou — E se eu desejasse de ver você nua? — Com os olhos brilhando,

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ele a puxou fora da cama para seus braços — Você vai me permitir ser sua criada agora? Ou você está muito cansada, ainda? — Eu garanto a você que estou muito bem acordada — Ela enrolou os braços em volta do pescoço dele e lhe deu um beijo rápido, que se transformou em um mais longo, em um mais quente. Então ele começou a despi-la... Lentamente, pontuando cada movimento com beijos e carícias. Seu coração batia mais rápido com cada peça de roupa que ele tirava. Havia algo muito irritante sobre ele despi-la completamente. Especialmente quando ele estava completamente vestido. Então, ela o deteve depois que ele tirou toda sua roupa menos sua camisola e ceroulas. — Eu quero ver você também — Ela sussurrou.— Deixe-me ser seu valete. Ele respirou fundo. — Seu desejo é meu comando, esposa. Ela tinha um conhecimento superficial de como todas as peças de roupa iam juntas, mas depois de remover o casaco e colete, ela teve alguns problemas para desfazer o nó da gravata, que parecia ser amarrado em um nó desnecessariamente complicado. — Quer ajuda? — Ele perguntou em um murmúrio gutural. Ela deu um aceno apertado. Quando ele riu e a obedeceu, removendo a enfadonha peça de roupa, ela murmurou: — Agora eu vejo por que você tem um valete. Ninguém jamais poderia fazer um extravagante nó por conta própria. Ele gesticulou para seu penteado elaborado. — Eu poderia dizer o mesmo sobre o seu cabelo. Solte-os, querida. Eu tenho certeza que irei rosnar tentando. Conforme ela deixava-os cair e virava-se para colocar seus grampos sobre a penteadeira, ele veio por trás dela para encher as mãos com seus cachos. — Ah, como é belo — Ele levou uma mecha até seus lábios e beijou-a.— Eu sabia que ia ser tão delicioso como o resto de você.

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Ela prendeu a respiração com o elogio. — É muito difícil... Manter eles sobre controle. — Um pouco como sua proprietária. E eu gosto de todo aquele descontrole glorioso — Varrendo a massa de lado para que ele pudesse beijar seu pescoço, ele murmurou — Hora de remover o resto de suas roupas, querida. Ela o encarou. — Você primeiro. Ele arqueou uma sobrancelha. — Para uma mulher imprudente o suficiente para jogar nos infernos, você certamente é tímida. — Não tímida — Ela mentiu, relutante em admitir seu verdadeiro medo. Que uma vez que ele a visse nua, ele se arrependeria de ter se casado com ela. Ela puxou a gola da camisa dele — Estou ansiosa para ver pelo que troquei minha liberdade. — Então é isso, não é? — Seu olhar perfurando os dela, ele tirou a camisa. Em seu primeiro vislumbre do peito dele totalmente nu, ela mal pôde respirar. Espalhando suas mãos sobre ele, ela sussurrou: — Para um homem que gasta todo o seu tempo nos infernos, você é completamente... Musculoso. Sua garganta se moveu convulsivamente. — Eu cavalgo, sabe. E salto. E... — Isso terminou em um gemido quando ela correu os polegares sobre seus mamilos. — Você estava dizendo? — Brincou ela. Ela gostava de tê-lo à sua mercê para variar. Deslizando os dedos para baixo em sua barriga esticada, ela desabotoou as calças e se deleitou com a forma como a protuberância abaixo dele engrossou ao seu toque. Mas antes que ela pudesse ir mais longe, ele empurrou as mãos dela de lado para que ele pudesse desfazer o resto e desamarrar os calções, ceroulas e meias em um puxão. Deixando-o nu finalmente.

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Ela bebeu dele. Meu Deus. Então era assim que um homem parecia sob suas roupas. Muito mais peludo do que ela teria esperado, para não mencionar mais... Esculpido. E seu... Pênis... Estava saltando para fora, a coisa imprudente. Quando se balançou sob seu olhar, ela ficou um pouco mais envergonhada de ser pega olhando para ele e baixou o olhar. Foi quando ela viu uma cicatriz que corria cerca de quinze centímetros para baixo de uma de suas pernas bem forjadas para seu pé. Com o coração na garganta, ela inclinou-se para traçar o sulco profundo. — O que é isso? Ele ficou tenso. — Nada. — Claramente não é nada — Ela olhou para ele — Parece horrível. Deve ter doído terrivelmente. Sua respiração ficou pesada conforme ele a puxou para cima. — Eu pisei em uma lâmpada a óleo, enquanto estava na adega quando menino e o vidro quebrou, cortando minha perna. — Bom Deus! Quão fundo? — Fundo o suficiente. — O que você estava fazendo em um porão? Ele encolheu os ombros. — Você sabe como os rapazes são, arrumando sempre problemas e indo a lugares que não devem. Algo sobre a escuridão repentina em seus olhos lhe disse que havia mais do que isso, mas antes que ela pudesse pedir detalhes, ele se aproximou e desabotoou a camisola dela. — Chega de enrolação, esposa — Ele disse com voz rouca — Agora é a minha vez de ver pelo que troquei minha liberdade.

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Capítulo Vinte Warren teve apenas um momento para comemorar, o fato de ter conseguido evitar tocar no assunto de sua cicatriz, antes que Delia tirasse suas roupas e todos os seus sentidos ficassem em alerta. Droga. Ela era ainda mais bonita do que ele imaginava. Pele suave e sedosa como creme, seios como dois cremes cobertos com suculentas cerejas e um cabelo preto que ele sabia ser delicioso ao toque. Mas o melhor de tudo foram os quadris mais lindos que ele já viu em sua vida. Que Deus o ajudasse. Ela era uma obra de arte. Quando ela corou sob o olhar dele, ele a rodeou para que pudesse dar uma olhada em seu belo traseiro e no minuto em que ele viu, ele sabia que estava em uma grande e profunda encrenca. Com seu cabelo com belos cachos negros jogados docemente, era uma visão deliciosa. Droga, droga, droga! Ela ficou rígida. — O que há de errado? — Não há nada de errado — Ele cedeu à tentação de encher suas mãos com aqueles seios perfeitos e tomou seu tempo apertando e moldando-os — Você, minha querida, tem um bumbum de anjo, perfeito. A tensão dela diminuiu. — Você costuma ficar observando traseiros, senhor? Ele estava tentado a dizer que sua bunda excedia o melhor de qualquer mulher que ele já tivesse visto, mas não fazia sentido lembrá-la de sua reputação. — É uma figura de linguagem. E uma que você merece amplamente. — Ampla sendo a palavra operativa — Disse ela secamente. — Eu gosto bastante — Esfregando-se contra ela, ele a deixou sentir o comprimento de seu pênis endurecendo contra aquele bonito traseiro — Como talvez você possa dizer. — Você gosta de tudo — Ela murmurou.

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— Em você, eu gosto — Ele estendeu a mãos para os seus seios em seguida disse — Eu gosto disso — Continuando a amassar um peito pequeno e empinado, ele deslizou a outra mão para acariciá-la descaradamente entre as pernas — Você é uma festa de prazeres, querida. Quando ele deslizou um, depois dois dedos dentro dela, ela engasgou. — E nós dois sabemos que eu gosto de festa. — Eu definitivamente gosto de festejar em você — Ele se inclinou sobre o ombro para beliscar sua orelha —Um dia, minha querida, eu vou te dobrar e te levar por trás para que eu possa ver aquele seu lindo traseiro o tempo todo que eu mergulhar em você. Ela ficou mais excitada com as palavras dele, pois ela também achava a ideia excitante. — Não há tempo... Isso fez seu pênis pular. — Não me tente. Eu te prometi uma cama mais convencional — Ele a lembrou — Mas confesso que mal posso esperar para tomar você desse jeito. — Então faça isso — Ela disse Esse foi todo o encorajamento que ele precisava para levá-la até a penteadeira e deita-la sobre ela, com ela apoiada no tampo com as mãos. Então ele recuou para avaliar o quão adorável ela parecia: sua exuberante aparência tão perfeitamente exposta para ele, suas belas costas tão bem arqueadas e seu cabelo selvagem caindo sobre os ombros sobre a penteadeira. — Abra suas pernas, querida — Ele disse com voz rouca e ela obedeceu. Agora ele podia ver o sulco entre suas coxas que desejava possuir completamente — Deus, você é tão linda. Ele olhou para cima para encontrar os olhos dela o observando, aquele azul firme que sempre apontava diretamente para seu peito. O rubor estava desaparecendo de suas bochechas, substituído por uma expressão de curiosidade desenfreada. Como ele teve tanta sorte em encontrar uma esposa que parecia tão interessada nos prazeres da cama quanto ele?

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— Você me faz ficar extremamente excitado — Deslizando a mão entre as pernas dela, ele acariciou o beicinho dos lábios inferiores encharcados com sua excitação — E eu não sou o único a gostar disso, sou? — Não — Um sorriso tímido cruzou seu rosto. Então ela repetiu suas palavras —Como você bem sabe. Seu pênis certamente sabia. — Eu começo a pensar que você e eu somos mais compatíveis do que eu acreditava. Ele precisava estar dentro dela, droga. Mas para ele era importante que ela também sentisse prazer. Então, se concentrou em acariciar seu ponto doce, até que ele a teve ofegante e se esfregando contra sua mão. Ao mesmo tempo, ele se inclinou para alcançá-la, para poder esfregar um dos seios dela enquanto continuava a acariciá-la por trás. Quando seus olhos se fecharam e ela gemeu, ele sentiu uma satisfação inebriante. Ela reagia tão bem. Isso fez com que ele a desejasse ainda mais. Incapaz de suportar a intensidade de sua excitação por mais tempo, ele se acomodou dentro dela. Ela fez um som estranho, um cruzamento entre um suspiro e um gemido. — Você está bem? — Ele murmurou. Porque Deus sabia que ele não. Ele já estava meio louco por sua esposa, que ele não deixaria de possui-la nem que a sua vida dependesse disso. — Não — Ela respondeu — Eu já estou fora de mim, de tanto desejar você. Sua resposta aumentou sua necessidade. — Então você me terá. Espere meu amor. Essa pode ser uma viagem difícil. Então ele a penetrou, adorando seus gemidos suaves, perdendo-se na seda quente e úmida dela que recebia seu pênis a cada estocada. Em todo momento a tocando, determinado a não perder o controle de sua própria excitação antes que ela gozasse. — Warren... — Ela agarrou seu antebraço — Oh... Sim, meu querido. Sim, sim... Meu marido!

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As palavras possessivas o enviaram além do controle. Com um último impulso duro, ele derramou sua semente e desmoronou em cima dela. Um momento depois, ela convulsionou ao redor dele e gritou sua própria liberação. Enquanto ele estava dentro dela, com o corpo colado em seu doce traseiro, ficou claro para ele que até esta noite ele nunca tinha perdido o controle com uma mulher. Nunca foi tão obcecado por uma mulher que, mesmo depois de se deitar com ela, ele não conseguia manter as mãos longe dela. Mesmo agora, enquanto seu pênis descansava, ele parecia não ter tido o suficiente dela. Ele queria beijar cada centímetro dela docemente, se envolver em seu cabelo... E faze-la deseja-lo de todas as maneiras possíveis. Lutando contra o pânico que este impulso o fazia sentir, ele saiu dela, em seguida, a puxou para seus braços para que ele pudesse esmagá-la contra o peito e esquecer que ele acabara de possui-la como uma prostituta. A esposa dele. A quem ele queria possuir novamente. E de novo e de novo... Ela beijou sua bochecha e ele gemeu. Deus, e se ele a desapontasse? Porque, ele sempre esteve fadado a decepcionar as pessoas: decepcionara sua mãe, seu pai, seus professores e toda mulher que conheceu antes de Delia. Não seja um covarde chorão, menino. Os lordes não têm medo do escuro. Animese e seja um homem. Ele estremeceu ao pensar em tais palavras ou algo parecido com elas, vindo de sua esposa. Isso não poderia acontecer. Então ele deve tomar cuidado para definir os termos deste casamento de forma muito clara. E fazer o possível para cumprilos. Melhor dar-lhe um pouco de decepção agora do que deixá-la ver o medo que estava no centro de sua alma. Delia sentiu que ele se afastava, de forma tão palpável quanto ela o sentia dentro dela. E não apenas fisicamente. Quando ele se afastou, ela viu uma máscara cair em seu rosto.

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Ela não poderia esconder seu desapontamento, nem que sua vida dependesse disso. Ela não conseguia parar de tremer. Lembrando o momento em que ele a tomava, sua expressão extasiada. Sentindo o poder dele atrás dela,

dentro

dela...

Conquistando

ela.

Como

pode

acabar

assim...

Surpreendente. Conquistando ela? Nenhum homem nunca fez isso. Isto tinha sido apenas uma relação sexual. Ela sufocou um gemido. Certo. A relação sexual mais incrível que ela poderia imaginar, com o marido, de todas as coisas. Dela. Ele era dela! E ela o manteria ao seu lado para sempre, não importando o que fosse preciso. Mesmo que ele estivesse olhando para ela, com um olhar de arrependimento pelos momentos que eles viveram. — Eu queria que a nossa noite de núpcias fosse diferente — Ele disse, passando a mão pelos cabelos — Eu queria prolongar esse momento e fazer amor de forma suave e doce com você, como um marido deveria. — Eu gostei — Ela disse suavemente, não querendo deixá-lo estragar as coisas quando ela ainda estava tremendo de prazer — Eu não tenho ideia do que um marido deveria fazer, mas eu adorei saber que eu posso fazer você sentir um desejo insano. Seu olhar disparou para ela, cuidadoso, tímido. — Claro que você pode. Você tem me deixado louco de todas as formas possíveis durante a semana que passou e não consigo imaginar por que você não continuaria a prática de entretenimento. — Eu? — Ela disse com um levantar de uma sobrancelha — Você é o único que está me deixando louca desde o início, mantendo-me longe do meu propósito. Quem continuou aparecendo no Dickson para me atormentar com medo de me expor. Ele se aproximou. — Deixe-me contar um pequeno segredo. Eu nunca tive qualquer intenção de expor você. Ela já tinha adivinhado isso, embora não admitisse.

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—Você poderia ter dito alguma coisa. Ele olhou para longe, sua máscara no lugar mais uma vez. — Isso tiraria toda a diversão disso. — Isso é tudo que foi para você? Entretenimento? — Ela apontou um dedo para o peito nu e bastante impressionante — Bem, isso voltou para te dar um tapa na cara, não é, Senhor Alto-e-Poderoso? Eu diria que você não teria sido tão arrogante se soubesse que acabaria sendo forçado a se casar comigo. Tendo exposto sua opinião, ela tentou escapar de entre ele e a cômoda, mas ele a pegou e a manteve prisioneira com as mãos apoiadas em ambos os lados dela. — Vamos resolver algo de uma vez por todas, meu doce. — Seus olhos escuros penetraram nela. — Eu não fui forçado a casar. Depois que sua tia e eu partimos para Londres, ela me deu a escolha, tentar acabar com os rumores ou casar com você. Eu escolhi o último. Porque eu sabia que seria melhor para nós dois. Isso a surpreendeu. Tia Agatha havia lhe oferecido uma fuga e ele não tinha tomado? Verdadeiramente? Assim que isso começou a suavizá-la, o impacto total de suas palavras a atingiu. — Engraçado como você “sabia” o que seria melhor para mim, sem me consultar. — Sua tia não me deu a opção de consultá-la — Ele pegou o queixo dela em sua mão —Diga a verdade, você se arrepende do casamento? Ela olhou em seus olhos. — Não. Ainda não, de qualquer maneira. A satisfação iluminou suas feições antes que ele a mascarasse. — Então o que está feito está feito — Seu olhar endureceu nela —Então, nunca me deixe ouvir você dizer de novo que eu não tive escolha. Você pode se sentir como se não tivesse nenhum, mas eu bem que tive uma escolha. E eu escolhi você.

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Aquelas palavras firmes acabaram com algumas de suas preocupações sobre o futuro. Até que ele acrescentou, quando a soltou: — Isso pode não ser um jogo de amor, mas é bom mesmo assim. E foi isso. Para ele, isso não era nada mais do que uma sábia união entre duas pessoas respeitáveis que precisavam se casar. Quando ele se virou, ela lutou para esconder a dor em seu coração. Ele estava apenas falando uma verdade que ela mesma teria dito um dia atrás. Mas agora que ela se apaixonou por ele... Ela sufocou um gemido. Ela não poderia ter sido tão tola a ponto de se apaixonar por ele, poderia? Mas a verdade a atingiu com uma força impressionante. Senhor. Ela foi. Maldito seja. Ele a fez sentir coisas, querer coisas. . . Não foi justo! Especialmente desde que sua afirmação sobre o fato de não ser um jogo de amor deixou claro que ele não sentia o mesmo. Então ela devia manter seu segredo em segurança. A única coisa pior do que se apaixonar por um homem que não te amava era deixá-lo saber e usar isso contra você. Isso a fez parecer uma mulher patética Como se as palavras dele também o tivessem lembrado, que o casamento não passava de um acordo conveniente, seu humor se tornou ainda mais negro. Ele pegou suas roupas e começou a se vestir. — Eu suponho que é hora de eu deixar você dormir um pouco. As palavras friamente faladas a magoaram profundamente, mas ela se forçou a ignorar isto. — Isso seria ótimo, obrigada — Ela conseguiu dizer —Mas você também precisa dormir. Fique comigo. É a nossa noite de núpcias! — Você não descansou muito mais do que na noite passada. — Ah, mas eu estou acostumado com isso — Sem encontrar seu olhar, ele apontou para uma cômoda — Você vai encontrar suas roupas de dormir lá, eu acredito. Ela sufocou o uivo de seu coração e se concentrou em procurar por sua camisola.

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Quando ela se vestiu, ele vestiu a camisa, então juntou o resto de suas roupas e se dirigiu para a porta do quarto adjacente. Todo o seu orgulho fugiu. — Warren! — Ela chamou — Você não vai ficar mais um pouco comigo? Um leve pesar cruzou seu rosto antes que ele falasse. — Eu não acho isso sensato. Você precisa dormir e eu... Tenho assuntos de negócios para atender. Não é tão tarde quanto provavelmente parece para você. Ah Claro. — Provavelmente ainda é mais ou menos 8 horas. Eu não pensei nisso. Com um aceno de cabeça, ele abriu a porta e uma bola de pelo branco brilhou no quarto e se dirigiu diretamente para ela. — Flossie! — Ela gritou, pegando a gata, que instantaneamente começou a ronronar. — Eu esqueci. Eles a colocaram no meu quarto. Eu quis surpreendê-la com ela. — E você fez. Ela acariciou seu querido animal de estimação, lutando para não deixá-lo ver suas lágrimas. Além de cumprir com sua promessa, ele também tinha trazido Flossie, o que significava que ele se importava um pouco, não é? Ou talvez apenas significasse que ele era o cavalheiro que ele insistia que era. De qualquer maneira, foi adorável. — Estou tão feliz por você estar aqui, querida — Ela murmurou para Flossie — Eu senti tanto sua falta! — Você vê? — Ele disse suavemente — Você não precisa de mim. Você a tem. Ela olhou para cima a tempo de ver o que parecia um olhar ansioso em seu rosto. Mas passou tão depressa que ela deve ter se enganado. Agarrando Flossie de encontro ao peito, ela olhou para o marido. — Você vai voltar mais tarde, certo?

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Senhor, ela parecia patética. Mas ela não conseguiu evitar. Uma coisa era ele deixar sua cama quando ela já havia pegado no sono, outra era que ele compartilhasse uma experiência incrivelmente erótica com ela e fizesse uma coisa tão gentil, então partisse como se nada tivesse acontecido... Ele se encolheu, aparentemente percebendo como ela estava se sentindo abandonada em sua noite de núpcias. Então ele se virou e disse. — Vamos ver — Naquela voz horrível e evasiva dele. Ele gesticulou para a cama —Descanse um pouco. Vejo você no café da manhã, se não antes. No café da manhã? Certamente ele não poderia dizer isso. No entanto, entrou em seu quarto de dormir e fechou a porta como se fosse a coisa mais natural do mundo. O desespero se apoderou dela. Ela nunca teria imaginado que ele seria tão formal em suas relações com ela. Ele realmente nunca iria passar a noite toda com ela? Sempre iria partir logo após se deitar com ela? Pensar nisso, diminuiu bastante sua excitação, tinha sido tão bom compartilhar a cama com ele. — Eu não o entendo — Disse ela à Flossie enquanto se dirigia ao lavatório — Em um momento, eu acho que ele está apaixonado por mim e no outro eu acredito que ele apenas tolera nosso casamento. Flossie lambeu seu rosto. Pelo menos a gata entendia suas preocupações. Infelizmente, ela não poderia fazer nada sobre isso. Depois de organizar seus pensamentos, Delis foi para a cama. Que outra escolha ela tinha? Quando ela puxou a colcha e se deitou, suas palavras anteriores surgiram em sua mente. Este era o quarto da minha mãe antes de abraçar a fé metodista e começar a dormir em uma menor e mais sóbrio. Sua mãe havia se convertido. E ele obviamente se rebelou contra as crenças de sua mãe ou ele não passaria as noites nos bordéis. O que aconteceu entre ele e sua mãe para fazê-lo ir tão inteiramente à direção oposta? Normalmente, uma pergunta como essa a teria mantido acordada, mas ela estava muito cansada, especialmente depois de ter feito amor com Warren.

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Então, alguns momentos depois de ter deslizado entre as cobertas, ela adormeceu com Flossie em seus braços. Quando ela acordou, ficou brevemente desorientada, sem saber onde estava. Um relógio marcante entrou em sua consciência e ela procurou-o à luz do fogo que ainda ardia na lareira. Três da manhã Isso fazia sentido, considerando o quão cedo ela se deitou. Deixando a cama, dirigiu-se ao quarto de Warren, bateu na porta, porém não obteve resposta. A porta estava destrancada e, quando ela abriu a porta, ficou surpresa ao encontrar o quarto vazio. Totalmente vazio. A cama intacta, sem sinais que Warren tivesse se deitado. Isso significava que ele estava vagando, como ele disse. Mas onde? Em seu escritório? Em algum lugar fora da casa da cidade? Nos bordéis? Ele prometeu não fazer isso, mas a possibilidade a incomodava. Colocando seu penhoar, ela desceu as escadas na esperança de que ela pudesse encontrá-lo. Em vez disso, ela assustou o criado noturno acordado. — Milady! — Ele ficou de pé e esfregou a mão sobre suas feições — Eu... Não esperava... Isto é, sua senhoria não esperava... — Está tudo bem — Disse ela — Eu não consegui dormir. Ela olhou sobre o hall de entrada e no corredor, nenhum dos quais ela tinha visto mais cedo. Mesmo a partir daqui, parecia haver muitos quartos, esta deve ser uma casa enorme. — Estou procurando meu marido. O lacaio ficou vermelho. — Claro. Bem... Isso é... Sua senhoria não está em casa agora. Ela engoliu a resposta malcriada que veio instantaneamente aos seus lábios. — Você sabe onde ele está? — Eu não... Na realidade. Eu cheguei ele já tinha saído. Sua garganta se apertou. — Entendo.

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Com um olhar de pena, ele acrescentou: — Mas eu ouso dizer que ele foi para o seu clube St. George's. Você sabe. Em Piccadilly. Ela assentiu distraidamente. — Eu diria que ele está. Não era como se ele não tivesse avisado que ele poderia passar as noites em seu clube. Mas... Na sua noite de núpcias? Depois de possuir sua noiva? Com o coração afundando, ela lentamente subiu as escadas em direção ao seu quarto. Quarto dela. Não deles. Ele quis dizer que este seria um daqueles casamentos modernos, afinal? Ela cerrou os punhos. Para o inferno com isso, se ele poderia pensar assim, porque ela não? Um casamento moderno exigia duas pessoas e ela se recusava a ter parte disso. Mas se ela o repreende-se por isso não conseguiria muito. Ele não parecia entender que ele devia se comportar. Em vez disso, ela lhe mostraria que ela poderia ser mais do que apenas uma parceira de cama, que ela poderia ser uma boa esposa para ele, uma companhia agradável e sim, até mesmo uma amiga que pudesse suportar seus pesadelos. Porque tornar-se importante para ele, mais do que apenas para fazer amor, poderia ser a única maneira de proteger seu coração. E ela queria muito fazer exatamente isso.

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Capítulo Vinte e Um Warren sentou-se debruçado sobre uma xícara de café na sua sala de café-da-manhã às 11h30 da manhã. Normalmente, ele não teria se levantado até o meio-dia, depois de ter tropeçado na cama ao amanhecer. Mas ele acordou cedo, incapaz de dormir, pensamentos de sua adorável esposa deitada sozinha no quarto ao lado. Ansiando por ele. Em sua frágil camisola. Droga. Melhor não pensar nisso agora. A julgar pelo seu comportamento até agora, ela deve considerá-lo o sujeito mais escandaloso de toda a Inglaterra. Ele queria mostrar-lhe o contrário, agora que a noite passara. Como se ele a tivesse conjurado, ela apareceu na porta. Ela estava completamente vestida, droga para o inferno, em um vestido de dia azul muito respeitável que cobria muito de seu belo corpo. Ainda assim, trouxe o brilho de seus olhos e complementou sua figura. Tudo o que ele gostou muito de examinar na noite passada. Enquanto seu pênis se contorcia em suas calças, ele sufocou um gemido. — Ah, você está acordada. — Oh, eu estive acordada por horas — Disse ela alegremente quando entrou —Desde que eu ouvi você cair na cama por volta das seis, na verdade. Porra, ela o ouviu entrar? Ele tentou ficar quieto. Quando ela não disse mais nada, ele percebeu que ela estava esperando por uma explicação. Mas ele seria amaldiçoado se lhe desse uma. Com um ligeiro sombreamento de seu olhar, ela caminhou ao lado dele para se servir de uma xícara de café, inclinando-se perto o suficiente para que ele pudesse sentir seu cheiro de limão. — De qualquer forma, eu percebi que desde que você estava na cama e não poderia me apresentar oficialmente para sua equipe, eu faria as apresentações eu mesma — Endireitando-se, ela tomou um gole de café — Eu espero que você não se importe. — Faria alguma diferença se eu me importasse? — Ele perguntou.

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—Claro. Mas eu não achei que você faria. E eu não queria te acordar cedo demais depois de você ter ido dormir tão tarde. Outra pausa para uma explicação. Ele ignorou isso e qualquer outra coisa que o atormentasse. Ela levantou o queixo. — Então eu conheci seu cozinheiro, seu mordomo e um número de seus adoráveis empregados. Por alguma razão, aquela última observação o incomodou. — Eu não tenho empregados adoráveis. — Mesmo? Eles pareciam muito amáveis para mim — Ela inclinou a cabeça — Tem certeza de que conhece sua equipe? — Eu conheço minha equipe perfeitamente bem — Ele rosnou. Ela suspirou. — Não precisa ficar agitado com isso. — Eu não estou — Ele se conteve — Não se preocupe comigo. Estou meio fora de mim no momento. Em vez de fazer alguma observação tola sobre como isso acontecia quando não se conseguia dormir, ela lhe deu um tapinha no braço em solidariedade. — Eu sinto muito por ouvir isso. Porque é verdadeiramente uma manhã amável. Eu já fui passear no seu jardim com Flossie. Ele a olhou cautelosamente. Ela não ia exigir saber exatamente onde ele estava e o que ele estava fazendo? E ela era realmente tão alegre simplesmente por causa da linda manhã e sua caminhada com Flossie? Ontem à noite, ela parecia muito desapontada quando ele estabeleceu as regras para passar suas noites separadas. Ainda esta manhã ela agiu como se ela mal se importasse que ele a abandonou. Isso não estava bem. Ele deveria estar feliz por ela estar contente em seguir seu próprio caminho. — Eu normalmente não acordo tão cedo. — Eu já ouvi isso — Ela o olhou de perto — E você obviamente não é uma pessoa que gosta de manhãs.

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— Eu gosto de manhãs — Ele retrucou — Contanto que eu possa gastálas dormindo. — Ah. Talvez, então, você deva comer algo mais... Ela foi até o bufê, que guardava suas preferências habituais de café da manhã: frios, queijos e pão, então começou a empilhar comida em um prato. — Eu procurei por você às três da manhã, a primeira vez que me levantei. Mas você não estava em casa. A casualidade forçada com a qual ela soltou aquela bomba trouxe uma satisfação feroz para ele. Ela notou que ele tinha ido embora. Ela se importava. — Sim, como eu disse a você, eu costumo vagar. Por fim, chegaria a resposta típica de ciúmes, aquela que o impedira de se casar todo esse tempo. Em vez disso, ela o encarou com um sorriso. — Sim eu lembro. E eu apreciei muito o fato de você ter sido tão atencioso na noite passada a ponto de me permitir descansar. Sozinha. Isso o desconcertou. Ela estava sendo sarcástica? — Eu estava no St. George's— Embora não soubesse por que ele sentiu a necessidade de explicar. Ela acenou com a mão com desdém. — Oh, eu assumi o mesmo, desde que o lacaio disse que você poderia estar lá. Ele a olhou cautelosamente. — Você não ficou... Preocupada? — Por que eu deveria me preocupar? Pelo que você disse ontem à noite, eu entendo que você tem saído e ficado acordado até tarde da noite por anos. — Bem, sim, mas... Ela levantou uma sobrancelha. — Mas? — Não há necessidade de discutir isso — Disse ele irritado — Eu disse a você que iria investigar a situação com a fraude no jogo de cartas do seu irmão. Então passei a maior parte da noite no St. George's fazendo perguntas discretas sobre aquele seu senhor tatuado.

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— Que gentil. E eu não estava discutindo com você. Eu não posso imaginar porque você acha que eu estava. Porque isso era dever de uma esposa, droga. Para descobrir o paradeiro do marido. Então, Delia era tudo menos uma esposa típica. Na verdade, ela voltou para a mesa com um prato cheio de torradas com manteiga, fatias de cheddar e rosbife, depois colocou na frente dele. Mesmo seus empregados não seriam tão presunçosos. No entanto, de alguma forma, ela conseguiu escolher todas as coisas que ele gostava. — Você conseguiu descobrir alguma coisa sobre o sujeito tatuado? — Ela perguntou quando se sentou em frente a ele. — Não muito — Ele resmungou quando começou a pegar a comida. Deus, ele estava se comportando como um estudante grosseiro, reclamando de tudo e de nada. Ele se forçou a não soar tão mal-humorado —Eu falei com Rathmoor, que costumava frequentar certos círculos desagradáveis e ele nunca tinha visto um lorde com uma tatuagem de qualquer tipo. Infelizmente, Fulkham não esteve lá ontem à noite, já que ele tinha alguns assuntos a tratar no gabinete, mas espero falar com ele esta noite. — Isso soa como um excelente plano — Ela tomou um gole de café —Eu entendo que nenhum desses cavalheiros é casado e é por isso que eles podem passar a noite toda no St. George's? O tom em que ela falou estas palavras lhe disse que ela não era tão otimista quanto a esse arranjo quanto aparecia. Isso o deixou repleto de culpa. Ela realmente estava se esforçando. E ele estava sendo irracional em suas expectativas. O mínimo que ele podia fazer era reconhecer isso. — Na verdade, falei com Rathmoor no início da noite, depois que te deixei dormindo. Mas sim, ele é casado e, sem dúvida, voltou para casa em uma hora razoável. Fulkham, por outro lado, não é casado. Clarissa tem trabalhado para encontrar uma esposa para ele, pobre homem.

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— Ela é muito boa nisso— Disse Delia —Ela e minha tia deveriam se unir para começar um clube de namoro. Eles poderiam nos sustentar como um exemplo de seu sucesso. Ele não sabia o que dizer sobre isso. Então ele mudou de assunto. — Eu pensei em colocar um anuncio para escolher uma dama de companhia para você no jornal esta manhã e então poderíamos responder a alguns convites. Isso geralmente é esperado de casais recém-casados . — Provavelmente. Mas você é um marquês, então eu tenho certeza que você pode fazer suas próprias regras sobre isso. — Você ficaria surpresa — Ele se acomodou para olhar para ela —Talvez eu pudesse te levar às compras depois disso. Você gosta de fazer compras, não é? Ele não ousou aceitar nada como certo em relação a Delia. Sua esposa poderia ser um pássaro estranho. — Depende do que estamos comprando — Ela soltou um longo suspiro de sofrimento. —Embora eu acredite que eu deva adquirir mais roupas da moda. Isso seria definitivamente esperado de uma marquesa recém-casada. Seu desânimo o fez rir. — A maioria das mulheres aproveita a chance de gastar o dinheiro de seus maridos enchendo seus armários. — A maioria das mulheres tem amigas para ajudá-las a escolher roupas. Meus amigos e parentes ainda estão na festa na casa de campo. — Ah. Então, você prefere esperar até que eles retornem à cidade para ir às compras? Ela se iluminou. — Oh, nós poderíamos? Eu preferiria muito mais — O rosto dela caiu — A menos que você esteja com vergonha de ser visto comigo na cidade vestindo farrapos. — Primeiro de tudo, você não está vestida de maneira desleixada. Em segundo lugar, eu nunca ficaria envergonhado de ser visto na cidade com você por qualquer motivo. Um sorriso brilhou em seu rosto.

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— Lorde Knightford, acredito que você acabou de me elogiar. — Claro que sim — Ele lançou lhe uma careta fingida —Eu não sou completamente desprovido de virtudes maritais. Ela deu um tapinha na mão dele. — Eu sei. Ele pegou a mão dela e segurou-a com algo estranho nos olhos, como carinho. —Eu te digo que, depois de apresentá-la oficialmente à equipe e leva-la para um passeio na casa da cidade, nós cumpriremos nossas obrigações e iremos para Hyde Park para sermos vistos como um bom casal casado. Ele beijou as costas da mão dela. — Então, hoje à noite, podemos ir ao Vauxhall Garden, um lugar bem impróprio, para jantar e ver a nova exposição. — O Grande Panorama Hidropático? — Seus olhos se iluminaram —Ah sim, eu queria ver isso desde que foi inaugurado! Mas tia Agatha achou Vauxhall um lugar escandaloso demais para uma jovem solteira. Ele se inclinou para sussurrar: — E ele é mesmo. Felizmente, você está casada agora. — Que bom que você percebeu. Ele ignorou seu tom sarcástico. — Além disso, não é mais escandaloso do que um inferno nos jogos em Covent Garden. Embora as partes que planejamos ver possam escandalizar a sociedade. Ela bateu a mão em seu peito dramaticamente. — Por que, Lorde Knightford, não me diga que você pretende me mostrar os passeios escuros e tentar atacar a minha honra. — Tentar, minha querida? Espero ter mais chances de sucesso do que isso. — Você é muito presunçoso, senhor — Ela se levantou para lançar lhe um sorriso atrevido — Para não mencionar arrogante. Quando ela se virou, ele se levantou para pegá-la pela cintura e puxá-la de volta contra a protuberância em suas calças.

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— Presunçoso é exatamente o que eu sou — Ele sussurrou em seu ouvido —E eu gostaria de começar o dia com um pouco mais de arrogância. Tanto para mostrar a ela que ele não era o cara mais mal-humorado de toda a Inglaterra. Ele suspirou. — Infelizmente, eu deveria apresentá-la à minha equipe antes de fazermos qualquer outra coisa. Ela o surpreendeu esfregando-se contra ele. — Eu já conheci o seu pessoal, lembra? — Ela brincou — Mas, sim, eu acho que você deveria me apresentar para o resto dos seus empregados. Um sorriso apareceu em seu rosto. — Muito divertido. — Além disso — Brincou a pequena provocadora quando ela disparou na frente dele — Você deveria deixar algo para nós fazermos hoje à noite nos passeios escuros. Possivelmente. Mas de qualquer forma, pelo menos parte da noite, ele teria Delia para ajudá-lo a manter sua escuridão escondida. Ele gostou bastante disso. Então, talvez, quando ele fugisse de casa nas primeiras horas da manhã em busca de luz, barulho e pessoas, ela não se importaria muito. Vauxhall era tão delicioso quanto Delia havia imaginado. Primeiro, houve a apresentação musical no palco, um maravilhoso balé cômico que fez ela e Warren rirem. Em seguida, os fogos de artifício explodiram no céu de fontes coloridas e cachoeiras jorrantes em uma interação verdadeiramente espetacular de luz e água que tirou suspiros da multidão. Muito mais tarde, depois que a excitação passou, seu marido decididamente convencido e fiel à sua palavra e, com quase nenhuma dificuldade,

seduziu-a

em

uma

das

caminhadas

sombrias.

Foi

surpreendentemente agradável fazer tal coisa em um lugar público. Ela não teria pensado nisso. Com certeza, houve alguns momentos ruins à noite, como quando uma viúva que ou não tinha ouvido falar do casamento de Warren ou não se

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importava com o que isso significava tentou persuadi-lo a entrar no quarto dela. Sozinho. Ou agora, quando um par do que só poderia ser descrito como saiasleves ficava observando e sussurrando enquanto ela e Warren passavam. —Você as conhece? — Ela perguntou. —Quem? Ela podia dizer pela sua expressão vazia que ele genuinamente não tinha notado as saias-leves. Ela supôs que isso era uma coisa boa. Mas ainda era um lembrete bastante desconfortável de suas experiências passadas com mulheres. — Ninguém — Ela passou o braço pelo dele —Estou ficando cansada. Vamos para casa? — Se é isso que você deseja. O que eu desejo é que meu marido durma comigo esta noite. Mas ela não podia dizer isso. Suas táticas para conquistá-lo como esposa estavam indo bem. Em nenhum ponto poderia arruinar tudo e torna-lo rabugento. Eles passaram a viagem de volta comparando opiniões sobre o desempenho do balé. Como eles desembarcaram na entrada de sua casa na cidade ela se perguntou se ele tentaria seduzi-la novamente ou se ele apenas a levaria para a cama para dormir sozinha com seu gato. Então o mordomo encontrou-os na porta. — Meu senhor, seu irmão está aqui. — Qual? Delia já havia aprendido que ele tinha cinco, um dos quais era casado e morava fora nos Estados Unidos. Então, obviamente, não era esse. — Capitão Lorde Hartley, senhor. — Warren! — Gritou uma voz do corredor — Você voltou! Andando em direção a eles havia um sujeito corpulento que não se parecia nada com seu irmão. De olhos verdes, ostentando uma grossa barba castanha e usando um uniforme dos hussardos, era o único oficial de cavalaria. E a julgar pelo abraço exuberante que ele deu no irmão, nada disso fazia diferença entre eles.

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— Estou de volta? — Disse Warren enquanto se afastavam — Eu estive aqui o tempo todo. Você é aquele que continua correndo pelo mundo a fora. Quanto tempo se passou? Dois anos? Três? — Só um pouco mais que um velho amigo. Não posso acreditar que você não se lembra — Ele fez uma pausa —Oh, espere, você esteve em Bath com Clarissa e nossa tia da última vez que estive em Londres. E minha visita foi muito curta para eu ir até lá para ver você. — Obviamente, desde que eu nem sabia que você estava na Inglaterra. — É por isso que eu vim direto do navio de transporte dessa vez. Eu não queria sentir sua falta. Cheguei à cidade há apenas três horas. — Lorde Hartley virou-se para Delia com um brilho nos olhos — E esta deve ser sua nova esposa. Não posso acreditar que tive que ouvir falar do seu casamento dos criados. Warren franziu o cenho para ele. — Estamos casados há um dia e meio e escrevi para informá-lo sobre isso. Mas a carta está a caminho de James Island. Claramente, você não estava lá para recebê-la. Possessivamente, ele colocou a mão na curva das costas de Delia. — Então, posso apresentar minha esposa, Delia? Delia, este é o Capitão Lorde Hartley Corry do 10º Hussardos Reais. O mais velho dos meus irmãos mais novos. — Prazer em conhecê-la, madame — Disse Lorde Hartley com uma mesura e um sorriso — E me chame de Hart. Nós somos família agora, parece — Então ele a cobriu com um olhar avaliador que a lembrou muito do marido — Devo dizer que meu irmão é um homem de sorte, de fato. — Eu agradeço senhor — Ela sorriu enquanto estendia a mão, que ele pressionou por um tom mais longo do que o adequado — E eu devo dizer que você é mais parecido com ele do que eu percebi inicialmente. — Não deixe seu uniforme te enganar — Disse Warren secamente — Ele é um patife disfarçado de soldado. Hart atingiu seu peito dramaticamente com o punho.

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— Você me feriu no coração. Isso é como um lobo chamando uma raposa de fera. Comparado a você, sou apenas um patife júnior. — Oh, confie em mim — Disse Delia, com um olhar astuto para Warren — Não tenho dúvidas de que meu marido pode ultrapassar qualquer homem na sociedade. Hart sorriu para ela. — Eu vejo que sua esposa não é apenas bonita, mas inteligente. — Ela é de fato. Para não mencionar propensa a inventar palavras. Warren apertou seu olhar sobre ela. — Então você já comeu? — Sim. Seus empregados cuidaram bem de mim. — E eu suponho que você vai ficar aqui enquanto estiver na cidade? Perguntou Warren. Hart lançou a Delia um rápido olhar. — Eu não sei. Vocês dois são recém-casados. Eu não gostaria de me intrometer. — Bobagem, você deve ficar — Disse ela apressadamente. Se alguma vez houvesse uma maneira de mostrar ao marido as habilidades de sua esposa, seria fazendo a anfitriã de seu irmão — Você é da família e estamos felizes em ter você. Não é nenhuma intrusão. Ela sabia que tinha tomado a decisão certa quando Hart soltou um suspiro aliviado. — Obrigado, senhora, isso é muito gentil da sua parte. Estou muito feliz em aceitar. Warren acenou com a cabeça para o mordomo. — Pegue minha melhor garrafa de conhaque do porão e leve-a para a sala de visitas. E traga vinho para minha esposa. — E um pouco de pão, queijo e frutas para todos nós — Disse Delia — Temo que a Vauxhall não ofereça muita comida hoje em dia e ouso dizer que meu marido logo vai querer algum tipo de jantar. — Muito bem, senhora — Disse o mordomo e partiu.

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— Uma anfitriã graciosa também — Disse Hart — Você caiu desta vez, irmão. Oferecendo seu braço a Delia, acrescentou: — Venha, minha senhora. Conte-me tudo sobre por que você foi louca o suficiente para tomar um canalha tão impertinente quanto esse sujeito para marido. E o quanto você se arrepende agora que me conheceu? Com uma risada, ela deixou que ele a puxasse pelo corredor em direção à sala de visitas, enquanto Warren a seguia. Claramente, esses irmãos Corry foram todos corte do mesmo tecido: seguros de si, arrogantes e charmosos demais para a sanidade de qualquer mulher. — Veja Hart — Disse Warren — Acredito que ainda posso deixar você de fora, mesmo que não possa ultrapassá-lo. — Eu duvido disso. Eu tenho praticado — Ele se inclinou para dizer a ela em uma voz conspiratória — Deixe-me saber quando você quiser deixar meu irmão menos realizado. Tenho certeza de que poderia te levar furtivamente para o alojamento sem ser pego. — Por que ela iria querer dormir em um maldito quartel — Disse Warren friamente —quando ela pode dormir confortavelmente aqui? — Nós não estaríamos dormindo, seu idiota — Seu irmão disse quando os três entraram na sala de estar — Espere, não me diga que você está apenas dormindo com sua esposa. Eu tenho que explicar a você como o casamento funciona, meu velho? — Oh Senhor — Disse Delia antes de seu marido ficar ainda mais irritado com seu irmão —Todos os irmãos Corry são tão patifes quanto vocês dois? — Não Stephen — Disseram em uníssono. Então os dois riram. Curiosa por saber o que pudesse sobre a família do marido sentou-se no sofá e perguntou: — Por que não Lorde Stephen? Ele é quem se casou com a irmã do Sr. Keane e se mudou para a América, certo? — Esse é o único — Disse Warren.

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— Nosso irmão mais novo toma conta de nossa mãe — Explicou Hart, sentando-se em frente a ela — Enquanto Warren e eu tomamos depois... Eu não sei. Não de nosso pai, com certeza. Warren bufou. — Eu imagino que seja algo do tipo, de volta à família. — Ou isso ou não tem nada a ver com sangue — Apontou Hart — Nosso pai nos estragou tanto com seus pilares de virtude que saímos rancorosos. — Poderia ser — Warren se serviu de uma taça de conhaque do decantador mantido na mesinha lateral e ergueu o copo com um olhar para o irmão — Quer um pouco? — Eu vou esperar por seu mordomo para trazer o bom conhaque — Disse Hart com um sorriso. — Você sabe muito bem que eu não tenho nada além de bom conhaque — Warren tomou um gole. — Ah, mas o “melhor” é o melhor, o que significa que nada mais serve. Antes de começarem a brigar novamente, ela queria ouvir mais sobre sua família. — Então, como exatamente Stephen cuida da sua mãe? Ele é metodista também? — Deus, não — Disse Hart — Mas ele é reformista como ela. Sempre com a intenção de alimentar os pobres, curando os doentes, providenciando roupas para os pequenos filhos de trabalhadores de fábricas — Isso é bom, não é? — Ela disse. — É quando Stephen faz isso — Disse Warren — Ele não oferece sua caridade com uma forte dose de religião, do jeito que nossa mãe fez. — Sim, eu posso ver por que isso não seria bom para você — Brincou ela — Dada a sua escolha de prazeres. — Tudo de que eu desisti, agora que me casei. — Certamente não todos — Disse seu irmão — Você ainda está bebendo conhaque, eu vejo. — E indo ao seu clube por metade da noite — Acrescentou Delia. Hart olhou para o irmão.

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— Isso é só porque Warren odeia a escuridão. Ele precisa de muita luz e atividade ao redor dele. — Chega Hart — Disse Warren com um olhar de advertência. — O que? Você não contou a ela sobre o Sr. Pickering e o porão? Ela ignorou o juramento murmurado de Warren. — Quem é o Sr. Pickering? — Quem era o Sr. Pickering — Disse Hart — Eu ouvi dizer que ele está morto agora, o bastardo. Quando éramos crianças, ele era nosso professor metodista, mais rigoroso até que a nossa mãe. Não poupa a vara, estraga a criança e tudo o que apodrece. — Não é pior do que o que recebemos em Eton — Disse Warren — Lembra-se do velho Chilton? — O porão — Delia solicitou, determinada a não deixar Warren mudar de assunto — O que aconteceu lá? — Não posso acreditar que ele não tenha lhe contado isso — Hart se recostou na cadeira — Uma vez, quando Warren tinha nove anos e o resto de nós estava na casa da nossa avó enquanto minha mãe estava em Londres, Pickering trancou Warren em um antigo celeiro para tentar, como ele gostava de dizer, limpar a maldade dele. — Não funcionou — Disse Warren — E este é um assunto totalmente inadequado. — Eu não vejo por que — Disse Delia calorosamente — Sou sua esposa — E se alguém tem que ouvir essas coisas — Disse Hart — É a sua esposa, não é, irmão? O brilho nos olhos de Warren dizia muito. Delia se virou para Hart. — Quanto tempo ele ficou no porão? Quando Hart hesitou, Warren tomou um longo gole de conhaque e disse em tom conciso: — Cinco dias.

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Ele não estava olhando para ela. O que era tão bom ou ele poderia ter visto o choque em seu rosto. Delia mal conseguia respirar pensando no menino de nove anos trancado em um porão durante dias. Sozinho. No escuro. Oh Senhor, os pesadelos! Claro. Tudo faz sentido agora. — E o seu pai? — Ela perguntou — Ele não deu um fim a isso? — Ele estava em Londres com a nossa mãe — Disse Hart —Embora eu duvide que ele soubesse que ele estava lá e se soubesse não teria feito qualquer coisa. Ele não era o que você chamaria de tipo amoroso. — Então ele era metodista também? — Não — Disse Warren, com o rosto esculpido em pedra — Apenas um peixe frio em geral. — Então e os empregados? — Ela perguntou — Por que eles não protestaram isto? Warren serviu-se de mais conhaque. — Pickering disse a eles que eu mudei de ideia e queria ir com meus irmãos para a casa da minha avó e que ele me levou até a aldeia e me mandou de carruagem para a casa dela. Eles aceitaram sua palavra. — Claro que sim! — Delia disse — Os metodistas não devem mentir. — Nenhum de nós deve mentir — Disse Hart — Mas todos nós fazemos. — Ah, mas eu tenho um empregado wesleyano — Disse Delia — E ele aceita essa restrição de não mentir muito a sério. O fato desse homem ter mentido para encobrir esse comportamento horrível mostra que ele sabia que o que estava fazendo era errado. Hart assentiu. — Pickering era um idiota, sempre desaprovando quando os meninos escapavam com malícia. Desde que ele sabia que ele teria Warren para si mesmo uma semana inteira, ele decidiu que era a sua chance de colocar o meu irmão rebelde em linha reta de uma vez por todas. Pickering manteve Warren no porão e trouxe comida e bebida, mas fora isso, só deixava óleo suficiente para a lâmpada durar algumas horas por dia e depois disso... — Total escuridão — Ela sussurrou, seu coração doendo por seu pobre marido.

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— Acho que ele pretendia mantê-lo lá durante toda a semana — Prosseguiu Hart — Mas Warren pisou no abajur no escuro e quebrou-o, cortando a perna no processo. Ah, sim, a cicatriz dele. Senhor, quão horrível. — Como você pisou em uma lâmpada? — Ela perguntou ao marido. Warren bebeu um pouco de conhaque. — Eu estava tentando pisar nos ratos. Ratos! Seu coração mal podia suportar o pensamento. — Eu nunca soube disso — Disse Hart — Eu sempre quis saber como você conseguiu quebrar a lâmpada, pisando nela — Ele se virou para ela —De qualquer forma, isso pôs fim ao tratamento da adega. Pickering teve que deixá-lo sair. — Então, minha perna pôde ser tratada — Disse Warren timidamente. Hart lançou um olhar de solidariedade ao irmão. — Pickering era o tipo de sujeito mais focado no ódio da maldade e menos nas boas obras ensinadas pelos metodistas. A nossa mãe estava muito enganada em seu caráter. — Ela estava? — Perguntou Warren — Ou ela simplesmente não se importava, contanto que seu empregado conseguisse fazer o herdeiro seguir a linha? — Sua mãe sancionou a punição? — Delia perguntou. — Claro que não — Disse Hart — Ela ficou chocada quando soube disso. Demitindo Pickering imediatamente. Virando-se para a lareira, Warren tomou um grande gole de conhaque, mas não disse nada em resposta. Aparentemente, ele culpa sua mãe ainda. Não que Delia tenha se surpreendido, dado que a negligência da mulher o condenara a pesadelos de uma vida inteira. Nesse momento, um empregado entrou com o conhaque que Warren pedira, junto com comida e uma garrafa de vinho. Os três ficaram em silêncio enquanto o empregado colocava tudo. Mas assim que o homem foi embora, Hart foi servir um pouco do bom conhaque.

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— De qualquer forma, Warren costumava ter terríveis pesadelos sobre o tempo que passou no porão. Felizmente, ele cresceu e os pesadelos o abandonaram quando ficou mais velho. Seu marido congelou de costas para ela. — O abandonaram? — De alguma forma, ela conseguiu falar além das lágrimas entupindo sua garganta — Isso é bom, pelo menos. Warren sacudiu a cabeça para encontrar o olhar dela, um rubor subindo por suas bochechas enquanto seus olhos perfuravam os dela. — Eles eram horríveis — Disse Hart — Ele costumava manter todos no berçário acordados à noite com seus gritos. Ela não conseguia tirar os olhos do marido. — Então fico feliz em saber que ele os superou. Eu odiaria pensar nele sofrendo por toda sua vida. Foi gratidão que ela viu nos olhos de Warren? Isso partiu seu coração. Ele poderia realmente achar que ela trairia seu segredo? Porque claramente ele estava escondendo seus pesadelos de sua família. Ele provavelmente também teria escondido, se ela não tivesse testemunhado acidentalmente. Não deixaria alguém ver qualquer coisa que consideraria uma fraqueza. Até a esposa dele. — De qualquer forma — Disse Warren com indiferença claramente fingida — Isso é tudo coisa do passado e, francamente, bastante chato — Ele abaixou o copo — Então Hart, o que você diz? Vamos pintar a cidade de vermelho como costumávamos nos velhos tempos? Hart olhou de Warren para ela e pareceu tardiamente reconhecer as correntes ocultas entre ela e seu irmão. — Isso foi antes de você se casar, velho amigo. Agora que você está casado, eu não sonharia em manter você longe de sua linda esposa. Especialmente um mero dia e meio depois do casamento. Com um leve sorriso para ela, Hart pegou a garrafa de conhaque. — Além disso, acabei de descer de um navio de transporte depois de semanas no mar e estou exausto. Eu nunca durmo bem nessas coisas. Então eu

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vou levar a mim e a sua bela aguardente para o meu quarto habitual e para a minha confortável cama habitual e deixá-lo continuar com a sua noite — Ele inclinou-se para ela — Adorei conhecê-la, Lady Knightford. — Prazer em conhecê-lo também, Capitão Lorde Hartley. Estou muito feliz em conhecer um dos irmãos de Warren. E para chegar ao fundo da questão com os pesadelos. — Eu vou te ver de manhã — Disse Hart e piscou. Então ele saiu, deixando-a sozinha com o marido.

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Capítulo Vinte e Dois Warren não conseguia olhar para a esposa, não suportava ver a pena no rosto dela. Ou pior, desprezo. Droga Hart, por ter vindo aqui agora. Por contar a ela seu mais vergonhoso segredo. Por deixá-la saber o louco que ele era. Pelo menos ela guardou a verdade do irmão dele. Que os pesadelos ainda o atormentavam. E isso significava que ela estava do lado dele. Que ela iria defendê-lo mesmo quando ele não confiava nela com seus segredos. Ele ouviu o sofá estalar quando ela se levantou. E ainda assim ele não olharia para ela, não poderia olhar para ela. — Por que você não me contou? — Ela perguntou suavemente. — Não é algo que eu me orgulhe — Ele disse. — O que? Se comportando mal quando era menino? Sendo trancado em um porão? A incredulidade em sua voz lhe deu uma pausa. Ele drenou seu conhaque, saboreando a queimação. — Tendo pesadelos sobre isso nesta idade avançada. — Você não pode se culpar por isso. A doce simpatia em sua voz tanto o aqueceu, quanto aterrorizou. — Eu não posso? Os lordes não devem ter medo do escuro. — E as jovens não devem ir jogar nos infernos vestidos como homens também. — Não é o mesmo. Ela veio para ficar entre ele e a lareira, obrigando-o a olhar para ela. — Você quer dizer, porque eu era apenas uma pessoa comum e você é um marquês. — Não. Não é o mesmo porque você fez isso para ajudar sua família. Considerando que tenho pesadelos simplesmente porque tenho medo do escuro. E do silêncio. E de ficar sozinho no escuro e no silêncio. Ele soltou tudo de uma vez. No entanto, ela nem sequer recuou.

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— Eu não estou surpresa. Cinco dias é muito tempo para uma criança ficar presa em um porão. E com a idade que você tinha, as crianças são muito impressionáveis, muito temerosas. Eu acho estranho que você não tenha sido profundamente afetado pela experiência. — Mas eu não sou mais uma criança, droga! Eu deveria ser capaz de superar isso! — Algumas coisas são mais difíceis de serem superadas que outras. Eu ainda não superei meu medo de perder minha casa e tudo o que eu amo. Que qualquer coisa, mesmo arriscando minha reputação na sociedade, é melhor do que ser forçada a mudar novamente para uma nova cidade, um novo país... Uma casa nova. O fio de dor em sua voz o atingiu como um balde de água fria. Não lhe ocorreu que o medo da perda poderia estar por trás de sua imprudência. Isso o fez admirá-la ainda mais. — Mas você superou seu medo, não é? — Ele disse — Graças a mim e aos meus pesadelos, você foi arrancada da sua vida aconchegante no campo e se assentou aqui para viver com um louco... — Você não é louco — Ela interrompeu — E você nunca foi a causa de eu ser “arrancada” da minha “vida aconchegante”. Isso aconteceu muito antes de você aparecer, por causa de Reynold e seu jogo. Se não fosse por você, Brilliana, Silas e eu estaríamos em breve morando em algum chalé, tentando sobreviver. — Meu ponto é, de um jeito ou de outro, você fez o melhor de sua mudança de circunstâncias, apesar do que foi necessário para você. Considerando que eu sou... — Que está lutando contra seus medos. — Ela se aproximou — Ou tentando administrá-los, de qualquer maneira. Eu entendo que suas noites na cidade são a sua maneira de evitar os pesadelos. Ele deu um aceno brusco. Ela viu demais. — Diga-me sobre eles. Um calafrio o varreu. — Os pesadelos?

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— Sim. Com que frequência você os tem? Alguma coisa em particular os faz ocorrer? Como você tentou impedi-los, além de viajar pela cidade todas as horas? Ele arrastou uma mão pelo cabelo. Deixe que sua esposa fiel tente resolver o problema de uma maneira prática, procurando dissecá-lo e assim compreendê-lo. Mas ele fez isso mil vezes e nunca encontrou respostas que lhe desse algum alívio. Um empregado bateu na porta aberta e ambos se viraram. — Há mais alguma coisa que você precisa, milorde? — Perguntou o homem — Devo trazer mais vinho ou comida? Delia olhou para Warren, depois disse em voz baixa: — Acho que devemos continuar essa discussão em um ambiente mais privado, não é? — Provavelmente. E uma vez que os dois estivessem sozinhos em um dos quartos, ele poderia distraí-la para evitar mais perguntas, seduzindo-a. Ela se virou para o empregado com um sorriso. — Não há necessidade de mais nada, Thomas. Nenhum de nós está com muita fome, afinal. Eu acredito que vamos nos retirar agora. — Se retirar? — Thomas se surpreendeu, nunca tinha visto seu mestre ir para a cama antes do amanhecer. Então ele pareceu perceber que seu mestre também nunca teve uma linda esposa e ficou vermelho-beterraba. — Sim, se retirando — Disse Warren secamente — Pelo menos por enquanto. Então, isso será tudo esta noite, Thomas. E você pode dizer ao meu valete e a empregada que tem ajudado a se vestir, que não precisaremos mais de seus serviços esta noite também. — Muito bem milorde — Resmungou o empregado enquanto se apressava em retirar a bandeja e fugir da cena de seu embaraço. Warren e Delia subiram as escadas em silêncio, ambos dolorosamente conscientes do fato de que as paredes tinham ouvidos. Especialmente suas paredes. O empregado solitário que testemunhara um dos seus sonhos infernais tinha desistido no dia seguinte, mas Warren presumiu que os

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rumores circulavam entre os funcionários sobre por que ele evitava dormir em casa, exceto durante o dia. No andar de cima ele abriu a porta do seu quarto e a conduziu para dentro, depois fechou-a e tomou-a nos braços antes que ela pudesse voltar a discutir seus pesadelos. Para seu alívio, ela recebeu seu beijo com seu entusiasmo habitual. Mas esse alívio desapareceu rapidamente quando ela se livrou de seus braços e foi até a cama para pegar Flossie, que estava cochilando ali. — Você não vai me beijar, Warren — Disse ela, segurando o gato no peito como um escudo — Eu quero saber tudo sobre seus sonhos. — E se eu não quiser falar sobre eles? Ela levantou o queixo. — Então eu suponho que vou ter que interrogar seu irmão. Mulher sangrenta e persistente. — Chantagem não combina com você, Delia — Ele retrucou. — E ser evasivo não combina com você, meu querido. O carinho pegou-o desprevenido. Fez ele perceber que em algum lugar profundo, ele queria contar a ela. Desabafar com alguém que não o julgasse. Embora se ela fizesse, ele não tinha certeza de como ele suportaria isso. — Tudo bem — Ele soltou uma respiração dura —Mas se eu tivesse percebido que você insistiria em continuar essa discussão, eu não teria deixado o conhaque para trás. Ela olhou para ele com firmeza. — Devo pedir uma garrafa? Um sorriso surgiu em seus lábios, apesar de tudo. — Você deveria estar me repreendendo por beber, amor. Não se oferecendo para me buscar mais. — Você não joga de acordo com as regras, então não há necessidade de você jogar com isso. Não comigo, de qualquer maneira — Ela se acomodou na cama, com Flossie em seus braços —Então me fale sobre os pesadelos. Eu entendo que, apesar do que seu irmão pensa, você ainda os tem todos esses anos?

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— Só quando eu vou para a cama à noite, como uma pessoa normal — Ele começou a andar de um lado para o outro. — Quando eles começaram? — Na noite depois que fui tirado do porão. De duas a três vezes por semana durante meses, minha mãe decidiu que a melhor coisa era me mandar para a escola em vez de me ensinar em casa. Ela imaginou que isso me ajudaria... Levante-se e seja um homem. — Ela fez suas malas e te mandou para que alguém cuidasse de você? — Delia disse incrédula. — Essencialmente, sim — Ele nunca tinha pensado assim antes, mas supunha que era uma maneira de ver as coisas — Na verdade, a solução dela foi melhor do que você imagina. Em Eton, os estudantes geralmente dormem em um quarto com dezenas de outros, a menos que os pais paguem por um quarto privado e privilégios especiais em alguma casa da aldeia. Dada a minha classificação, eu normalmente não teria sido colocado em um desses quartos conjuntos. Ele deu uma sacudida triste de cabeça. — Mas, graças à determinação de nossa mãe em nos ensinar que éramos como todas as criaturas, pagãos ímpios que precisavam de redenção, eu não tinha privilégios especiais ou quartos particulares. E isso funcionou a meu favor. — Porque você não estava sozinho à noite. — Não só isso, mas eu estava cercado por rapazes que raramente dormiam ou que roncavam ou que estavam sempre enfrentando algum problema. Entre os sussurros, as brincadeiras e o absurdo infantil de sempre, geralmente havia atividade suficiente em torno de mim para manter os pesadelos à distância. Isso também aconteceu na universidade. Ele olhou para longe. — Foi só depois de me formar que tive que encontrar outras formas de fazer isso... Lidando com a noite. Por alguma razão, parece que não tenho pesadelos quando durmo durante o dia

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— Então, é a escuridão que os coloca fora? Você não pode simplesmente manter uma lanterna acesa durante a noite? — Acredite, eu tentei isso. Mas na verdade é o silêncio tanto quanto a escuridão que me causam problemas. Eu costumava dormir em casa à noite, para ser normal. Ele a encarou, determinado a mostrar com o que ela estava lidando. — Mas parei de tentar isso depois de dar um soco em um empregado quando o homem tentou me acordar da agonia de um pesadelo. Ele desistiu na manhã seguinte e eu percebi que tinha que fazer o que pudesse para manter a noite a distância. — Mas mesmo com suas tentativas, você ainda tem pesadelos. Quero dizer — Ela coloriu —Você teve um na festa da casa de campo. — Sim. É por isso que evito festas no campo: tudo é muito quieto... Totalmente escuro. Todo mundo se retira mais cedo e eu fico sozinho para tentar não dormir. Enquanto eu estiver na cidade e estiver ocupado, estou melhor. Mas no campo... Ele não conseguiu reprimir um tremor. — Então, o que você faz quando precisa ir à sua propriedade? — Ela perguntou. — Eu só vou lá raramente. Contrato uma excelente equipe, por isso só preciso visitar minhas propriedades uma vez por mês para tratar dos assuntos necessários. — Então, sem caça, sem visitas de lazer as propriedades. — Ocasionalmente, meus amigos solteiros e eu vamos a casa de caça em Shropshire, mas nenhum de nós está realmente interessado em caçar. Então, nós basicamente bebemos e jogamos cartas e... — Apreciam as mulheres locais? — Ela disse acidamente. — Algo parecido. Mas eu nunca tenho essas festas no Castelo Lindenwood. Lá é tudo negócio. Saio de manhã cedo assim que volto dos estábulos, durmo na carruagem a caminho da fazenda e me encontro com meu gerente da propriedade assim que chego. Ele se aproximou para acender o fogo.

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— Passamos o final da tarde discutindo assuntos. Depois janto com o magistrado local e vou para a taverna pelo resto da noite. Cedo na manhã seguinte, subo em minha carruagem, durmo todo o caminho de volta à cidade e, assim que chego, sigo para os bordéis, para o clube ou para algum compromisso social. — Essa é uma maneira horrível de viver — Disse ela. As palavras o assustaram. Ele nunca pensou muito sobre isso, mas ela estava certa. Isso foi. — Mas é o jeito que eu vivo — Ele olhou para a lareira — Agora você sabe por que eu não me casei antes. Não é vida para uma esposa. — Não, não é — Quando as palavras o cortaram, ela acrescentou — Não é vida para você também. — Ah, mas eu estou acostumado com isso. Deixou a cama e Flossie saltou para o chão. — Você está? Parece-me que essa maneira de lidar com o seu medo não é muito bem-sucedida. Você ainda tem pesadelos às vezes, não tem? Ele debateu se deveria dizer a verdade. Mas não havia mais sentido esconder nada. Se ela soubesse de tudo, ela seria capaz de fazer seus próprios ajustes. — Na verdade, desde que fiz a viagem a Portugal para encontrar meu primo Niall no ano passado, os pesadelos pioraram. Suponho que foi porque eu estava confinado em uma cabine no mar por semanas, sem nenhum meio real de entretenimento e um espaço muito apertado para enfrentar. — Isso faz sentido. As cabines de navios são úmidas, frias e pequenas. Como adegas. Ele conseguiu um sorriso fino. Só ela, que viajou tanto em sua vida, poderia entender isso. —Exatamente. Agora eu tenho os sonhos, mesmo quando estou nos bordéis, se eu cair no sono lá. E à medida que envelheço, está ficando mais difícil ficar acordado a noite toda.

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— É exatamente por isso que você não deve continuar seguindo esse caminho — Ela colocou a mão no braço dele — Você tem que encontrar uma maneira de acabar com eles. — Por que não pensei nisso? — Ele disse sarcasticamente. — Desculpe — Cor encheu suas bochechas — Eu sei que estou sendo presunçosa, agindo como se você pudesse apagá-las como uma vela, quando claramente você não pode ou você teria feito isso antes. Mas deve haver uma maneira de tornar as noites mais toleráveis para você — Ela desviou o olhar — Quero dizer, certamente ter companhia na cama ajuda. — Não, a menos que eles estejam dançando na minha cabeça — Brincou ele — E as prostitutas fazem um monte de coisas, mas não isso. Ela o olhou com desconfiança. —Certo. Não é engraçado — Ele soltou um suspiro — Nos primeiros dias, ajudou — Seu peito apertou — Até a noite eu acordei gritando com minhas mãos em torno da garganta de uma pobre garota. Aparentemente ela tentou me acordar e no meu pesadelo eu pensei que era Pickering vindo me deixar sair. Felizmente, eu não a machuquei, apenas a amedrontei. Mas eu não consegui voltar a esse bordel por um longo tempo. — Então você não dorme nos bordéis. — Não se eu puder evitar isso — Com muito medo do que poderia acontecer. Sua garganta se apertou — E agora você sabe: seu marido é um covarde chorão de coração. — Não se chame assim! — Por que não? — Ele retrucou — É do que minha mãe me chamou. Ela ficou boquiaberta. — Certamente não. — Ela suportou os pesadelos logo depois que aconteceu, mas com o passar das semanas e com nada os evitando, ela ficou impaciente — O sentimento de traição o inundou como sempre acontecia — “Não seja um covarde chorão, menino” disse ela. “Lordes não tem medo do escuro. Levantese e seja um homem. ” — Para mim parece que ela se sentia culpada.

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Isso o pegou totalmente de surpresa. — O que você quer dizer? — Sua mãe se sentiu culpada por ter deixado você sozinho com aquele tutor infeliz. E então, quando ela foi incapaz de parar os pesadelos que resultaram, isso deve tê-la torturado. Então ela atacou você. Culpou você. Caso contrário, ela teria que se culpar e isso é um grande fardo para uma mãe suportar. Ele apenas olhou para Delia. — Nem uma vez em todos esses anos isso me ocorreu. Inferno, eu pensei que ela morresse de vergonha de mim. Porque eu não consegui superar os pesadelos... Porque eu desprezei suas restrições morais e vivi loucamente em Londres. — É por isso que ninguém da sua família sabe que você ainda os tem? Porque você estava os escondendo dela? — De todos eles — Vergonha entupiu sua garganta — Ela estava certa, você sabe. Eu sou um covarde chorão. Eu não posso suportar os sonhos, então eu bebo e eu prostituo e... — Você está apenas lidando com isso da única maneira que você sabe. Isso não faz de você um covarde. Um covarde não tentaria manter todo mundo a salvo de seus pesadelos. Sua lealdade cortou toda a crueldade das palavras de sua mãe. Ele lançou-lhe um sorriso triste. — Você pode ser tão feroz quando me defende. Por que faz isso? — Porque eu vejo um homem forte, de caráter, vivendo sob pressão. Eu sei que você pode superar isso. Você só precisa de ajuda. Ele bufou. — E como você propõe me ajudar? — Eu acho que você deveria passar suas noites dormindo comigo. O ar saiu dele e um medo tomou conta de seu coração. — Não. — Ouça-me...

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— Eu não vou ouvir — Ele se afastou, visões dela machucada e maltratada debaixo dele entupindo sua garganta com medo — Porque não há uma mínima chance de que isso aconteça.

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Capítulo Vinte e Três O pânico tomou Delia enquanto Warren se dirigia para a porta adjacente e ela correu para bloquear sua saída. — Você não vai sair! Nós não terminamos. Ele fez uma careta para ela. — Você não ouviu uma palavra que eu disse sobre quase estrangular uma mulher até a morte enquanto dormia? E você quer que eu arrisque isso com você? Está fora de si. Ela agarrou-o pelos braços. — Você não tentou me estrangular quando eu testemunhei você tendo um pesadelo. Além disso, eu não sou uma prostituta que você levou para a cama durante a noite. Nem sou um empregado. Eu sou sua esposa. — É exatamente por isso que eu não quero te machucar — Ele rosnou. — Você não pode ter certeza que você faria, até que você tenha um sonho. Por tudo que você sabe, dormir com alguém... O cuidado pode mudar as coisas. — E se não fosse? Eu não gostaria de matar minha esposa. — Você nunca faria isso comigo. Um músculo trabalhou em sua mandíbula. — Pelo amor de Deus, você não sabe disso. — Não, eu não sei. Mas estou disposta a arriscar. —Eu não estou. Se eu fizesse alguma coisa com você, nunca poderia me perdoar. Isso a tocou além das palavras. Ela segurou a cabeça dele entre as mãos. — Ouça-me, meu querido. Meu amor. Eu farei o que for preciso para tornar isso possível. Mantenha um cassetete ao lado da cama para bater em você se me machucar ou mantenha o quarto iluminado com velas por tantas noites quanto for preciso. — Delia — Ele começou. — Me dê uma chance. Quando você teve aquele pesadelo na festa na casa de campo, estar comigo te ajudou. Admita.

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— Sim, ajudou tanto que eu arruinei você — Disse ele acidamente. — Mas você não me machucou. Você se agarrou a mim, você me segurou perto de você... Me acariciou, você não me atingiu. Vale a pena tentar, você não acha? Uma expressão cética cruzou seu rosto. — Eu ainda tive um sonho horrível naquela noite. — Sim, mas talvez se eu estivesse lá desde o começo.... Ele se soltou dela. — Deus, eu não sei. Eu não quero passar o resto da minha vida escravizado pelo meu medo. Não é justo nem comigo e nem com você O menor indício de esperança brilhou em seu rosto. —Você realmente acha que estar lá faria a diferença. —Eu não faço ideia. Mas estou disposta a tentar. Ela estendeu a mão. — Estou com os ossos cansados, meu querido e suspeito que você também esteja. Então venha para a cama. E nós vamos ver onde estamos de manhã. Ele olhou para ela, claramente dividido entre esperança e medo. Por fim, ele disse: — Tudo bem. Mas você deve me prometer: se eu te prejudicar esta noite de qualquer forma, você nunca mais tentará isso novamente. Ela balançou a cabeça. — Eu não prometo isso. Às vezes é preciso mais do que uma tentativa. — Delia. — Não! Isso pode demorar um pouco e estou disposta a tentar quantas vezes for necessário. E você? Seu olhar oco penetrou nela. — Eu não quero arriscar... Te afastar de mim. As palavras soaram arrancadas dele e seu coração se agitou em seu peito. Era o mais próximo que ele chegava de admitir que ele se importava com ela. — Você não vai me perder. Eu posso te assegurar isso — Ela estendeu a mão para ele novamente — Então? Você vai se deitar com sua esposa?

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Ele soltou um suspiro trêmulo. — Tudo bem. Mas ainda temo que você se arrependa. —Você sabe que eu serei honesta com você se eu fizer. — Verdade. Você é a mulher mais franca que já conheci. Quando ele pegou a mão dela, ela exultou. De alguma forma, ela iria levá-lo, além disso. Ela não sabia como, mas isso parecia um excelente começo. Desta vez, quando ele a pegou em seus braços e a beijou, ela não protestou. O que quer que fosse mais fácil para ele estava bem. Um despiu o outro. Ela não ficou surpresa quando ele caiu na cama para ter o seu caminho com ela. Ele tendia a esquecer seus problemas quando estava dentro de uma mulher e ela certamente não se importava com isso, dado o quão bom era tê-lo dentro dela. Depois que ele fez amor com sua habilidade habitual, eles ficaram nus e entrelaçados em sua cama. Sua felicidade não conhecia limites. Eles estavam se aproximando. Ele estava tentando. — Finalmente, nós fizemos amor em uma cama normal — Ele murmurou contra sua bochecha — Sinto-me vingado como marido. Ela riu. — Aproveitei todas as vezes que você fez amor comigo, seja normal ou não. — Estou feliz em ouvir isso — Ele acariciou seu pescoço — Deixe-me saber se eu algum dia eu te decepcionar. — Espero que você faça o mesmo por mim. Ele riu. — Eu não posso imaginar você me desapontando. A sinceridade em sua voz a tocou e ela se aconchegou perto dele. — Nem eu — Depois de alguns momentos, ela disse: — Conte-me sobre Pickering. Ele endureceu. — O que você deseja saber? — Bem, uma coisa, por que sua mãe o contratou? — Ele era um membro de sua congregação. E ele tinha sido professor.

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Ela franziu o cenho. — Isso não está certo, ela deveria ter aprendido algo mais sobre seu caráter de antemão. — Verdade — Ele disse, relaxando — Mas ele está morto agora, então não faz sentido continuar falando sobre isso. — Quando ele morreu? — Última primavera. Virando-se para olhá-lo, ela disse: — Antes ou depois de você ir para Portugal? — Um pouco antes. O que isso importa? — Porque talvez não tenha sido a viagem em si que incomodou você. Talvez fosse o fato de você nunca poder se vingar contra ele pelo o que fez com você. E o pensamento disso te perturbou tanto que isso agitou os pesadelos. Ele a olhou de perto. — Suponho que isso seja possível. Mas não há como ter certeza, certo? — Suponho que não. Eles ficaram lá por um tempo, bastante contentes. Então ele se moveu como se fosse sair da cama. Ela pegou o braço dele. — Por favor. Não essa noite. Fique comigo. — Eu vou. Mas preciso fazer preparativos. Ela viu quando ele foi até a pia, depois trouxe de volta um grande jarro de porcelana e colocou-o na mesa do seu lado da cama. Ele fixou-a com um olhar sério. — Prometa-me que você vai me acertar com isso se eu te machucar. — Claro. — Promete-me. — Eu prometo — Mas ela duvidava que ela tivesse que fazer isso. Pelo menos ela esperava que não. Porque ela não tinha certeza se poderia bater nele. — Eu suspeito que nós dois vamos nos arrepender disso — Ele resmungou enquanto engatinhava na cama e a puxava para seus braços — E

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eu só quero que você saiba que, se eu provar estar certo, eu nunca vou deixar você viver isso. — Sem dúvida — Ela se enterrou em seus braços, tão quente e aconchegante. — Quero dizer... —Hmmm. — Você não está me ouvindo, não é? — Ele perguntou. —Uh-huh — Tinha sido um longo dia, várias coisas se arrastando de outros longos dias. Seus olhos já haviam se fechado por vontade própria e ela não queria se mexer. Ele deu uma risada suave. — Não importa. Durma, querida. Um de nós deveria. Então ela fez. Ela não estava certa quando percebeu pela primeira vez, mas em algum momento da noite, ela o sentiu se debatendo ao lado dela. Ele estava gemendo e implorando como ele tinha feito da última vez e agora que ela sabia por que, isso quebrou seu coração. Ela colocou a mão contra a bochecha dele. — Tudo bem, meu amor — Ela sussurrou — Você está seguro agora. Com um grito rouco, ele a rolou para baixo e ficou em cima dela, tremendo violentamente. —Deixa-me sair daqui! Droga, alguém, por favor, me deixe sair... Por favor... Serei bom... Eu juro! Seu peso a impediu de se mover e ela teve um momento de pânico quando não conseguiu movê-lo. Mas saber que o arremessador estava bem ali e que ele não queria machucá-la ajudou a manter a calma. Ela segurou a cabeça dele entre as mãos. —Acorde, meu querido — Disse ela com firmeza — É um sonho. Acorde. É apenas um sonho. Enquanto ela continuava cantando e dando beijos em suas bochechas, ele parecia ficar um pouco mais calmo, embora seus olhos permanecessem fechados e ele ainda estremecesse um pouco.

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— Delia? — Sim, sou eu. Eu estou bem aqui com você. — Delia... Deixe-me sair, querida. Por favor... — Você não está mais no porão — Ela sussurrou —Você está comigo. Comigo, Warren. Com os olhos ainda fechados, ele sufocou sua boca em um beijo, não tremendo mais. Então, para sua surpresa, sentiu-o endurecer contra ela. — Delia... — Disse ele com voz rouca e separou as pernas dela com o joelho. Como os dois ainda estavam nus, era fácil para ele entrar e ela de bom grado o aceitou dentro dela, rezando para que, de alguma forma, isso ajudasse. Ele começou a empurrar nela, duro e rápido e ela se entregou a ele com um gemido. Ela não tinha certeza exatamente quando ele acordou de seu estado irracional, mas em algum momento ele congelou acima dela. Ele olhou para ela, seu pênis enterrado profundamente e seus olhos brilhando na semiescuridão. — Você me quer... Dentro de você? — Sim — Ela disse e deu um beijo nos lábios dele — Sim, meu amor, sim. A palavra amor o fez gemer, mas ela não teve tempo de pensar nisso antes que ele lhe arrebatasse a boca e a penetrasse em estocadas mais lentas que a despertaram completamente. Ele permaneceu sobre ela por muito tempo, como se para compensar como ele a despertou. Ele beijou seu ombro, amassou seu seio, acariciou-a onde eles estavam juntos, até que ela pensou que poderia enlouquecer com o desejo dele. — Por favor... — Ela implorou — Por favor... Eu te amo... — Você... Não deveria... —Não posso evitar... Por favor... Meu amor... Por favor... Eu quero você... Agora. —Tudo o que minha senhora desejar — Ele murmurou.

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Ele aumentou seus golpes até que ela sentiu sua liberação subindo... Somente... Lá e ela foi para o esquecimento com um grito de prazer. Ele soltou um grito rouco enquanto derramava sua semente dentro dela. Ela agarrou-o perto, seu corpo convulsionando ao redor dele e seu coração em sua garganta. — Eu te amo, Warren — Ela sussurrou. Ele acariciou sua bochecha. — Shh, querida, durma agora. Eu prometo não fazer isso... Te acordar de novo. Com isso, ele rolou para longe dela e ficou deitado na cama. Ela provavelmente não deveria ter dito aquelas palavras, pois ela estava claramente sozinha em como se sentia. E quando ele saiu da cama e ela o viu abrir suas gavetas e pegar uma calça, ela percebeu em desespero que ele não ia ficar mais com ela hoje à noite. Talvez nunca mais. Não, ela se recusou a aceitar isso. Certamente poderia convencê-lo a dar uma chance a ela. Porque a realidade de viver com um homem que não a amava, que não suportava dormir na mesma cama que ela por causa do medo dele, parecia horrível demais para ser contemplada. Warren foi até seu quarto e vestiu o roupão sobre a calça, com o coração batendo forte. “Eu te amo. “ Ele realmente era um covarde, porque aquelas palavras o fizeram fugir. Sua esposa o amava. E isso o alarmou ainda mais que seus pesadelos. Amá-lo significava que ela esperaria coisas dele. Esperava que ele tentasse ser um bom marido para ela. Que ficasse com ela durante a noite e tentasse mudar seu modo de vida. Como ele poderia? Ele nunca ficou tão apavorado como quando despertou para se encontrar dentro de sua esposa e totalmente inconsciente de como ele havia terminado ali. E se ele a forçou? Não lhe ocorreu que ele pudesse reagir à presença dela em seus sonhos, tentando levá-la contra sua vontade. Ele nunca tinha feito isso, tinha ficado

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chocado quando soube que Clarissa foi forçada. Então o pensamento dele fazendo isso, mesmo em seu sono... Sua garganta se fechou. Ela disse que estava abaixo dele por escolha, mas ele sabia muito bem que ele poderia ser agressivo em seus sonhos. E ela poderia estar apenas sendo gentil, porque queria tanto que ele superasse seus medos. Ele também queria isso, mas não a qualquer custo. Não se houvesse uma chance de perdê-la no processo. “Eu te amo. “ Droga, mas essas palavras o atraíram. O que os tornava perversamente ainda mais aterrorizantes. Ele olhou para o relógio. Quase 5:00 da manhã. Normalmente, ele estaria indo para a cama agora, mas não havia sentido em tentar dormir mais. Então ele seguiu pelo corredor até o escritório. Poderia também fazer algum trabalho, desde que os negócios tinham sido negligenciados ultimamente. Além disso, manteria sua mente longe de sua adorável esposa e o que dizer quando ela se levantasse. Ele tinha que dizer alguma coisa. Ele não podia deixá-la continuar pensando que ela poderia mudar seus sonhos pela força de sua vontade. Duas horas depois, ele foi surpreendido por um barulho na porta. Ele olhou para cima para ver Hart, vestindo apenas um par de calças e um roupão, olhando para ele com um olhar confuso. — Você está acordado — Disse Hart quando entrou no escritório. Warren recostou-se na cadeira. — Há algum tempo. O que você está fazendo acordado tão cedo? — Eu vim procurar por você. Eu estava prestes a bater na porta do seu quarto quando ouvi você aqui — Hart percorreu o estúdio como um tigre enjaulado — Vejo que nada mudou desde a última vez que estive em Londres. — Além de minha esposa, não. Hart riu. — Eu gosto dela. — Eu percebi — Disse Warren.

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— Oh, não venha com isso, você sabe perfeitamente bem que meus flertes foram apenas para irritá-lo. Ele levantou uma sobrancelha. — Não os torna menos irritantes. Hart sorriu para ele. — Eu nunca vi você com ciúmes antes. É muito divertido. — Eu não estou com ciúmes — Disse Warren de mau humor. — Tudo bem então. Não adianta contestar. — Agora, eu sei muito bem disso. Hart sentou-se na cadeira de frente com sua mesa — Não posso dizer que te culpo por isso. Ela é uma graça, sua esposa. Parece diferente da maioria das mulheres na sociedade. — Ela é. Muito diferente. Para dizer o mínimo. — É por isso que você está obcecado com ela, não é? — Por isso e muitas outras razões. — No entanto, você nunca disse a ela sobre o porão — Hart olhou para ele, uma séria expressão em seu rosto — Eu suponho que eu não deveria ter dito nada. Eu só percebi que ela deve ter visto a cicatriz, então ela tinha que saber algo sobre isso. Você não se importou que eu revelei tudo isso para ela, não é? — Não — Ele realmente não fez. Esconder o passado indefinidamente não teria funcionado, de qualquer forma. Delia não era do tipo que ficava parada enquanto ele mantinha um segredo tão grande. Eventualmente, ela teria arrancado isso dele. — Bom. Por isso, vim falar com você. Queria ter certeza de que você não estava furioso comigo por contar seus segredos. Agora que eu sei que você não está, eu vou voltar para a cama. Hart estendeu a mão para passar os dedos pelos cabelos e sua manga caiu para expor seu antebraço. E uma tatuagem logo acima do pulso. Warren recuperou o fôlego. —Droga o que é isso. Não pode ser. Hart piscou.

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—O que? Pulando sobre a mesa, Warren pegou o braço do irmão e empurrou a manga para expor uma imagem pintada de um sol. — O que diabos é isso? Um rubor subiu pelo pescoço de Hart. —Esta... É uma tatuagem. E daí? Warren ergueu o olhar para Hart. —É uma tatuagem de sol. Hart encolheu os ombros. — Atravessei o equador há alguns anos e meus companheiros da Marinha me desafiaram a fazer uma como os marinheiros. Nós estávamos bêbados e... —Você esteve em Londres no ano passado — Warren não conseguia respirar, não conseguia pensar. Seu próprio irmão, o homem que Delia estava procurando. Não, Hart nunca iria enganar ninguém. Mas ele podia. Ele sabia como. — Você foi ao Dickson enquanto estava na cidade? — Warren exigiu. Hart se voltou instantaneamente cauteloso. — Por que você pergunta? Uma nova voz veio da porta, uma voz ferida e amarga que Warren conhecia muito bem. — Porque foi lá que um senhor com uma tatuagem de sol enganou meu irmão nas cartas. Delia entrou na sala, já completamente vestida e dolorosamente linda naquele vestido amarelo que a fazia parecer um dia ensolarado. Exceto que nenhum sol brilhou em seu rosto esta manhã. Ela enfrentou Hart. —Foi você, não foi? Foi você quem arruinou meu irmão. Maldito inferno sangrento.

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Capítulo Vinte e Quatro Delia podia ver pelo rosto de Warren que ele estava tão chocado quanto ela. Ela gostava de Hart, pelo amor de Deus! E foi ele quem levou Reynold ao limite? Oh Senhor, como poderia ser ele? O irmão do marido dela, de todas as pessoas! — Delia — Disse Warren com voz rouca — Eu juro que eu não sabia. Isso a empurrou brevemente. — Claro que você não sabia. Como você poderia? — Enquanto o alívio se espalhava pelo rosto de Warren, Hart tirou seu braço do aperto de seu irmão — Sobre o que vocês dois estão tagarelando? Eu nunca enganei ninguém na minha vida. Bem, além de meus primos. E meus irmãos. — Você não está ajudando, seu idiota — Warren disse. Hart olhou para Delia. — Quem diabos é seu irmão, afinal? Ela olhou para ele. — Reynold Trevor — Quando Hart empalideceu, ela sabia com certeza que ele era o único culpado. — Você o enganou. Você tirou tudo dele! Hart ficou de pé. — Sim, ganhei tudo o que ele apostou. Mas foi apenas para proteger Niall. Isso pegou Delia de surpresa. — Senhor Margrave estava lá? — Claro que não — Disse Hart —Essa é a questão. Meu primo ainda estava se escondendo no continente e seu irmão continuava fazendo perguntas sobre onde ele estava, como encontrá-lo. Ele lançou a Warren um olhar desesperado. — Eu percebi que seu irmão queria caçar Niall e levá-lo à justiça por causa desse duelo maldito. Delia apenas olhou boquiaberta para ele. Isso foi sobre Lorde Margrave? Warren parecia tão confuso quanto ela.

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— Eu assumi que Trevor tinha uma relação com o homem que Niall matou — Continuou Hart — Então eu não podia deixá-lo ir procurar por Niall, droga. Eu imaginei que se eu levasse o suficiente do seu dinheiro nas cartas, ele não seria capaz de pagar uma viagem ao continente para procurar por nosso primo. Murmurando uma maldição, Warren se levantou. —Você está dizendo que fez Reynold Trevor perder tudo nas mesas de cartas porque estava tentando impedi-lo de procurar nosso primo. — Exatamente — Hart franziu o cenho —Espere, o que você quer dizer com perder tudo? Eu só ganhei três mil libras com ele. — Foi o que ele conseguiu hipotecando nossa propriedade já endividada! — Exclamou Delia — Meu irmão está morto por sua causa! Por causa do dinheiro que você roubou dele. O sangue drenou do rosto de Hart. — Seu irmão está morto? Isso a pegou desprevenida. — Você não sabia? — Como eu poderia? Eu estive na Ilha James ao largo da costa da África no ano passado. A última vez que o vi foi logo antes de eu sair da cidade, quando ele apareceu com o dinheiro que me devia. Eu nunca sonhei... — Que perder tanto poderia levá-lo ao suicídio? — Ela disse amargamente. — Suicídio? — Warren colocou a mão em seu braço —Você não sabe ao certo que Reynold se matou... — Eu sei. Porque Reynold deixou uma nota para mim, me dizendo por que ele se matou. Choque impregnou o rosto de Warren. — Você nunca me disse isso antes. — Você pode não acreditar nisso, mas também me preocupo com o escândalo, às vezes. Especialmente quando isso poderia manchar o futuro do meu sobrinho. Eu nem contei a Brilliana. Eu percebi que ela sofreu o suficiente. — Quem diabos é Brilliana? — Hart perguntou

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— A esposa de Reynold Trevor — Disse Warren. Hart caiu em uma cadeira. — O homem também tinha uma esposa? Ele não a mencionou. — Agora eu sei que é mentira — Disse Delia — Ele sempre falava dela — Não para mim, ele não falava — Resmungou Hart. — O que o bilhete dizia? — Warren perguntou a ela. Delia cruzou os braços sobre o peito. — O que você acha que disse? Eu perdi tudo, então não há mais motivos para viver. Cuide de Brilliana e Silas para mim. Eu não aguento mais. Perdoeme. Se isso não é prova de suicídio, não sei o que é. — É a prova, tudo bem — Disse Warren em uma voz oca — Então você não sabia até então que ele tinha perdido tudo. — Claro que eu sabia. Ele me contou no momento em que voltou de Londres. Foi assim que descobri que ele foi enganado por um homem com uma tatuagem. Ela apontou um dedo na direção de Hart. — Seu irmão. Que afirma que ele levou todo o dinheiro do meu irmão por algum absurdo relacionado a isso... Com... Seu primo. De repente, a verdade a atingiu. Senhor Margrave. Brilliana. Oh senhor. Todo esse tempo, ela assumiu que a referência de Reynold ao que ele tinha perdido tinha sido sobre o dinheiro, a propriedade. Mas e se ele quisesse outra coisa? Alguém completamente diferente. A esposa dele. E se Reynold tivesse decidido que Brilliana não poderia amá-lo porque ela amava outra pessoa? Poderia ser por isso que ele veio a Londres, exigindo saber onde Lorde Margrave estava? Se Brilliana realmente tivesse estado... Romanticamente envolvida com o conde no passado e se de alguma forma Reynold tinha descoberto sobre isso... —Não! Não é possível. Para acreditar nisso, ela teria que aceitar a palavra de Hart sobre Reynold — Mas como ela poderia?

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Ela virou-se para o marido. — Eu tenho que ir para Stoke Towers. Eu tenho que falar com Brilliana. — Brilliana? — Warren exclamou — O que ela pode adicionar à discussão? — Quando Delia corou sob seu escrutínio, seus olhos se estreitaram. — Espere um minuto. Você acha que isso tem algo a ver com a maneira estranha como Niall e Brilliana se comportavam quando se viram? Ele sempre conseguia ler sua mente. Agora ele estaria ainda mais determinado a acreditar em seu irmão sem culpa de tudo. — Não seja ridículo. Você ouviu os dois, eles mal conheciam um ao outro. Warren bufou. — Certo. Você e eu sabemos que houve muitas mentiras. Talvez seja a hora de nos sentarmos e ter a verdade real. Eu concordo, vamos falar com Brilliana. Todos nós vamos. — O diabo que nós vamos! — Ela gesticulou para Hart — Eu não vou a lugar nenhum com... Aquele assassino. Nem com você também, se você pretende defendê-lo cegamente. — Agora, veja aqui — Disse Hart — Eu percebo que você está chateada por seu irmão, mas eu não tive nada a ver com o suicídio dele. Ela olhou para ele. — Nada? Mesmo? Meu irmão era um jogador de cartas brilhante. A única maneira que ele teria perdido é se você trapaceou. Ela teria visto um flash de culpa em seu rosto? Ou ela só queria tanto acreditar nisso que estava se agarrando a qualquer esperança? — Eu sou um ótimo jogador de cartas — Hart disse sombriamente. — É verdade — Warren disse — E Reynold estava investigando questões que ele deveria ter deixado de lado. — Isso é o que seu irmão afirma — Ela franziu o cenho para o marido — Mas é claro que você não acreditaria em mim. — Eu malditamente acreditei em você pelo seu irmão — Quando ela atirou nele um olhar de pura traição, ele amaldiçoou em voz baixa —É a

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palavra de Hart contra Reynold e dificilmente podemos questionar seu irmão. É tudo o que eu quis dizer. — Eu sei exatamente o que você quis dizer, que de alguma forma isso foi culpa de Reynold. Bem, já que ele está morto e não pode mais defender suas ações, eu tenho que defendê-las por ele. Os olhos de Warren brilharam para ela. — E o que isso significa exatamente? Que você vai marcar Hart como um cartão por enganar todos? Arruinar sua reputação apenas por causa das reclamações de seu irmão depois de perder muito dinheiro nas mesas de jogo? Seu coração afundou em seu estômago. — Claro que não. — Isso é o que você disse que faria se descobrisse a fraude contra Reynold. — Isso foi antes de eu saber que o trapaceiro era seu irmão, por piedade, amor! — Eu não sou geralmente uma fraude — Resmungou Hart. — Cale a boca! — Ela e Warren disseram em uníssono. — Ouça-me — Warren disse a ela naquela voz de apaziguamento — Deixe-me ir com você. Apenas eu. Vamos conversar com Brilliana juntos e descobrir o que realmente aconteceu. — Eu sei o que realmente aconteceu. Seu irmão traiu o meu e agora ele está tentando dar uma boa cara nas coisas. E você quer ignorar isso porque ele é da família. — Você é da família — Disse Warren com voz rouca — Minha família. Minha esposa. Eu vou sempre te apoiar. É por isso que quero estar lá. — Não, você quer estar lá porque tem medo de eu expor a perfídia de seu irmão. Você quer suavizar tudo, não me dar escolha, proteger seu irmão a todo custo. Sua mandíbula endureceu. — Olha, eu sei como você fica quando se trata de Reynold e suas ações. Você tende a não pensar racionalmente. Eu não posso deixar você marchar

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para lá exigindo respostas e fazendo acusações selvagens e para o inferno com a verdade! —A verdade? Você pode não ter notado, mas seu irmão ainda não afirmou explicitamente não ter enganado o meu. Warren piscou depois se virou para o irmão. — Você enganou Reynold Trevor nas cartas? Hart empalideceu, seu olhar correndo entre o dela e o de Warren. —Eu...Meio que não tinha... Uma escolha... Exatamente. A julgar pelo rubor subindo pelas bochechas do marido, Warren não esperava essa resposta. — O que diabos isso significa? Seu irmão deu um pulo. — Bem... A aposta era que, se eu ganhasse, ele me daria três mil libras, mas se ele ganhasse, eu o faria... Tipo... Diria a ele onde Niall estava. — Droga — Warren esfregou a mão sobre o rosto —E você fez essa aposta? Sabendo que se você perdesse... — Eu não esperava perder! E foram três mil libras, afinal. Mas... — Ele lançou um olhar tímido para Delia — Como ela disse, ele era muito bom. E quando eu percebi que ele poderia ganhar, eu... Fiquei desesperado. Ele cruzou os braços sobre o peito. — Naquele momento eu sinceramente pensei, depois do jeito que ele estava falando sobre Niall, que ele queria caçá-lo e matá-lo. — Agora você sabe por que eu quero falar com Brilliana — Delia disse suavemente — Três mil libras é uma enorme quantia de dinheiro para apostar para descobrir onde um homem está. Visivelmente abalado, Warren assentiu. — Nós vamos falar com Brilliana. Ele foi para a porta e Delia o segurou pelo braço. — Não. Eu quis dizer isso mesmo: quero ir sozinha. Você sempre insiste em fazer as coisas do seu jeito. Engolindo minhas tentativas de encontrar o trapaceiro das cartas de Reynold. Casar comigo para reprimir o escândalo.

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Sua garganta se apertou e, com um olhar furtivo para Hart, ela baixou a voz. —Lidar com certas... Dificuldades do seu jeito, sem considerar outros métodos. Seu olhar penetrou no dela. — Estou tentando proteger você. — Eu sei! E seu irmão. E todos em toda sua maldita família. Ela suavizou sua voz. — E eu percebo que é porque ninguém estava lá para protegê-lo quando você mais precisava. É o que fez você ser quem você é. Mas você não vê que, ao tentar proteger as pessoas de quem gosta, está dizendo a elas que não confia que elas cuidem das coisas sozinhas — Ela lutou para achar as palavras certas — Que está dizendo a eles que você não pode confiar seus segredos. Que você não acredita quando eles dizem... Coisas como eu te amo. Você quer protegê-los de encontrar seu próprio caminho. Mesmo quando suas maneiras de lidar com as coisas não estão realmente funcionando. Ele a olhou fixamente, imóvel, aparentemente sem emoção. Até que ela viu mágoa tremer em seus olhos. —Então eu vou falar com Brilliana sozinha, sem você e Hart lá para importuná-la ou assustá-la ou fazê-la se fechar, como ela sempre faz. E você só vai ter que confiar, pela primeira vez, que eu te amo demais para prejudicá-lo — Ela lançou a Hart um olhar rápido — Ou a sua família. Com isso, ela caminhou para a porta. —Eu voltarei antes do anoitecer, se eu puder. Ele não fez nada mais para impedi-la. Graças a Deus. Ela precisava estar longe dele agora, para decidir como se sentia sobre o que Hart revelara. Ela precisava descobrir a verdade sobre Reynold sem ver através dos olhos de Warren ou Hart. Porque em seu coração, ela temia que seu irmão tivesse mentido para ela mais do que em relação ao jogo. Que Brilliana também escondia a verdade. Que não havia ninguém em quem ela pudesse confiar em todo o mundo, exceto Warren, o homem que não conseguia nem mesmo amar ela.

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E pensar sobre isso a estava torturando. — Você deveria ir atrás dela — Disse Hart. Warren olhou pela janela enquanto sua esposa partia em sua carruagem sem ele. — Ela não me quer lá. — Eu sei, mas se ela realmente quer me acusar de ser uma fraude publicamente, quando nenhum de nós está lá para me defender... — É com isto que você está preocupado? — Warren perguntou — Minha esposa está indo embora com o coração partido porque eu defendi você e isso é tudo que tem a dizer? — Você é o único que disse isso, não eu — Disse ele defensivamente — Ela é sua esposa. Você deveria saber do que ela é capaz. Perfeito. Ele havia dito aquelas palavras injustas sobre o que ela poderia fazer. Ele não podia culpar Hart por joga-las em sua face. Hart não conhecia Delia. E, Warren sim deveria. Se ele fosse sincero consigo mesmo, ele já conhecia. Ele certamente sabia que ela não era capaz de sair correndo para arruinar sua família. Ela pode ser imprudente a respeito de sua própria segurança, mas ele nunca a viu expor sua família ao escândalo, nunca a viu tentar machucá-lo deliberadamente. No entanto, ele se comportou como se ela não pudesse lidar com seus próprios assuntos. Enquanto isso, ele fez coisas para colocá-la em risco, aparecendo repetidamente no Dickson, intimidando seu criado a não ir... Colocando-a em uma situação em que ela teve que se casar com ele. Bem, esse último, ele não tinha feito de propósito. Mas o resultado foi o mesmo. O fim de sua liberdade. Então ela estava certa sobre os métodos dele não funcionarem melhor que os dela. — Então você não acha que ela iria me expor como uma fraude — Disse Hart. Ele suspirou.

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— Não. Não sob as circunstâncias. Se alguém entende de fazer coisas estúpidas para proteger a família, é minha esposa. — Eu percebi isso, mas você nunca sabe. Algumas pessoas surpreendem você. Sim. Como seu irmão e sua esposa, que levaram seus pesadelos mesmo quando ele a afastou. O pensamento disto segurou um nó firmemente em sua garganta. — Eu vou pagar cada centavo do dinheiro que ganhei de Reynold Trevor. — Você certamente vai — Warren olhou para seu irmão — Você ainda tem mais? — Bem... Não tudo disso. Mas... — Então eu vou pagar. — Você não vai! — Hart olhou para ele — Ela está certa sobre você, você sabe. Está tão ocupado nos protegendo de tudo, esquece que somos perfeitamente capazes de lidar com nossas próprias vidas. Vou pegar o dinheiro e pagar cada centavo, mesmo que eu tenha que pedir emprestado por agora. Você pode ter certeza disso. Warren engoliu uma resposta quente. Hora de aprender com seus erros. — Você consideraria... Aceitar um empréstimo de mim, então? Hart parecia envergonhado. — Eu devo. Eu não sei. Acho que consigo juntar o dinheiro, mas levaria tempo. Quão... Ruim é a situação da família dela? A esposa de Trevor, eu quero dizer? — Mau. Falei com o banco sobre a suspensão do encerramento da propriedade e me ofereci para pagar a hipoteca até que as coisas possam melhorar. Mas o filho de Reynold... — Oh Deus, ele teve um filho, também? — Hart caiu em uma cadeira, parecendo que alguém tinha acabado de bater nele — Eu realmente estraguei as coisas, não é? — Você não poderia saber. E, para ser justo, Reynold Trevor não deveria ter apostado, pois sabia o que estava em jogo.

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— Eu gostaria de saber o que estava realmente em jogo. Eu teria me recusado a jogar com ele. Warren passou a mão pelos cabelos. — Eu não sei se isso teria feito a diferença. Ele estava claramente empenhado... Estabelecendo uma pontuação de algum tipo. Ele teria encontrado alguém para aceitar a aposta. — Então o irmão dela não estava procurando por Niall para se vingar dele por causa do duelo. — Eu duvido. Mas ele poderia ter outro motivo igualmente desastroso. Delia e eu descobrimos recentemente que a viúva de Reynold conhecia Niall antes de Reynold se casar com ela. E você sabe como os homens podem tratar os rivais pelos afetos de suas esposas. —Oh, eu sei. Basta olhar para o quanto meus flertes bem-humorados com sua esposa o irritaram. Warren lançou-lhe um olhar penetrante. — Não se iluda. Delia nem sequer consideraria você como um amante. — Claro que não. Ela está apaixonada por você. Mesmo que ela não tivesse dito isso, qualquer idiota podia ver. Eu mataria para que uma mulher olhasse para mim do jeito que ela olha para você. — Como? — Warren perguntou com voz rouca. — Como se você fosse a chave para o paraíso. Warren franziu a testa. — Não hoje, ela não... — Não, mas ela vai de novo. Contanto que você mostre a ela, diga a ela, que também está apaixonado por ela. — Mas... E se eu não estiver? Hart bufou. — Não seja um idiota. Claro que você está apaixonado por ela. Eu posso ver como você olha para ela também. Como se você precisasse dela. Está desesperado para estar com ela. Se isso não é amor, eu não sei como você o chamaria.

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— Você não entende — Warren sufocou — Amando ela significa que eu poderia machucá-la. Pior do que você pode imaginar. — E não amá-la significa que você pode perdê-la. Qual você prefere? Warren rangeu os dentes. Ele não queria perdê-la, isso era certo. — Além disso, pelo que entendi amar alguém não é realmente uma escolha. Você querendo ou não, simplesmente acontece... Sim. Era verdade. O que Delia disse ontem à noite, depois que ele disse que ela não deveria amá-lo? Não poderia ser. Ele não queria estar apaixonado por uma mulher que o deixou louco. Que o fez fazer coisas que ele temia, arriscar coisas que ele não deveria, desejar coisas que ele nunca desejou antes. Mas ele fez. Foi um fato simples e inegável. Talvez tenha chegado a hora de ele aceitar. E isso significava que ele tinha que mostrar a ela que confiava nela, que ele poderia ser o marido que ela precisava. Que ele estava pelo menos disposto a tentar. Mas como? — Diga-me o que fazer — Warren disse asperamente. — Você está pedindo o meu conselho? — Você é meu irmão — Agora que você percebeu isso? — Resmungou Hart. — Eu não quero que ela sofra sozinha através de quaisquer verdades que ela descobrir sobre Reynold e Brilliana. Eu preciso estar lá, mas ela não me quer lá. — Ela quer você lá, mas como o marido que a ama, não como o marquês de Knightford que quer consertar tudo para ela. Então, só vá se você pode ficar ao lado dela, não na frente dela. Você pode fazer isso? — Sim. Acho que sim. Ele tinha que fazer isso. Então ele poderia dizer a ela que a amava antes que ela desistisse dele. Porque se ela fizesse isso, a vida simplesmente não valeria mais a pena.

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Capítulo Vinte e Cinco Delia chegou em Stoke Towers no momento em que a maioria dos convidados se levantava. Quando ela entrou na sala de café da manhã, Clarissa a viu. — Minha querida, o que você está fazendo aqui? Algo está errado? Forçando um sorriso aos lábios, Delia disse: — Nem um pouco. Mas preciso falar com minha cunhada. — Ela ainda está em seu quarto, eu acredito — Clarissa a olhou de perto — Warren está com você? — Não, ele ficou na cidade. Assuntos de negócios, você sabe. — Oh, claro — Clarissa procurou seu rosto — Devo pedir para um criado buscar Brilliana? — Não. Esta é uma conversa particular. Ela começou a subir as escadas, depois parou. — Me conte algo. Seu irmão esteve aqui? Desde que saímos? — Na verdade, não — Disse Clarissa — Depois do seu casamento, ele voltou para Margrave Manor e ficou lá. Eu pensei que talvez ele e Brilliana fossem... Bem... Interessados um no outro, mas parece que eu estava enganada Não tão enganada quanto ela pensava. — Entendo — Disse Delia com firmeza — Obrigado. Delia subiu as escadas, sentindo como se seu coração estivesse sendo batido em um redemoinho. Uma parte dela se sentia horrível sobre como ela deixou as coisas com Warren. Outra parte dela disse que ela tinha todos os motivos para estar chateada. Seu irmão havia enganado o dela! Mas com boas razões, ou pelo menos, Hart afirmou. Enquanto isso, seu próprio irmão abandonou sua família. Reynold havia mentido sobre suas razões para ir a Londres. Reynold tinha... Não, ela não pensaria nisso. Não até que ela soubesse tudo. Ela encontrou Brilliana em seu quarto, exatamente como Clarissa dissera. E sua cunhada, que estava de pé diante do espelho, dando os toques finais em seu cabelo, ficou chocada ao vê-la.

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— Minha querida! — Brilliana exclamou quando Delia entrou — O que você está fazendo aqui? — Eu encontrei o homem que enganou Reynold. Brilliana olhou boquiaberta para ela. — Você conseguiu? Foi alguém que conhecemos? — Mais ou menos — Delia firmou seus nervos — Era o irmão de Warren, Hart. Acontece que Reynold viajou para Londres porque estava em busca de Lorde Margrave. Foi assim que ele chegou a jogar cartas com Hart. E como ele veio a perder tanto dinheiro para ele. Porque ele apostou três mil libras em troca de informações sobre o paradeiro de Lorde Margrave. Brilliana ficou totalmente branca. — Oh senhor. — Então agora eu preciso ouvir a verdade de você. Qual foi exatamente a natureza de sua amizade com Lorde Margrave? E Reynold sabia? Sua cunhada caiu na cama ao lado dela. — Eu esperava que ele não soubesse. Deus sabe que me esforcei para manter isso longe dele todos esses anos. — Mas? — Eu me perguntei se Reynold poderia ter descoberto alguma coisa antes de sair correndo para Londres. Sentindo como se o sangue dela pudesse irromper de suas veias, Delia olhou para a cunhada. — Por que você acha que ele descobriu, se você não contou a ele? Brilliana não olhava para ela. —Eu o encontrei um dia... Olhando através de um monte de esboços antigos que eu mantive... Bastante escondido na minha cômoda. — E você tinha um esboço de Lorde Margrave lá. — Muito poucos, na verdade. — O suficiente para dizer a ele que havia algo entre vocês — Brilliana balançou a cabeça. Então Hart não estava mentindo sobre suas razões para trapacear. Não que Delia tivesse realmente pensado que ele estava. Teria sido uma estranha

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coincidência para ele inventar uma história sobre suas relações e a dele, sem que parte dela fosse verdade. Ainda assim, ele enganou Reynold, destruiu suas vidas. Ele deveria ser responsabilizado por isso. Embora ela não tenha visto como ele faria, dada a necessidade urgente do marido de proteger a todos. Ela não conseguia pensar nisso agora. — O que você disse a ele sobre a natureza de sua amizade com lorde Margrave? Brilliana lançou-lhe um olhar penetrante. — Isso não é da sua conta. — É, se isso me ajudar a entender por que Reynold fez o que fez. — E o que é isso? — Brilliana estalou —Que ele perdeu todo o nosso dinheiro? Tropeçou em uma ponte bêbada e se afogou? Foi a vez de Delia desviar o olhar. Sua cunhada soltou um suspiro severo. —Ele não fez... Não foi... Reynold não morreu por acidente, não é? Era hora de Brilliana saber. — Não. Quando sua cunhada deu um grito angustiado, Delia acrescentou rapidamente: — O bilhete dele dizia para não te dizer, mas... — Ele deixou uma nota? — Disse Brilliana — E você escondeu isso de mim? — Você já tinha muitas coisas para lidar! Eu não queria amontoar mais problemas em você. — Era meu direito saber! O coração de Delia estremeceu em seu peito. Brilliana estava certa. Delia deveria ter dito a ela. Aqui estava ela acusando Warren de proteger as pessoas de lidar com as coisas por conta própria e tinha sido exatamente culpada disso. Ela suspirou. Ela e o marido eram um casal. Brilliana esticou o queixo. — Você tem o bilhete com você? Posso ver isso?

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— Eu queimei. Mas eu posso te dizer o que estava escrito. Depois que Delia recitou a nota, sua cunhada gemeu. — Eu deveria ter percebido... Ou talvez eu sempre tenha feito. Eu só não queria aceitar isso. Depois que Silas nasceu, Reynold ficou mais desesperado para que eu o amasse. Ele sempre disse que me amava ao desespero. E eu... Queria amá-lo. Eu tentei. Mas eu estava... — Apaixonada por outra pessoa. Eu sei. — Delia. — Eu não preciso ouvir os detalhes. Mas admita. Em algum momento, você esteve apaixonada por Lorde Margrave. E Reynold descobriu e eu não sei, teve que conhecer seu rival? Se livrar de seu rival? Ela piscou. — Certamente ele nunca quis fazer isso! — As pessoas fazem muitas coisas tolas por amor. Então talvez fosse por isso que ele estava disposto a ir muito longe para descobrir onde Lorde Margrave estava. Brilliana pulou da cama. — Sim, mas eu não estava... Eu não fiz. Depois que Lorde Margrave deixou a Inglaterra, eu o apaguei de minha vida. Eu me casei, fui totalmente fiel ao meu marido. Reynold sabia disso, porque tinha ouvido falar do duelo e de Margrave fugindo do país antes mesmo de conhecer Reynold. — Uma coisa é cortar alguém da sua vida. Cortar do seu coração? Isso é um pouco mais difícil — Ela suavizou sua voz — E a julgar pela maneira como você reagiu quando viu Lorde Margrave no outro dia, nunca conseguiu fazer isso. Brilliana ficou rígida. — Isso não é verdade! Eu só estava... Espantada em vê-lo depois de todos esses anos. Mas depois do que passei com ele... Eu simplesmente não pude arriscar meu coração de novo, você não vê? Ela parou em um soluço. — E Reynold sabia.

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— Eu sinto muito! — Brilliana gaguejou — Seu irmão era um bom homem. Ele apenas... Queria algo de mim que eu não pude dar —Ela começou a chorar —Eu... Foi minha culpa que ele morreu, não é? Ele se matou por minha causa! Delia saltou para envolvê-la em um abraço apertado. — Não foi sua culpa. Não assuma esse fardo sobre você. Ele selou seu destino quando lhe comprou como esposa. Ela apertou Brilliana, suas próprias lágrimas começaram a fluir. Seu pobre irmão, pensando que ele poderia de alguma forma persuadir Brilliana a amá-lo, mesmo que seus pais tivessem essencialmente organizado o casamento. E quando a persuasão não funcionou, ele tentou localizar o homem que uma vez teve o coração de sua esposa, não funcionou, deve ter ficado um pouco louco. Não é de admirar que ele tenha pulado. Quão desesperado ele deve ter estado, encontrar-se não apenas sem o amor da esposa, mas também ter perdido todo o resto que pudesse garantir seu respeito. Delia engasgou sua tristeza. Oh, como ela desejou que ele tivesse confiado nela desde o começo. Talvez tudo isso tivesse sido evitado. Então, novamente, talvez não. — Tentar forçar o amor a florescer tem repercussões — Ela murmurou para Brilliana —As mulheres são teimosas sobre seus corações. Elas amam quem elas amam. E não há uma coisa sangrenta que os homens, ou as mulheres, possam fazer sobre isso. É tão horrível que Reynold não tenha conseguido ver isso. Brilliana recuou para olhar boquiaberta para ela. — Você disse sangrento! Delia piscou para ela. Isso foi o que ela percebeu? Uma risada impotente rolou para fora dela. — Você não tem ideia de como meu vocabulário mudou nas últimas semanas.

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Sua cunhada olhou para ela com os olhos arregalados, então ela também começou a rir. Era a risada de uma mulher que não podia alterar suas circunstâncias, mas percebeu o absurdo delas. Por um longo tempo, elas se abraçaram, rindo, chorando e derramando toda a sua dor e frustração com os homens em suas vidas, fazendo o que as mulheres sempre fazem: deixando as emoções ultrapassá-las, dando rédea solta aos seus corações. Quando o choro e o riso seguiram seu curso e ambas se acomodaram na cama, Brilliana sorriu tristemente para Delia. — Pelo menos agora sabemos que Reynold não caiu nos maus hábitos do seu pai. Delia engoliu o nó na garganta. — Verdade. E perdendo tudo em uma tentativa de ganhar amor... Não é a pior coisa que um homem pode fazer, suponho. Brilliana assentiu, então cutucou Delia com o joelho. — Falando de amor, me diga como você está curtindo a vida de casada — Uma expressão ansiosa cruzou seu rosto — Não é como... Reynold e eu, é isso? — Não — Ela ignorou o nó na garganta novamente — Eu não sei. Ele é... Difícil de explicar. Sem trair seus segredos, o que ela se recusou a fazer. — Você o ama? — Sim. Isso foi muito firme. — E ele te ama? — Eu não sei. — Assim... Em essência, você está na situação de Reynold. — Não exatamente — Disse ela com um sorriso triste — Meu marido nunca esteve apaixonado por outra pessoa. Eu não tenho certeza... Uma batida veio na porta, assustando as duas. Brilliana foi abrir a porta. — Sim?

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Um lacaio olhou e viu Delia sentada na cama. — Lorde Knightford queria que eu informasse a sua esposa que ele está aqui. Se ela precisar dele. Se ela precisar dele? Isso não soou como Warren. Com o coração disparado, ela disse: — Diga a seu senhor que vou descer em breve. — Muito bem, milady — Disse ele, depois saiu. — Lorde Knightford não veio aqui com você? — Brilliana perguntou. — Não. Eu queria uma chance de falar com você sem que ele ficasse rondando — Ela limpou as lágrimas dos olhos — E aparentemente, ele me deu uma. Embora ele tenha vindo atrás dela. Ela não sabia o que podia significar isto. — Brilliana — Vá, minha querida — Brilliana apertou a mão dela — Fale com seu marido. Tudo vai ficar bem, eu prometo. Oh Senhor, ela certamente esperava que sim. Ela encontrou Warren andando de um lado para o outro na sala de estar, tão incerto quanto ela se sentia. Assim que ela entrou, ele a encarou com uma expressão cautelosa. — Eu não queria que você... Eu estava preocupado... Oh Deus, eu não sei o que dizer. Exceto que eu não suportaria a ideia de você estar aqui sozinha. Havia algo de interessante em sua incerteza. Warren nunca se sentiu inseguro. — Sozinha? — Ela tentou provocar —A casa está cheia de pessoas. — Você sabe o que quero dizer. Eu não queria que você passasse por isso sem mim. Eu temia que Brilliana lhe dissesse coisas que te machucassem. E eu pensei que talvez você precisasse de um ombro para... Chorar. A doçura disso a tocou profundamente. — Então você veio para ser meu ombro? — Se você queria um, sim — Ele soltou um suspiro pesado — O que ela disse?

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— Como eu suspeitava, Reynold foi para Londres para procurar seu primo porque ele estava apaixonado por Brilliana e ele não suportava saber que ela amava outra pessoa e não podia amá-lo. — Niall. — Sim — Ela lançou lhe um sorriso irônico — Pelo menos uma vez, pelo que eu sei. Ela não me daria detalhes — Ela ficou séria —Então Hart estava dizendo a verdade sobre tentar proteger seu primo. Por que ele trapaceou Reynold? — Eu nunca duvidei disso — Ele se levantou —Mas isso não muda o que ele fez. Ou desculpa. Isso a pegou inteiramente de surpresa. — Não é? — Ele se aproximou. — Não. Como tenho certeza que você percebe. Seus ombros caíram. — Eu não sei mais o que penso sobre isso. — Bem, eu sei. O que ele fez foi errado. Ele nunca deveria ter aceitado apostar. Ele se amaldiçoou. — Bem, nunca deveria ter enganado o seu irmão — Sua voz endureceu —E ele também sabe disso. Na verdade, ele pediu que eu lhe desse isso. Tirando uma folha de papel do bolso do casaco, ele a estendeu para ela. Curiosa, ela pegou. Era uma nota promissória para os três mil libras mais juros. Feita para pagar a Brilliana Trevor. — Ele pretende pagar cada centavo — Disse Warren. Ela arqueou uma sobrancelha. — Porque você disse a ele que ele deve. — Não. Ele veio com tudo isso sozinho — Ele sorriu fracamente — Aparentemente meu irmão tem vontade própria. Eu não fazia ideia. Mal conseguindo acreditar no que Warren estava dizendo, olhou nervosamente em volta. — Onde está seu irmão, afinal? — Eu não o trouxe. Eu sabia que você não o queria aqui.

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Um músculo flexionou em sua mandíbula. — Eu sei que você não me queria aqui também, mas eu não consegui. Eu não queria... — Ele fixou seu olhar nela — Eu pensei que você poderia precisar de mim para isso. Do jeito que eu preciso de você para... Tudo. Isso a pegou de surpresa, ela mal conseguia entender. — Você precisa de mim? — Mais do que você sabe — Ele soltou um suspiro irregular — Ontem à noite quando você disse que me amava... Ela estremeceu. — Está tudo bem. Eu sei que você não sente o mesmo. — Não! Quero dizer... — Ele amaldiçoou em voz baixa — Droga, eu sou muito ruim nisso. — Em que? — Esperança brotou em seu coração. Com evidente anseio em seu rosto, ele se aproximou dela. — Dizendo que eu te amo — Ele olhou para ela com ternura — Porque eu sei, você sabe. — Warren, você não precisa... — Eu quero dizer isso, Delia — Uma respiração irregular escapou dele — Estou com medo de decepcioná-la, prejudicá-la ou arruinar as coisas, mas isso não muda o fato de que eu amo você. Desamparado. Desesperadamente. Todo medo que ela tinha sentido, sobre ele não ama-la tinha acabado. Ele era dela. Verdadeiramente dela. — Entenda — Ela estendeu a mão para segurar sua bochecha — Eu quis dizer isso quando eu disse que amava você. Isso não vai mudar. Seus olhos escureceram. — Mesmo quando eu me bato na cama à noite ou... Faço coisas no meu sono que eu... Não sei se você quer... — Eu não posso imaginar você realmente me machucando — Percebendo que ele estava preocupado sobre como ele começou a fazer amor com ela enquanto dormia, ela deu um suave beijo em seus lábios.

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— Não importa o quanto os pesadelos sejam ruins, eu sei que você nunca me machucaria. Estou totalmente convencida disso. Ele a beijou então, com um desespero que espelhava o dela. De alguma forma eles haviam se encontrado no meio de seus problemas e não importava o que acontecesse a partir de agora, ela se recusava a deixá-lo ir. Enquanto ele a amasse, isso seria o suficiente. Depois de ter saqueado sua boca por tempo suficiente para enfraquecer seus joelhos e disparar o sangue dela, ele recuou. — Eu lhe trouxe um presente. — Você trouxe? — Ela disse surpresa. — Considere o meu presente de casamento para você, meu amor. Uma espessura encheu sua garganta. Meu amor. Ela nunca se cansaria de ouvir isso. Soltando-a, ele enfiou a mão dentro do bolso do casaco novamente. Desta vez, ele retirou um maço inteiro de papéis cobertos de esboços a lápis. Quando ele as entregou a ela, ela não conseguiu descobrir o que elas eram. Claramente, eram modelos de algum tipo, mas apressadamente desenhados por alguém que obviamente não tinha experiência em arquitetura. Ela olhou para ele intrigada. — Eu os fiz na carruagem, então eles são bem crus. Mas eles são esboços preliminares para uma renovação do seu quarto de dormir. Olhando-os mais de perto, ela leu as anotações rabiscadas. — Este aqui diz “boudoir de Delia”. Desde quando eu tenho um boudoir? — Desde que decidi me mudar para seu quarto. Assumindo que você aprova. — Não há cama — Seu coração começou a martelar em seu peito — Onde vou dormir? — Comigo — Ele disse sinceramente — Mas só se você quiser. Quebrando em um sorriso, ela jogou seus braços em volta do pescoço dele. — Eu quero, eu quero! — Ela beijou seus lábios, em seguida, acrescentou em um sussurro: — Eu quero muito dormir com você, meu senhor. Ele soltou um suspiro aliviado.

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— Então é isso que vamos fazer — Ele olhou para ela, os olhos brilhando — Embora eu ache que devo avisá-la: não vamos apenas dormir. — Eu espero que não — Disse ela — Ou eu ficarei muito desapontada — E quando ele a tomou em seus braços e a beijou com todo o amor em seu coração, ela não ficou desapontada nem um pouco.

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Epílogo Quatro meses após o casamento, Warren acordou com o som da sua mulher roncando. Ele nunca a ouviu fazer isso antes, talvez tenha sido o resultado de terem sido tão vigorosos no ato de fazer amor na noite anterior, depois do jantar particular que ela arranjou em seu quarto de dormir. Mas o ronco não o incomodou. Parecia tão natural, tão normal. Ele gostou bastante. Ele ainda preferia algum barulho para dormir à noite. Foi muito mais tranquilo. Ainda assim, quem teria imaginado que ele se tornaria tão convencional, dormindo à noite como uma pessoa normal, com uma esposa que roncava? Passando seus dias vivendo sua vida em vez de dormir? Foi o presente mais espetacular que ela deu a ele. Ele não resistiu a dar um beijo para acorda-la. Ela abriu os olhos, aqueles lindos olhos estrelados, com um sorriso suave. — Bom dia, marido. — Bom dia, esposa. Olhando-o incerta, ela se apoiou na cama. — Você não teve um sonho ruim, não é? — É o meio da manhã, querida. Eu não tenho sonhos então. Além disso, faz quase duas semanas que eu tive um pesadelo. Tinha sido rochoso no início, Delia tinha recorrido a beliscá-lo acordando uma ou duas vezes quando estava muito ruim. Mas nos dias de hoje ela sempre parecia aparecer em seus sonhos, acalmando-o, confortando-o. A adega raramente o atormentava mais. Ela esfregou os olhos. — Que horas são? — Eu acredito que é por volta das dez. — Então, por que você está acordado? Você tende a dormir depois disso. Ele riu. — Você estava roncando.

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— Eu estava? Que estranho. Eu me pergunto se... Quando ela parou, ele podia ver sua mente trabalhando. — O que? Uma batida veio na porta, assustando os dois. — Milady? Você me disse para acorda-la às dez. Para ver o arquiteto. Delia deu um pulo. — Oh Senhor, eu não pretendia dormir até tarde — Ela chamou sua empregada —Obrigado, Rose! Vou chamar quando estiver pronta para você me ajudar a se vestir. — Muito bem, milady. Warren observou sua esposa se apressar para fazer suas abluções. — Por que o arquiteto vem? Há algo de errado com o seu novo boudoir? Ela parou um rubor se espalhando por suas bochechas. Ele não tinha visto um desses por um tempo. —Não... Na realidade... Eu queria que ele redecorasse... Veja, eu deveria te contar uma coisa ontem à noite no nosso jantar privado... Mas depois nós... Você sabe... E eu adormeci e... — Ela firmou seus ombros — Acontece que há uma razão pela qual estou roncando. E engordando. — Você não está engordando Ele parou. E notou que sua cintura estava um pouco mais grossa, mas ele assumiu que era porque ela estava comendo mais, por conta de ter um marido luxurioso que fazia amor com ela na maioria das noites. Mas essa não era a razão. Seu sangue começou a rugir em seus ouvidos. — Falei com o médico ontem —Ela continuou — E ele está certo de que estou grávida. Puta merda. — Eu vou... Ter um filho? Ela o olhou com desconfiança. — A menos que você tenha desafiado a natureza, não. Eu vou ter um filho. Você vai assistir. Ele deixou a cama atordoado.

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— Mas você vai ter nosso filho. — É claro que é nosso filho — Disse ela, parecendo insultada. — Não, não, eu não quis dizer. Eu sou apenas... Estamos tendo um bebê? Como se percebendo que ele estava desconcertado, ela sorriu. — Você é adorável quando está nervoso, sabia disso? Ele se levantou. — Eu sou um homem, pelo amor de Deus. Nós nunca somos adoráveis. — Para mim você é — Ela subiu para tomar suas mãos nas dela, diversão brilhando em seu rosto — Toda essa atividade entusiasmada em que nos envolvemos geralmente resulta em crianças, você sabe. — Agora você está zombando de mim — Ele resmungou — Acabei de me acostumar com a ideia de ter uma esposa. E agora você vai ter nosso filho? Com alegria e terror subindo através dele igualmente, ele começou a andar pela sala. — Deus, eu preciso falar com meu advogado. E encontre o melhor médico em Londres para atendê-la. E verifique o berçário... — Quando ela caiu na gargalhada, ele disse: — Oh! É por isso que você queria que o arquiteto viesse hoje. — Exatamente. O antigo berçário realmente precisa de algumas reformas. E me perdoe, eu pretendia contar sobre o bebê ontem à noite, mas estávamos bastante ocupados... — Droga! Eu tomei você como um animal na noite passada! — Com o coração acelerado, ele pressionou a mão contra a barriga dela — Eu poderia ter machucado você ou o bebê. Ela revirou os olhos. — Eu posso ver que você vai ser tão superprotetor como pai quanto você é como marido — Ela cobriu a mão dele com a dela — E você realmente acha que eu arriscaria nosso filho até mesmo pelo mais incrível encontro íntimo com você? Agora ele podia ouvir o leve tremor em sua voz que dizia que ela estava tão nervosa sobre tudo isso quanto ele.

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— Não, claro que não — Ele se forçou a respirar, para acalmar a corrida de seu pulso. Levara um tempo para aprender essa dura lição, que sua esposa era uma mulher sensível que sempre tinha uma razão para o comportamento dela. Que ele nem sempre tem que protegê-la. Que às vezes ela poderia ser a única a protegê-lo, do escuro, do silêncio e do porão. E de pensar que o seu caminho era o único jeito. De se comportar como um idiota quando sua esposa disse que ele logo seria pai. Ela merecia um marido que pudesse tranquilizá-la. Ele segurou a cabeça dela entre as mãos. — Se eu pudesse escolher qualquer mulher no mundo inteiro para ter meu filho, sempre seria você. Eu não posso imaginar alguém que seria uma mãe melhor. Para seu horror, ela começou a chorar. Quando ele pareceu alarmado, ela disse: — Isso foi... A coisa mais fofa... Que alguém já disse para mim. Soltando um suspiro aliviado, ele a puxou para seus braços e segurou-a carinhosamente enquanto ele a esfregava de volta e espalhava beijos por seu cabelo rebelde e selvagem. — Nós vamos ser pais — Ele sussurrou — A própria ideia me apavora. E se eu for horrível nisso? — Absurdo. Você é um marido maravilhoso. Claro que será um pai maravilhoso. Deixando as palavras prosaicas acalmarem seus medos, ele a beijou longa e profundamente, até que seu sangue estava se mexendo novamente em outros lugares que apenas seu coração. Ele pressionou os lábios no ouvido dela. — Foi na noite passada o “encontro íntimo mais incrível” que você já teve comigo? Ela recuou para olhá-lo de lado.

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— Como se você precisasse perguntar — Levantando-a em seus braços, ele a levou de volta para a cama — Não podemos fazer isso agora — Protestou ela — O arquiteto estará aqui em breve! — Ele pode esperar — Ele deitou-a suavemente sobre a cama — Porque tenho quase certeza de que posso melhorar meu desempenho. E quando sua esposa desatou a rir, ele fez o melhor que pôde para fazer exatamente isso. Fim.

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Sabrina Jeffries - Pretendentes Pecadores - 03 Desejo Perigoso

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